Infelizmente isso não acontece com todos, mas, quando a gente cresce, fica menos imbecil, e passa a ver as coisas como realmente são. Com o advento primeiro da TV a cabo, depois da internet, pude ver ou rever algumas corridas de Prost, e perceber por que ele tinha o apelido de Professor. Também "descobri" que a McLaren não tinha contratado ele e Senna por acaso, que ele realmente estava dentre os melhores da época, e que a intensa rivalidade entre os dois se daria por eles terem personalidades muito diferentes - mais ou menos como a rivalidade entre Piquet e Mansell, na qual eu, quando criança, jamais prestei muita atenção, então pra mim sequer existia. Hoje, eu não me considero um fã de Prost porque aí também já é demais, mas reconheço seu lugar na lista dos maiores nomes da Fórmula 1.
Pois bem, quando escrevi o post sobre Mario Andretti, eu citei que pensei em fazer uma série sobre pilotos, e que até cheguei a separar alguns nomes. O primeiro nome que eu escrevi na lista foi o de Prost, mas, ao desistir dessa ideia, acabei ficando com vontade de escrever sobre Andretti. Ainda não vai ser dessa vez que a série vai se concretizar, mas, essa semana, ao pensar sobre qual assunto eu poderia escrever, achei que seria legal também fazer um post sobre Prost. Hoje, portanto, é dia de Alain Prost no átomo!
Alan Marie Pascal Prost nasceu em 24 de fevereiro de 1955, na pequena cidade de Lorette, próxima a Lyon, na França. Seu pai, André, era dono de uma empresa que fabricava móveis de cozinha (curiosamente chamada TouTube), e sua mãe, Marie-Rose, era descendente de armênios que imigraram para a França na década de 1920 para fugir da perseguição soviética. Ele era o mais novo de dois irmãos, sendo que o mais velho, Daniel, faleceria em 1986. Desde criança, apesar de ser um dos mais baixinhos da turma, Prost sempre se interessou por esportes, se destacando na patinação artística, no futebol e na luta greco-romana, graças à qual quebrou o nariz três vezes. Ele chegaria a considerar tentar ser um jogador profissional de futebol, mas, aos 14 anos, durante uma viagem em família, viu alguns adolescentes disputando uma corrida de karts, e pediu para participar. Foi amor à primeira vista, e ali ele decidiu o que queria fazer pelo resto da vida.
O automobilismo sempre foi um esporte caro, porém, e sua família não tinha condições de bancá-lo. Por isso, ao terminar o equivalente ao Ensino Fundamental, Prost decidiria abandonar o colégio e trabalhar em uma oficina mecânica que vendia e customizava karts, atuando como mecânico, sendo sua especialidade os ajustes de motor, como vendedor, e como piloto, representando a loja em competições por todo o país, sempre com bons resultados. Ele seria vice-campeão francês de kart já em sua primeira participação no campeonato, em 1972, e, no ano seguinte, ganharia cinco provas no Campeonato Europeu. Em 1973 e 1974 ele seria bicampeão francês de kart, mas, em 1975, já com 20 anos e bem mais velho que os demais participantes - cuja média de idade era de 16 anos - ele se envolveria em um acidente na última volta da última prova com o belga Jean Goldstein, que o tiraria da pista, venceria a prova e conquistaria o campeonato. Prost ficaria revoltado, acusaria a direção da prova de favorecimento e tentaria agredir Goldstein; por causa disso, ele teria sua licença de piloto suspensa por seis meses.
Acreditando que era hora de tentar passar para os monopostos, Prost aproveitaria a ocasião para se inscrever em um curso para jovens pilotos organizado pela Renault no circuito de Paul Ricard, ao final do qual os melhores ganhariam uma oportunidade na Fórmula Renault. Prost seria consistentemente o mais rápido da turma, e logo receberia um convite da equipe Martini já para a temporada de 1976. Surpreendendo a todos, já que era sua primeira temporada como profissional em uma categoria de monopostos, Prost seria campeão ganhando todas as provas menos uma, um recorde até hoje não igualado na competição. Satisfeitíssima com os resultados, a Martini, com patrocínio da petrolífera Elf, decidiria inscrevê-lo no Campeonato Europeu de Fórmula Renault de 1977, do qual também seria campeão, ganhando seis provas, e obtendo resultados consistentes nas outras dez, mesmo competindo contra pilotos mais velhos e experientes.
