Embora hoje seja amplamente considerado um anti-herói, Venom faria sua estreia como um vilão do Homem-Aranha, criado pelo roteirista David Michelinie e pelo desenhista Todd McFarlane, na revista The Amazing Spider-Man número 300, de maio de 1988 (após uma breve aparição no último quadrinho da edição anterior). Sua origem, porém, remonta a quatro anos antes, ao famoso uniforme preto do Homem-Aranha, que fez sua estreia na The Amazing Spider-Man 252, de maio de 1984, mas que foi adquirido pelo herói na minissérie Guerras Secretas, mais especificamente na revista Secret Wars 8, de dezembro de 1984 - sem que o Aranha soubesse que não se tratava de apenas um uniforme, mas de um simbionte alienígena.
Por incrível que pareça, quem deu a sugestão para que o Homem-Aranha passasse a usar um uniforme totalmente preto, exceto pelos olhos brancos e uma enorme aranha branca no peito, foi um leitor, chamado Randy Schueller, que enviou uma carta para a Marvel em 1982. A carta foi publicada e ninguém mais falou no assunto até 1984, quando, durante as Guerras Secretas, foi feita uma reunião com vários artistas da Marvel especificamente para tratar de novos uniformes para os personagens que estavam participando da minissérie, por um motivo bem capitalista: antes de mais nada, a Guerras Secretas era uma estratégia para vender brinquedos, e novos uniformes significavam que mais versões do mesmo personagem poderiam ser vendidas - o próprio Homem-Aranha, aliás, seria vendido em duas versões, uma com seu tradicional uniforme vermelho e azul, outra com o uniforme preto. Por motivos que vocês podem ler no meu post sobre Guerras Secretas, a linha de brinquedos foi um grande fracasso, mas diversos personagens realmente ganhariam uniformes novos que passariam a ser usados em suas respectivas revistas mensais, com o do Homem-Aranha sendo o mais diferente e o de maior destaque.
O responsável pela introdução do uniforme preto seria Jim Shooter, editor-chefe da Marvel em 1984 e roteirista da minissérie Guerras Secretas. Quando aconteceu a tal reunião para tratar dos uniformes novos, Shooter se lembrou da ideia de Schueller de um uniforme preto para o Homem-Aranha, e pediu para que Mike Zeck, desenhista da Guerras Secretas, criasse um, o que ele fez em parceria com o também desenhista Rick Leonardi. Para evitar que a Marvel fosse processada por Schueller, já que a carta havia sido publicada, o que provava que a ideia tinha sido dele, Shooter entraria em contato com o leitor e compraria os diretos de uso do uniforme preto por 220 dólares. Para ter um motivo para o Homem-Aranha trocar seu uniforme por um de cor preta, Shooter e Zeck criariam uma nova Mulher-Aranha, que faria sua estreia na Secret Wars 6, de outubro de 1984. A intenção de Shooter era usar a Mulher-Aranha apenas nessa minissérie, para aumentar o número de mulheres na batalha - junto com ela, estreariam também duas vilãs, Titânia e Vulcana - mas depois ela acabaria voltando para a Terra com os demais heróis e tendo sua própria carreira - que não nos compete discutir aqui, já que esse é um post sobre o Venom.
Já a ideia de o uniforme não ser de tecido, mas sim material biológico viria do roteirista e desenhista John Byrne, que a teria não para um uniforme do Homem-Aranha, mas para um do Punho de Ferro: na época em que era o desenhista da Iron Fist, Byrne dizia que uma coisa que ele achava bizarra era que o herói rasgava seu uniforme em todas as edições, mas, na seguinte, estava com um novo em folha, sendo impraticável que ele o consertasse nesse meio tempo ou tivesse um baú repleto de uniformes idênticos para ir trocando. Ele conversaria com o roteirista da Iron Fist, Roger Stern, sobre a possibilidade de introduzir um "uniforme vivo", que tivesse a capacidade de se auto-consertar toda vez que fosse danificado. Essa ideia jamais seria usada com o Punho de Ferro, mas, por acaso, Stern era o roteirista da The Amazing Spider-Man 252, na qual o Homem-Aranha apareceria com o uniforme preto pela primeira vez - se vocês repararem nas datas, antes mesmo de ganhá-lo nas Guerras Secretas, já que uma das estratégias da minissérie foi que as revistas de abril de 1984 eram ambientadas antes dela, mas as de maio de 1984 eram ambientadas depois, para deixar os leitores curiosos em relação às mudanças.
