domingo, 28 de janeiro de 2024

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Uma Equipe Muito Especial

Embora eu goste de deixar a TV ligada pra fazer outras coisas enquanto está passando um jogo, e, quando me lembro, goste de ver o último jogo da World Series, não considero beisebol um dos meus esportes preferidos. Por causa disso, não costumo me animar a assistir filmes sobre beisebol - nunca assisti Campo dos Sonhos nem O Homem que Mudou o Jogo, só pra citar dois famosos. Existe um filme sobre beisebol, porém, que eu adoro, talvez por nostalgia, por ter assistido no início da adolescência e ter memórias boas dele, ou talvez por não ser um filme sobre beisebol convencional, e sim sobre uma parte da história do esporte que eu achei muito interessante. Esse filme recentemente foi reimaginado como uma série, e, desde que eu terminei de assistir a série, penso em fazer um post sobre ele. O dia desse post será hoje, e o nome desse filme, em português é Uma Equipe Muito Especial.


Uma Equipe Muito Especial, cujo título original é A League of Their Own ("uma Liga só delas"), partiu de uma ideia da atriz e diretora Penny Marshall, famosa por ter interpretado a personagem Laverne na série de comédia Laverne & Shirley, entre 1976 e 1983, e por ter dirigido Quero Ser Grande, com Tom Hanks, primeiro filme dirigido por uma mulher a render mais de 100 milhões de dólares na bilheteria. Em 1989, Marshall assistiria a um documentário de 1987 sobre a AAGPBL, a primeira liga esportiva profissional feminina dos Estados Unidos, e, mesmo sem nunca ter ouvido falar sobre a Liga, achou que sua história daria um excelente filme, entrando em contato com as realizadoras do documentário (que também se chamava A League of Their Own), Kelly Candaele e Kim Wilson. Das conversas entre as três surgiria uma sinopse, que Marshall apresentaria à 20th Century Fox em 1990. A Fox deu luz verde e contratou os roteiristas Babaloo Mandel e Lowell Ganz para o projeto; como também não conheciam a AAGPBL, os dois decidiriam também pedir ajuda a Cadaele e Wilson, com o filme acabando sendo creditado a Mandell e Ganz a partir de uma história de Candaele e Wilson. No fim do ano, entretanto, a Fox desistiria do projeto; como o roteiro já estava quase pronto, Marshall procuraria outro estúdio, e acabaria fechando com a Sony, que o produziria através da Columbia Pictures.

O filme é o que atualmente é chamado de "ficção histórica": a AAGPBL realmente existiu, a forma como ela foi criada é retratada no filme, e os nomes dos times do filme são os mesmos da liga real; os nomes das jogadoras e os eventos pelos quais elas passam durante o filme, por outro lado, são inventados, nenhum deles tendo ocorrido daquela maneira. A reunião das jogadoras em 1988 para a inauguração de uma seção sobre a AAGPBL no Hall da Fama do Beisebol, ponto de partida do filme, foi um evento real, embora as fotos em exibição no Hall da Fama do filme sejam das atrizes, tendo sido tiradas durante as filmagens, e não das jogadoras reais - algumas das jogadoras reais, entretanto, participam como figurantes no filme, e jogam uma partida de beisebol durante os créditos. No geral, o filme não serve para contar a história da AAGPBL, mas tem o mérito de resgatar e preservar a memória da Liga, uma parte importantíssima do beisebol norte-americano, que, por várias razões, não é muito divulgada ou conhecida.

A história da AAGPBL começa em 1943, em plena Segunda Guerra Mundial. O serviço militar nos Estados Unidos é opcional, mas, em época de guerra, os homens em condições de lutar podem ser convocados, sendo obrigados a se apresentar, em um processo chamado draft; o draft mais famoso e conhecido fora de lá, por causa dos inúmeros protestos de jovens que não queriam ir para a Guerra, incluindo o famoso boxeador Muhammad Ali, foi o da Guerra do Vietnã, mas, na Segunda Guerra Mundial, também houve um draft, no qual foram convocados muitos jogadores de beisebol. Com pouca gente para colocar em campo, a maioria dos times sofria para conseguir continuar disputando os campeonatos, e muitas Ligas pensavam em encerrar suas atividades ou suspendê-las enquanto os jogadores não retornassem da Guerra.

Para tentar mitigar o prejuízo que seria causado por uma suspensão da MLB, a principal liga de beisebol dos Estados Unidos, o executivo Philip K. Wrigley, dono dos Chicago Cubs e filho de William Wrigley Jr., magnata da indústria do chiclete, de quem Philip havia herdado a presidência da Wrigley Company, na década de 1940 uma das maiores fabricantes de doces do país, teve uma ideia, digamos, inusitada: os homens estavam indo lutar na Guerra, mas um monte de mulheres estava sem fazer nada, só cuidando de suas casas enquanto esperava que eles voltassem - então por que não criar uma liga feminina, colocando essas mulheres para jogar beisebol?

