domingo, 17 de fevereiro de 2019

Escrito por em 17.2.19 com 0 comentários

Punho de Ferro

Eu nem gosto muito do Punho de Ferro, mas, já que já falei sobre três dos quatro Defensores da Netflix, e ando meio sem imaginação para assuntos, vamos lá. Hoje é dia de Punho de Ferro no átomo!

Assim como Luke Cage, o Punho de Ferro foi criado sob medida para pegar carona em uma tendência cinematográfica de muito sucesso nos anos 1970. No caso do primeiro, era a blaxploitation; no do segundo, os filmes de kung fu. No final dos anos 1960, começariam a ser exibidos nos cinemas dos Estados Unidos muitos filmes de artes marciais produzidos em Hong Kong; mais do que pelas lutas extremamente coreografadas, esses filmes se tornariam conhecidos pelas dublagens malfeitas, não somente porque as falas muitas vezes não encaixavam com o movimento das bocas dos atores (como costuma ser ironizado pelo personagem Jones, de Loucademia de Polícia), mas também porque muitas traduções eram porcas - sequer existia, por exemplo, uma arte marcial chamada kung fu, isso na verdade foi uma espécie de erro de tradução. Apesar disso, esses filmes faziam um enorme sucesso, e a década de 1970 começaria não somente com a abertura de várias academias de artes marciais nos Estados Unidos, mas também com muitos produtores norte-americanos tentando fazer seus próprios filmes para competir com eles.

Diz a lenda que Bruce Lee - de quem grande parte da fama se deve justamente à "febre do kung fu" do início dos anos 1970 - teria tido a ideia para uma série de TV, na qual ele seria um imigrante chinês no Velho Oeste, resolvendo seus problemas com artes marciais ao invés de com pistolas, como faziam os protagonistas de outras séries no Velho Oeste. Ainda segundo a lenda, Bruce Lee teria oferecido essa série para a Warner e para a Paramount, e ambas a teriam rejeitado alegando que moda do Velho Oeste já havia passado. Porém, em outubro de 1972, estrearia, no canal ABC, a série Kung Fu, produzida pela Warner, na qual Kwai Chang Caine, filho de um americano com uma chinesa, interpretado por David Carradine, nascido na China no século XIX (ou seja, na época do Velho Oeste), viajava para os Estados Unidos em busca de suas raízes e de um meio-irmão. A série faria um sucesso gigantesco, ficaria no ar por três temporadas, até 1975, e Bruce Lee, que morreria em 1973, jamais conseguiria provar que a ideia foi dele.

No final de 1972, a Marvel negociaria com a a ABC os direitos para publicar uma série em quadrinhos baseada em Kung Fu - o que hoje pode parecer estranho, mas, durante muito tempo, foi absolutamente normal, com séries em quadrinhos baseada em propriedades do cinema e da TV, como Star Wars, Star Trek, Planeta dos Macacos e Battlestar Galactica sendo rotineiramente publicadas pela Marvel e pela DC. Ela esbarraria, porém, em um pequeno problema técnico: a Warner, que produzia a série, era dona da DC, e não estava interessada em negociar seus direitos com a principal rival de sua editora. Determinada a pegar carona no sucesso do kung fu, a Marvel então negociaria com o espólio de Sax Rohmer, escritor britânico falecido em 1959, criador do personagem Fu Manchu, um supervilão de grande intelecto, antagonista de mais de uma dezena de livros, e que já havia sido adaptado para o cinema em vários filmes desde a década de 1920, o mais famoso deles sendo A Face de Fu Manchu, de 1965.

Fu Manchu tinha pouco a ver com o kung fu, mas, com os direitos do personagem assegurados, a Marvel criaria um novo: Shang-Chi, o Mestre do Kung Fu, que estrearia na revista Special Marvel Edition 15, em dezembro de 1973. Originalmente, Shang-Chi era filho de Fu Manchu, mas, ao invés de seguir por uma vida de crimes como o pai, se aperfeiçoaria nas artes marciais e devotaria sua vida a derrotá-lo. As primeiras histórias de Shang-Chi sempre tinham Fu Manchu e seus asseclas como vilões, e o herói usando de vários golpes reais e fictícios de artes marciais para impedi-los. Shang-Chi faria um relativo sucesso em sua estreia, depois passaria um longo tempo desaparecido, até retornar no início dos anos 2000, mas já sem ligação nenhuma com Fu Manchu, de quem a Marvel já não tinha mais os direitos.

