domingo, 24 de outubro de 2021

Escrito por em 24.10.21 com 0 comentários

Dolly Parton

Eu gosto da Dolly Parton. Não há muito tempo - comecei a gostar depois que a Jewel lançou um álbum country, e eu meio que me interessei pelo estilo - e não a ponto de me lembrar dela na hora de fazer uma lista das minhas cantoras preferidas, mas gosto consideravelmente. Além de achar que ela tem uma voz bonita e que suas músicas são legais, gosto dela por várias razões inusitadas envolvendo sua vida - ela é uma das melhores amigas de Arnold Schwarzenegger, é dona de um parque temático, e foi uma das financiadoras da vacina da covid-19 desenvolvida pelo laboratório Moderna, por exemplo. Curiosamente, a maioria das pessoas que eu conheço só sabe de Dolly Parton que ela se parece com uma boneca de cera, ou que ela tem peitos enormes - uma amiga minha, inclusive, frequentemente usa a expressão "peituda que nem a Dolly Parton".

Para divulgar um pouco mais sobre sua vida e obra, e para tentar acabar com esses estereótipos, já há alguns anos que eu penso em fazer um post sobre Dolly Parton, mas esbarro em um fato curioso: ela já lançou mais de 50 álbuns. Diante disso, fazer um post no estilo que eu normalmente faço sobre música, citando álbum a álbum, com suas faixas de trabalho e prêmios, seria impossível - e eu não tenho interesse em fazer uma série sobre a carreira de Dolly Parton. Assim, esse será um post sobre música meio diferente, menos detalhado e mais resumido, focando apenas nos principais destaques dessa carreira tão longa. Mas a abertura será a tradicional: hoje é dia de Dolly Parton no átomo!

Dolly Rebecca Parton nasceu em 19 de janeiro de 1946, numa choupana de apenas um quarto às margens do Rio Little Pigeon, na minúscula cidade de Pittman Center (cuja população atual é de pouco mais de 500 habitantes), no Tennessee, Estados Unidos, quarta dos doze filhos de Robert Lee Parton, um fazendeiro analfabeto que trabalhava em regime de parceria rural, plantando em terras que não eram dele e em troca ficando com parte da colheita, e da dona de casa Avie Lee Caroline Owens, cujos antepassados vieram do País de Gales, e adorava cantar canções típicas e históricas para os filhos. Quando Dolly tinha seis anos, seu pai conseguiu juntar dinheiro para comprar uma pequena fazenda de tabaco na área montanhosa de Locust Ridge, para onde a família se mudou, e, segundo ela, onde viveu uma das épocas mais felizes de sua vida. A família de Dolly era miserável, constantemente pagando por produtos e serviços com parte da colheita, já que raramente tinha dinheiro, e dependendo de doações para ter roupas e objetos de casa.

O avô paterno de Dolly, Jake Robert Owens, era pastor pentecostal, e foi graças a ele que ela começou sua carreira musical, aos sete anos, tocando um violão improvisado feito à mão por seu pai durante os cultos; Dolly faria tanto sucesso que, no ano seguinte, a congregação faria uma vaquinha e compraria para ela um violão de verdade. Aos dez anos, ela receberia um convite para cantar no The Cas Walker Show, da rádio WIVK, de Knoxville, a maior cidade do leste do Tennessee. Aos 13, ela gravaria seu primeiro single, Puppy Love, pela pequena gravadora Goldband Records, do estado vizinho da Louisiana, e seria convidada para se apresentar no show de novos talentos do festival de música country Grand Ole Opry, onde conheceria Johnny Cash, que elogiaria seu talento e a aconselharia a sempre seguir seus instintos em sua carreira musical. Aos 17, ela conseguiria um contrato com a gravadora Somerset, e gravaria metade de um álbum de covers, Hits Made Famous by Country Queens - o lado A traria Faye Tucker cantando cinco músicas de Patsy Cline, e o lado B traria Dolly cantando seis canções de Kitty Wells.

Seguindo seus instintos, Dolly se mudaria para Nashville, capital do Tennessee, no dia seguinte ao que se formou no Ensino Médio, em busca de uma carreira musical; o ano era 1964, e ela tinha 18 anos. Inicialmente, ela seria contratada como compositora, e contaria com a ajuda de seu tio, Bill Owens, para fazer os arranjos, já que sua especialidade eram as letras; suas músicas seriam gravadas por vários artistas de sucesso da época, como Bill Phillips, Skeeter Davis e Hank Williams, Jr. No ano seguinte, ela conseguiria convencer a gravadora Monument Records, sediada em Washington, capital dos Estados Unidos, a contratá-la, mas, apesar de seu desejo de ser uma cantora country, os executivos insistiam que ela deveria gravar canções pop, alegando que sua voz não era adequada para o country; nenhuma das músicas gravadas por Dolly nessa época faria sucesso, e ela chegaria a considerar desistir do contrato e ficar apenas como compositora.