Mas ainda falta um elemento: além de preto e vivo, o uniforme precisava ser alienígena, o que foi ideia do roteirista Tom DeFalco e do desenhista Ron Frenz, que assumiram a The Amazing Spider-Man após a saída de Stern - acreditem ou não, na edição 253, ou seja, Stern escreveu apenas a primeira aparição do unifome preto e saiu. Foi de DeFalco a ideia de que o uniforme era uma criatura simbionte - na verdade um parasita, já que, para sobreviver, precisa se ligar ao corpo de um hospedeiro, como uma orquídea, enquanto um simbionte simplesmente tem uma relação mútua com outra criatura, como os passarinhos que limpam os dentes dos crocodilos - que estava dominando lentamente a mente de Peter Parker e tornando-o maligno, e que era vulnerável a ondas sonoras de volume elevado. Shooter ajustaria a Guerras Secretas de acordo, com o Homem-Aranha usando a máquina errada para obter um novo uniforme após ver outros heróis saindo da uma sala com os seus, e ela expelindo uma bola preta que cobriu seu corpo - em uma das cenas mais emblemáticas da história dos quadrinhos.
Sob o comando de DeFalco, Peter se livraria do simbionte na The Amazing Spider-Man 258, de novembro de 1984 - um mês antes de a Secret Wars mostrar como ele obteve o uniforme - mas, para que o uniforme vermelho não voltasse antes da conclusão das Guerras Secretas, passaria a usar um uniforme preto idêntico, mas feito de tecido, a partir da edição 259 - usando-o até justamente a edição 300, quando, aterrorizada pelo surgimento de Venom, Mary Jane o convenceria a voltar a usar o uniforme vermelho. Exceto por uma breve aparição na Web of Spider-Man número 1, de abril de 1985, o destino do simbionte seria ignorado até o surgimento de Venom.
Aqui entra na história, finalmente, o criador de Venom, David Michelinie, que assumiria a Web of the Spider-Man na edição 8, de novembro de 1985, e a The Amazing Spider-Man na edição 290, de julho de 1987 - após essa última passar, depois da saída de DeFalco, pelas mãos de Christopher Priest e Peter David. Já há alguns anos, Michelinie considerava que o maior poder do Homem-Aranha não era sua força, sua agilidade ou suas teias, mas seu sentido de aranha, que o alertava antes de ataques, dando a ele uma vantagem que outros heróis não tinham. Ao longo dos anos, o Duende Verde e Mystério conseguiriam anular o sentido de aranha temporariamente com produtos químicos, mas Michelinie queria criar um vilão que fosse imune a ele, o que representaria um desafio tanto para o Homem-Aranha quanto para Peter Parker.
Quando Michelinie assumiu a Web of the Spider-Man, o Homem-Aranha usava seu uniforme preto de tecido, e o simbionte estava desaparecido; ele então decidiria fazer o simbionte se ligar a outra pessoa, que, através da ligação, ficaria sabendo que Peter Parker é o Homem-Aranha, e, devido ao tempo que o simbionte passou ligado a Parker, ele não ativaria seu sentido de aranha. Como esse seria um vilão que poderia mudar o universo do Homem-Aranha para sempre, primeiro ele buscou a aprovação do editor da Marvel na época, Jim Salicrup, depois decidiu que sua estreia seria na edição 300 da The Amazing Spider-Man, usando o tempo que tinha até lá para refinar o personagem - ele daria uma amostra do que estava por vir, entretanto, nas Web of the Spider-Man 16, de setembro de 1986, e 24, de março de 1987, com em ambas o Homem-Aranha sendo atacado por um vilão misterioso que não ativa seu sentido de aranha.
Michelinie chamaria o personagem de Venom - palavra usada em inglês para se referir ao veneno injetado através de mordidas e picadas de animais como cobras, abelhas, escorpiões e, evidentemente, aranhas (enquanto poison é usado para veneno proveniente de plantas e fungos, ou secretado por animais como sapos e peixes) - e decidiria que ele seria uma antítese do Homem-Aranha - assim, como uma das principais características do Homem-Aranha era ser pequeno e esguio, Venom seria um brutamontes, alto e musculoso - e um reflexo de seu lado sombrio - devendo ter, portanto, uma aparência monstruosa, cuja principal caracteristica seria uma boca na máscara. A aparência do personagem seria criada por Todd McFarlane, que assumiria a The Amazing Spider-Man na edição 298; inicialmente, a maior característica da boca de Venom eram os dentes, com McFarlane gostando de desenhar o personagem nas sombras, apenas com os olhos e o sorriso visíveis; a língua comprida e babenta, apesar de também criada por McFarlane, só se tornaria destaque anos depois.
A identidade secreta de Venom também seria um personagem totalmente novo, o repórter Eddie Brock, que trabalhava para o Globo Diário, jornal rival do Clarim Diário onde Peter Parker trabalhava. Michelinie usaria uma retcon para determinar que, durante os eventos da The Spectacular Spider-Man 107 a 110, de outubro de 1985 a janeiro de 1986, escritas por Peter David, Brock estava escrevendo uma matéria que desmascarava um assassino serial enfrentado pelo Homem-Aranha, mas nomeava o homem errado, sendo demitido, caindo em desgraça e culpando o herói, que acreditava tê-lo enganado de propósito. Todo esse ódio pelo Homem-Aranha atrairia o simbionte, que havia acabado de ser rejeitado pelo herói, se uniria a Brock e daria a ele todas as memórias que Peter e o alienígena compartilharam. Brock, então, passaria anos planejando sua vingança, até finalmente decidir se revelar sequestrando Mary Jane.