Shang-Chi, entretanto, não era considerado o personagem ideal para pegar carona na febre do kung fu, por vários motivos: primeiro, devido a sua ligação com Fu Manchu (que não fazia parte do Universo Marvel), ele não era um personagem mainstream, aparecendo apenas em sua própria revista, The Deadly Hands of Kung Fu ("as mãos mortais do kung fu"), sem interagir com outros heróis Marvel; além disso, em uma decisão editorial controversa, a The Deadly Hands of Kung Fu seria publicada como uma "revista adulta", com formato de revista mesmo (ao invés do "formato americano" tradicional das revistas em quadrinhos), miolo de papel jornal, maior parte dos quadrinhos em preto e branco, e elementos como contos, curiosidades sobre artes marciais e propagandas de academias intercalados com os quadrinhos. Mas, além disso, Shang-Chi ainda tinha uma diferença fundamental em relação a Kwai Chang Caine: ele era 100% chinês. Sabem a tal da representatividade, essencial para que os leitores se identifiquem com os personagens? Pois é, antigamente ela funcionava meio ao contrário, com um personagem branco e norte-americano tendo muito mais chances de fazer sucesso do que um não-branco e estrangeiro - muito do sucesso de Kung Fu, inclusive, é creditado ao fato de que a série era protagonizada por Carradine.

No final de 1973, o roteirista Roy Thomas assistiu a um filme de kung fu no qual havia "a cerimônia do punho de ferro". Ele imaginou que Punho de Ferro (Iron Fist) era um bom nome para um super-herói ligado às artes marciais, mas ficou receoso porque Shang-Chi havia acabado de ser lançado, e, além disso, a Marvel já tinha um Homem de Ferro (Iron Man). Mesmo assim, ele começou a trabalhar na origem e mitologia do personagem, se inspirando em outra história em quadrinhos, Amazing-Man, escrita e desenhada por Bill Everett (criador de Namor e co-criador do Demolidor), publicada pela editora Centaur Publications entre 1939 e 1942. Thomas apresentaria o personagem a Stan Lee, que gostaria muito da ideia, sugerindo que ele estreasse na revista Marvel Premiere, dedicada aos "novos lançamentos" da Marvel, que depois poderiam ganhar revista própria ou não. Assim, o Punho de Ferro faria sua estreia na Marvel Premiere 15, de maio de 1974, que contaria sua origem, com roteiro de Thomas e arte de Gil Kane.

O Punho de Ferro, na verdade, é Danny Rand, nascido em Nova Iorque, filho do rico empresário Wendell Rand. Quando criança, Wendell, durante uma viagem com seus pais à Ásia Central, acidentalmente, encontrou uma passagem dimensional para a cidade mística de K'un-L'un, e salvou a vida de seu governante, Lorde Tuan. Wendell viveu durante algum tempo em K'un-L'un como filho adotivo de Tuan, mas, quando o portal místico se abriu novamente - o que só acontece uma vez a cada dez anos - ele decidiu voltar para reencontrar sua família e fazer fortuna nos Estados Unidos. Atingindo seu objetivo, ele se casaria com a socialite Heather Duncan, e, quando seu filho Danny tinha nove anos, Wendell decidiu levar ambos e seu sócio, Harold Meachum, para uma expedição em busca de K'un-L'un, pois já estava se aproximando a hora de o portal místico se abrir novamente.

Infelizmente, Meachum não estava interessado em visitar K'un-L'un, e sim em dar um jeito para tomar o controle das Empresas Rand & Meachum totalmente para si. Aproveitando-se de um acidente, ele causaria a morte de Wendell e Heather, e deixaria Danny para morrer, retornando sozinho aos Estados Unidos. Danny, entretanto, também encontrou o portal para K'un-L'un, sendo acolhido pelo atual governante, Yü-Ti. Vendo o potencial do garoto, Yü-Ti pede para que o mais poderoso guerreiro de K'un-L'un, Lei Kung, o Trovejante, o treine de acordo com os princípios das artes marciais da cidade mística. Danny rapidamente se tornaria o melhor dos alunos do Trovejante, e seria selecionado para o desafio supremo: enfrentar o dragão Shou-Lao, o Imortal. A derrota significaria a morte, mas, em caso de vitória, ele dominaria a mais poderosa técnica de K'un-L'un, o Punho de Ferro, ganhando o direito de usar esse nome como seu.