Seu desempenho seria tão bom que a Elf arrumaria com a equipe Willi Kauhsen para ele disputar, ainda em 1977, duas provas no Campeonato Europeu de Fórmula 2, em Rouen e Nogaro, ambas na França. Ele não conseguiria resultados expressivos, mas mesmo assim a Elf consideraria que ele estava pronto para o próximo passo: disputar os Campeonatos Francês e Europeu de Fórmula 3 de 1978, ambos pela equipe Ecurie (mais tarde conhecida como Oreca), também patrocinada pela empresa, e que usava motores Renault. No Campeonato Francês, Prost ganharia seis das 13 provas, e dividiria o título com Jean-Louis Schlesser, da equipe Jacques Guérin, com quem terminaria empatado em todos os critérios; no Campeonato Europeu, entretanto, Prost se acharia em grande desvantagem, pois apesar de sua equipe ser dedicada e entusiasmada, os motores Renault eram claramente inferiores aos Toyota, que dominariam o campeonato. Prost venceria apenas uma das 16 provas, em Jarama, Espanha, conseguindo também um sexto lugar em Donnington Park, Inglaterra, e terminando o campeonato em nono; já nessa época, entretanto, os mecânicos seriam unânimes em atestar sua competência para acertar o carro antes de cada corrida, sem a qual ele talvez sequer tivesse pontuado. Também em 1978, Prost faria um novo teste na Fórmula 2 europeia, pela equipe Fred Opert, disputando mas abandonando a prova em Pau, também na França.
Em 1979, Prost mais uma vez disputaria tanto o Campeonato Francês quanto o Campeonato Europeu de Fórmula 3 pela Ecurie, mas, dessa vez, se sobressairia em ambos: no Francês, Prost ganharia nove das 13 provas, e seria campeão de forma incontestável; no Europeu, graças a um novo motor Renault e a seu excelente acerto do carro, a Ecurie passaria de patinho feio a equipe a ser batida, com Prost ganhando nada menos que a metade das provas, seis de doze, incluindo três vitórias seguidas, na Áustria, Bélgica e França, e seu colega de equipe, o também francês Richard Dallest, conquistando a vitória na segunda prova da Suécia, que Prost liderava até ter de abandonar com problemas mecânicos - o que evitou que ele conseguisse, pela segunda vez no mesmo campeonato, três vitórias seguidas, já que havia vencido a anterior (a primeira prova na Suécia) e venceria a posterior (em Jarama, sua segunda vitória na Espanha; sua outra vitória nesse campeonato seria na Holanda). O domínio de Prost seria tão completo que ele seria campeão com 67 pontos, nada menos que 39 à frente do segundo colocado, o holandês Michael Bleekemolen, que faria 27.
A super temporada de Prost em 1979 chamaria a atenção da Fórmula 1, e a Elf concordaria em pagar os custos de uma viagem sua para a América do Norte, onde ele iria assistir às duas últimas provas da temporada, no Canadá e Estados Unidos, como convidado, para conversar com vários chefes de equipe e programar testes. A equipe mais entusiasmada com Prost seria a McLaren, que até então só havia conquistado dois títulos, em 1974 com Emerson Fittipaldi e em 1976 com James Hunt. A equipe considerava que Prost tinha potencial para ser campeão já em suas primeiras temporadas, e, para convencê-lo a assinar, chegaria a oferecer colocá-lo em um terceiro carro (o que na época era permitido) já no GP dos EUA de 1979. Prost realmente acabaria assinando com a McLaren, mas, surpreendendo a todos, recusaria o convite do terceiro carro, alegando que não haveria vantagem nenhuma, nem para ele, nem para a equipe, nesse acerto, e que ele preferia estrear já como primeiro piloto.
Prost faria sua estreia pela McLaren aos 25 anos, no GP da Argentina, o primeiro de 1980, substituindo como primeiro piloto o também francês Patrick Tambay, e tendo como colega de equipe o irlandês John Watson. Apesar de uma excelente estreia, terminando em sexto e já marcando um ponto, e de pontuar novamente na corrida seguinte, o GP do Brasil em Interlagos, no qual teria seu melhor resultado do ano ao terminar em quinto, Prost não seria, pelo menos nesse primeiro ano, o fenômeno na Fórmula 1 que havia sido na Fórmula 3, e que a McLaren esperava que ele fosse. Nos treinos para a terceira corrida do ano, o GP da África do Sul, ele sofreria um acidente e quebraria o pulso, fazendo com que a McLaren tivesse de correr apenas com Watson nessa prova e substituí-lo pelo inglês Stephen South para a quarta prova, o GP dos Estados Unidos Oeste. Prost ainda se envolveria em acidentes na Bélgica, Mônaco, França e Canadá, e sofreria uma concussão durante os treinos para o GP dos EUA, última prova da temporada, na qual a McLaren mais uma vez teve de correr com um carro só; nas cinco provas restantes, ele seria sexto lugar também na Inglaterra e na Holanda, mas ficaria fora da zona de pontuação nas outras três. Prost acabaria como 16o no campeonato, empatado em pontos, cinco, com Emerson, que corria pela sua própria equipe e ficou em 15o devido a um terceiro lugar no GP dos Estados Unidos Oeste.
Ao final da temporada, Prost surpreenderia mais uma vez e, ao invés de renovar com a McLaren, decidiria procurar a Renault, com a qual assinaria um contrato de três anos. Em uma entrevista à TV francesa, ele declararia não ter renovado por não sentir confiança no carro e por ter se sentido desprestigiado, já que, segundo ele, a equipe o culparia pelos acidentes na África do Sul e nos Estados Unidos. Ainda em 1980, ele se casaria com Anne-Marie Barges, com quem teria dois filhos, Nicolas, nascido em 1981, e Sacha, nascido em 1990; o casal se divorciaria pouco após o nascimento do segundo filho.