Mais ou menos nessa época, ela conheceria Carl Thomas Dean, que era dono de uma pequena empresa que asfaltava ruas e rodovias em Nashville. Os dois se apaixonariam e se casariam em 1966, ela aos 20 anos, ele aos 24 - e estão casados até hoje. Dean jamais gostou de publicidade, nunca dá entrevistas e raramente acompanha a esposa em eventos; ela costuma brincar dizendo que "até hoje, ele só assistiu a dois shows" dela, e a imprensa às vezes noticia que o casal passa pouco tempo juntos, o que ela já negou em entrevistas, dizendo que essa impressão é passada porque eles raramente são vistos juntos em público, mas que ele é um marido presente e romântico, e que seu casamento é uma das coisas de sua vida das quais ela mais se orgulha. Dean ajudaria Dolly a criar os irmãos mais novos da cantora, inclusive um casal de gêmeos que nasceu quando sua mãe tinha 34 anos e já contava com outros nove filhos; como a cantora teve de ter seu útero removido ainda muito jovem por consequência de uma endometriose, eles não podem ter filhos naturais, e ela costuma dizer que criar os irmãos fez com que ela pudesse se sentir mãe. Dolly adicionou o sobrenome do marido ao seu a se casar, mas não removeu o Parton, para que não precisasse registrar um nome artístico.

No final de 1966, uma das músicas de Dolly gravadas por Bill Phillips, Put It Off Until Tomorrow, chegaria à sexta posição da parada de sucessos de música country, o que fez a gravadora reconsiderar e permitir que ela gravasse uma música country, com a condição de que não fosse uma composição dela mesma. Ela gravaria Dumb Blonde (a "loura burra"), de Curly Putman, que, em 1967, alcançaria a posição 24 na parada country; convencendo a gravadora a deixá-la gravar uma canção própria, ela lançaria Something Fishy, que se sairia ainda melhor, alcançando a posição 17. Essas duas músicas estariam em seu primeiro álbum, Hello, I'm Dolly, apenas com canções country, dez das doze de autoria dela (sete em parceria com Owens), lançado em setembro de 1967, alcançando a posição 11 na parada country.

Também em 1967, o cantor e apresentador Porter Wagoner convidaria Dolly para substituir Norma Jean Beasler em seu programa de TV The Porter Wagoner Show, bem como eu seu show de country itinerante; a princípio, os fãs do programa não aceitaram a mudança, e, durante os shows, gritavam o nome de Norma Jean, mas Wagoner bancou a aposta, e logo Dolly cativaria a audiência. Wagoner também convenceria sua gravadora, a RCA Victor, a contratar Dolly, e seus executivos decidiriam pavimentar seu caminho para a fama fazendo com que seu primeiro single, The Last Thing of My Mind, uma regravação de um sucesso de Tom Paxton, fosse um dueto de Dolly e Wagoner. Lançada em janeiro de 1968, a música seria a primeira de Dolly a entrar no Top 10 country (na décima posição), e motivaria a RCA a lançar um single solo dela, Just Because I'm a Woman, em abril - essa música também seria um grande sucesso, mas não entraria para o Top 10, alcançando no máximo a posição 17.

Durante muito tempo, aliás, os duetos de Dolly e Wagoner, que ganhariam o prêmio de Grupo Vocal do Ano da Associação Nacional de Música Country em 1968, fariam muito mais sucesso que as músicas solo de Dolly, o que desagradava até o próprio Wagoner. Em 1970, ele a convenceria a regravar Mule Skinner Blues, de Jimmie Rogers, apostando que seria um sucesso, e finalmente a moça encontrou o sucesso, com a música chegando à terceira posição do Top 10 e lhe rendendo uma indicação ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina. Em fevereiro de 1971, ela finalmente gravaria sua primeira canção a alcançar o topo da parada, Joshua, e, a partir daí, se consolidou como uma das maiores cantoras country do país, com sucessos como Coat of Many Colors (1971, quarta posição no Top 10), Touch Your Woman (1972, sexta posição) e My Tennessee Mountain Home (1973). No final de 1973 ela gravaria o maior sucesso de sua carreira, Jolene, que não somente chegaria ao topo da parada country como entraria para o Top 100 da Billboard e se tornaria a primeira canção de Dolly a fazer sucesso fora dos Estados Unidos, chegando à sétima posição da parada estrangeira do Reino Unido.

Em Jolene, Dolly praticamente implora que a tal Jolene, aparentemente muito mais bonita que ela, não seduza seu namorado, embora a letra não deixe claro se ela tinha essa intenção ou se a preocupação era infundada. Em entrevistas, a cantora diria que a inspiração teria vindo quando uma caixa de banco ruiva e extremamente sexy ficou flertando com seu marido na sua frente quando os dois foram fazer um depósito. A música acabaria se destacando dos demais sucessos de Dolly por não fazer referência ao Tennnesse ou a elementos da vida da cantora, sendo claramente fictícia; a letra bem humorada, apesar do aparente desespero da suplicante, e o ritmo da guitarra de Chip Young, que se tornaria um das mais conhecidos da música country, seriam apontados pelos críticos como os dois maiores responsáveis pelo sucesso. Jolene seria indicada ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina duas vezes, uma quando de seu lançamento original e uma no ano seguinte pelo lançamento de uma versão ao vivo; não ganharia nenhum dois dois, mas acabaria ganhando um Grammy de Melhor Performance Country de uma Dupla ou Grupo em 2017, quando foi regravada como um dueto de Dolly com o grupo a capella Pentatonix.