Após se tornar o Punho de Ferro, aproveitando que o portal se abriu novamente, Rand decide deixar K'un-L'un e partir para os Estados Unidos, para matar Meachum e vingar a morte de seus pais, mas, como seu coração é puro, ao confrontar Meachum, ele desiste da vingança, retomando, porém, o controle das Corporações Meachum - prontamente renomeadas para Corporações Rand. Como teve de se confrontar com vários bandidos e supervilões até encontrar Meachum, Danny decide usar os vastos recursos à sua disposição, bem como suas habilidades em artes marciais e o traje cerimonial de Punho de Ferro, para combater o crime, se tornando um novo super-herói. Ele logo encontraria uma parceira/interesse amoroso em Colleen Wing, filha de pai norte-americano com mãe japonesa, criada no Japão por seu avô materno e extremamente habilidosa no uso da espada, e faria amizade com outros "super-heróis urbanos", como Misty Knight e Luke Cage. Seu arqui-inimigo era Davos, o Serpente de Aço, filho do Tovejante que, por sua má índole e comportamento traiçoeiro, foi expulso de K'un-L'un, mas se considera o verdadeiro merecedor do Punho de Ferro, desejando derrotar Danny para tomar seus poderes para si.

Embora o fato de Danny Rand ser norte-americano e branco tenha contribuído muito para o seu sucesso em seus primeiros anos, já que o tornava parecido com Kwai Chang Caine, Thomas não faria o Punho de Ferro um ocidental treinado no oriente por causa de Kung Fu, e sim por causa de Amazing-Man: nos quadrinhos da Centaur, John Aman é um órfão nascido no Ocidente, que foi acolhido por monges tibetanos e treinado para exceder as capacidades físicas e mentais de um ser humano comum; cada membro do Conselho dos Sete, que governava o Tibet, o treinou pessoalmente em um aspecto, e, quando ele foi considerado pronto, recebeu uma poção capaz de fazer seu corpo se transformar em uma névoa verde, e foi enviado de volta ao ocidente para fazer o bem. A origem do Punho de Ferro, portanto, tem vários pontos em comum com a do Amazing-Man, que, recentemente, também foi adicionado ao Universo Marvel, com o codinome de Príncipe dos Órfãos, como um coadjuvante nas histórias do Punho de Ferro.

A edição de estreia do Punho de Ferro seria um grande sucesso, mas, receosa em lhe dar um título próprio, a Marvel o manteria na Marvel Premiere até a edição 25, de outubro de 1975, quando a revista voltou a servir para o lançamento de novidades. Thomas escreveria apenas a história de estreia, sendo substituído por Len Wein na edição 16, por Doug Moench na 17, Tony Isabella na 21, e Chris Claremont na 23. Já Kane seria substituído por Larry Hama na 17, Arvell Jones na 21, voltaria na 22, e daria lugar a John Byrne na 25. Baseada no sucesso dessas onze edições, a Marvel lançaria a revista Iron Fist, em novembro de 1975, ainda com roteiros de Claremont e arte de Byrne, e a história começando exatamente de onde a Marvel Premiere 25 havia parado. Em 1975, porém, a febre do kung fu já não ardia com a mesma força - até mesmo Kung Fu seria cancelada, em abril daquele ano - de forma que a Iron Fist não manteria o mesmo padrão de vendas das edições do Punho de Ferro na Marvel Premiere, sendo cancelada após apenas 15 edições, em setembro de 1977. Como uma história estava em andamento quando houve o cancelamento, Claremont pediu para concluí-la, o que foi feito nas edições 63 e 64 da Marvel Team Up, que sempre trazia o Homem-Aranha em parceria com algum outro herói Marvel - nessa caso, com o Punho de Ferro - também a cargo de Claremont e Byrne, em novembro e dezembro de 1977.

