domingo, 17 de novembro de 2019

Escrito por em 17.11.19 com 0 comentários

Universo Cinematográfico Marvel (VII)

Hoje seguiremos com o Universo Cinematográfico Marvel. A Fase 3 se aproxima de seu final!

Pantera Negra
Black Panther
2018

A primeira tentativa de levar para o cinema o Pantera Negra, o primeiro herói negro dos quadrinhos a ter superpoderes e primeiro super-herói negro da Marvel, ocorreria bem antes da criação do MCU, quando, em 1992, o ator Wesley Snipes, que acreditava que a África sempre era mal retratada no cinema, e que o herói era o personagem perfeito para destacar a majestade do continente, por ser a antítese dos estereótipos africanos usados por Hollywood, procuraria a Columbia Pictures e entraria em contato com Stan Lee para produzir e estrelar um filme baseado no personagem. O filme chegaria a entrar em pré-produção, e Snipes conversaria com vários roteiristas e diretores negros, como Mario Van Peebles e Jon Singleton, mas, em janeiro de 1996, a Columbia desistiria do projeto. Em entrevistas posteriores, Lee diria que a desistência se daria pela incapacidade de se encontrar um roteiro decente, e Snipes lamentaria o fato de que a maior parte das pessoas ligadas ao cinema não conhecia o personagem, e, quando ele falava que queria fazer um filme sobre o Pantera Negra, a primeira coisa na qual as pessoas pensavam era nos Panteras Negras, a organização política que lutava pelos direitos dos negros na década de 1960.

Stan Lee, porém, não queria desistir do projeto, e, em 1997, anunciou que a Marvel estava oficialmente trabalhando para que um filme do Pantera Negra se tornasse realidade. No ano seguinte, vários meios de comunicação noticiaram que Joe Quesada e Jimmy Palmiotti, responsáveis na época pelo Pantera Negra nos quadrinhos, estariam escrevendo o roteiro, mas ambos negaram. Em 1999, seria mais uma vez anunciado que Snipes o estava produzindo e que o estrelaria, e, em 2000, a Artisan Films declararia ter fechado contrato com a Marvel para co-produzir, financiar e distribuir o filme. Mais uma vez, entretanto, o filme jamais sairia da pré-produção, sendo suspenso indefinidamente em 2002.

Após a criação dos Marvel Studios, em 2005, o então CEO da Marvel, Avi Arad, anunciou que um filme do Pantera Negra estava dentre os que seriam produzidos pelo estúdio, e, em 2006, Snipes mais uma vez seria anunciado como parte do projeto, e declararia estar esperançoso de encontrar um diretor em breve. O tempo passou, porém, sem que a produção efetivamente começasse, até que, em 2010, Snipes teria de ser afastado do projeto, por ter sido condenado por evasão fiscal. Feige concluiria que precisaria agitar as coisas se quisesse que o projeto realmente desse certo, e pensou em incluir uma cena ambientada em Wakanda em Homem de Ferro 2, desistindo por achar que mostrar o país sem ter uma ideia bem estabelecida de como ele deveria ser representado poderia acabar tendo o efeito contrário; essa ideia seria desenvolvida, e, em 2013, o metal vibrânio e Wakanda seriam incluídos em Vingadores: Era de Ultron, mas sem que o país fosse efetivamente visitado. Antes disso, em 2011, o roteirista Mark Balley seria contratado para escrever o roteiro do filme do Pantera Negra.

Em outubro de 2014, o ator Chadwick Boseman seria anunciado como o intérprete do super-herói, que faria sua estreia em Capitão América: Guerra Civil antes de ganhar seu próprio filme. Boseman não faria testes para o papel; ao invés disso, ao ser procurado pela Marvel para conversar sobre a possibilidade de interpretar o Pantera Negra, ele daria tantas boas ideias sobre como gostaria que o personagem fosse retratado que seria contratado de cara. Feige declararia que sua preferência era que o diretor e os roteiristas do filme também fossem negros, mas que não abriria mão de ter "os melhores possível", contratando diretores e roteiristas de qualquer etnia caso isso fosse resultar no melhor filme. Ainda assim, os primeiros diretores procurados foram negros, com Ava DuVernay chegando a aceitar o convite e depois desistindo, alegando que, por mais que fosse sua vontade fazer um filme estrelado por um super-herói negro, não concordava com vários dos posicionamentos da Marvel sobre a história, e não queria abrir mão de sua visão. F. Gary Gray e Ryan Coogler também seriam procurados, mas prefeririam fazer Velozes e Furiosos 8 e Creed, respectivamente; no final de 2015, o roteirista Joe Robert Cole seria contratado para escrever o roteiro, e convenceria Feige a adiar a estreia de Pantera Negra para poder contar com Coogler, que, após o lançamento de Creed, aceitaria o convite para dirigir e co-escreveria o roteiro com Cole.