Venom rapidamente se tornaria um dos personagens preferidos dos leitores; na década de 1990, ele seria considerado um dos três arqui-inimigos do Homem-Aranha, ao lado do Duende Verde e do Dr. Octopus, e o vilão mais famoso do Homem-Aranha que não foi criado por Stan Lee e Steve Ditko. Em suas primeiras histórias, sua obsessão era matar o Homem-Aranha, e ele até chegaria a vencer o herói várias vezes, somente não atingindo seu objetivo porque algum evento externo o impediu. Sabendo a identidade secreta do Homem-Aranha, e tendo os mesmos poderes que o herói, Venom também costumava atacar Peter Parker quando ele estava sem uniforme, Mary Jane, e até mesmo a Tia May, transformando-o em um dos oponentes mais perigosos do Amigão da Vizinhança - talvez até o mais perigoso de todos.
Mas os anos 1990 seriam conhecidos por seus anti-heróis, com personagens como Wolverine e o Justiceiro fazendo enorme sucesso; sendo Venom tão querido pelos fãs, logicamente a Marvel iria querer apostar também nele e, aos poucos, ele deixaria de ser um vilão obcecado para se tornar uma espécie de rival do Homem-Aranha. Nesse cenário, seria criado outro vilão, chamado Carnificina, que surgiu quando parte do simbionte contaminou o sangue do assassino serial Cletus Kasady; também criado por Michelinie, em parceria com o desenhista Mark Bagley, Carnificina estrearia na The Amazing Spider-Man 345, de março de 1991, com sua origem sendo revelada um ano depois, na 361, de abril de 1992. Considerado uma ameaça tanto pelo Homem-Aranha quanto por Venom, Carnificina faria com que Brock deixasse seu ódio de lado e aceitasse lutar junto à sua nêmese para detê-lo; a partir daí, ele tomaria gosto pela vida de herói e, eventualmente, decidiria usar seus poderes para o bem. Depois do surgimento de Carnificina, o nome Venom passaria a se referir ao simbionte, e não à combinação dele com Brock, e ficaria estabelecido que um fragmento do simbionte é suficiente para criar um novo personagem inteiro, sendo os mais famosos Scream, também originária do simbionte de Venom, criada por Michelinie e Ron Lim em 1993, e Toxina, originário do simbionte de Carnificina, criado por Peter Milligan e Clayton Crain em 2004.
A vida de herói (ou anti-herói) de Venom começaria com a minissérie Venom: Lethal Protector, de Michelinie e Bagley, em seis edições publicadas entre fevereiro e julho de 1993 - sendo que a edição 4 trouxe a estreia de Scream - na qual Brock se muda para San Francisco e decide se tornar protetor dos moradores de rua da cidade. A intenção da Marvel era que essa minissérie desse origem a uma série regular na qual Venom viveria aventuras heroicas na Costa Oeste, mas as vendas foram abaixo do esperado e a ideia seria abandonada. Depois disso, Venom alternaria entre vilão nas histórias do Homem-Aranha e anti-herói em minisséries como Venom: Separation Anxiety, em quatro edições lançadas entre dezembro de 1994 e março de 1995, roteiro de Howard Mackie e arte de Ron Randall, na qual o simbionte é usado pelo governo em vários experimentos após ser separado de Brock, que precisa cruzar o país para salvá-lo.
Brock perderia o simbionte de vez em 2005, quando ele se uniria ao vilão Mac Gargan, anteriormente conhecido como Escorpião, que faria parte dos Thunderbolts e dos Vingadores Sombrios liderados por Norman Osborn. Em 2008, Brock se uniria a parte do simbionte para se tornar o Anti-Venom, que quase mataria o Venom original. Em 2011, o simbionte se uniria a Flash Thompson, que se tornaria o Agente Venom, estrela de uma revista chamada Venom, com 47 edições publicadas entre maio de 2011 e dezembro de 2013, e que faria parte dos Guardiões da Galáxia. Quando Thompson retornasse do espaço, o simbionte se uniria novamente a Brock, que ganharia uma nova revista chamada Venom, com 22 edições publicadas entre janeiro de 2017 e junho de 2018 - sendo que, após a edição 6, a numeração de todas as séries e minisséries do Venom seriam somadas, com a sétima edição sendo a 150, e a última a 165. Isso aparentemente seria confuso, e a revista seria relançada em julho de 2018 com um novo número 1, durando 35 edições, a última de agosto de 2021. Depois disso, o simbionte se uniria ao filho de Brock, Dylan, que seria estrela da mais recente Venom, com 39 edições publicadas até agora, a primeira de janeiro de 2022.