Após o cancelamento da Iron Fist, Claremont e Byrne seriam movidos para a Power Man, a revista estrelada por Luke Cage, para substituir, respectivamente, Roger Slifer e Lee Elias. Na edição 48, a segunda a cargo da dupla, lançada em dezembro de 1977, eles decidiriam começar uma história em duas partes na qual o Punho de Ferro luta primeiro contra, então ao lado de Luke Cage. Cage, na época, sofria da mesma aflição que o Punho de Ferro: a moda do blaxploitation passou, e a Power Man vinha tendo vendas baixíssimas, estando sob risco permanente de cancelamento; as duas edições com a presença do Punho de Ferro, entretanto, por alguma razão inexplicável, foram enormes sucessos de vendas, o que levou a Marvel à decisão de transformar os dois em uma dupla permanente. Assim, em abril de 1978, a Power Man mudaria de nome para Power Man and Iron Fist, com a numeração sendo mantida - ou seja, o primeiro número da "nova" revista seria o 50 - e Danny Rand se tornando parceiro de Luke Cage na luta contra o crime. Uma característica interessante dessa revista era que os heróis realmente dividiam o protagonismo - não havia um "principal" e um "ajudante" - com algumas histórias focando em Rand, outras em Cage, mas a maioria trazendo os dois como uma verdadeira dupla - e ainda contando com duas coadjuvantes de peso, Colleen Wing e Misty Knight.

A parceria de Rand e Cage duraria até setembro de 1986, quando a Power Man and Iron Fist seria cancelada na edição 125, após 76 edições. Como costuma ocorrer de vez em quando (já citei aqui no átomo o exemplo da Mulher-Aranha), o roteirista, no caso Christopher Priest, não se conformou de simplesmente encerrar a revista, e decidiu matar o Punho de Ferro no final da edição. Como também costuma acontecer nesses casos, os leitores ficaram revoltados, inundando a redação da Marvel com cartas contestando a decisão.

John Byrne, que havia sido responsável pela arte das edições 50, 106, 113, 115, 116 e 119 de Power Man and Iron Fist, também não se conformou com a morte do Punho de Ferro, e, cinco anos após o evento fatídico, aproveitou que tinha carta branca como roteirista e desenhista de Namor: The Sub-Mariner para criar uma história em quatro partes, publicada entre as edições 21 e 25, de dezembro de 1991 a abril de 1992, na qual era revelado que o Punho de Ferro que morreu, na verdade, era uma duplicata, e que o verdadeiro estava vivo em K'un-L'un - o roteiro de Byrne, inclusive, ficou tão coeso que muitos fãs imaginaram que tudo já estava planejado desde a época de Priest.

Após seu retorno, o Punho de Ferro passaria a ser presença regular na revista Marvel Comics Presents, que, em cada edição, trazia várias histórias curtas, até a Marvel decidir relançá-lo com uma minissérie em duas partes, chamada simplesmente Iron Fist, com roteiro de James Fielder e arte de Robert Brown, em setembro e outubro de 1996. Nessa minissérie, o Serpente de Aço rouba o poder do Punho de Ferro para si, e Danny, sem poderes, tem de confrontá-lo se os quiser de volta. Depois disso, ele formaria a equipe Heróis de Aluguel, ao lado de Luke Cage, Cavaleiro Negro, Hércules, Hulk e Tigre Branco, que estrelaria a revista Heroes for Hire, lançada em julho de 1997, mas que não faria sucesso, sendo cancelada após 19 edições, em janeiro de 1999. Paralelamente a isso, ele estrelaria uma segunda minissérie, também chamada Iron Fist, em três edições lançadas entre julho e setembro de 1998, na qual viajaria a San Francisco para tentar impedir uma vilã de obter um artefato mágico poderoso. Com roteiro de Dan Jurgens e arte de Jackson Guice, essa minissérie seria polêmica, pois a tal vilã era, na verdade, Miranda Rand, meio-irmã de Danny.