Em suas duas primeiras temporadas na Renault, Prost teria como colega de equipe o também francês René Arnoux. Em 1981 ele viveria um ano de altos e baixos, abandonando as duas primeiras corridas, conseguindo seu primeiro pódio na terceira, um terceiro lugar na Argentina, abandonando as quatro seguintes, e então conseguindo sua primeira vitória, justamente no GP da França, disputado em Dijon. Prost declararia que a vitória teria um forte resultado psicológico, pois, a partir dela, ele sempre correria com a certeza de que tinha chance de vencer. Das quatro provas restantes, ele abandonaria três, mas conseguiria duas outras vitórias, na Holanda e na Itália, e dois segundos lugares, no GP da Alemanha e no GP de Las Vegas - ou seja, toda vez que terminou uma corrida, Prost subiu ao pódio. Ele terminaria o campeonato em quinto lugar, mas com apenas sete pontos a menos que o campeão Nelson Piquet.
Prost começaria o campeonato de 1982 com uma vitória na África do Sul, e, na segunda prova, o GP do Brasil, terminaria em terceiro, mas ganharia os pontos da vitória após os dois primeiros colocados, Piquet, que corria pela Brabham, e Keke Rosberg, da Williams, serem desclassificados por seus carros estarem abaixo do peso mínimo, o que ocorreu após um protesto realizado pela Renault e pela Ferrari. Apesar do começo promissor, essas seriam suas duas únicas vitórias no ano, durante o qual ele abandonaria sete das 16 provas e conseguiria mais dois segundos lugares, na França e na Suíça, pontuando também na Inglaterra (sexto) e em Las Vegas (quarto), resultados suficientes para que ele melhorasse em uma posição sua classificação no campeonato, terminando em quarto, dez pontos atrás do campeão Rosberg. Apesar dos bons resultados, Prost via a cada dia a sua relação se deteriorar com Arnoux, com a equipe e com a imprensa francesa, que o considerava reclamão e mimado - a situação pioraria muito após o GP da França, vencido por Arnoux, após o qual Prost reclamaria, em uma entrevista, que ele era o primeiro piloto, e Arnoux havia concordado em ajudá-lo a vencer, o que não aconteceu; à imprensa britânica, ele se diria perseguido pela imprensa francesa porque "os franceses não gostam de quem vence".
A situação chegaria ao ponto de Arnoux decidir trocar a Renault pela Ferrari para 1983; para o seu lugar, a equipe francesa contrataria o norte-americano Eddie Cheever, com a justificativa de que estava tentando alavancar as vendas de seus carros de rua nos Estados Unidos. Prost faria sua melhor temporada pela Renault, vencendo os GPs da França, Bélgica, Inglaterra e Áustria, terminando em segundo em San Marino e no GP da Europa, em terceiro em Mônaco, pontuando também no Canadá (quinto) e na Alemanha (quarto) e abandonando apenas três das 15 provas, o que faria com que ele terminasse o ano com o vice-campeonato, apenas dois pontos atrás de Piquet. Prost declararia por diversas vezes ao longo do ano que o carro da Renault não era competitivo, e que seu desenvolvimento era muito conservador; ao final da temporada, a equipe responsabilizaria Prost pela falha em conquistar o título, e o demitiria dois dias após a última prova do campeonato, o GP da África do Sul. Revoltados com as declarações do piloto, os mecânicos da equipe iriam até sua casa e colocariam fogo em dois de seus carros, o que faria com que ele decidisse se mudar com a família para a Suíça.
Para a sorte de Prost, a McLaren tinha um novo chefe de equipe, Ron Dennis, que, ao saber que ele havia sido demitido, o procurou e o ofereceu um contrato em um novo sistema que ele estava implantando na equipe, segundo o qual não haveria primeiro piloto, e ambos teriam igual tratamento; ele aceitaria os termos, e, em 1984, seria colega de equipe do então bicampeão Niki Lauda. Em uma temporada totalmente dominada pela McLaren, que venceria 12 das 16 provas, Prost igualaria o recorde de mais vitórias em um mesmo ano estabelecido por Jim Clark em 1963, vencendo sete provas, além de conquistar um segundo lugar e um terceiro; das outras seis provas da temporada, ele abandonaria cinco, e chegaria em sétimo lugar na França. Mesmo com esse desempenho impressionante, Prost não seria campeão: o título ficaria com Lauda, que teria duas vitórias a menos e um abandono a mais que Prost, mas quatro segundos lugares e um quarto.