Na reunião que criaria a liga feminina também estariam presentes o executivo da MLB Paul V. Harper e o ex-jogador Branch Rickley, uma das figuras mais importantes do beisebol norte-americano, que, após uma carreira sem muito destaque nos St. Louis Browns e New York Highlanders entre 1905 e 1907, se tornaria diretor executivo dos Browns, passando depois para os St. Louis Cardinals (que não são o mesmo time; os Browns se mudariam para Baltimore em 1953 e mudariam de nome para Baltimore Orioles) e então para os Brooklyn Dodgers, onde seria o responsável por "quebrar a barreira da cor" e contratar o primeiro jogador negro da MLB, Jackie Robinson, em 1947. Rickley também seria um dos criadores do atual farming system, sistema pelo qual cada time da MLB possui contratos com alguns times de ligas menores, para que os jogadores peguem experiência antes de ir para a liga principal, e pela criação do capacete usado pelos rebatedores, então criar uma liga feminina estava de acordo com as inovações que ele gostava de fazer.

Evidentemente, as mulheres que jogariam na liga não viriam do nada, jogando beisebol pela primeira vez. Na época, o beisebol era considerado um esporte inapropriado para mulheres, mas seu parente próximo, o softbol, já era bastante popular entre as moças, com várias ligas amadoras femininas de softbol estando a pleno vapor principalmente no Meio-Oeste. Na reunião que criou a liga, ficaria definido que a Wrigley seria a patrocinadora do torneio, criando os times e determinando as cidades nas quais eles jogariam, e que as jogadoras seriam recrutadas principalmente dessas ligas de softbol, com olheiros da MLB sendo enviados para assistir os jogos e convidar as melhores para um teste. Além disso, mesmo com o esporte sendo considerado inadequado, havia mulheres que jogavam beisebol por diversão, algumas se apresentando aos olheiros, outras aparecendo por conta própria nos dias dos testes. Infelizmente, assim como a MLB, a liga feminina seria "informalmente segregada" - não havia nada no regulamento que dizia que negros não podiam jogar, mas nenhum time contratava jogadores negros - o que significou que os olheiros não selecionaram nenhuma jogadora negra, e as poucas que apareceram nos dias dos testes foram proibidas de participar.

Os testes ocorreram ao longo de uma semana no Wrigley Field, estádio dos Chicago Cubs. Cerca de 200 jogadoras foram testadas, das quais 60 foram contratadas para formar quatro equipes. Seguindo o modelo dos esportes americanos, cada equipe teria o nome da cidade que ela representaria seguido por um apelido; duas das equipes seriam sediadas no estado do Wisconsin (Kenosha Comets e Racine Belles), uma no Illioins (Rockford Peaches) e uma no Indiana (South Bend Blue Sox) - para cortar custos de viagem, já que a gasolina estava caríssima, dentre outros motivos, por causa da Guerra, Wrigley decidiria que todas as equipes estariam localizadas dentro de um raio de 100 milhas a partir de Chicago, onde ficaria a sede da Liga. A comissão técnica de cada time era totalmente masculina, e os técnicos eram ex-jogadores da MLB, os mais famosos sendo Jimmie Foxx e Max Carey.

Os uniformes seriam criados por Otis Shepard, responsável pelos uniformes dos Chicago Cubs e considerado "o estilista-chefe do beisebol na metade do século". Shepard, que também criaria todos os elementos visuais da Liga, incluindo os emblemas dos times, cada um baseado no brasão da cidade que o time representava, e todo o material promocional, seria auxiliado na criação dos uniformes por sua esposa, Helen, e pela jogadora Ann Harnett, primeira a assinar contrato com a Liga, e se inspiraria nos uniformes usados no tênis, no hóquei e na patinação artística da época: uma túnica com botões e um cinto que, quando abotoada e afivelada, se parecia com uma camisa de mangas curtas com uma saia na altura dos joelhos, com o escudo do time bem no meio do peito - muitas jogadoras protestariam contra o uniforme, alegando que era muito mais difícil jogar com ele do que com um uniforme de softbol. Completavam o uniforme um boné de beisebol, meias na altura dos joelhos e uma bermudinha para evitar acidentes. Cada time receberia uma cor, com os bonés, botões, cintos, meias e bermudas sendo de um tom mais escuro dessa mesma cor: verde para Kenosha, azul para South Bend, amarelo para Racine e pêssego para Rockford. Conforme mais times fossem adicionados à liga, a preferência era que cada um tivesse uma cor diferente; uniformes "reserva", de cores diferentes para jogos entre times de cores parecidas, só seriam introduzidos em 1948.

