sábado, 8 de fevereiro de 2025

Escrito por em 8.2.25 com 0 comentários

Deadpool (I)

Depois de escrever o post sobre os filmes do Blade, eu fiquei com vontade de escrever sobre os filmes do Deadpool; então, assim como fiz com o Blade, primeiro vou fazer um post sobre Deadpool nos quadrinhos, e, semana que vem, um sobre os filmes. Hoje, portanto, é dia de Deadpool no átomo!

Deadpool é um personagem relativamente recente, mas que, em pouco tempo, se tornou um dos mais populares da Marvel. Ele foi criado por uma figura controversa, o desenhista Rob Liefeld, que, na época, desenhava a revista dos Novos Mutantes, escrita por Fabian Nicieza. Liefeld criaria a aparência, a história e os poderes do personagem, mas, como seus maneirismos e diálogos seriam criados por Nicieza, ambos são considerados co-criadores do personagem. Segundo Nicieza, quando Liefeld mostrou seu primeiro desenho do personagem, já com seu tradicional uniforme, segurando uma katana em uma das mãos e uma pistola na outra, e disse que ele era "um assassino mercenário com agilidade sobre-humana", o roteirista respondeu "esse é o Exterminador dos Jovens Titãs". Por causa disso, Nicieza decidiria que o nome verdadeiro do personagem (com "Deadpool", que não significa nada que faça muito sentido, tendo sido ideia de Liefeld) seria Wade Wilson, uma espécie de piada com o fato de o Exterminador se chamar Slade Wilson.

Liefeld, apesar de assumir ser fã dos Jovens Titãs, sempre negou ter plagiado o Exterminador; segundo ele, sua equipe favorita da Marvel eram os Vingadores, e o que ele mais gostava nos Vingadores era que cada um tinha uma arma característica, como o escudo do Capitão América, o martelo do Thor e o arco do Gavião Arqueiro; por causa disso, ele sempre pensaria em dar armas características aos personagens que criava, como a arma gigante de Cable, e, como Deadpool era um mercenário, achou que faria sentido se suas armas características fossem duas espadas e duas pistolas - que, "coincidentemente", são as armas preferidas do Exterminador. Ainda segundo Liefeld, o uniforme de Deadpool seria inspirado no do Homem-Aranha, que ele achava ser o mais simples e elegante; o desenhista diria sentir inveja quando seus colegas Erik Larsen e Todd McFarlane falavam que o melhor de desenhar o Homem-Aranha era fazer a máscara, com "dois grandes olhos ovais", e decidiria fazer uma máscara parecida para Deadpool.

O mesmo valia para seu comportamento: Liefeld declararia que o que ele mais gostava no Homem-Aranha era que ele "fazia uma piada e depois socava o vilão na cara", então pediria para que Nicieza escrevesse os diálogos de Deadpool como se ele fosse "o Homem-Aranha com espadas e pistolas". Finalmente, Liefeld queria que a história de Deadpool fosse ligada à de Wolverine, o personagem mais popular da Marvel nos anos 1990, desde o início, então definiria que ele era canadense, e na verdade não era mutante, ganhando poderes de cura baseados nos de Wolverine após aceitar ser cobaia do Programa Arma X, depois de ter sido expulso das Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos por conduta desonrosa.

Deadpool seria criado para ser um vilão; em sua primeira aparição, na revista The New Mutants 98, lançada em dezembro de 1990, ele seria um mercenário contratado por Tolliver para matar Cable. Pouco depois, a equipe dos Novos Mutantes seria reformulada e passaria a se chamar X-Force, com a revista também mudando de nome; Deadpool faria várias aparições na X-Force, e ganharia tanta popularidade que, a cada uma delas, se tornava menos um vilão e mais um anti-herói, um mercenário que fazia o que lhe pagavam para fazer, desde que isso não ferisse seu tortuoso código de honra pessoal. Nessas aparições também seria definido que a experiência no Programa Arma X, além de lhe dar superpoderes, também o deixaria horrivelmente desfigurado, dando a entender que suas infinitas gracinhas eram uma forma de lidar com a dor.