Sendo um personagem tão popular, é óbvio que Venom teria presença garantida nas adaptações do Homem-Aranha para o cinema e TV, como o desenho animado produzido para a Fox entre 1994 e 1998 e The Spectacular Spider-Man, que teve uma temporada exibida no canal The CW em 2008 e outra no Disney XD em 2009. No cinema, a primeira tentativa de se fazer um filme de Venom ocorreria em 1997, quando a New Line Cinema contrataria o roteirista David S. Goyer para escrever um filme no qual Dolph Lundgreen interpretaria Eddie Brock, com Venom sendo o herói e o Carnificina o vilão. Quando os três primeiros filmes do Homem-Aranha foram produzidos, o produtor Avi Arad exigiu que Venom estivesse no terceiro, de 2007, com Eddie Brock sendo interpretado por Topher Grace. Em julho de 2007, pouco após a estreia de Homem-Aranha 3, Arad revelaria que a Sony tinha planos de fazer um spin-off estrelado por Venom, para que ele pudesse ser "para os filmes do Homem-Aranha o que Wolverine era para os filmes dos X-Men".
Em julho de 2008, a Sony contrataria Jacob Estes para escrever um roteiro, que colocava Brock vivendo em San Francisco e tentando se reinventar como herói com a ajuda de uma garçonete chamada Honey Horowitz; o vilão seria o Carnificina, que surgiria quando um assassino serial mordesse (pois é) Venom durante o primeiro embate entre os dois. A Sony não tinha certeza quanto a Grace ser o protagonista ideal para esse filme, mas, segundo Arad, ele era a escolha certa para interpretar um "malfeitor de quem as pessoas poderiam gostar"; assim, Estes escreveria o roteiro com Grace em mente, recomendando Martin Donovan para interpretar o Carnificina e ou Rashida Jones, ou Maya Rudolph para o papel de Honey. Mas a Sony não gostaria de alguns detalhes do roteiro de Estes e, em setembro, contrataria Paul Wernick e Rhett Reese para reescrevê-lo. Wernick e Reese optariam por uma abordagem "realística, pé no chão e sombria", na qual Venom não seria um herói, mas um vilão forçado a enfrentar algo pior.
Wernick e Reese entregariam em abril de 2009 a primeira versão do roteiro, que tinha um papel especialmente escrito para Stan Lee e uma sequência na qual o simbionte em fuga passa por várias pessoas, com cada uma delas se tornando extremamente violenta ao se combinar com ele. A Sony não gostaria da abordagem sombria, e forçaria a dupla a escrever um filme "mais otimista", com uma segunda versão do roteiro sendo entregue em setembro de 2009. A Sony seguiria insatisfeita, e pediria para que Gary Ross, que na época estava reescrevendo o roteiro do cancelado Homem-Aranha 4, reescrevesse o roteiro de Wernick e Reese, considerando-o também para a direção do filme. Ao ler a versão preliminar de Ross, Grace diria ser improvável que ele retornasse ao papel, já que a Sony queria fazer de Venom não um vilão motivado a cometer atos heroicos, mas um herói desde o início, e isso não combinava com a forma como o personagem foi retratado em Homem-Aranha 3.
Em janeiro de 2010, a Sony anunciaria que Sam Raimi estava se desligando dos filmes do Homem-Aranha, e que ela aproveitaria para fazer um reboot da série, com um novo elenco. Isso significava que um filme do Venom agora não precisava se prender à aparição do personagem em Homem-Aranha 3, e, em março de 2012, quando O Espetacular Homem-Aranha estava prestes a ser lançado, negociações começaram entre o estúdio e Josh Trank para que ele fosse o diretor e roteirista de Venom. Trank e Robert Siegel escreveriam um roteiro no estilo de O Máskara, com Brock sendo controlado pelo simbionte e fazendo coisas contra sua vontade, mas violento e sombrio, que provavelmente receberia classificação R - menores de 17 anos só podem assistir acompanhados de um responsável.
Após o lançamento de O Espetacular Homem-Aranha, em junho de 2012, o produtor Matt Tolmach conversaria com Arad sobre a possibilidade de a Sony criar um "Universo Aranha", com vários filmes ambientados no mesmo universo levando a um filme que contasse com a presença de todos os seus personagens, como a Marvel havia feito em Os Vingadores, de maio de 2012; dentro desse plano, o roteiro de Trank e Siegel não se encaixava. O projeto do filme do Venom, então, ficaria suspenso por mais um ano, até que, em dezembro de 2013, a Sony anunciaria oficialmente que O Espetacular Homem-Aranha 2: A Ameaça de Electro, de 2014, seria o primeiro de seu "Universo Aranha", preparando o terreno para filmes estrelados por Venom, pelo Sexteto Sinistro, e até mesmo pela Tia May, todos sob o comando de Tolmach, que faria o papel que na Marvel cabe a Kevin Feige.