Uma bizarrice a respeito da seleção nos testes foi que a habilidade das jogadoras não foi o fator principal para que elas fossem aprovadas: a habilidade era fundamental e a falta dela levava ao corte, mas o critério principal para uma jogadora ser selecionada ou não era a "feminilidade". Assim, se uma jogadora fosse extremamente habilidosa, mas fosse considerada "feia", "masculinizada" ou tivesse qualquer atributo que não a tornasse atraente para o público masculino, seria cortada. Todas as jogadoras tiveram aulas de etiqueta e comportamento com ninguém menos que Helena Rubinstein, dona de uma das maiores empresas de cosméticos do mundo, e cada time tinha uma chaperone, uma mulher mais velha que as policiava, cuidava para que andassem na linha, e as punia caso as regras fossem desrespeitadas - dentre outras restrições, as jogadoras não podiam cortar o cabelo curto, e, quando estivessem em público, não podiam beber ou fumar, nem vestir calças compridas, e deveriam estar sempre usando batom. As punições eram uma multa pela primeira ofensa, multa em dobro pela segunda e suspensão pela terceira - sendo que pelo menos uma jogadora foi demitida por cortar o cabelo curto. Isso jamais seria admitido oficialmente, mas a escolha das jogadoras por sua feminilidade, o código de conduta e o uniforme faziam parte de uma estratégia da Wrigley para atrair o público masculino, garantindo o sucesso da Liga.

A primeira temporada começaria em 30 de maio de 1943; a primeira fase teria 216 jogos, com cada time enfrentando cada um dos outros três 18 vezes no primeiro turno e mais 18 no segundo turno, com o campeão de cada turno se classificando para a World Series, disputada em melhor de cinco jogos. Nessa primeira temporada, as regras não seriam as do beisebol, mas regras híbridas entre as do beisebol e as do softbol, sendo usada a mesma bola e estilo de arremesso do softbol, mas a distância entre as bases ficando entre as do beisebol e as do softbol, dentre outros detalhes; por causa disso, o primeiro nome da Liga foi All-American Girls Softball League (AAGSBL) - como o intuito era vender o torneio como uma liga de beisebol, entretanto, um pouco antes do fim do primeiro turno o nome seria alterado para All-American Girls Baseball League (AAGBBL). As primeiras campeãs foram as Racine Belles, campeãs do primeiro turno, que, na World Series, derrotaram as Kenosha Comets, campeãs do segundo turno, por 3 jogos a 0. Somando todos os jogos, a temporada venderia 176 mil ingressos, quase nada para hoje, mas o suficiente para que a Liga fosse considerada um grande sucesso e as jogadoras tivessem seus contratos renovados para 1944.

Para a temporada de 1944, a Liga começaria a usar o nome All-American Girls Professional Baseball League (AAGPBL), pelo qual ficaria conhecida até hoje, embora em 1945 ele tenha voltado a ser All-American Girls Baseball League (AAGBBL), e em 1950 tenha mudado para American Girls Baseball League (AGBL). A inclusão da palavra professional no nome da Liga visava deixar claro que as jogadoras eram pagas para jogar, o que dava ao torneio um ar sério, diferenciando-o das ligas regionais amadoras de softbol; a partir de 1944 as regras também passariam a ficar cada vez mais parecidas com as do beisebol, com a distância entre as bases e a entre o montinho do arremessador e o home plate aumentando e a bola diminuindo a cada ano, embora o arremesso ao estilo do beisebol só tenha passado a ser permitido em 1948 e bolas idênticas às do beisebol só tenham sido usadas em 1954.

Dois novos times estreariam em 1944, as Milwaukee Chicks (do Wisconsin) e as Minneapolis Millerettes (de Minnesota), que ganharam esse nome porque a cidade tinha um time masculino chamado Minneapolis Millers. O regulamento continuaria com dois turnos, com as campeãs de cada turno se enfrentando na World Series, mas agora cada time só faria 11 ou 12 jogos contra cada uma das adversárias, para um total de 59 jogos por turno, e a World Series seria em melhor de sete jogos - tendo como campeãs as Milwaukee Chicks, vencedoras do segundo turno, que derrotariam as Kenosha Comets, vencedoras do primeiro, por 4 jogos a 3.

O sucesso da AAGPBL também levaria à criação de uma segunda liga feminina, a National Girls Baseball League, fundada por Emery Parichy, dono da Metropolitan League, liga amadora feminina de softbol somente com times da Grande Chicago, que perdeu suas principais jogadoras para a AAGBPL, Charles Bidwill, dono do time de futebol americano Chicago Cardinals, e o político Ed Kolski. A NGBL contaria com seis times (Bloomer Girls, Bluebirds, Chicks, Queens, Music Maids e Sparks), todos sediados em cidades da Grande Chicago e todos de propriedade de Parichy, também usaria regras híbridas entre as do beisebol e as do softbol, embora com algumas diferenças em relação às regras da AAGPBL, e teria uniformes parecidos, mas com shorts ao invés de saias. Uma das principais atrações da NGBL era o Comissário da Liga, Red Grange, um dos mais famosos jogadores de futebol americano da época; ex-jogadores famosos da MLB, como Buck Weaver e Woody English, atuariam como team managers, o que também contribuiria para que a NGBL se tornasse notícia.