A crescente popularidade de Deadpool faria com que ele passasse a fazer aparições especiais em revistas que não fossem a X-Force, e que sequer faziam parte do universo dos X-Men, como The Avengers, Daredevil e Heroes for Hire, até que, em 1993, a Marvel decidiria testar as águas e dar a ele sua própria minissérie, chamada simplesmente Deadpool, mas conhecida como Deadpool: The Circle Chase (o nome da história em quatro partes mostrada na minissérie). Publicada entre agosto e novembro, com roteiro de Nicieza e arte de Joe Madureira, ela mostrava Deadpool tentando finalizar um serviço no meio da Guerra da Bósnia, mas tendo que lidar com Black Tom Cassidy e o Fanático. Essa minissérie também introduziria Weasel, uma espécie de assistente de Deadpool, que selecionava as missões para ele e lhe fornecia armas e equipamentos; a mutante Mímica (Copycat no original, cujo nome verdadeiro é Vanessa Carlysle), que, assim como Mística, tem o poder de assumir qualquer aparência, e viria a se tornar uma espécie de namorada de Deadpool; e o mercenário Garrison Kane, rival de Deadpool.

A minissérie teria boas vendas, e faria com que a Marvel decidisse apostar em uma segunda, mais uma vez chamada apenas Deadpool, lançada exatamente um ano depois, em quatro edições entre agosto e novembro de 1994. Com roteiro de Mark Waid e arte de Ian Churchill, ela coloca Deadpool novamente contra Black Tom e o Fanático, mas dessa vez fazendo dupla com Siryn, filha de Banshee e membro da X-Force. Curiosamente, Waid não conhecia o personagem ao aceitar a tarefa, fazendo de Deadpool apenas um "mercenário tagarela"; após ser informado de suas características, ele declararia que, "se soubesse que Deadpool era tão repugnante" não teria concordado com o trabalho, e que tem problemas pessoais com "alguém que comete crimes e não paga por eles".

A segunda minissérie também faria sucesso, e a Marvel daria luz verde para uma série regular de Deadpool. Como Nicieza não estava disponível, esse projeto demoraria um pouco para se materializar, com o primeiro número de Deadpool sendo lançado somente em janeiro de 1997. Inicialmente com roteiro de Joe Kelly, que escreveria as 33 primeiras edições, e arte de Ed McGuiness, que desenharia as nove primeiras, seria essa série que definiria Deadpool como o conhecemos hoje, mostrando-o como uma paródia dos anti-heróis que se tornaram superpopulares na década de 1990. Nela, Deadpool ainda é mercenário, moralmente ambíguo e desbocado, mas também tem um bom coração, um rígido código de honra (que só faz sentido para ele) e quer fazer a diferença num mundo habitado por superseres, ao invés de apenas ganhar dinheiro. Seria Kelly quem criaria uma das principais características de Deadpool: a de que ele tem consciência de que é um personagem de histórias em quadrinhos e frequentemente "quebra a quarta parede", falando diretamente com os leitores, com a equipe por trás da revista, ou fazendo referências que somente alguém "do lado de cá" saberia, como os números das edições nas quais eventos de seu passado ocorreram.

Enquanto a Deadpool regular estava sendo publicada, Deadpool também seria astro de várias edições especiais, como Deadpool Team Up, de dezembro de 1998, com roteiro de James Felder e arte de Pete Woods, na qual ele vai ao Japão enfrentar um clone de si mesmo chamado Widdle Wade; Daredevil/Deadpool Annual '97, com roteiro de Kelly e arte de Bernard Chang, na qual Deadpool, querendo ajudar Mary Tifóide, acaba entrando em conflito com o Demolidor, enquanto Weasel e Foggy se tornam bons amigos; Deadpool and Death Annual 1998, com roteiro de Kelly e arte de Steve Harris, na qual Deadpool tem um caso amoroso com ninguém menos que a Morte; e Baby's First Deadpool Book, de dezembro de 1998, com três histórias curtas recheadas de muita ação e nonsense, todas escritas por Kelly.

Kelly, que também criaria um dos mais famosos coadjuvantes de Deadpool, sua "colega de quarto" Al Cega, uma idosa negra e cega que na verdade está mais para sua prisioneira e fornecedora de drogas, seria substituído na edição 34 da Deadpool por Christopher Priest, sendo seguido por Jimmy Palmiotti na 46; na arte, vários desenhistas se revezariam, sendo os de maior destaque Woods e Shannon Eric Denton. Na edição 57, a numeração recomeçaria do 1, e o título da revista mudaria para Deadpool: Agent of Weapon X, atuando como uma espécie de minissérie, com roteiro de Frank Tieri e arte de Georges Jeanty, na qual o projeto Arma X convence Deadpool a voltar a trabalhar para eles em troca de restaurar sua aparência; após quatro edições, a numeração recomeçaria do 1 e o título mudaria para Deadpool: Funeral for a Freak, se tornando uma nova minissérie em quatro edições, roteiros de Tieri e arte de Jim Calafiore, que começa com o funeral de Deadpool, e lida com as repercussões de sua morte.