Em abril de 2014, Tolmach anunciaria que Venom estava oficialmente em pré-produção, com Alex Kurtzman, Roberto Orci e Ed Solomon escrevendo o roteiro e Kurtzman dirigindo; segundo ele, Venom faria sua estreia em O Espetacular Homem-Aranha 3, previsto para 2016, e Venom seria lançado entre aquele e O Espetacular Homem-Aranha 4, previsto para 2018. O fracasso de público e crítica de O Espetacular Homem-Aranha 2, entretanto, faria com que O Espetacular Homem-Aranha 3 fosse adiado para 2018, mas Venom confirmado para 2017, com Venom então estreando em seu próprio filme e fazendo uma participação especial em O Espetacular Homem-Aranha 3. Tudo isso mudaria de novo em fevereiro de 2015, quando a Sony anunciaria ter chegado a um acordo com a Marvel para fazer um novo reboot do Homem-Aranha, integrado ao MCU, com todos os planos de filmes do "Universo Aranha" sendo suspensos por tempo indeterminado. Kurtzman e Solomon seguiriam com a incumbência de escrever um roteiro para Venom, mas interromperiam seus trabalhos em novembro de 2015, acreditando que o projeto havia sido cancelado.
A Sony, contudo, ainda não havia desistido, e, em março de 2016, contrataria Dante Harper para escrever um novo roteiro, dessa vez para um filme totalmente independente, sem nenhuma ligação com qualquer filme do Homem-Aranha passado ou futuro - Harper, inclusive, diria ter recebido instruções para escrever uma história de Venom sem nenhuma menção ao Homem-Aranha, como se o personagem nem existisse no universo do filme. O roteiro de Harper seria reescrito um ano depois por Scott Rosenberg e Jeff Pinkner, que, graças ao sucesso de Deadpool e Logan, receberiam autorização para fazer um filme de classificação R, mas receberiam instruções para que o orçamento fosse o mais baixo possível. Para a direção, a Sony consideraria Adi Shankar, Adam Wingard e David F. Sandberg, que chegaria a ler o roteiro e se mostrar favorável, mas preferiria assinar com a Warner para dirigir Shazam!; a direção, então, ficaria com Ruben Fleischer, de Zumbilândia, que se diria "fã de longa data" de Venom, e "empolgado com as possibilidades" que o filme apresentava. Fleischer seria anunciado em maio de 2017, na mesma coletiva em que a Sony anunciaria que Tom Hardy interpretaria Eddie Brock, e que Venom seria o primeiro filme do chamado SSU, de Sony's Spider-Man Universe, uma série de filmes estrelados por personagens do universo do Homem-Aranha nos quadrinhos, mas sem ligação com os filmes do MCU.
O roteiro seria creditado a Rosenberg, Pinkner e Kelly Marcel, que, em outubro de 2017, o reescreveria para mudar alguns pontos que a Sony considerou "problemáticos" - principalmente porque o estúdio voltaria atrás e decidiria que o filme deveria ser PG-13 (maiores de 13 anos podem assistir desacompanhados). O filme seria inspirado principalmente nas minisséries Lethal Protector e Planet of the Symbiotes, publicada em cinco edições entre julho e outubro de 1995; segundo Pinkner, o maior desafio foi fazer com que um personagem cuja origem é intrinsecamente ligada ao Homem-Aranha funcionasse sem a presença do Homem-Aranha, e que, para isso, ele e Rosenberg se inspirariam não somente em Lethal Protector, mas também no Venom da linha Ultimate, que não é alienígena, tendo sido criado por engenharia genética, e nunca foi um uniforme do Homem-Aranha.
No filme, pelo menos, Venom é alienígena, e chega à Terra através de um cometa explorado por uma sonda da Fundação Life. Eddie Brock é um jornalista desacreditado que fica sabendo através de documentos secretos que a Fundação faz testes com cobaias humanas, e decide invadir o laboratório para obter provas e recuperar seu prestígio. Durante essa invasão, ele acaba se combinando ao simbionte, que revela que sua raça usa o cometa para encontrar planetas nos quais eles possam sobreviver e devorar toda a vida; Venom, que é como o simbionte se chama, promete poupar Eddie se ele ajudá-lo a escapar, e confere a ele poderes sobre-humanos ao cobrir totalmente seu corpo. Mas o maior problema de Eddie é Carlton Drake, presidente da Fundação Life, que quer usar os simbiontes para seus próprios propósitos, e decide perseguir o jornalista para matá-lo e se combinar com Venom. O elenco conta com Tom Hardy como Eddie Brock e a voz de Venom; Michelle Williams como Anne Weying, advogada e ex-noiva de Eddie; Riz Ahmed como Carlton Drake; Scott Haze como Roland Treece, chefe da segurança de Drake; Reid Scott como Dan Lewis, novo namorado de Anne; Jenny Slate como a cientista Dora Skirth; e Peggy Lu como a Sra. Chen, dona de um mercadinho que Eddie frequenta. Woody Harrelson faz uma participação como Cletus Kasady na cena intercréditos; Chris O'Hara aparece brevemente como o astronauta John Jameson; e Stan Lee faz uma aparição como um homem caminhando com seu cachorro. Tom Holland gravaria uma participação especial como Peter Parker, removida do filme a pedido da Marvel.