O mais impressionante foi que Lauda seria campeão por apenas meio ponto, e, de certa forma, por culpa do próprio Prost: no GP de Mônaco, disputado debaixo de uma chuva torrencial, Prost liderava, mas via o estreante Ayrton Senna, que corria pela modesta equipe Toleman, se aproximar volta após volta, e, na volta 26 de 80 programadas, começou a pedir o fim da prova, alegando falta de segurança. O comissário da prova, o ex-piloto belga Jacky Ickx, de forma controversa, já que o faria sem consultar a direção, agitaria a bandeira vermelha e cancelaria a prova na volta 29; Senna chegaria a ultrapassar Prost na reta, mas de acordo com o regulamento, valia o resultado da volta anterior ao cancelamento, com Prost terminando em primeiro e Senna em segundo. Como menos de 75% da prova havia sido concluída, o regulamento previa que os pilotos ganhassem apenas a metade dos pontos, o que fez com que Prost ganhasse apenas 4,5 a invés de 9. Como Lauda havia abandonado a prova, mesmo que Prost tivesse sido ultrapassado por Senna e chegado em segundo, poderia ter sido campeão; em entrevistas, o francês sempre manteve que sua decisão foi correta, que não havia segurança para as 80 voltas, e que o alemão Stefan Bellof, da Tyrrell, também estava vindo muito rápido atrás de Senna, então, na melhor das hipóteses, ele teria terminado em terceiro, marcado 4 pontos, e perdido o campeonato por um.
Seja como for, o que não veio em 1984 veio em 1985. Correndo mais uma vez ao lado de Lauda, Prost só não subiria ao pódio em quatro provas: o GP de San Marino, o qual venceria mas seria desclassificado por o carro estar abaixo do peso, o GP da Europa, que terminaria em quarto lugar, e os GPs dos Estados Unidos e da Austrália, que abandonaria; nos demais, conseguiria cinco vitórias, dois segundos lugares e quatro terceiros, que resultariam em 73 pontos e no primeiro título mundial de um francês na Fórmula 1. Lauda não fez uma boa temporada, vencendo apenas o GP da Holanda e quebrando o pulso durante a classificação do GP da Bélgica, o que fez com que ele fosse substituído por Watson no GP da Europa; com isso, o maior rival de Prost na busca pelo título seria o italiano Michele Alboreto, da Ferrari, que venceria duas provas e terminaria com vinte pontos a menos que ele. O título de Prost lhe renderia a medalha da Légion d'Honneur, a mais alta honraria do governo francês, conferida a ele pelo Presidente François Mitterrand.
Lauda se aposentaria no final de 1985, e, em 1986, Prost faria dupla com Rosberg. A McLaren já não era o carro dominante, mas, enquanto Piquet e Nigel Mansell, os dois pilotos da Williams, que teria o melhor carro da temporada, se digladiavam, um tomando pontos do outro, Prost ia comendo pelas beiradas, e chegaria à última etapa do campeonato, o GP da Austrália, em segundo lugar graças aos critérios de desempate - Mansell era o primeiro, e Prost e Piquet estavam empatados em pontos e em número de vitórias, mas Prost tinha quatro segundos lugares, enquanto Piquet tinha três. Próximo ao final da prova, Piquet liderava, com Prost em segundo e Mansell em terceiro, posição que daria o título ao inglês, quando um dos pneus de Mansell estourou devido ao desgaste causado pelo extremo calor que fazia na pista, e fez com que ele batesse a 290 km/h. Preocupada que o mesmo pudesse acontecer com Piquet, a Williams chamou o brasileiro para os boxes para fazer a troca; Prost, que havia trocado os pneus pouco antes em decorrência de um furo, não pararia mais, e conseguiria se manter em primeiro até o final, chegando apenas 4 segundos à frente de Piquet e conquistando o título com apenas dois pontos a mais que Mansell. Seria nessa temporada que a imprensa francesa lhe daria o apelido de Professor, dizendo que ele tinha uma "abordagem intelectual da competição"; Prost jamais gostou do apelido, mas, após se aposentar, reconheceu que lhe caía bem por combinar com seu estilo cerebral e controlado, segundo ele inspirado em seus ídolos Jackie Stewart e Jim Clark.
Outros dois momentos de Prost em 1986 entrariam para a história da Fórmula 1, ambos ocasionados por falta de combustível. No GP de San Marino, do qual ele havia sido desclassificado no ano anterior, Prost liderava com folga quando o combustível acabou faltando apenas três curvas para a bandeirada; após pensar "vou perder essa prova de novo", ele decidiu se balançar para os lados, para a frente e para trás, para ver "se ainda conseguia empurrar as últimas gotas de combustível para o motor". De alguma forma a tática parece ter dado certo, e, com um misto de último suspiro e inércia, Prost ainda conseguiu cruzar a linha de chegada e ganhar a corrida. Já no GP da Alemanha, ele vinha em quarto, quando o combustível acabou na última volta e seu carro parou na reta; ele ainda tentou saltar do carro e empurrar, mas, como estava muito longe da linha de chegada, acabou desistindo ao ser ultrapassado por Arnoux e Rosberg - mesmo sem completar a prova, Prost ganharia os pontos do sexto lugar, pois o sétimo colocado, Derek Warwick, da Brabham, estava uma volta atrás quando Piquet, o vencedor, recebeu a bandeirada. Ao todo, em 1986, Prost teria quatro vitórias (mesmo número de Piquet, uma a menos que Mansell), quatro segundos lugares, três terceiros, dois sextos e dois abandonos, além de ser desclassificado do GP da Itália por trocar de carro após o início da volta de apresentação - seu carro não largou durante a volta de apresentação, e ele pegou o reserva com os demais carros já em movimento, o que era proibido; curiosamente, o motor desse carro reserva teria um estouro e faria com que ele abandonasse na exata volta na qual ele recebeu a desclassificação.