Vendo que o sucesso solo era possível, Dolly pediria para sair do The Porter Wagoner Show, mas seguiria amiga e parceira de negócios de Wagoner, que já detinha quase a metade da Editora Owe-Par, que Dolly e Owens tinham criado para publicar suas composições. O último show de Dolly com Wagoner seria realizado em abril de 1974, ela pararia de aparecer no programa em meados do mesmo ano, mas eles ainda lançariam álbuns e singles em dueto até 1975. Ao todo, Dolly e Wagoner lançariam 14 álbuns juntos: Just Between You and Me (1968), Just the Two of Us (1968), Always, Always (1969), Porter Wayne and Dolly Rebecca (1969, cuja faixa Just Someone I Used to Know seria indicada ao Grammy de Melhor Performance Country de uma Dupla ou Grupo), Once More (1970, mais uma indicação ao Grammy, por Daddy Was an Old Time Preacher Man), Two of a Kind (1971), The Best of Porter Wagoner & Dolly Parton (1971, coletânea com uma faixa inédita, Better Move It on Home, indicada ao Grammy), The Right Combination: Burning the Midnight Oil (1972), Together Always (1972), We Found It (1973), Love and Music (1973, última indicação da dupla ao Grammy, por If Teardrops Were Pennies), Porter 'n' Dolly (1974) e Say Forever You'll Be Mine (1975); em 1980, eles decidiriam se reunir uma última vez para lançar Porter & Dolly.

Entre 1968 e 1975, a RCA lançaria nada menos que 15 álbuns solo de Dolly: Just Because I'm a Woman (1968), In the Good Old Days (1969), My Blue Ridge Mountain Boy (1969), The Fairest of Them All (1970), The Golden Streets of Glory (1971, cuja faixa-título, que falava de fé e religiosidade, foi indicada ao Grammy de Melhor Performance Gospel), Joshua (1971, faixa-titulo indicada ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina), Coat of Many Colors (1971), Touch Your Woman (1972, faixa-título também indicada ao Grammy), My Favorite Songwriter, Porter Wagoner (1972, todas as músicas eram de autoria de Wagoner), My Tennessee Mountain Home (1973), Bubbling Over (1973), Jolene (1974), Love is Like a Butterfly (1974, cuja faixa-título alcançou o primeiro lugar na parada country), The Bargain Store (1975, idem) e Dolly (1975). Todos eles tiveram apenas uma música de trabalho cada, normalmente a faixa-título, exceto My Blue Ridge Mountain Boy, que teve três (as outras duas sendo Daddy e In the Ghetto), My Favorite Songwriter, Porter Wagoner (que teve duas, Washday Blues e When I Sing for Him), Bubbling Over (cuja única foi Traveling Man), Jolene (que teve duas, a outra sendo I Will Always Love You), e Dolly (que teve duas, The Seeker e We Used To, cuja abertura é idêntica à de Stairway to Heaven, do Led Zeppelin, que sempre negou a influência).

I Will Always Love You seria a primeira música escrita por Dolly após decidir deixar o The Porter Wagoner Show; a letra expressa o remorso que ela sentia por desfazer a parceria, uma certa preocupação de que os dois pudessem se distanciar, e a promessa de que os sentimentos dela por ele jamais mudariam. Interpretada pelo público como uma canção de amor, a música faria um gigantesco sucesso, chegando ao topo da parada country, e hoje é uma das mais conhecidas de Dolly, embora a maior parte das pessoas que a conheça não saiba que se trata de uma composição e um grande sucesso de Dolly Parton - isso porque, sim, é a mesma música que foi gravada por Whitney Houston em 1992 para a trilha sonora do filme O Guarda-Costas, se tornando um sucesso mundial e ganhando dois Grammys, de Gravação do Ano e de Melhor Performance Vocal Pop Feminina. A própria Dolly regravaria a música três vezes, uma antes de Houston, em 1982, para a trilha sonora do musical de comédia A Melhor Casa Suspeita do Texas, e duas depois, a primeira em 1995, em dueto com Vince Gill para seu álbum Something Special, e a segunda em 2019, em dueto com Kristin Chenoweth, para o álbum For the Girls, de Chenoweth.

Em 1976, Dolly seria convidada para apresentar seu próprio programa de TV, chamado Dolly!, um programa de variedades que já estraria em syndication (em vários canais ao mesmo tempo); apesar de ter uma audiência bastante alta, o programa teria apenas 26 episódios, com a cantora preferindo não renovar contrato por considerar que sua carreira na música estava sendo prejudicada. Ela tentaria novamente dez anos depois com Dolly, que estrearia na ABC em 1987, mas mais uma vez teria apenas uma temporada, de 22 episódios, dessa vez por baixa audiência.