Como ele não morreu mesmo, depois dessa minissérie Gail Simone assumiria os roteiros e o estúdio canadense UDON a arte, o título da revista voltaria a ser Deadpool, e a numeração recomeçaria do 65, número que contava Agent of Weapon X e Funeral for a Freak como parte da série regular. A revista seria cancelada no final de 2002, após uma grande reformulação dos títulos dos X-Men, durante a qual a revista Cable viraria Soldier X, a X-Force viraria X-Statix, e a Deadpool viraria Agent X, sendo estrelada não por Deadpool, mas por Alex Hayden, o Agente X. Ao todo, Deadpool teria 71 edições, número que incluía uma edição -1, lançada em julho de 1997, durante o "mês do flashback Marvel", e uma edição 0, lançada em janeiro de 1998, o que faria com que sua última edição fosse a 69, de setembro de 2002.

Ainda com roteiro de Simone e arte do UDON, Agent X, também lançada em setembro de 2002, deveria ter apenas 12 edições, mas acabaria tendo 15, com as três últimas, lançadas entre novembro de 2003 e janeiro de 2004, sendo a reintrodução de Deadpool no Universo Marvel - durante toda a Agent X, ficaria pairando no ar uma dúvida sobre se Hayden e Deadpool eram a mesma pessoa, somente dissipada na edição 13. A participação de Deadpool na Agent X também serviria para estabelecer as bases para sua nova revista, Cable & Deadpool, lançada em maio de 2004, com roteiros de Nicieza e arte de Mark Brooks (com a primeira edição tendo capa de Liefeld), na qual os dois deixam as diferenças de lado e se tornam parceiros em várias aventuras. Em Cable & Deadpool 38 ocorreria a estreia de outro coadjuvante famoso e popular de Deadpool, o Agente da Hidra chamado Bob.

Cable & Deadpool teria 50 edições, a última de abril de 2008, sendo cancelada para que cada um dos heróis ganhasse uma nova revista, com a nova Deadpool, com roteiros de Daniel Way e arte de Paco Medina, sendo lançada em novembro de 2008. A série começaria como parte da saga Invasão Secreta, com Deadpool e Nick Fury unindo forças para obter informações sobre a Rainha Skrull, que acabam sendo roubadas por Norman Osborn; em seguida, ocorreria um crossover com os Thunderbolts, em uma história em quatro partes publicada em duas edições de Deadpool e duas de Thunderbolts. Também seria nessa revista que o Assassímio estrearia nos quadrinhos físicos, já que, antes disso, ele havia aparecido somente em edições exclusivamente digitais. A revista teria 67 edições mensais mais uma anual, mas a última seria a 63, de dezembro de 2012; as demais seriam a edição 33.1, de maio de 2011, a edição especial Deadpool: The Musical (numerada 49.1, de março de 2012), e duas edições recheadas de histórias curtas, a edição 900, "comemorando 900 edições somadas de todas as revistas de Deadpool" (na verdade, o número não chegava nem perto disso), de dezembro de 2009, e a edição 1000, de outubro de 2010.

No final dos anos 2000, o Mercenário Tagarela já era um superastro do Universo Marvel, de forma que chegaria a estrelar quatro revistas simultaneamente: além de na Deadpool, ele estaria na Deadpool: Merc with a Mouth, com 13 edições publicadas entre setembro de 2009 e setembro de 2010, cada uma com uma capa em homenagem a um pôster de filme famoso, roteiros de Victor Gischler e arte de Bong Dazo, na qual ele é contratado para recuperar uma super arma levada para a Terra Selvagem, que na verdade é a sua versão do universo Zumbis Marvel, uma cabeça decepada voadora apelidada de Headpool; em uma série regular de Deadpool Team Up, com 17 edições publicadas entre janeiro de 2010 e maio de 2011, em cada uma fazendo dupla com um outro herói da Marvel, como Hércules, Thor e o Coisa, com a curiosa distinção de que a primeira edição foi a número 899 e a numeração foi regressiva, com a última sendo a 883; e seria parte da nova equipe da Uncanny X-Force criada por Rick Remender, usando um uniforme branco e sendo colega de Wolverine, Psylocke, Arcanjo e Fantomex, entre dezembro de 2010 e fevereiro de 2013. Em setembro de 2007, Deadpool também estaria na edição especial Deadpool/GLI Summer Fun Spectacular, na qual viveria aventuras no Wisconsin junto com a Iniciativa Grandes Lagos (antigos Vingadores Centrais).