A final da temporada de 1986, Rosberg também se aposentaria, e, para 1987, Prost teria como colega de equipe o sueco Stefan Johansson, considerado bastante inferior a ele e a seus dois colegas de equipe anteriores. Dessa vez a McLaren não conseguiria dar ao francês um carro capaz de competir com os Williams, que dominariam a temporada, com o título ficando com Piquet. Mesmo com um carro mais lento e um motor Porsche claramente inferior aos Honda das Williams, Prost, se mostrando mais uma vez um gênio no acerto do carro, conseguiria vencer três provas, uma delas o GP do Brasil, no qual, com um acerto totalmente diferente dos rivais, conseguiu poupar pneus e fazer apenas duas trocas contra três ou quatro dos demais, terminando a prova 40 segundos à frente de Piquet; Prost consideraria essa a melhor prova e a vitória mais gratificante de sua carreira. Suas duas outras vitórias seriam na Bélgica e em Portugal, e, com essa última, ele quebraria o recorde de 27 vitórias na carreira de Stewart, que, na época, era considerado imbatível. Com mais um segundo lugar e três terceiros, além de um sexto lugar na Áustria, Prost terminaria o campeonato em quarto, 30 pontos atrás de Piquet; entre eles, Mansell e Senna, que corria pela Lotus.
Senna seria justamente o colega de equipe de Prost em 1988, com Dennis retomando seu esquema de dois pilotos de alto nível sem que um deles fosse o primeiro. Por mais incrível que isso possa parecer hoje, foi o próprio Prost quem convenceu Dennis a contratar Senna, mas em benefício próprio: já era sabido nos bastidores da Fórmula 1 que a Honda não iria renovar com a Williams, pois um dos termos do contrato, com o qual Frank Williams não concordou, era que Mansell deveria ser substituído pelo piloto japonês Satoru Nakajima, colega de Senna em 1987 na Lotus, para a qual os japoneses também forneciam motores. Prost sabia que a Honda também gostava de Senna, e, sabendo que Dennis não iria querer contratar Nakajima, o convenceria a contratar o brasileiro e a negociar com a Honda o fornecimento de motores. O plano deu certo e a McLaren passou a ter os motores Honda, os melhores do grid, mas nasceria ali uma rivalidade jamais vista na Fórmula 1, que marcaria eternamente as histórias tanto de Prost quanto de Senna.
O que também jamais havia sido visto na Fórmula 1 foi o domínio da McLaren, que venceu 15 das 16 provas do campeonato - a única exceção foi o GP da Itália, vencido por Gerhard Berger, da Ferrari, após o motor de Prost estourar e Senna se envolver em um acidente com Schlesser, que substituía Mansell na Williams enquanto o inglês se recuperava de uma catapora. Além desse abandono, Prost só teria mais um, na Inglaterra, também por problemas de motor; em todas as demais corridas, ou ele venceria, ou chegaria em segundo, conquistando sete vitórias, uma a menos que Senna. No total de pontos, Prost até teria mais, 105 contra 94 do brasileiro, mas, de acordo com o regulamento da época, somente os 11 melhores resultados de cada piloto contariam para o total final, e, com isso, o título ficaria com Senna, que marcaria 90 pontos contra 87 do francês. Prost jamais se conformaria com isso, e passaria a lutar para que todos os pontos de todas as corridas valessem para o resultado final, o que somente foi acatado pela FIA para a temporada de 1991.
Além do título, que Prost considerou injusto, outros dois elementos contribuiriam para que a temporada de 1989 já começasse com a McLaren pegando fogo nos bastidores: durante o GP de Portugal de 1988, Prost tentou ultrapassar Senna na reta, e, segundo ele, o brasileiro tentou jogá-lo de propósito contra o muro; Prost acabaria vencendo e Senna chegando em sexto, alegando que foi uma manobra normal de corrida, mas o francês sempre considerou a atitude do brasileiro desleal, e se ressentia por ele não ter pedido desculpas e por a equipe não ter feito nada. Além disso, segundo Prost, ele ouviu do chefe de pesquisa e desenvolvimento da Honda que Senna era favorecido pela equipe, pois os engenheiros gostavam de seu "estilo samurai" de pilotar, e sempre tentavam fazer um motor que se adequasse mais ao estilo dele que ao de Prost. Tanto a Honda quanto Dennis sempre negaram o favorecimento, dizendo que ambos os pilotos tinham carros absolutamente iguais, mas, em uma entrevista após o GP da França de 1989, Dennis deixou escapar que o carro de Prost consumia mais combustível e gerava menos potência, o que também foi visto pelo francês como um sinal de favorecimento a Senna.