Em meados da década de 1970, Dolly já era a cantora country com a maior quantidade de músicas regravadas por outros artistas; não somente suas músicas de trabalho, mas também as demais faixas de seus álbuns eram bastante regravadas, o que levaria a imprensa especializada a declarar que ela "produzia uma dúzia de hits por semana". Até mesmo Elvis Presley procuraria Dolly se mostrando interessado em regravar suas canções, mas ela recusaria por ser praxe os compositores abrirem mão de todos os seus direitos autorais ao ceder suas músicas para serem gravadas pelo Rei. Vendo o sucesso que suas músicas faziam quando regravadas em versões pop por artistas como Olivia Newton-John, Emmylou Harris e Linda Ronstadt, Dolly decidiria fazer o que na música country é conhecido como crossover: gravar canções que podiam ser vendidas tanto como country quanto como pop, sendo tocadas em rádios que normalmente não davam espaço para o country - mesmo nos Estados Unidos, a música country é um mercado de nicho, sendo raro canções country serem executadas fora dos espaços tradicionalmente dedicados a elas.

Para levar adiante esse plano, Dolly passaria a se envolver mais diretamente com a produção de seus álbuns, contrataria o empresário Sandy Gallin, especializado em promoção de crossovers, que trabalharia com ela durante quase 25 anos, e o produtor Gary Klein, especializado em álbuns pop. Seu primeiro sucesso crossover seria Here You Come Again, cujo álbum homônimo, lançado em 1977, seria seu primeiro a vender um milhão de cópias, segundo ao alcançar o topo da lista dos mais vendidos de música country e primeiro a entrar para a lista dos mais vendidos de música pop, alcançando a vigésima posição. Escrita por Barry Mann e Cynthia Well, Here You Come Again, a canção, chegaria ao primeiro lugar da parada country e ao terceiro da parada pop, rendendo a Dolly sua primeira indicação ao Grammy de Melhor Performance Pop Feminina e sendo responsável por ela ganhar o primeiro Grammy de sua carreira, de Melhor Performance Country Feminina. Outras duas músicas de trabalho do mesmo álbum seriam bastante bem-sucedidas, com It's All Wrong, But It's All Right também alcançando o primeiro lugar da parada country e Two Doors Down entrando para o Top 100 da Billboard na posição 19 - somente Me and Little Andy seria lançada como música de trabalho e não entraria em uma parada de sucessos.

Nos anos seguintes, Dolly gravaria mais três músicas que chegariam ao primeiro lugar da parada country e entrariam para o Top 10 da parada pop, Heartbreaker (1978), Baby I'm Burning e You're the Only One (ambas de 1979); somente Sweet Summer Lovin (também de 1979) não chegaria ao topo, mas mesmo assim entraria para ambos os Top 10. No final dos anos 1970, Dolly também começaria a se tornar uma grande personalidade da TV, protagonizando uma entrevista de audiência gigantesca para o programa Barbara Walters Special em 1977; participando de um especial gravado pela também cantora Cher para o canal ABC em 1978, que lhe renderia uma indicação ao Emmy de Melhor Atriz Coadjuvante em Programa de Variedades; co-protagonizando um especial para a CBS, Dolly & Carol in Nashville, ao lado de Carol Burnett; sendo uma das co-apresentadoras do especial Fifty Years of Country Music, também da CBS, em 1979; e apresentando o especial The Seventies: An Explosion of Country Music, da NBC, transmitido ao vivo do Ford Theatre, em Washington, com o presidente Jimmy Carter na plateia.

Dolly entraria nos anos 80 com mais três músicas que chegariam ao topo da parada country e ao Top 10 da parada pop, Starting Over Again, Old Flames Can't Hold a Candle to You e 9 to 5, todas lançadas em 1980. Principal música de trabalho do álbum 9 to 5 and Odd Jobs, 9 to 5 não somente seria a primeira na parada country, como também alcançaria o primeiro lugar da parada contemporânea e seria a primeira música de Dolly a chegar ao primeiro lugar na parada pop e ao topo do Top 100 da Billboard, além de receber três indicações ao Grammy, de Canção do Ano, Melhor Performance Country Feminina e Melhor Canção Country, ganhando esses dois últimos. O álbum chegaria ao primeiro lugar na lista dos mais vendidos de country, à posição 11 no Top 200 da Billboard, e renderia a Dolly seu primeiro Disco de Platina.

9 to 5 também receberia indicações ao Oscar de Melhor Canção Original e ao Globo de Ouro de Melhor Canção Country, já que fazia parte da trilha sonora da primeira experiência de Dolly no cinema, um filme também chamado 9 to 5 (no Brasil conhecido como Como Eliminar seu Chefe), uma comédia na qual ela, Jane Fonda e Lily Tomlin interpretam três secretárias que decidem se vingar de um chefe machista (Dabney Coleman), que frequentemente as assedia no horário de trabalho. Lançado em 19 de dezembro de 1980, o filme seria um gigantesco sucesso - com orçamento de 10 milhões de dólares, renderia mais de 100 milhões - e a atuação de Dolly, que contracenava com duas atrizes já consagradas, seria bastante elogiada, rendendo duas indicações ao Globo de Ouro, de Melhor Atriz em Musical ou Comédia e Melhor Nova Atriz do Ano. A trilha sonora do filme, também chamada 9 to 5, teria boa vendagem e receberia uma indicação ao Grammy de Melhor Álbum de Trilha Sonora Original Escrita para um Filme de Cinema ou Especial de Televisão.