Em 2009, Deadpool estaria na minissérie Deadpool: Suicide Kings, em cinco edições publicadas entre junho e outubro, com roteiro de Mike Benson e arte de Carlo Barbieri, no qual é acusado de um crime que não cometeu e tem que enfrentar o Homem-Aranha, o Justiceiro e o Demolidor. No ano seguinte, seria a vez do lançamento de Deadpool Pulp, com roteiro de Benson e Adam Glass e arte de Laurence Campbell; em quatro edições publicadas entre novembro de 2010 e fevereiro de 2011, a minissérie, no estilo da linha Marvel Noir, reimaginava Wade Wilson como uma agente da CIA na década de 1950. E, durante a saga A Essência do Medo, Deadpool seria o astro de uma minissérie com roteiro de Christopher Hastings e arte de Dazo, na qual consegue roubar um dos martelos do Serpente; Fear Itself: Deadpool teria três edições, lançadas entre agosto e outubro de 2011.

Também em 2010, Deadpool seria recrutado pelos Anciões do Universo para liderar uma equipe composta por versões suas de diferentes universos em uma missão intergaláctica suicida. Esse seria o enredo de Deadpool Corps, com roteiros de Gischler e Tieri e arte de Liefeld, que teria 12 edições, a última de maio de 2011. Além de Deadpool e Headpool, a equipe contava com Lady Deadpool (que havia estreado em Merc with a Mouth 7), uma versão feminina do mercenário, cujo nome verdadeiro era Wanda Wilson; Kidpool, sua versão infantil; e Dogpool, um cachorro com poderes regenerativos. A Deadpool Corps também seria a protagonista de uma minissérie em cinco edições lançada exclusivamente em formato digital em maio de 2010, chamada Prelude to Deadpool Corps, e de uma edição especial chamada Deadpool Family, com várias histórias curtas, lançada em junho de 2011. Lady Deadpool também ganharia uma edição especial só dela, com roteiros de Mary H.K. Choi e arte de Ken Lashley, em setembro de 2010.

Entre agosto e novembro de 2010, seria a vez de Deadpool ganhar sua primeira minissérie "para adultos", publicada pelo selo Marvel MAX, com roteiros de Duane Swierczynski e arte de Jason Pearson. Chamada Deadpool: Wade Wilson's War, ela colocaria Deadpool ao lado de Dominó, Silver Sable e o Mercenário em uma missão no México que daria muito errado, em quatro edições. A minissérie seria seguida pela série regular Deadpool MAX, também pelo selo Marvel MAX, com roteiros de David Lapham e arte de Kyle Baker, que não faria o sucesso esperado e teria apenas 12 edições, publicadas entre dezembro de 2010 e novembro de 2011.

Em quatro edições lançadas entre outubro de 2012 e janeiro de 2013, Deadpool Kills The Marvel Universe, com roteiros de Cullen Bunn e arte de Dalibor Talajic, era ambientada numa realidade paralela na qual Deadpoool decide perseguir e matar todos os heróis Marvel. Ela continuaria em Deadpool Killustrated, com roteiros de Bunn e arte de Matteo Lolli, na qual o Marcenário Tagarela rouba de Uatu o poder de viajar entre realidades e decide matar personagens clássicos da literatura, como Moby Dick, Tom Sawyer, Ebenezer Scrooge e Sherlock Holmes, em quatro edições lançadas entre março e junho de 2013. Sua conclusão seria em Deadpool Kills Deadpool, em quatro edições lançadas entre setembro e dezembro de 2003, na qual Deadpool decide viajar pelo Multiverso matando todos os outros Deadpools. com roteiros de Bunn e arte de Salvador Espin. Essas três minisséries ficariam conhecidas como Deadpool Killogy.