A McLaren seguiria sendo a equipe a ser batida em 1989, mas dessa vez com um domínio menos completo, vencendo 10 das 16 provas. A rivalidade entre os pilotos alcançaria seu auge, com Prost acusando Senna de direção perigosa e alegando que ele era favorecido pela equipe e pela Honda, enquanto Senna reclamava que Prost era favorecido pelo presidente da FIA, o também francês Jean-Marie Ballestre, e que o regulamento era convenientemente ignorado quando a infração partia de Prost. No início da temporada, os dois pilotos concordariam em firmar secretamente um acordo de cavalheiros segundo o qual um não tentaria ultrapassar o outro na primeira curva de cada corrida, mas esse pacto foi para as cucuias logo na segunda prova da temporada, o GP de San Marino: após a largada, Senna largou na frente e Prost não tentou ultrapassá-lo, mas, na quarta volta, um acidente no qual a Ferrari de Berger pegaria fogo interromperia a prova, que teria uma relargada. Na relargada, Prost pularia na frente, e Senna o ultrapassaria na primeira curva. Após a prova, Prost contaria a um jornalista francês que Senna havia quebrado o acordo secreto, e a história seria publicada. A princípio, Senna negaria existir tal acordo, mas, após ser desmentido pelo representante da Marlboro, principal patrocinadora da McLaren, que estava presente quando o acordo foi firmado, passou a dizer que era a relargada, e não a largada, então o acordo não valia; isso fez com que Prost passasse a dizer que Senna era desonesto e mentiroso.
Ao longo da temporada, Prost conseguiria quatro vitórias, seis segundos lugares, um terceiro, um quarto e um quinto; Senna teria seis vitórias, mas sua única outra pontuação seria um segundo lugar na Hungria. O ápice da temporada seria o GP do Japão, penúltima prova do ano, na qual, na volta 46, Senna tentaria ultrapassar Prost numa chicane, mas ambos acabariam batendo e saindo da pista. Prost sairia do carro e abandonaria a prova, mas Senna pediria para que os fiscais de prova empurrassem seu carro, e acabaria vencendo a corrida. A direção de prova consideraria que a manobra foi ilegal, porém, e desclassificaria Senna, que não teria mais como alcançar a pontuação de Prost na última prova, o GP da Austrália, o que resultou no terceiro título mundial do francês. A McLaren recorreu da decisão da direção de prova, mas a FIA não somente a confirmou como também multou Senna em cem mil dólares e o suspendeu de todas as atividades relacionadas à Fórmula 1 durante seis meses. O incidente que decidiu o campeonato de 1989 é um dos mais controversos da história do automobilismo: há quem considere que Prost bateu em Senna de propósito, quem considere que Senna é que foi imprudente ao tentar ultrapassá-lo, e até mesmo quem considere que foi um acidente normal de corrida, sem culpa de nenhum dos dois.
Mesmo conquistando o título, Prost considerava impossível continuar na McLaren enquanto Senna estivesse lá; em julho de 1989, após o GP da França, ele anunciou publicamente que não iria renovar com a equipe, e em setembro, antes do GP da Itália, anunciou que havia assinado por três anos com a Ferrari, onde, em 1990, seria colega de equipe de Mansell. A Ferrari não tinha um piloto campeão há dez anos - desde o sul-africano Jody Scheckter em 1979 - e tinha um carro inferior à McLaren, mas Prost fez a diferença, conseguindo cinco vitórias (uma a menos que Senna) e pontuando em todas as provas que completou, incluindo dois segundos lugares e dois terceiros. O quarto título não veio, mas Prost acabaria com o vice-campeonato, sete pontos atrás de Senna. Mais uma vez o campeonato seria decidido com um acidente no GP do Japão, a última prova da temporada, quando Senna, logo após a largada, não faria a curva e permitiria que Prost batesse nele ao tentar ultrapassá-lo, com ambos os carros indo parar na brita e se tornando impossível para o francês alcançar a pontuação do brasileiro na última corrida. Um ano depois, numa entrevista, Senna se diria arrependido, mas admitiria ter feito a manobra de propósito, para se vingar do ocorrido no ano anterior; ao saber disso, Prost declararia que o brasileiro era "nojento" e "sem valor". Prost chegaria a considerar se aposentar após o incidente, mas seria convencido pela Ferrari a continuar.