As filmagens ocorreriam em Atlanta e Nova Iorque, com apenas algumas cenas sendo filmadas em San Francisco - onde o filme é ambientado - já no final das gravações; algumas cenas extras teriam de ser filmadas e outras refilmadas em Los Angeles, já durante a pós-produção. Todos os efeitos especiais do filme ficariam a cargo de uma única empresa, a anglo-indiana DNEG, que, para criar a aparência do simbionte, filmaria coloides deslizando e estudaria imagens de amebas. As cenas que mostram Eddie e o simbionte se combinando usaram efeitos práticos e um modelo de computação gráfica de Hardy. Venom seria um personagem totalmente digital, de 2,31 m de altura e pele negra oleosa, inspirada da das orcas; para que ele não desaparecesse nas cenas à noite, seria usada uma técnica de iluminação originalmente criada para comerciais de carro, que fazia com que a pele de Venom refletisse parte do ambiente a seu redor. Como a origem do personagem não está ligada à do Homem-Aranha, ele não tem a aranha branca no peito, mas, para que não fosse totalmente preto, foram adicionados detalhes brancos em seu tronco que lembram vagamente um V. A lingua seria animada à parte, e adicionada ao restante do personagem ao final da pós-produção, e, como os olhos dele não têm pupilas, seu formato muda a cada cena para que ele possa ter expressões faciais e os espectadores saibam para onde ele está olhando. Hardy dublaria as falas de Venom - gravando-as anteriormente e ouvindo-as em um ponto eletrônico ao gravar as cenas em que Eddie conversa com o simbionte - e desejava fazer a captura de movimentos do personagem, o que não foi possível devido às diferenças físicas entre os dois, sendo usado um dublê de 2,08 m de altura com saltos plataforma e um capacete comprido para cima.
Venom estrearia nos cinemas em 5 de outubro de 2018; com orçamento de 100 milhões de dólares, renderia 213,5 milhões apenas nos Estados Unidos e 856 milhões somando o mundo todo, sendo o sexto filme mais rentável do ano e considerado um grande sucesso pela Sony. A crítica não o veria da mesma forma, porém, considerando-o caótico e barulhento, seu enredo bagunçado, seu roteiro incoerente, e que Venom não conseguiria se manter interessante sem a presença do Homem-Aranha. Desde o início, contudo, já estava certo que o filme seria o primeiro de uma série, e o sucesso de público bastou para que a Sony desse a luz verde para uma continuação.
Se dependesse da Sony, o Carnificina seria o vilão do primeiro filme, mas Pinkner e Roseberg argumentariam que deixar o vilão para um segundo filme permitiria desenvolver melhor a história de Venom, e Fleischer concordaria, dizendo que a franquia teria para onde ir caso um vilão tão importante fosse preservado. Diante da certeza de que o Carnificina seria o vilão do segundo filme, Fleischer convidaria Woody Harrelson, com quem havia trabalhado em Zumbilândia, para interpretá-lo, achando que o alter ego do personagem, o psicopata Cletus Kasady, se parecia com o personagem que Harrelson havia interpretado em Assassinos por Natureza. Harrelson aceitaria o papel durante um jantar com Fleischer e Hardy ainda durante a produção de Venom, mas, em entrevistas posteriores, admitiria que foi um tiro no escuro, já que ainda nem havia roteiro do segundo filme quando ele assinou o contrato; o acerto possibilitaria, entretanto, que Harrelson gravasse a tal cena intercréditos para Venom já interpretando Kasady.
A Sony reservaria a data de outubro de 2020 para a estreia do então chamado Venom 2, mas nem Pinkner, nem Rosenberg, nem Fleischer retornariam para a sequência: em janeiro de 2019, Marcel seria anunciada como a única roteirista, e Fleischer declararia não poder retornar por estar envolvido com as filmagens de Zumbilândia: Atire Duas Vezes, já que a Sony não aceitou que ele só começasse a trabalhar em Venom 2 após a conclusão desse filme. A Sony convidaria Rupert Sanders, que não aceitaria, e, em julho de 2019, assinaria com Andy Serkis, segundo o estúdio, devido à sua experiência com captura de movimentos e personagens de computação gráfica - já que Serkis, dentre outros, havia sido o "intérprete" de Gollum, na trilogia O Senhor dos Anéis. Diferentemente do que muitos imaginam, essa não seria a estreia de Serkis na direção, já que ele já havia dirigido Uma Razão para Viver, de 2017, e Mogli: Entre Dois Mundos, de 2018. Tolmach tinha esperança de que o filme pudesse ser feito com classificação R, principalmente devido ao sucesso de Coringa, mas acabaria vencido pelo argumento de que foi a classificação PG-13 que permitiu a grande bilheteria de Venom, com o segundo filme também tendo classificação PG-13.