Deadpool voltaria a ter uma revista "para toda a família" (e mais uma vez chamada Deadpool) em janeiro de 2013, como parte do projeto Marvel NOW!, com roteiros dos comediantes Brian Posehn e Gerry Dugan, e arte principalmente de Scott Koblish e Mike Hawthorne. A história seguia exatamente de onde a Deadpool anterior havia parado, e, no meio do caminho, Deadpool se tornaria membro dos Thunderbolts; enfrentaria o Carnificina e acabaria ligado a um simbionte; se casaria com Shiklah, a Rainha dos Mortos, com quem teria uma filha, Eleonor; e participaria da saga Pecado Original, de qual parte da história ocorreria nas edições 29 a 33. Ao todo, a revista teria 45 edições (mais duas anuais e uma "bienal", todas as três lançadas em 2014), mas a última, de junho de 2015, seria numerada 250 (mais uma vez, supostamente o número somado de todas as revistas com "Deadpool" no título), e seria parte da saga Guerras Secretas, que também seria a razão pela qual essa série, mesmo com boas vendas, seria cancelada, como parte de uma grande reformulação de todas as revistas da Marvel.

A edição 250 também traria mais uma vez a morte de Deadpool, dessa vez com a promessa de que seria a definitiva. Mas, após a minissérie Mrs. Deadpool and the Howling Commandos, estrelada por Shiklah em quatro edições publicadas entre agosto e novembro de 2015, o mercenário voltaria em uma nova revista chamada Deadpool, dessa vez parte do projeto All-New, All-Different Marvel. Com roteiros de Dugan e arte de Hawthorne, ela teria 37 edições quinzenais, publicadas entre janeiro de 2016 e novembro de 2017, com as edições da 14 à 18 sendo parte da saga Guerra Civil II. Em dezembro de 2017, devido ao projeto Legacy, que renumerou todas as revistas Marvel com números contínuos, ela seria renomeada para Despicable Deadpool, e a numeração passaria a contar do número 287. Ela seria cancelada no número 300, de julho de 2018.

Entre março e junho de 2014, em quatro edições, seria lançada Night of the Living Deadpool, com roteiros de Bunn e arte de Ramon Rosanas, em preto, branco e vermelho, na qual Deadpool tenta sobreviver a um apocalipse zumbi. Também em quatro edições, entre maio e agosto, com roteiros de Bunn e arte de Espin, seria lançada Deadpool vs. Carnage, na qual o Mercenário Tagarela e o Simbionte Sociopata se enfrentam em uma história para adultos, cheia de sangue e violência. Entre agosto e novembro, seria a vez de Deadpool vs. X-Force, com roteiros de Swierczynski e arte de Pepe Larraz, uma continuação direta da primeira aparição de Deadpool, quando ele foi contratado por Tolliver para matar Cable e acabou enfrentando a X-Force. Em cinco edições entre novembro de 2014 e março de 2015, seria lançada Hawkeye vs. Deadpool, diretamente ligada à revista do Gavião Arqueiro de Matt Fraction, na qual os dois heróis são enganados para se enfrentarem, com roteiros de Duggan e arte de Lolli. E, em sete edições semanais lançadas em setembro e outubro de 2014, seria lançada Deadpool: Dracula's Gauntlet, na qual Deadpool enfrenta o Rei dos Vampiros e se apaixona por Shiklah.

Entre dezembro de 2014 e março de 2015, em quatro edições com roteiro de Peter David e arte de Koblish, seria lançada Deadpool's Art of War, a versão Deadpool do famoso livro A Arte da Guerra, de Sun Tzu. Em seguida, seria a vez de Return of the Living Deadpool, em quatro edições lançadas entre abril e julho de 2015, com roteiros de Bunn e arte de Nicole Virella, continuação de Night of the Living Deadpool. E, entre julho e agosto de 2015, também em quatro edições, seria laçada Deadpool's Secret Secret Wars, com roteiros de Bunn e arte de Lolli, uma recontagem da minissérie Guerras Secretas original, de 1984, mas com Deadpool tendo um papel importantíssimo - sendo, inclusive, o primeiro hospedeiro do simbionte do Homem-Aranha, que mais tarde se tornaria Venom. Deadpool's Secret Secret Wars introduziria uma personagem importantíssima do universo de Deadpool: Gwenpool, na verdade Gwendolyne Poole, uma mercenária adolescente que idolatra Deadpool e quer ser como ele - e que foi originalmente criada como uma paródia da Gwen Staci Mulher-Aranha, cuja revista se chamava Spider-Gwen.