A NGBL seria um sucesso ainda maior que a AAGBPL, com média de 500 mil ingressos vendidos por ano, com alguns jogos chegando a ter mais público que os dos Chicago White Sox pela MLB, e os principais jogos eram em estádios famosos como o Parichy Stadium, o Soldier Field e o Wrigley Field, mas o fato de todos os times serem da mesma região fazia com que ela fosse menos noticiada no restante do país. Como ela pagava salários maiores que a AAGPBL, e as distâncias viajadas para jogar fora de casa eram menores, muitas jogadoras da AAGPBL decidiriam mudar de liga e assinar contrato com a NGBL, às vezes no meio da temporada; para tentar compensar, a AAGPBL abordava as jogadoras de NGBL que pudessem estar insatisfeitas com a reserva e as ofereceria titularidade. Em 1946, a situação ficaria tão insustentável que os dirigentes da NGBL e da AAGPBL se reuniriam e firmariam um acordo segundo o qual a troca de jogadoras entre as ligas só poderia ser feita fora de temporada. No final da temporada de 1952, as melhores jogadoras da AAGPBL e da NGBL seriam convidadas para jogar um torneio em Miami chamado International Girls Baseball League, que visava criar uma nova liga na Flórida. Elas foram divididas em quatro times (Miami Maids, Miami Beach Belles, Hollywood Queens e Fort Lauderdale Rockettes), que deveriam jogar 120 jogos cada, entre dezembro de 1952 e abril de 1953; entretanto, em janeiro de 1953, quando cada time só tinha jogado entre 12 e 16 jogos, a IGBL foi cancelada sem uma conclusão.

Uma das principais estratégias de Wrigley para popularizar a AAGPBL seria investir na publicidade, contratando o publicitário Arthur E. Meyerhoff para fazer toda a campanha, que incluía anúncios pagos nas revistas Time, Life, Seventeen, Newsweek e American Magazine, em jornais das cidades onde os times eram sediados, e pequenos curtas exibidos nos cinemas - esses um tanto cômicos, já que, ao mesmo tempo em que elogiavam as habilidades atléticas das jogadoras, deixava claro que elas eram "mulheres exemplares", exaltando "habilidades" como fazer tricô ou passar café. No final da temporada de 1944, a Wrigley, passando por dificuldades financeiras, pensaria em encerrar a Liga, mas a agência de Meyerhoff assumiria a organização, com a Wrigley passando a ser um patrocinador secundário. Meyerhoff seria "dono da Liga" até 1950, quando um novo contrato estipularia que cada time poderia ter seu próprio dono e patrocinadores.

Em 1945, os dois times que entraram em 1944 mudariam de cidade, as Milwaukee Chicks indo para Michigan e se tornando as Grand Rapids Chicks, e as Milwaukee Millerettes indo para Indiana e se tornando as Fort Wayne Daisies. O regulamento também mudaria, com a primeira fase tendo turno único e cada time fazendo 110 jogos, 22 contra cada adversário; os 4 primeiros se classificariam para as semifinais, em melhor de cinco jogos, e as vencedoras das semifinais fariam a World Series em melhor de sete. As Rockford Peaches ganhariam seu primeiro título ao derrotar as Fort Wayne Daisies. Esse regulamento seria mantido para 1946, que teria dois times novos, as Muskegon Lassies (esse nome, caso alguém esteja pensando, não tem nada a ver com o cachorro; lass, em inglês, significa "moça", então as lassies são as "mocinhas"), de Michigan, e as Peoria Redwings, do Illinois; cada time, na primeira fase, fez 112 jogos, 16 contra cada adversário, e as campeãs foram as Racine Belles, que derrotaram as Peaches para ganhar seu segundo título. Regulamento e times permaneceriam inalterados para 1947, que veria o primeiro título das Grand Rapids Chicks, derrotando as Belles na World Series.

1948 seria o auge da AAGPB, com 910 mil ingressos vendidos somando toda a temporada - mesmo após o fim da Segunda Guerra Mundial e o retorno dos principais jogadores da MLB. Pelo segundo ano consecutivo, os treinos de pré-temporada foram realizados em Cuba, visando a criação de uma liga internacional de beisebol feminino, que jamais se concretizou. Dois novos times foram adicionados, aumentando, o total para 10, ambos de Illinois, as Chicago Colleens e as Springfield Sallies; ambos tiveram público muito abaixo dos outros oito e terminaram em último em seus respectivos grupos, então para 1949 passaram a ser "times de desenvolvimento", fazendo vários amistosos pelos Estados Unidos para que as novas jogadoras adquirissem experiência antes de serem designadas para os demais times. Sim, eu falei grupos, porque, com 10 times, a AAGPBL decidiu usar o sistema de Divisão Oeste (com Racine, Rockford, Peoria, Kenosha e Springfield) e Divisão Leste (Grand Rapids, Muskegon, South Bend, Forth Wayne e Chicago); cada time fazia 15 jogos contra cada adversário de sua própria divisão e 13 contra cada da outra divisão, para um total de 125 jogos, e os 4 primeiros se classificavam para as semifinais de divisão, em melhor de três jogos. As vencedoras das semifinais faziam as finais de divisão, em melhor de cinco jogos, e as vencedoras das finais se enfrentavam na World Series, em melhor de sete. As campeãs foram as Peaches, ganhando seu segundo título ao vencer as Daisies.

