domingo, 19 de maio de 2019

Escrito por em 19.5.19 com 0 comentários

Nicolas Cage

Hoje seguiremos com o Mês dos Convidados, durante o qual eu descanso e meus amigos escrevem os posts. Hoje o convidado é alguém que eu conheço há mais de vinte anos, que contribuiu muito nos tempos do BLOGuil, mesmo não sendo um dos colunistas oficiais, e que eu acho uma pena que não tenhamos mais um contato tão próximo. Felizmente, a internet existe para isso mesmo - quem disse que a internet afasta as pessoas não poderia estar mais errado. Hoje é dia de Nachsieben no átomo!




Primeiramente, gostaria de dizer que me sinto honrado de ser um dos convidados do mês a poder participar com uma publicação, mesmo não tendo tantos assuntos interessantes ou sendo um primor como escritor. Creio que devo pedir desculpas aos leitores habituais por não conseguir produzir um conteúdo no mesmo nível que o autor e dono deste espaço, mas garanto que empenhei bastante esforços pensando em agradar tanto aos leitores, quanto o autor. E, sendo assim, resolvi iniciar seguindo o estilo que observo dos textos daqui, começando por descrever brevemente o que me levou a escolher este assunto.

Na fase de avaliação de possíveis temas, cheguei a pensar em talvez aproveitar o texto da minha dissertação. Isso seria com a ideia de poupar trabalho e o tempo, afinal, já teria bastante material escrito e com isso pouparia tempo... Mas ficaria um texto com linguagem muito formal, e sobre um assunto provavelmente muito pouco interessante. Outra coisa que pensei foi em talvez reciclar um dos textos da época em que arriscava em publicar em um blog. Mas os textos já não eram lá essas coisas na época, e além disso, acho que ia destoar demais com a proposta do blog.

Não lembro exatamente qual foi o motivo que me levou ao tópico que acabei escolhendo, sendo que provavelmente foi algum filme que passou e me chamou a atenção (acho que foi a participação dele em Homem-Aranha no Aranhaverso). Mas também acho que ajudou que, após ter pensado na possibilidade de escrever sobre ele, teve um vídeo do canal Wisecrack. Como o título da publicação já entregou, resolvi falar sobre Nicolas Cage!

Nicolas Cage não é o meu ator favorito, e nem sei se eu chego a ter um. Na mesma medida, não existe nenhum ator ou atriz que eu saiba estar participando de um filme e me faça automaticamente querer assisti-lo. Mas dificilmente eu assisto algum filme em que ele participe e que eu saia decepcionado. Claro, não posso dizer isso com tanta propriedade uma vez que devo ter, assistido a, no máximo, uma dúzia e meia de filmes nos quais ele atua, de uma lista de mais de 90.

Mas então, sobre o Nicolas Cage, acho que primeiro convém mencionar, para aqueles que nunca ouviram essa história (provavelmente, não estão acessando tanto assim o blog), que esse não é seu nome de batismo, mas sim artístico. Seu nome de batismo (expressão que me faz divergir mais do que faço com este breve comentário) é Nicolas Kim Coppola. Ele é sobrinho do diretor Francis Ford Coppola, mas por algum motivo não optou por usar o nome famoso para seguir a carreira artística.

Dispensar um atributo que, por não ter relação com nenhum mérito próprio, mas que lhe daria vantagem no meio, já começa a contar positivamente pra mim. A identificação como fã de quadrinhos facilita mais ainda o processo de simpatizar com o sujeito. Se bem que talvez ele seja fã demais, afinal ele chegou ao ponto de chamar o filho de Kal-el.

Uma das suas inspirações no início de carreira foi James Dean. Segundo conta, foi a atuação de James Dean que o levou a querer ser ator. Tendo interesse em atuar desde cedo, foi aproximadamente aos quinze anos que ele convenceu seu tio a participar de um teste.

A lista de filmes em que ele atuou, como já mencionei, é extensa. Ele é vencedor de um Oscar pela atuação em Despedida em Las Vegas, de 1995. Também foi indicado ao prêmio por Adaptação, de 2003. O primeiro eu não vi, o segundo eu vi e gostei, só não vi nada que chamasse a atenção a ponto de concorrer ao prêmio. Fico imaginando se foi por ele ter interpretado dois personagens com personalidades distintas, quem sabe.

A maioria dos filmes onde ele atuou e que foram bem sucedidos financeiramente estavam no gênero de ação / aventura. Um dos filmes de maior bilheteria em que atuou até hoje, A Lenda do Tesouro Perdido, tem Nicolas Cage interpretando um historiador excêntrico em uma aventura para encontrar tesouros escondidos pelos Fundadores dos Estados Unidos. Outros sucessos de ação incluem A Rocha, em que Cage interpreta um jovem especialista em armas químicas do FBI chamado para lidar com uma ameaça terrorista, e a A Outra Face, de John Woo, onde ele faz o papel tanto do herói quanto do vilão (de certa forma).

Cage é conhecido pela sua personalidade nervosa e intensa e por sua paixão pelo método de atuação, isto é, sua atuação um tanto quanto exagerada. Ele já declarou que se trata de um método de atuação próprio, que chamou de "Xamânico Nouveau". Também já se referiu a este estilo de atuação com termos tais como "expressionista alemão" ou "kabuki ocidental". Alguns chegam a criticar o exagero desmerecendo Cage como um ator. Outros descrevem isso como sendo espetacular, uma vez que ele não se limita a reproduzir o mesmo estilo de atuação ao qual estamos habituados nos filmes.

Claro que muito mais poderia ser dito de uma personalidade que tanto vem produzindo e inovando ao longo dos anos. Pela sua fama, não é difícil encontrar informações sobre sua vida pessoal desde a infância, sobre sua vida e relacionamentos afetivos e sobre vários dos projetos em que ele participou. Como qualquer pessoa, também tem suas falhas e momentos em que cometeu erros, e são conhecidos episódios sobre problemas legais e financeiros.

Mesmo com isso, para mim é alguém admirável, por ser alguém que dá para perceber que ele é um cara que não tem medo de correr riscos ao fazer o que gosta, e isso se traduz no sucesso que alcançou em na sua carreira. Mesmo parecendo excêntrico, e sem dúvidas em vários momentos "demais", esse investimento de forma tão completa nos personagens faz com que transpareça, para quem assiste, que não seja meramente a interpretação de uma emoção. São raros os artistas que parecem conseguir, como Cage, que quando ele interpreta ele consiga trazer para a obra algo tipo um estado emocional dos personagens, usando o que parece ser a busca por recordações físicas ou psicológicas destes.

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