Em quatro edições quinzenais entre novembro e dezembro de 2015, seria lançada Deadpool vs. Thanos, com roteiros de Tim Seeley e arte de Elmo Bondoc, na qual o Mercenário Tagarela e o Titã Louco disputam o amor da Morte. Entre fevereiro e abril de 2016, em três edições, seria lançada Deadpool & Cable: Split Second, na qual Deadpool é contratado para matar um homem que Cable deve proteger a todo custo, ou o futuro será alterado, com roteiros de Nicieza e arte de Reilly Brown. E, em cinco edições, entre agosto e dezembro de 2016, seria lançada Deadpool V Gambit: The "V" is for "Vs." (uma sátira ao título do filme Batman v Superman), com roteiros de Ben Ackler e arte de Ben Blacker, na qual os dois são contratados para a mesma missão, mas ambos acham que conseguem concluí-la sozinhos.

Em abril de 2016, Deadpool seria o líder de uma equipe mercenária na minissérie Deadpool & The Mercs For Money, com roteiros de Bunn e arte de Espin. A minissérie, que teria cinco edições, a última publicada em agosto, e traria a estreia de Masacre, um homem mexicano que, após ser salvo por Deadpool, decide imitá-lo e se tornar um mercenário (e que também é uma espécie de piada interna, já que Masacre é o nome de Deadpool nos países de língua espanhola), faria um grande sucesso e daria origem a uma segunda minissérie, também chamada Deadpool & The Mercs For Money, com roteiros de Bunn e arte de Iban Coello. Com 10 edições publicadas entre setembro de 2016 e junho de 2017, essa minissérie traria para o universo de Deadpool a mutante Míssil Adolescente Megassônico, que originalmente era das histórias dos X-Men, mas foi trazida para as de Deadpool após seu sucesso no filme - com sua aparência nos quadrinhos inclusive sendo alterada para ficar igual à da atriz Brianna Hildebrand, que a interpreta no filme.

Também em 2016, Deadpool e o Homem-Aranha ganhariam uma revista na qual viveriam aventuras em dupla, chamada Spider-Man/Deadpool, com direito a um logotipo que era metade a máscara do Homem-Aranha, metade a de Deadpool; com roteiros de Kelly e arte de McGuinness, a revista teria nada menos que 50 edições mensais (mais uma edição .1, de novembro de 2017), lançadas entre março de 2016 e julho de 2019. Entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017, em cinco edições quinzenais, seria lançada a minissérie Deadpool: Back in Black, com roteiros de Bunn e arte de Espin, somente com histórias ambientadas entre o Homem-Aranha se livrar do simbionte e ele se unir a Eddie Brock, nas quais ele brevemente se uniu novamente a Deadpool. Entre dezembro de 2016 e março de 2017, em quatro edições com roteiros de Joshua Corin e arte de Todd Nauck, seria lançada Deadpool: Too Soon?, na qual Deadpool enfrenta Rocky Racum, Groot, o Homem-Formiga, a Garota-Esquilo, o Justiceiro e Howard, o Pato, para descobrir quem matou o Forbush Man.

Entre março e maio de 2017, em cinco edições quinzenais, com roteiros de Stuart Moore e arte de Jacopo Camagni, seria lançada Deadpool The Duck, na qual, depois de um acidente bizarro, Deadpool e Howard passam a compartilhar o mesmo corpo; o mercenário tenta concluir sua missão mesmo assim, mas de vez em quando a mente de Howard assume o controle, colocando tudo a perder. Em maio, Deadpool ganharia sua primeira graphic novel, Deadpool: Bad Blood (publicada no Brasil como Deadpool: Sangue Ruim), com roteiro de Chris Sims e Chad Bowers e arte de Liefeld, na qual ele deve enfrentar outro mercenário, chamado Thumper, que teve um papel importante em seu passado, mas do qual ele não se lembra.