Em 1982, Dolly voltaria aos cinemas com The Best Little Whorehouse in Texas (A Melhor Casa Suspeita do Texas no Brasil), adaptação de um musical da Broadway de 1978 no qual ela interpretava a dona de um bordel que tinha um relacionamento secreto com o xerife da cidade (Burt Reynolds); esse filme não seria um sucesso tão grande, mas mais uma vez a atuação de Dolly seria bastante elogiada, rendendo uma nova indicação ao Globo de Ouro de Melhor Atriz em Musical ou Comédia, e a trilha sonora, que mais uma vez venderia bem, contaria com uma regravação de I Will Always Love You, indicada ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina. Por outro lado, a terceira experiência de Dolly no cinema, Rhinestone: Um Brilho na Noite, de 1984, no qual ela interpretava uma cantora country em busca do sucesso e contracenava com Sylvester Stallone, seria um gigantesco fracasso de público e crítica, embora sua trilha sonora tenha vendido bem e contasse com Tennessee Homesick Blues, que rendeu a Dolly mais uma indicação ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina.

Na primeira metade dos anos 1980, Dolly gravaria mais seis músicas que alcançariam o primeiro lugar da parada country, dentre elas um dos maiores sucessos de sua carreira, Islands in the Stream, um dueto com outro grande nome da música country, Kenny Rogers, faixa de um disco não de Dolly, mas de Rogers, chamado Eyes That See in the Dark. Uma composição de Barry, Robin e Maurice Gibb (mais conhecidos como os Bee-Gees), Islands in the Stream seria indicada ao ao Grammy de Melhor Performance Pop de uma Dupla ou Grupo e chegaria ao primeiro lugar do Top 100 da Billboard, se tornando a segunda música de Dolly (depois de 9 to 5) e a segunda de Rogers (depois de Lady) a fazê-lo. O lançamento da música em formato single (com a regravação de I Will Always Love You no Lado B) renderia a Dolly seu segundo Disco de Platina. Dolly voltaria a gravar com Rogers em 1984, quando lançariam seu primeiro álbum em dupla, Once Upon a Christmas, somente com canções de Natal, e que renderia um Disco de Platina Duplo; para promovê-lo, seria gravado um especial exibido no canal CBS, Kenny & Dolly: A Christmas to Remember. No ano seguinte, os dois gravariam Real Love, incluída no álbum de Dolly de mesmo nome, que alcançaria o primeiro lugar na parada country, além de receber uma indicação ao Grammy de Melhor Performance Country de uma Dupla ou Grupo.

Entre 1976 e 1985, a RCA lançaria mais 11 álbuns de Dolly: All I Can Do (1976, faixa-título indicada ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina), New Harvest... First Gathering (1977, primeiro álbum de Dolly a alcançar o primeiro lugar da lista dos mais vendidos de música country, sua música de trabalho Your Love Has Lifted Me Higher and Higher seria indicada ao mesmo Grammy), Here You Come Again (1977), Heartbreaker (1978), Great Balls of Fire (1979), Dolly, Dolly, Dolly (1980), 9 to 5 and Odd Jobs (1980), Heartbreak Express (1982), Burlap & Satin (1983, indicado ao Grammy de Melhor Álbum Country Feminino, e do qual a única música de trabalho, Potential Boyfriend, se tornou o primeiro videoclipe da carreira de Dolly), The Great Pretender (1984) e Real Love (1985, também indicado ao Grammy de Melhor Álbum Country Feminino). No início de 1986, Dolly ainda era uma artista de grande sucesso e boa vendagem, mas, devido a uma reformulação de seu catálogo, a RCA optaria por não renovar com ela; ela ficaria um ano sem gravadora analisando suas opções, até decidir assinar com a Columbia em 1987.

O primeiro lançamento de Dolly pela Columbia não seria um álbum solo, e sim Trio, que ela gravaria com Emmylou Harris e Linda Ronstadt. Trio seria aclamado pela crítica, renderia mais um Disco de Platina, ficaria no primeiro lugar dos mais vendidos de música country por cinco semanas, alcançaria o sexto lugar nos mais vendidos considerando todos os estilos, e renderia ao trio um Grammy de Melhor Performance Country de uma Dupla ou Grupo com Vocais, além de uma indicação ao Grammy de Álbum do Ano. Sua primeira música de trabalho, To Know Him Is to Love Him, alcançaria o primeiro lugar na parada country, e a segunda, Telling Me Lies, alcançaria a terceira posição e seria indicada ao Grammy de Melhor Canção Country. As três voltariam a lançar um álbum juntas em 1999, Trio II, pela gravadora Asylum, que renderia um Disco de Ouro, alcançaria a quarta posição nos mais vendidos de country, e seria indicado ao Grammy de Melhor Álbum Country; uma de suas músicas de trabalho, After The Gold Rush, regravação do sucesso de Neil Young, ganharia o Grammy de Melhor Colaboração Country com Vocais.