Em 2000, o Punho de Ferro estrelaria sua terceira minissérie seguida, Iron Fist/Wolverine, em quatro edições publicadas entre novembro de 2000 e fevereiro de 2001, com roteiro de Jay Faerber e arte de Rich Perrotta, na qual Danny se unia ao mutante mais famoso da Marvel para impedir o clã ninja do Tentáculo de se apoderar do poder do Punho de Ferro. Ele passaria três anos fora dos holofotes, até retornar com uma nova série mensal, mais uma vez chamada Iron Fist, com roteiros de James Mullaney e arte de Kevin Lau. A revista teria baixas vendas desde o primeiro número, e seria cancelada após o primeiro arco de história, durando apenas seis edições, publicadas entre maio e outubro de 2004 - o que fez, inclusive, com que muitos passassem a considerar essa nova revista como mais uma minissérie, e não como uma série regular.

Mais dois anos se passariam antes que os roteiristas Ed Brubaker e Matt Fraction decidissem investir novamente no personagem, apresentando à Marvel a ideia de uma nova série mensal, que receberia o nome de The Immortal Iron Fist, e teria seu primeiro número lançado em novembro de 2006. Ao lado dos artistas David Aja e Travel Foreman, Brubaker e Fraction tentariam atualizar o Punho de Ferro para os tempos atuais, sem deixar de lado toda a mística de sua origem; para isso, eles começariam introduzindo um novo personagem, Orson Randall, que foi o detentor do poder do Punho de Ferro imediatamente antes de Danny, e estabelecendo que há um Punho de Ferro para cada geração. The Immortal Iron Fist também introduziria cinco novos personagens com poderes semelhantes aos do Punho de Ferro e conhecidos como As Armas Imortais, um deles o Príncipe dos Órfãos, na verdade John Aman, que, graças a um retcon, também foi treinado em K'un-L'un, e não no Tibet. Brubaker e Fraction ficariam a cargo dos roteiros até a edição 16, com Duane Swierczynski assumindo a partir da 17. A revista teve excelentes vendas no início, mas depois elas caíram, e, como parte de uma reformulação, a Marvel decidiu cancelá-la, na edição 27, de agosto de 2009; no mês seguinte, seria lançada uma minissérie em cinco partes, até janeiro de 2010, chamada The Immortal Weapons, com cada uma das edições protagonizada por uma das Armas Imortais, que fechava as pontas soltas deixadas em The Immortal Iron Fist.

Após o cancelamento da revista, o Punho de Ferro passaria a fazer parte dos Novos Vingadores, na revista New Avengers, de agosto de 2010 a janeiro de 2013, quando esta também seria cancelada, na edição 34. Então, após uma série de participações especiais em histórias de outros heróis, principalmente do Demolidor, ele ganharia uma nova revista, como parte do evento Totalmente Nova Marvel, chamada Iron Fist: The Living Weapon, lançada em junho de 2014, com roteiros e arte de Kaare Andrews. A revista também não teria boas vendas, e seria cancelada após 12 edições, em julho de 2015.

Em abril de 2016, seria lançada uma nova Power Man and Iron Fist, na qual Danny e Cage, agora em suas versões atualizadas, se uniriam novamente para combater o crime, com roteiro de David Walker e arte de Sanford Greene. A revista duraria 15 edições, até junho de 2017; dois meses depois, em agosto, seria lançada uma nova The Defenders, na qual Danny e Cage formavam uma nova equipe de Defensores ao lado do Demolidor e de Jessica Jones - ou seja, a mesma equipe do seriado da Netflix. A The Defenders teria 10 edições, a última de abril de 2018. Paralelamente a isso, o Punho de Ferro também ganharia uma nova revista solo, mais uma vez chamada Iron Fist, lançada em maio de 2017, com roteiros de Ed Brisson e arte de Mike D. Perkins; essa Iron Fist teria 15 edições, a última de junho de 2018 - assim como ocorreu com outras revistas da Marvel, em dezembro de 2017 a numeração passou a considerar todas as Iron Fist como parte de uma mesma série, o que fez com que, depois do número 7, viesse o 73, e a última edição fosse a 80.

Atualmente, o Punho de Ferro recebe muitas críticas devido a justamente o elemento que o tornou popular em primeiro lugar: ser um norte-americano branco protagonista de uma série sobre artes marciais. Apesar disso, ele ainda é um personagem popular, e provavelmente ainda será uma estrela do Universo Marvel durante um bom tempo.

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