Em 1949, com o retorno a oito times, a Liga voltaria ao grupo único com 112 jogos por time, mas com os seis primeiros se classificando para a segunda fase, que tinha um esquema muito doido: os times que terminaram da quarta à sexta posição se enfrentaram na primeira rodada em melhor de três, e os vencedores fizeram uma das semifinais em melhor de cinco; enquanto isso, os times que terminaram em primeiro e segundo fizeram a outra semifinal, em melhor de sete - e os vencedores das semifinais fizeram a World Series, em melhor de cinco, com as Peaches, que terminaram em segundo na primeira fase, vencendo as Chicks, que terminaram em terceiro, para ganhar seu terceiro título. Esse regulamento não fez muito sucesso, e a temporada de 1950 decidiu repetir o de 1946 e 1947; as Lassies mudaram de cidade para Kalamazoo, Michigan (virando as Kalamazoo Lassies), e as Peaches ganharam seu quarto e último título, estabelecendo um recorde, ao vencer mais uma vez as Daisies. Em 1951, seria a vez de as Belles se mudarem para Battle Creek, Michigan (virando as Battle Creek Belles), mas o regulamento seguiria o mesmo, apenas com a diferença de que as semifinais seriam em melhor de três jogos e a World Series em melhor de cinco, com as Blue Sox finalmente ganhando seu primeiro título ao derrotar as Peaches - esses dois times, aliás, foram os únicos que jogaram todas as 12 temporadas da AAGPBL sem mudar de cidade nem de nome.

Na década de 1950 a renda da AAGPBL e da NGBL cairia drasticamente: com a MLB voltando a funcionar em pleno vapor, os jogos femininos cada vez tinham menos público, e com Meywerhoff passando por problemas financeiros, cada time teve de arrumar seu próprio patrocínio. Incapazes de se manter, os times de Chicago, Springfield, Kenosha e Peoria seriam debandados ao final do ano, o que deixaria a AAGPBL apenas com seis para 1952. Cada time faria 110 jogos, 22 contra cada adversário, com os 4 primeiros se classificando para as semifinais, em melhor de três jogos, e os vencedores fazendo a World Series, em melhor de cinco. A World Series teria os mesmos times e o mesmo resultado do ano anterior, com as Blue Sox ganhando seu segundo título ao derrotar as Peaches; ao final da temporada, as Belles se mudariam para Muskegon (virando as Muskegon Belles). A temporada de 1953 teria mais uma vez o mesmo regulamento, mas com a World Series em melhor de três; as Chicks conseguiriam seu terceiro título ao derrotar as Lassies.

As Belles desistiriam de jogar ao final da temporada, e a de 1954 teria apenas cinco times, que fariam 96 jogos cada, 24 contra cada adversário, com as quatro primeiras se classificando para as semifinais - apenas as Peaches não se classificariam - em melhor de três, e a World Series sendo disputada em melhor de cinco e vencida pelas Lassies após derrotar as Daisies. Sem conseguir mais pagar seus próprios custos, tanto AAGPBL quanto NGBL encerrariam suas atividades ao final da temporada de 1954.

Mas esse post era pra falar sobre o filme, que estreou em 1 de julho de 1992 e foi um grande sucesso - com orçamento de 40 milhões de dólares, rendeu 107,5 milhões só nos Estados Unidos, sendo 13,2 milhões somente no primeiro fim de semana; curiosamente, no restante do mundo, talvez por ser um filme sobre beisebol, rendeu apenas 25 milhões. A crítica também receberia bem o filme, elogiando o elenco e as interpretações, e o fato de ser um filme leve e divertido em um ano cheio de lançamentos densos como Instinto Selvagem, Questão de Honra e Um Sonho Distante. Em 2012, Uma Equipe Muito Especial seria escolhido para preservação na biblioteca do Congresso dos Estados Unidos, por ser considerado "culturalmente, historicamente ou esteticamente significativo".

A protagonista do filme é Dottie Hinson (Geena Davis), que mora em uma fazenda no Oregon, e cujo marido, Bob (Bill Pullman), foi convocado para lutar na Segunda Guerra Mundial. Dottie e sua irmã caçula, Kit Keller (Lori Petty, que nos anos 1990 estava em todas), jogam pelo time de softbol da empresa de laticínios para a qual trabalham, mas, enquanto Dottie é bonita, alta e excelente rebatedora e catcher, Kit é baixinha, se acha feia, e é uma arremessadora razoável, mas uma rebatedora com problemas. Um dia, o olheiro Ernie Capadino (Jon Lovitz) assiste a um jogo das irmãs, e convida Dottie para fazer o teste da AAGPBL; ela não tem interesse, mas esse é o sonho da vida de Kit, na qual é Capadino que não está interessado. Para agradar a irmã, Dottie acaba fazendo um trato de que, para ter uma, ele tem de levar as duas, que embarcam num trem para Chicago, para fazer o teste no Wrigley Field - no meio do caminho parando para Capadino ver outra jogadora, Marla Hooch (Megan Cavanagh).