Durante a década de 1980, Dolly também se envolveria com dois empreendimentos fora do mundo da música. O primeiro seria o parque temático Dollywood, que abriu ao público em 1986; localizado na cidade de Pigeon Forge, Tennessee, o parque recebe 3 milhões de visitantes por ano, e conta com um parque de diversões, que tem como maior atração a montanha russa Wild Eagle, um parque ecológico chamado Dreamland Forest e um parque aquático chamado Dolly's Splash Country, dentre outras atrações - em 2010, o parque renderia a Dolly o Liseberg Applause Award, prêmio de maior prestígio na área dos parques temáticos. O segundo seria a produtora Sandollar, que Dolly abriria em parceira com Gallin em 1988, e cuja primeira produção, o documentário Common Threads: Stories from the Quilt, de 1989, sobre famílias de vítimas da AIDS, ganharia o Oscar de Melhor Documentário; a Sandollar, que encerraria suas atividades em 2010, também produziria, dentre outros, a série de TV Buffy: A Caça-Vampiros e os dois filmes O Pai da Noiva estrelados por Steve Martin.

Em 1987, Dolly também criaria a Dollywod Foundation, uma fundação inicialmente dedicada a combater o analfabetismo no interior dos Estados Unidos, mas que acabou levando livros e concedendo bolsas escolares a crianças não só daquele país, mas também do Canadá, Reino Unido, Irlanda e Austrália. A partir de 1989, a Dollywood Foundation também se tornaria uma das principais doadoras da Cruz Vermelha dos Estados Unidos, e contribuiria regularmente com instituições de caridade voltadas ao apoio a pessoas que contraem AIDS. Em 2006, ela arrecadaria fundos para a construção de um hospital referência em câncer na cidade de Sevierville, e, em 2009, receberia o título honoris causa de Doutora em Ciências Humanas pela Universidade do Tennessee, se tornando apenas a segunda pessoa a receber um título honrário nessa universidade. Dolly também é uma das maiores doadoras da Vanderbilt University School of Medicine, que praticamente construiu um hospital pediátrico inteiro apenas com suas doações. Foi através da Vanderbilt, inclusive, que, em 2019, ela faria sua vultosa doação para o combate à covid-19, que financiaria a vacina produzida pelo laboratório Moderna; Dolly se vacinaria na Vanderbilt, e lançaria uma versão especial de Jolene (chamada Vaccine) para estimular as pessoas a se vacinarem.

No final da década de 1980, Dolly decidiria voltar ao country puro, abandonando o crossover. Ela seguiria fazendo sucesso até o início da década de 1990, quando surgiria uma nova vertente do country chamada pela imprensa de "música country contemporânea", que relegaria muitos dos artistas mais tradicionais ao segundo plano; embora ainda fosse extremamente elogiada pela crítica e indicada a vários prêmios, Dolly nessa década deixaria de ser um sucesso comercial, com seus álbuns tendo baixa vendagem se comparados aos antigos, e poucas de suas músicas fazendo sucesso nas rádios. Seus principais destaques do final da década de 1980 e início da de 1990 seriam Why'd You Come in Here Lookin' Like That (1989), primeiro lugar na parada country e indicada ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina; Yellow Roses (também de 1989), primeiro lugar na parada country; Rockin' Years (1991), um dueto com Ricky Van Shelton, última canção de Dolly a chegar ao primeiro lugar da parada country e indicada ao Grammy de Melhor Colaboração Country com Vocais; Eagle When She Flies (também de 1991), indicada ao Grammy de Melhor Canção Country, Romeo (1993), que contou com a participação de Mary Chapin Carpenter, Pam Tillis, Billy Ray Cyrus, Kathy Mattea e Tanya Tucker, e recebeu uma indicação ao Grammy de Melhor Colaboração Country com Vocais; e a já citada regravação de I Will Always Love You em dueto com Vince Gill, indicada ao mesmo Grammy.

Paralelamente a esses lançamentos, ela se dedicaria ao cinema, atuando em Flores de Aço, adaptação do musical da Broadway Steel Magnolias, de 1989; Falando Francamente (Straight Talk), de 1992, para o qual escreveu e cantou todas as músicas da trilha sonora; e A Família Buscapé (The Beverly Hillbillies, 1993), versão para o cinema da famosa série de TV, no qual interpretaria ela mesma. Ela também estaria nos filmes para a TV A Smoky Mountain Christmas (1986), Wild Texas Wind (1991) e Unlikely Angel (1996), nesse último interpretando uma mulher que morre em um acidente de carro e é mandada de volta à Terra como um anjo, e dublaria ela mesma em um episódio de Os Simpsons.