As filmagens começariam em novembro de 2019 - curiosamente, após a estreia de Zumbilândia: Atire Duas Vezes - e ocorreriam quase que integralmente em San Francisco, onde o filme é ambientado, com algumas cenas sendo gravadas em Londres, Inglaterra. Matrix Resurrections estava sendo filmado ao mesmo tempo em San Francisco, de forma que várias locações de Venom 2 tiveram de ser mudadas em cima da hora porque já haviam sido reservadas para o filme da Warner; em uma determinada cena, helicópteros da produção de Matrix podem ser vistos ao fundo, com a explicação de Venom sendo a de que são helicópteros da polícia procurando por Kasady. O filme tem uma cena intercréditos na qual Eddie é transportado para o MCU durante os eventos de Homem-Aranha: Sem Volta para Casa, assistindo na TV acenas de Homem-Aranha: Longe de Casa nas quais J. Jonah Jameson incrimina Peter Parker pela morte de Mystério; essa cena seria filmada por Jon Watts durante a produção do filme do Homem-Aranha.
Quando a quarentena da pandemia começou, as filmagens já estavam concluídas, e o filme se encontrava na pós-produção, com Serkis tendo de acompanhar o processo de forma remota. O filme ficaria pronto antes da data prevista, que a Sony planejava manter, mas acabaria tendo de alterar porque em outubro de 2020 os cinemas ainda não estavam abertos ao público. Naquele mês, a Sony divulgaria o título oficial do filme, Venom: Let There Be Carnage (Venom: Tempo de Carnificina, em português), após a imprensa vazar o título provisório Venom: Love Will Tear Us Apart, em homenagem à canção do Joy Division, e anunciaria junho de 2021 como a nova data prevista de estreia. Serkis aproveitaria o tempo extra para refinar os efeitos especiais e cortar mais 15 minutos do filme, que ele queria que fosse "intenso", mas tinha algumas cenas que ele estava achando arrastadas demais.
A data de estreia ainda seria adiada mais três vezes, devido ao surgimento de novas variantes do vírus da Covid nos Estados Unidos, com a Sony chegando a considerar estrear o filme apenas em 2022, mas decidindo por 1 de outubro de 2021 após a Disney lançar Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis no cinema e obter boa bilheteria. Com orçamento de 110 milhões de dólares, Venom: Tempo de Carnificina renderia 213 milhões nos Estados Unidos e quase 507 milhões somando o mundo inteiro, sendo considerado um sucesso pela Sony. O filme teria a melhor bilheteria de primeiro fim de semana no pós-pandemia até então, com 90,1 milhões de dólares, inclusive ultrapassando o primeiro Venom (que havia somado 80,3 milhões), e seria o segundo de maior bilheteria no pós-pandemia até então, atrás apenas de Shang-Chi, fechando o ano como o terceiro mais assistido de 2021, atrás de Shang-Chi e Homem-Aranha: Sem Volta para Casa. A crítica mais uma vez não ficaria tão entusiasmada quanto o público, elogiando as performances de Hardy e Harrelson e a química entre Eddie e Venom, mas considerando o roteiro bobo e previsível, e declarando que o filme somente agradaria aos fãs.
No filme, Kasady é um assassino serial preso em uma instituição de segurança máxima, que alega só aceitar dar entrevistas para Eddie. Durante uma visita, parte do simbionte de Venom se solta e entra no corpo de Kasady, se transformando em um novo simbionte chamado Carnificina, que usa seus novos poderes para escapar e libertar a namorada de Kasady da prisão Ravencroft, para indivíduos com poderes sobre-humanos - já que ela tem o poder de emitir gritos ultrassônicos, o que lhe rendeu o apelido de Shriek (palavra usada em inglês para se referir a um grito bem agudo). Após libertar Shriek, Carnificina põe em prática a segunda parte de seu plano: matar Eddie e Venom, para que ninguém possa impedi-lo de viver como quiser. O elenco conta com Tom Hardy como Eddie Brock / Venom; Woody Harrelson como Cletus Kasady / Carnificina; Michelle Williams como Anne Weying; Naomie Harris como Frances Barrison / Shriek; Reid Scott como Dan Lewis; Stephen Graham como o detetive de polícia Patrick Mulligan; e Peggy Lu como a Sra. Chen.