Dottie, Kit e Marla passam no teste e são escaladas para as Rockford Peaches, time para o qual também são selecionadas a ex-dançarina Mae Mordabito (Madonna); sua melhor amiga, Doris Murphy (Rosie O'Donnell); Evelyn Gardner (Bitty Schram), que não tem com quem deixar o filho, Stillwell (Justin Scheller), que passa a acompanhar o time como mascote; Shirley Baker (Ann Cusack), que é tímida e analfabeta; a ex-Miss Geórgia Ellen Sue Gotlander (Freddie Simpson); Betty "Spaghetti" Horn (Tracy Reiner), que, assim como Dottie, tem um marido lutando na Guerra; e mais Helen Haley (Anne Ramsey), Alice Gaspers (Renée Coleman), Linda "Beans" Babbitt (Robin Knight) e Beverly Dixon (Kelli Simpkins). O time terá como técnico o ex-jogador dos Chicago Cubs Jimmy Dugan (Tom Hanks), que, após ter a carreira abreviada por um problema de saúde, se tornou alcóolatra, e é praticamente obrigado a treinar o time por Walter Harvey (Gary Marshall), magnata do chocolate responsável pela criação da Liga. Outros personagens de destaque são o publicitário Ira Lowenstein (David Strathairn), que acredita mais no sucesso da Liga que o próprio Harvey; Charlie Collins (Don S. Davis), técnico das Racine Belles, principais rivais das Peaches; a Srta. Cuthburt (Pauline Brailsford), chaperone das Peaches; e Dave Hooch (Eddie Jones), pai de Marla. Vale citar também a presença de Téa Leoni como uma das jogadoras das Belles.

No início, Dugan vê tudo como um truque publicitário, e não leva o trabalho a sério, aparecendo bêbado para os treinamentos, não dando atenção às jogadoras e odiando cada momento de seu trabalho, o que faz com que Dottie assuma não-oficialmente como técnica. O time passa por muitos percalços, incluindo a desconfiança do público, uma deterioração do relacionamento entre Dottie e Kit, que pede para ser trocada para as Belles, e a volta de Bob da Guerra, o que faz Dottie considerar abandonar o time, mas supera todos os obstáculos e consegue chegar à World Series - que, no filme, é disputada em melhor de sete jogos entre as Peaches e as Belles. Embora a maior parte do filme seja ambientada em 1943, o início e o final são ambientados em 1988, e mostram Dottie comparecendo à inauguração da seção do Hall da Fama do Beisebol e reencontrando suas companheiras, que não via desde o fim da Liga - todas interpretadas por atrizes mais velhas.

Davis não seria a primeira escolha de Marshall para o papel de Dottie; inicialmente, o papel ficaria com Demi Moore, que teria de recusar por engravidar antes de as filmagens começarem, e então com Debra Winger, que faria doze semanas de preparação treinando com os Chicago Cubs, mas desistiria após Madonna ser anunciada - apesar de a personagem de Madonna ter pouco destaque, ela estaria no cartaz do filme, que seria chamado por muitos de "o novo filme da Madonna", e, segundo alguns, Winger, com três indicações ao Oscar de Melhor Atriz, não aceitaria dividir os holofotes com a cantora. Durante as filmagens, as atrizes realmente jogariam beisebol, e sofreriam vários acidentes: Ramsay quebraria o nariz ao ser atingida enquanto tentava pegar uma bola que estava caindo em sua luva, e Coleman faria um machucado feio na coxa ao deslizar pelo campo para chegar à base. No filme, os testes são realizados no fictício Harvey Field, mas as filmagens ocorreriam no Wrigley Field; os jogos das Peaches seriam filmados no League Stadium, em Huntingburg, e os das Belles no Bosse Field, em Evansville, ambos em Indiana. Vale dizer também que, diferentemente do que ocorreu na AAGPBL real, no filme a Liga joga com todas as regras do beisebol, sem nenhuma alteração.

O grande sucesso do filme animaria a CBS a encomendar à Sony uma série, também chamada A League of Their Own, que estrearia em 10 de abril de 1993. Marshall, Cavanagh, Reiner, Simpson e Lovitz repetiriam seus papéis, mas Dottie seria interpretada por Carey Lowell, Dugan por Sam McMurray, Kit por Christine Elise, Evelyn por Tracy Nelson, Mae por Wendy Makkena, e Doris por Katie Rich. A série seria uma sitcom com episódios de meia hora, também escritos por Ganz e Mandel, com o piloto dirigido por Marshall e o terceiro episódio por Hanks, mas teria baixa audiência e não agradaria desde o início - talvez porque o primeiro episódio já começa com uma história absurda na qual Bob é chamado de volta pra guerra. Por causa do pouco sucesso, dos 13 episódios previstos, apenas seis seriam produzidos, três indo ao ar nos dias 10, 17 e 24 de abril, dois em 13 de agosto e um permanecendo inédito.