Entre junho e agosto de 2017, também em cinco edições quinzenais, seria a vez de Deadpool vs. The Punisher, com roteiros de Fred Van Lente e arte de Pere Pérez, na qual os caminhos de Deadpool e do Justiceiro se cruzam em uma missão que apenas um dos dois poderá cumprir. Entre setembro e novembro, mais uma vez em cinco edições quinzenais, seria lançada Deadpool Kills the Marvel Universe Again, continuação da primeira minissérie, na qual o mercenário mata mais heróis Marvel, novamente com roteiros de Bunn e arte de Talajic. Entre dezembro de 2017 e março de 2018, em cinco edições mensais, Deadpool enfrentaria a versão idosa de Wolverine em Deadpool vs. Old Man Logan, com roteiros de Declan Shalvey e arte de Mike Henderson.

Em julho de 2018 seria lançado um projeto ambicioso, You Are Deadpool, com roteiros de Al Ewing e arte de Espin, em cinco edições, a última lançada em novembro; cada edição continha uma aventura ao estilo "você decide", na qual o leitor podia escolher qual curso de ação Deadpool iria tomar e influenciar o curso da história. Entre agosto e outubro de 2018, seria lançada Deadpool: Assassin, minissérie em seis edições quinzenais com roteiros de Bunn e arte de Mark Bagley, na qual a missão de Deadpool o leva a um castelo lotado de ninjas. Também em seis edições quinzenais, entre novembro de 2018 e janeiro de 2019, seria lançada Secret Agent Deadpool, com roteiros de Hastings e arte de Espin, na qual Wade é contratado para usar apetrechos ao estilo 007 para deter uma organização criminosa chamada GORGON. E, em cinco edições mensais, entre dezembro de 2018 e abril de 2019, seria a vez de Black Panther vs. Deadpool, na qual o mercenário é contratado para roubar vibrânio de Wakanda, com roteiros de Daniel Kibblesmith e arte de Ricardo Lopez Ortiz.

Em agosto de 2018, o Mercenário Tagarela ganharia uma nova revista regular chamada Deadpool, com numeração recomeçando do 1, roteiros de Skottie Young e arte de Nic Klein. Nessa nova revista, Deadpool é a única esperança da Terra para deter o alienígena Groffon, o Regurgitador, que pode destruir todo o planeta. Essa série não faria muito sucesso, e, após 15 edições mensais, a última de setembro de 2019, e uma anual, a Marvel a substituiria por uma nova Deadpool, com numeração recomeçando do 1, roteiros de Kelly Thompson e arte de Chris Bachalo. Essa série sofreria com atrasos e não conseguiria manter uma periodicidade fixa, sendo cancelada após apenas 10 edições, publicadas entre janeiro de 2020 e março de 2021. Depois disso, Deadpool ficaria pela primeira vez mais de um ano sem uma nova revista regular, com a Deadpool seguinte só sendo lançada em janeiro de 2023, com roteiros de Alyssa Wong e arte de Martin Coccolo, mas, mais uma vez, ela não faria sucesso e teria apenas 10 edições, a última de outubro de 2023.

Deadpool seguiria estrelando várias minisséries, como Absolute Carnage vs. Deadpool, parte da saga Carnificina Absoluta, lançada em três edições entre outubro e dezembro de 2019, com roteiros de Tieri e arte de Marcelo Ferreira; Deadpool: Black, White and Blood, em preto, branco e vermelho, com várias histórias curtas de diversos autores, em quadro edições publicadas entre outubro de 2021 e janeiro de 2022; Deadpool: Badder Blood, continuação de Bad Blood, com roteiros de Bowers e arte de Liefeld, em cinco edições publicadas entre agosto e dezembro de 2023; uma nova versão da Deadpool Team-Up, em quatro edições lançadas entre agosto e dezembro de 2024, com roteiros e arte de Liefeld, na qual Deadpool lidera uma equipe composta por Wolverine, Hulk, Crystar, Major X e Gwen Stacy; e Venom War: Deadpool, parte da saga Venom War, na qual o mercenário enfrenta uma horda de simbiontes zumbis, com roteiros de Bunn e arte de Roberto di Salvo, em três edições lançadas entre outubro e dezembro de 2024.

A mais recente série regular de Deadpool seria lançada em junho de 2024, com roteiros de Cody Ziglar e arte de Roge Antonio, mais uma vez com o nome de Deadpool - a oitava série com esse nome, para quem estiver contando - na qual ele decide treinar sua filha, Ellie, para também ser uma mercenária. Resta saber se essa série será duradoura como as primeiras ou cancelada em menos de um ano como as mais recentes.

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