Após o lançamento de Tempo de Carnificina, Hardy, que havia assinado para três filmes, declararia que a Sony estava planejando fazer um crossover de Venom com o MCU, e Tom Holland, intérprete do Homem-Aranha, confirmaria ter conversado com a produtora Amy Pascal sobre a possibilidade de fazer uma participação no terceiro filme do Venom. Em abril de 2022, Marcel seria anunciada como roteirista também do terceiro filme, além de diretora, sendo esta sua estreia na função, já que Serkis, apesar de ter manifestado interesse em dirigir, estava envolvido com a produção do longa de animação A Revolução dos Bichos. Em sua primeira entrevista após o anúncio, Marcel diria que o terceiro filme não teria qualquer ligação com o MCU, e que daria um encerramento à trilogia de Venom, com Hardy dando várias ideias quanto a detalhes da história.
Fortemente inspirado em Separation Anxiety, o filme começa com Eddie em fuga após ser acusado pelo assassinato do detetive Mulligan. Sem que ele saiba, uma organização chamada Imperium, sediada na famosa Área 51, conseguiu capturar simbiontes, e estuda como utilizá-los como arma, mas sempre falha em combiná-los com hospedeiros; ao descobrir que Venom ainda está vivo, o Imperium envia o ex-militar Rex Strickland para capturá-lo, para poder estudar como a simbiose entre Eddie e Venom funcionou. Como se isso já não fosse problema suficiente, Venom ainda é caçado por um xenófago, criatura alienígena enviada por Knull, criador de todos os simbiontes, que precisa de seu código genético para escapar da prisão onde está confinado. Assim, Eddie e Venom têm a missão de limpar o nome do repórter, fugir do xenófago e libertar os simbiontes presos pelo Imperium, algo que talvez possa se mostrar fatal para a dupla. O elenco traz Tom Hardy como Eddie Brock / Venom; Chiwetel Ejiofor como Rex Strickland; Juno Temple como a Dra. Teddy Paine, cientista que trabalha para o Imperium e tem o braço direito paralisado por ter sido atingida por um raio na infância; Clark Backo como Sadie Christmas, pesquisadora do Imperium que se torna aliada de Venom; Stephen Graham como Patrick Mulligan; Peggy Lu como a Sra. Chen; Rhys Ifans como Martin Moon, hippie fanático por alienígenas que está indo visitar a Área 51 com sua esposa, Nova (Alanna Ubach), e seus filhos, Echo (Hala Finley) e Leaf (Dash McCloud), e dá uma carona a Eddie em sua kombi; Reid Scott como o líder do Imperium, que só aparece nas sombras; e Andy Serkis como Knull.
As filmagens começariam em junho de 2023 na Espanha e Inglaterra, mas teriam de ser interrompidas no mês seguinte devido às greves dos roteiristas e dos atores de Hollywood, somente retornando em novembro, em Las Vegas. As greves fariam com que, mais uma vez, a data prevista de estreia tivesse de ser alterada três vezes. Os efeitos especiais ficariam a cargo das empresas Industrial Light & Magic, DNEG, Digital Domain, Rodeo FX, Territory Studio, Torchlight, Host, e Third Floor, Inc.
Com o nome de Venom: A Última Rodada (Venom: The Last Dance, no original), o filme estrearia em 25 de outubro de 2024; com orçamento de 120 milhões de dólares, renderia 139 milhões nos Estados Unidos e 479 milhões quando somado o mundo todo, sendo considerado um sucesso, mas por pouco. A crítica, curiosamente, seria mais receptiva, elogiando a performance de Hardy e considerando o filme o melhor da trilogia, embora a fraqueza do roteiro e algumas cenas consideradas absurdas tenham sido bastante criticadas.
Pouco antes do lançamento de A Última Rodada, Marcel diria em entrevistas que, embora o filme encerre definitivamente o arco de história iniciado em Venom, a aparição de Knull deixa claro que seria possível a introdução de simbiontes em futuros filmes do SSU, não descartando participações de Venom em alguns deles; Hardy também se diria favorável a participar como Eddie Brock de outros filmes do SSU, e que ainda não havia descartado a possibilidade de participar de um filme do Homem-Aranha com Holland. Em dezembro de 2024, entretanto, uma fonte da Sony diria extra-oficialmente que o SSU, que, além dos três Venom, contava com Morbius e Madame Teia, seria encerrado após o filme seguinte, Kraven, o Caçador; a posição oficial do estúdio seria a de que, como um universo compartilhado jamais havia sido oficialmente estabelecido, o encerramento do SSU não significava nada em termos práticos, e que a Sony continuaria fazendo filmes estrelados por personagens do universo do Homem-Aranha. O que isso significa para a carreira de Hardy como Eddie Brock, só o futuro dirá.
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