Em 2017, o diretor e roteirista Will Graham, que havia assistido ao filme quando criança e o considerava um de seus favoritos, conversou com a atriz e também roteirista Abbi Jacobson sobre a possibilidade de escreverem um reboot, mas que abordasse temas como racismo e homossexualidade, deixados de fora do filme porque, bom, era 1992, e era um filme "para toda a família". Graham e Jacobson conversariam com Marshall, que infelizmente faleceria em 2018, e com Geena Davis, buscando não tanto permissão, mas uma espécie de bênção, já que o novo filme recontaria a história do original, mas tocando em temas delicados. Com tudo certo, a dupla ofereceria o projeto à Sony, que também o aprovaria. Graham e Jacobson, então, iniciariam uma extensa pesquisa sobre a AAGPBL, conversando com as jogadoras sobreviventes - através das quais descobririam que a maior parte das jogadoras da Liga era homossexual ou bissexual, mas isso não podia ser divulgado na época ou a Liga seria um fracasso - pesquisando também sobre jogadoras negras que haviam sido impedidas de fazer o teste - algumas delas, inclusive, jogavam profissionalmente em times masculinos das chamadas Negro Leagues, ligas cujos times contavam apenas com jogadores negros.

Durante essa pesquisa, Graham e Jacobson concluiriam que seria melhor produzir não um filme, mas uma série, pois a história que queriam contar não caberia em duas horas. Isso atrasaria o projeto, já que a Sony não estava disposta a financiar uma série; somente em março de 2018 eles conseguiriam com que a Amazon fizesse uma parceria com os Sony Pictures Television Studios, segundo a qual a série seria produzida e exibida com exclusividade no Prime Video, o serviço de streaming da Amazon. Após alguns entraves burocráticos, a Amazon finalmente daria autorização para a produção de oito episódios de cerca de uma hora cada, em agosto de 2020 - mas aí Graham e Jacobson tiveram de esperar o pior da pandemia passar para poder começar as filmagens. A série, mais uma vez chamada A League of Their Own, acabaria estreando em 12 de agosto de 2022.

A série segue duas histórias intercaladas mas distintas; a primeira é a do filme, protagonizada por Carson Shaw (Jacobson), que, assim como Dottie, é a catcher do time; mas, enquanto Dottie é alta, bonita e desenvolta, Carson é baixinha e um tanto atrapalhada, e decide por conta própria deixar sua pequena cidade no interior do Idaho para seguir seu sonho de jogar beisebol profissional quando seu marido, Charlie (Patrick J. Adams), é convocado para lutar na Guerra. Chegando em Chicago, onde ocorrerão os testes para a Liga, Carson conhece e faz amizade com duas outras jogadoras, Greta Gill (D'Arcy Carden), essa sim bonita, alta e desenvolta, e Jo DeLuca (Melanie Field), que ganha o apelido de Bazuca por causa da força de suas rebatidas; Greta é bissexual, Jo é homossexual, e ambas são melhores amigas, fazendo tudo juntas desde que eram crianças em Nova Iorque, e planejando seguir, após o fim da temporada da Liga, para Los Angeles, onde Greta tentará uma carreira de atriz - Greta e Carson, porém, acabam se envolvendo romanticamente, o que fará a catcher questionar sua vida e seu casamento.

Carson, Greta e Jo passam no teste e são escaladas para o time das Rockford Peaches, tendo como colegas a espevitada Maybelle Fox (Molly Ephraim), que faz sucesso dentre os homens com seu jeito de loira fatal; a filha de mexicanos Lupe García (Roberta Colindrez), arremessadora do time, de personalidade forte, que desenvolve uma certa rivalidade com Carson; a canadense super competitiva Jess McCready (Kelly McCormack), que não gosta de se vestir ou agir como mulher, sendo constantemente multada; a ansiosa e um tanto paranoica Shirley Cohen (Kate Berlant), colega de quarto de Carson; e a cubana de 18 anos Esti González (Priscilla Delgado), que não fala inglês; além da catcher reserva Ana (Lil Frex) e da arremessadora reserva Terri (Rae Gray). O técnico do time é Casey Porter (Nick Offerman), apelido Dove ("pomba" em inglês, adquirido após ele supostamente matar uma pomba com uma bolada durante um jogo), que teve de encerrar prematuramente a carreira devido a um problema no joelho, e vê o trabalho como uma oportunidade de conseguir algo melhor nas grandes ligas, exigindo demais das jogadoras e não levando os jogos a sério, o que faz com que Carson se torne a técnica de fato do time. Outros personagens de destaque são a chaperone das Peaches, a ex-fuzileira naval Beverly (Dale Dickey), que tem um papel muito maior que no filme; o criador da Liga, Morris Baker (Kevin Dunn); seu sobrinho e herdeiro, Alan (Don Fanelli); o team manager das Peaches, Marshall (Nat Faxon); Vivienne Hughes (Nancy Lenehan), dona de uma das mais famosas marcas de cosméticos do mundo e responsável pelo "treinamento de feminilidade" das jogadoras; e Vi (Rosie O'Donnell), dono de um bar gay clandestino.