Mansell se desentenderia com Prost e não renovaria com a Ferrari, preferindo voltar para a Williams em 1991; para seu lugar, a equipe italiana contrataria o jovem piloto Jean Alesi, que havia feito uma boa temporada pela Tyrrell no ano anterior, ficando com uma dupla de franceses. O carro, porém, não era bom, e o motor Ferrari era bem mais pesado e menos potente que seus concorrentes, o que fez com que Prost não tivesse nenhuma chance na luta pelo título - pela primeira vez desde 1980, ele não venceria nenhuma prova, conseguindo, porém, cinco pódios, sendo três segundos lugares e dois terceiros, e terminaria o campeonato na quinta posição, atrás das duas McLaren e das duas Williams. Houve mais um incidente com Senna, dessa vez no GP da Alemanha, onde, para não bater após uma freada, Prost teve que jogar o carro para fora da pista, mais uma vez acusando Senna de deslealdade; depois disso, a FIA marcaria uma reunião com os dois para tentar evitar que o campeonato fosse decidido em uma batida pela terceira vez seguida, e as coisas acalmariam. Insatisfeitíssimo com o carro, porém, Prost mais uma vez reclamaria publicamente e na imprensa de sua equipe; irada, a Ferrari o demitiria pouco antes do GP da Austrália, a última prova do campeonato, na qual ele seria substituído pelo italiano Gianni Morbidelli. Como ainda tinha um ano de contrato, e, graças aos termos do mesmo, receberia por ele correndo ou não, Prost decidiria tirar um ano sabático, não competindo na Fórmula 1 em 1992. Durante esse ano sabático, Prost se casaria com a ex-mulher do também piloto francês Jacques Lafitte, Bernadette Cottin, com quem teria uma filha, Victoria, nascida em 1996.
Em 1992, a Williams faria seu "carro mágico", equipado com a mais moderna tecnologia, e Mansell seria campeão. Prost chegaria a testar pela Ligier, mas desistiria ao receber um convite da Williams para correr em 1993; não querendo repetir a parceria com ele, Mansell escolheria não renovar e se transferir para a Fórmula Indy. A Williams, então, procuraria Senna, mas, ao saber, Prost exigiria que seu contrato contivesse uma cláusula especial, segundo a qual ele não poderia ter o brasileiro como colega de equipe. Senna, que também pensava em se transferir para a Williams, criticou a atitude, dizendo que Prost era covarde, e que, se estava pensando em ganhar um quarto título, deveria fazê-lo esportivamente, competindo de igual para igual, e não usando um carro que fizesse a maior parte do trabalho e escolhendo um colega de equipe que não lhe opusesse resistência. Os torcedores de Senna ficariam com ainda mais raiva de Prost após descobrirem essa cláusula, o que fez com que o francês tivesse de ser escoltado pela polícia no caminho até o circuito de Interlagos para o GP do Brasil de 1993, tamanha era a animosidade da torcida contra ele.
Prost não quis nem saber, e, correndo ao lado do inglês Damon Hill, se aproveitou do carro para vencer sete provas, conquistar três segundos lugares e dois terceiros e chegar a seu quarto título, 26 pontos à frente de Senna, que, mesmo com um carro inferior, conseguiu vencer cinco provas e terminar com o vice-campeonato. Hill, que havia estreado no ano anterior na Brabham, sem resultados expressivos, teve um início de temporada tumultuado, com quatro abandonos e quatro segundos lugares, mas teria três vitórias na segunda metade e terminaria em terceiro. Antes do GP de Portugal, a antepenúltima prova, Prost anunciaria que iria se aposentar ao fim do ano, deixando a Williams livre para contratar Senna; no GP da Austrália, última prova, Senna venceria com Prost em segundo, e, no pódio, puxaria o francês para o topo e lhe daria um abraço para fazer as pazes, o que o surpreenderia. Em uma entrevista dada pouco antes de morrer, Senna diria ter finalmente percebido o quanto sua motivação em vencer Prost fez dele um piloto melhor. No fim de semana de sua morte, durante uma filmagem no circuito de Ímola, ao ver os repórteres do canal francês TF1, do qual Prost havia se tornado comentarista da Fórmula 1, Senna mandaria "um alô especial para nosso amigo Alain", e se despediria dizendo "sentimos sua falta, Alain"; Prost se diria "surpreso e tocado" pelo comentário.
Ao se aposentar, aos 38 anos, Prost seria o detentor de três recordes da Fórmula 1. Seu recorde de maior número de vitórias, 51, duraria quase uma década, somente sendo quebrado por Michael Shumacher em 2001. Prost também é um dos três únicos pilotos a largar na primeira fila em todas as provas de uma temporada, o que ocorreu em 1993; os outros dois são Senna, que conseguiu o feito em 1989, e Hill, que conseguiria em 1996. O francês também é um dos três pilotos a conseguir vitórias por quatro equipes diferentes (Renault, McLaren, Ferrari e Williams), ao lado de Juan Manuel Fangio (Alfa Romeo, Maserati, Mercedes e Ferrari) e Stirling Moss (Mercedes, Maserati, Vanwall e Walker). Finalmente, Prost também é, até hoje, o único francês campeão da Fórmula 1, e o único piloto francês a ter vencido um GP da França válido pelo Mundial de Fórmula 1. Por ocasião de sua aposentadoria, a Rainha Elizabeth II lhe conferiria o título de OBE, o Oficial da Excelentíssima Ordem do Império Britânico, honraria raramente delegada a estrangeiros.