Pela Columbia, Dolly lançaria seis álbuns: Rainbow (1987), White Limoozen (1989), Home for Christmas (1990, apenas com canções de Natal), Eagle When She Flies (1991), Slow Dancing with the Moon (1993) e Something Special (1995). Em 1993, ela lançaria mais um álbum ao estilo de Trio, chamado Honky Tonk Angels, dessa vez fazendo trio com Loretta Lynn e Tammy Wynette. O álbum renderia um Disco de Ouro, teria uma faixa (Silver Threads and Golden Needles) indicada ao Grammy de Melhor Colaboração Country com Vocais, e seria responsável por revitalizar, ainda que de forma breve, as carreiras de Lynn e Wynette, que andavam em baixa.

Por causa da música country contemporânea, a Columbia optaria por não renovar com Dolly em 1996, e ela passaria para a Rising Tide Records, pela qual só lançaria um álbum, Treasures, composto apenas por regravações de sucessos das décadas de 1960 e 1970 de artistas como Cat Stevens, Neil Young e Mac Davis. Seu álbum seguinte, Hungry Again, seria lançado em 1998 pela gravadora Decca, e, no ano seguinte, seria a vez de Precious Memories, pela Blue Eye Records. Ainda em 1999, Dolly entraria para o Hall da Fama da Música Country, e decidiria se aventurar pelo bluegrass, uma vertente do country originária da região das Montanhas Appalachias (cujo nome vem da banda que teria inventado o estilo, Bill Monroe and the Blue Grass Boys), lançando The Grass is Blue, pela Sugar Hill Records - o que fez com que, em 1999, ela não somente tivesse três álbuns diferentes, mas lançados por três gravadoras diferentes. The Grass is Blue ganharia o Grammy de Melhor Álbum de Bluegrass, e sua principal música de trabalho, Travelin' Prayer, de Billy Joel, seria indicada ao de Melhor Performance Country Feminina. Em 2001, ela entraria para o Hall da Fama dos Compositores.

Ainda no bluegrass, Dolly lançaria, sempre pela Sugar Hill, Little Sparrow (2001), indicado ao Grammy de Melhor Álbum de Bluegrass, e do qual a faixa Shine ganharia o de Melhor Performance Country Feminina; e Halos & Horns (2002), que continha uma versão country de Stairway to Heaven, além da faixa Dagger Through the Heart, indicada ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina, e foi indicado ao de Melhor Álbum Country. Em 2003, ela lançaria For God and Country, apenas com "canções patrióticas", algumas regravações, algumas tradicionais, algumas de autoria dela própria; lançado pela gravadora Welk Music Group, o álbum era, segundo Dolly, sua forma de lidar com o que sentiu durante e após os ataques do 11 de setembro de 2001, e uma de suas faixas, I'm Gone, receberia uma nova indicação ao Grammy de Melhor Performance Country Feminina. Também em 2003, Dolly seria homenageada em um tributo, Just Because I'm a Woman: Songs of Dolly Parton, no qual suas músicas foram regravadas por artistas como Melissa Etheridge, Alison Krauss, Shania Twain, Meshell Ndegeocello, Norah Jones e Sinéad O'Connor. Dolly voltaria à Sugar Hill e ao bluegrass em 2005, com o lançamento de Those Were the Days, mais um álbum de covers, dessa vez todos no estilo bluegrass, que incluía canções de Cat Stevens, Bob Dylan, Joni Mitchell, e até mesmo Imagine, de John Lennon.

Em 2004, a vida e carreira de Dolly seriam tema de uma exposição na Biblioteca do Congresso Nacional dos Estados Unidos, que a premiaria com a Living Legend Medal (a "medalha de lenda viva") por sua contribuição com a herança cultural do país. No ano seguinte, ela receberia a National Medal of Arts, a mais alta honraria concedida pelo governo norte-americano a quem se destaca nas artes. Ela seria indicada por duas vezes, mas recusaria em ambas, a Presidential Medal of Freedom, recusando também que o Estado do Tennessee erigisse um monumento em sua homenagem, alegando que "coisas mais importantes estão acontecendo no mundo" do que colocá-la em um pedestal. Dolly também é uma das poucas artistas que possuem seu nome duas vezes na Calçada da Fama, uma "sozinha" e uma ao lado de Harris e Ronstadt.

Nos anos 2000, Dolly também estaria na comédia As Aventuras de Frank McKlusky (2002), faria uma participação como ela mesma em Miss Simpatia 2: Armada e Poderosa (2005); interpretaria uma personagem inspirada nela em um dos episódios de maior audiência da série Reba (também em 2005); e, entre 2006 e 2010, seria uma personagem regular, a Tia Dolly, madrinha da personagem principal no seriado Hannah Montana, estrelado por Miley Cyrus; na vida real, Dolly é madrinha de batismo de Miley, e foi uma das principais apoiadoras em seu início de carreira. Em uma entrevista, Dolly declararia que uma das maiores frustrações de sua carreira ocorreu quando a Tia Dolly foi cortada do roteiro do filme de Hannah Montana, que estreou em 2009.