A segunda história é a de Maxine Chapman, apelido Max (Chanté Adams), que mora em Rockford e desde criança sonha em ser jogadora de beisebol, tem um arremesso acima da média, mas não consegue lugar no time da cidade - o dos trabalhadores da fábrica de parafusos convertida em fábrica de equipamentos militares para ajudar nos esforços de guerra - porque ninguém a leva a sério por ser mulher, e é impedida de fazer o teste para a AAGPBL por ser negra. O pai de Max, Edgar (Alex Désert), apoia a filha e a estimula a seguir seus sonhos, mas a mãe, Toni (Saidah Arrika Ekulona), dona de um salão de beleza que só conseguiu financiar porque o banco achou que Toni Chapman era um homem, acha que ela se dedicar ao beisebol é besteira, e prefere que a filha a ajude no salão que vai herdar um dia. Max tem uma melhor amiga, Clance Morgan (Gbemisola Ikumelo), que desenha histórias em quadrinhos mas também não consegue fazê-lo profissionalmente por ser mulher e negra, e é casada com um cozinheiro, Guy (Aaron Jennings). Max e Clance também são inseparáveis desde a infância, uma sempre apoiando os sonhos da outra. Max é secretamente homossexual; sua mãe desconfia mas reluta em aceitar, porque seu irmão, tio de Max, Bert Hart (Lea Robinson), é um homem trans, que teve de deixar a cidade devido ao preconceito, e Toni teme que a filha tenha o mesmo destino. Outros personagens de destaque do núcleo de Max são Gary (Kendall Johnson), garçom no restaurante de Guy, que quer namorar Max; Gracie (Patrice Covington), esposa de Bert; Cheryl (Latrisha Talley), colega meio maluquete de Max e Clance; Leah (Marinda Anderson), esposa do pastor da igreja local, com quem Max tem um romance; Esther (Andia Winslow), arremessadora da Negro League; e Red Wright (Marquise Vilsón), que tem um time de jogadores negros que viaja pelos Estados Unidos fazendo amistosos.

Embora tenha sido impedida de entrar na AAGPBL, Max se torna amiga de Carson, com as duas se encontrando para treinar e conversar com frequência, e uma aprendendo muito com a outra. Assim como no filme, a Liga joga usando as regras do beisebol, sem nenhuma modificação; a série reproduz várias cenas do filme, embora algumas delas ocorram com personagens diferentes ou de forma um pouco diferente, e alguns diálogos do filme estão na série de forma idêntica. Uma das cenas mais famosas do filme, na qual uma mulher negra (a jogadora de softbol DeLisa Chinn-Tyler, que não foi creditada) arremessa uma bola para Dottie na entrada do estádio antes de um jogo das Peaches, é reproduzida com Max e Carson quando Max é impedida de fazer o teste. Na série, a World Series é disputada entre as Rockford Peaches e as South Bend Blue Sox.

A série seria um grande sucesso de crítica, com a forma como o racismo e as questões de gênero e sexualidade foram tratadas sendo amplamente elogiadas, e ganharia três prêmios dedicados a obras que retratam mulheres em papéis de destaque (o Critics Choice Association Women's Committee Seal of Female Empowerment in Entertainment), personagens LGBTQIA+ sem estereótipos ou preconceitos (o Human Rights Campaign National Visibility Award) e roteiristas que escrevem histórias com esses dois elementos (o National Council of La Raza Voice and Visibility Award, para Jacobson). Em março de 2023, a série seria renovada para uma segunda temporada, mas, em agosto, seria cancelada; a Amazon colocaria a culpa no atraso no início da produção causado pela greve dos roteiristas, o que Jacobson classificaria como "uma covardia". Embora toda a temporada de 1943 da Liga tenha sido coberta na série, a primeira temporada termina em um cliffhanger, então fãs ainda têm a esperança de que uma segunda temporada seja produzida.

Para terminar, vale dizer que, embora não conte atualmente com uma liga profissional em atividade nos Estados Unidos, o beisebol feminino hoje é uma realidade, sendo praticado em vários países, com a Copa do Mundo de Beisebol Feminino sendo realizada a cada dois anos desde 2004, desde 2016 contando com 12 times - o Japão tem seis títulos, os Estados Unidos têm dois, Canadá, Austrália, Venezuela e Taiwan também já subiram ao pódio. O beisebol feminino também já fez parte do programa dos Jogos Panamericanos de 2015, disputados em Toronto, Canadá.

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