Após dois anos como comentarista no canal TF1, Prost passaria um tempo como relações-públicas da Renault, e em seguida seria contratado para ser consultor técnico da McLaren. Desde 1989, quando quis sair da McLaren, ele tinha o desejo de ter sua própria equipe, e quase conseguiu formar uma por três vezes: já em 1989, antes de assinar com a Ferrari, quando fez planos de criar uma equipe em parceria com John Barnard, ex-projetista-chefe da McLaren, mas não conseguiu patrocínio; em 1992, quando tentou criar uma equipe própria para correr em 1993, desistindo ao receber o convite da Williams; e em 1995, quando tentou convencer a Renault, então fora da Fórmula 1 como equipe (atuando apenas como fornecedora de motores), a criar uma equipe Prost-Renault, sem sucesso. Em 1994, a equipe francesa Ligier, à beira da falência, seria vendida para Flavio Briatore, então chefe de equipe da Benetton; em 1997, Prost convenceria Briatore a vender para ele, e mudaria o nome da equipe para Prost Grand Prix, mantendo os mesmos patrocinadores e a mesma cor azul nos carros.
Ao todo, a Prost Grand Prix disputaria cinco campeonatos, entre 1997 e 2001, antes de falir de vez no início de 2002. Em 1997 a equipe manteria os mesmos motores Mugen da Ligier, mas Prost conseguiria um contrato com a Peugeot, que lhe forneceria motores de 1998 a 2000; em 2001, ela correria com motores Ferrari. Ao todo, a Prost Grand Prix participaria de 83 corridas, e teria como melhores resultados dois segundos lugares, um do francês Olivier Panis no GP da Espanha de 1997, um do italiano Jarno Trulli no GP da Áustria de 1999; Panis também conseguiria um terceiro lugar no GP do Brasil de 1997, sendo esses os únicos três pódios conquistados pela equipe - cujos pilotos pontuariam em outras 13 ocasiões, a maioria delas sextos lugares. Além de Panis e Trulli (de 1997 a 1999), guiariam pela Prost o japonês Shinji Nakano (1997), Alesi (2000 e 2001), os alemães Nick Heidfeld (2000) e Heinz-Harald Frenzen (2001), o argentino Gastón Mazzacane, o tcheco Tomas Enge, e o brasileiro Luciano Burti (todos em 2001, quando a equipe promoveu uma espécie de rodízio em seus carros). Após a falência, endividado até o pescoço, Prost declararia que comprar a equipe havia sido "o maior erro de sua vida".
Após o fim da Prost Grand Prix, Prost aceitaria um convite da Toyota para competir no Andros Trophy, um campeonato francês de corrida no gelo; ele seria piloto da modalidade entre 2003 e 2011, ganhando três títulos, em 2006, 2007 e 2011. Desde 1996, ele também compete no ciclismo, tendo participado por diversas vezes da L'Etape du Tour, a versão amadora do Tour de France; da famosa maratona Cape Epic, uma prova de 700 km realizada na Cidade do Cabo, África do Sul; e de diversas provas regionais na Europa, tendo como melhor resultado um terceiro lugar na Granite - Mont Lozère em 2002. Em 2012, ele assumiria o posto de embaixador da Renault, representando a empresa em eventos esportivos organizados por ela ou das quais ela participasse; em 2017, ele seria contratado como consultor especial da equipe Renault na Fórmula 1, e, em 2019, seria promovido a diretor da parte esportiva da Renault.
Em 2013, Prost voltaria a ser dono de equipe, ao aceitar um convite de Jean-Paul Driot, dono da equipe DAMS, fundada por Driot e Arnoux, que compete na atual Fórmula 2, para montar uma equipe para a competição de carros elétricos da FIA, a Fórmula E. Com o nome de e.dams, e usando motores Renault, a equipe estrearia na temporada 2014-2015 (as temporadas da Fórmula E começam no segundo semestre de um ano e terminam no ano seguinte), tendo como pilotos Nicolas Prost e o suíço Sébastien Buemi, que seria campeão na temporada 2015-2016. Além de Nicolas Prost (que foi piloto da temporada 2014-2015 à 2017-2018) e Buemi (de 2014-2015 até hoje), a equipe, que já conquistou 17 vitórias e três Mundiais de Construtores, já teve como pilotos o francês Pierre Gasly (que substituiu Buemi em duas provas na temporada 2017-2018) e o inglês Oliver Rowland (colega de Buemi desde a temporada 2018-2019). Desde a temporada 2018-2019, a equipe corre com motores Nissan.
Em 2015, Prost se tornaria avô, com o nascimento de Kimi, primeiro filho de Nicolas, que ainda teria Mika, nascido em 2020. Sacha também tem um filho, Liam, nascido em 2018. Atualmente, Prost divide seu tempo entre a família, suas obrigações como co-proprietário da e.dams, e suas funções como diretor esportivo da Renault; aos 65 anos, não pretende se afastar do esporte que lhe deu tantas alegrias tão cedo.
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