Dolly receberia novas indicações ao Oscar e ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original, além de uma ao Grammy de Melhor Canção Escrita para um Filme de Cinema, Televisão ou Outra Mídia Visual, com Travelin' Thru, de 2005, que ela escreveria para o filme Transamerica; de forma bizarra, como o filme e a canção falavam sobre uma mulher trans, Dolly receberia ameaças de morte de grupos conservadores norte-americanos. Também em 2005, Dolly receberia uma nova indicação ao Grammy de Melhor Colaboração Country com Vocais, por Creepin' In, dueto com Norah Jones presente no álbum Feels Like Home, de Jones. Em 2007, nova indicação nesse Grammy, dessa vez por Tomorrow is Forever, dueto com Solomon Burke. Em 2011, Dolly ganharia o Grammy Lifetime Achievement Award, pelo conjunto de sua obra.

Em 2008, Dolly escreveria as canções de um musical para o teatro inspirado em 9 to 5, que estrearia em Los Angeles no final do ano e na Broadway em abril de 2009; o musical não teria bom público e seria encerrado em setembro, após 148 apresentações, mas renderia a Dolly uma indicação ao Tony de Melhor Trilha Sonora Original. A trilha sonora do musical seria lançada em um álbum, indicado ao Grammy de Melhor Álbum de Musical.

Antes disso, em 2007, ela decidiria criar sua própria gravadora, a Dolly Records, da qual o primeiro lançamento seria o álbum Backwoods Barbie (um dos apelidos que o chefe dá à sua personagem em 9 to 5), de 2008, que estrearia na posição 17 do Top 200 da Billboard, melhor posição de estreia para um de seus álbuns, e alcançaria a segunda posição na lista dos mais vendidos de música country. Em 2009, ela lançaria o EP promocional Sha-Kon-O-Hey! Land of Blue Smoke, vendido exclusivamente em Dollywood e cuja renda seria revertida para a Great Smoky Mountains Association, para preservação do Parque Nacional de Smoky Mountains. No ano seguinte, ela gravaria The Right Time, um dueto com Billy Ray Cyrus para seu álbum Brother Clyde. Em seguida, viriam mais dois álbuns, Better Day (2011) e Blue Smoke (2014), e um novo dueto com Rogers, You Can't Make Old Friends, do álbum dele de mesmo nome, indicado ao Grammy de Melhor Performance Country de uma Dupla ou Grupo.

Em 2011, Dolly dublaria uma gnomo também chamada Dolly em Gnomeu e Julieta; por enquanto sua última atuação no cinema ocorreria no ano seguinte, 2012, quando ela contracenaria com Queen Latifah em Canção do Coração, no qual as duas se unem para tentar salvar um coral de crianças pobres em vias de ser extinto. Em 2015, estrearia na NBC Dolly Parton's Coat of Many Colors, filme sobre a infância de Dolly narrado pela própria, com Alyvia Alyn Lind a interpretando. Em 2018, a Netflix produziria uma série em oito episódios sobre a carreira de Dolly, chamado Dolly Parton's Heartstrings (Dolly Parton: Tocando o Coração no Brasil), que renderia à cantora sua terceira indicação ao Emmy, dessa vez de Melhor Filme para a TV; a segunda ocorreria em 2017, também nessa categoria, com o especial de Natal da NBC Dolly Parton's Christmas of Many Colors: Circle of Love, e uma quarta, também com um especial de Natal, Dolly Parton's Christmas on the Square, da Netflix, viria em 2020. Ao todo, a Netflix já produziu três programas com Dolly, sendo o terceiro uma co-produção com a BBC, o documentário Dolly Parton: Here I Am, de 2019.

O quarto álbum de Dolly por sua própria gravadora, Pure & Simple, seria lançado em 2016. No ano seguinte, ela lançaria I Believe in You, seu primeiro álbum direcionado ao público infantil, e, em 2018, gravaria a trilha sonora do filme Dumplin', estrelado por Jennifer Aniston, recebendo mais uma indicação ao Globo de Ouro de Melhor Canção Original por Girl in the Movies, também indicada ao Grammy de Melhor Canção Escrita para uma Mídia Visual. Dolly também ganharia dois Grammys de Melhor Performance de Música Cristã Contemporânea, um em 2020 por God Only Knows, gravado com a banda For King & Country, e um em 2021 por There Was Jesus, dueto com Zach Williams. O último álbum de Dolly, por enquanto, é A Holly Dolly Christmas, álbum de Natal lançado em 2020 acompanhado de um especial da CBS com o mesmo nome.

Com quase 60 anos de carreira profissional, Dolly é uma das artistas mais laureadas dos Estados Unidos, contando com 25 canções que alcançaram o primeiro lugar na parada de sucessos de música country (recorde para esse estilo, empatada com Reba McEntire), 44 álbuns que entraram para o Top 10 dos mais vendidos (recorde absoluto para artistas de qualquer estilo), 50 indicações ao Grammy, tendo ganhado 11 estatuetas, além de fazer parte de um grupo seleto de menos de 100 pessoas que já foram indicadas tanto ao Grammy quanto ao Oscar, ao Emmy e ao Tony. E, aos 75 anos, não dá qualquer indicação de que vá se aposentar.

0 Comentários:

Postar um comentário