Coogler desejava fazer um filme que não fosse dependente do que já ocorreu no MCU, ao mesmo tempo em que influenciasse os eventos dos filmes seguintes. Ele também optaria por um tom menos humorístico que o dos filmes lançados no ano anterior, se inspirando nos filmes de crime e intriga internacional da década de 1970; quando o diretor declarou isso em entrevistas, muitos interpretaram que o filme teria a influência do blaxploitation, os filmes de ação de elenco majoritariamente negro dos anos 1970, mas, embora o cartaz oficial de Pantera Negra realmente pareça que foi inspirado nos cartazes dos filmes de blaxploitation, o enredo e o ritmo do filme nada têm a ver com esse estilo. Coogler planejava fazer várias cenas nos Estados Unidos para que pudesse criar um contraste entre o que é ser africano e o que é ser afro-americano, mas essas sequências acabariam sendo abandonadas, com a única grande "sequência internacional" do filme ocorrendo na Coreia do Sul. Outra ideia que teve de ser abandonada por Coogler foi a de usar Kraven, o Caçador, como um dos vilões do filme; como Kraven é um personagem originário das histórias do Homem-Aranha, a Sony vetou, o que fez com que surgissem rumores de que ela planejava usar Kraven em um de seus próximos filmes.

Coogler faria questão de que, por mais fantástica que fosse Wakanda, o filme tivesse uma âncora na realidade, para que tudo parecesse verossímil, e conversou com especialistas em história e geografia da África Central, onde Wakanda estaria localizada. Sua principal inspiração seria o Lesoto, um país que é um enclave entre a África do Sul e Moçambique, e que, por causa de seu terreno acidentado, foi apenas parcialmente colonizado, conseguindo manter muitas de suas tradições; Wakanda, entretanto, não seria inspirado em um só país, incluindo elementos característicos de Uganda, Ruanda, Burundi, República do Congo e até mesmo Etiópia e Mali - assim como ocorre com a maioria dos países da África, era importante que Wakanda tivesse diversas tribos e etnias diferentes, com suas próprias opiniões em comum e contrárias em relação aos mais variados assuntos. Até mesmo para o fictício metal vibrânio Coogler encontraria um paralelo no mundo real, o mineral coltan, que praticamente só pode ser encontrado na República Democrática do Congo, e é responsável por uma guerra civil pela posse de suas minas que aflige o país desde a década de 1990. Também seria tomada especial preocupação para que a tecnologia decorrente da mineração do vibrânio fosse futurista na medida certa, sem parecer absurda ou alienígena; a equipe de produção tentaria fazer com que a tecnologia parecesse uma evolução natural do que existiria em um país africano que não tivesse sido colonizado - os arranha-céus de Wakanda, por exemplo, possuem rondavels, os tetos circulares típicos das cabanas africanas, em seu topo. Finalmente, a equipe de produção do filme criaria um idioma wakandano - usado pela primeira vez em Guerra Civil - inspirado em um idioma real, o xhosa, com o sotaque quando falam inglês dos personagens do filme sendo parecido com o sotaque de quem é alfabetizado em xhosa; o ator John Kani, que interpreta T'Chaka, pai de T'Challa, o Pantera Negra, fala xhosa, e ajudou Boseman com a pronúncia e o sotaque wakandanos. O alfabeto wakandano seria inspirado no antigo alfabeto nigeriano.

Curiosamente, as filmagens não ocorreriam na África, e sim em Atlanta, nos Estados Unidos, com muitas das paisagens aparentemente naturais sendo, na verdade, construídas em estúdio e aprimoradas com computação gráfica, como a cachoeira onde ocorre o ritual do combate pela liderança do país, inspirada na Oribi Gorge, da África do Sul, que tinha 11 m de altura, uma piscina real no fundo, e contava com vários túneis, escadas e ladeiras que não ficariam visíveis no filme para que os atores pudessem assumir suas posições. O Conselho Tribal, o Salão dos Reis e o laboratório de Shuri também foram totalmente criados em estúdio, com apenas pequenos detalhes sendo acrescentados por computação gráfica. Como Vingadores: Guerra Infinita também estava sendo filmado em Atlanta, e também tinha cenas ambientadas em Wakanda, as equipes de produção dos dois filmes trabalharam juntas, e muitos dos sets de Pantera Negra foram aproveitados para o filme dos Vingadores.

Uma verdadeira tropa de estilistas, costureiros e cabeleireiros trabalharia na produção do filme, para que cada tribo tivesse roupas, acessórios e cortes de cabelo próprios que fizessem sentido de acordo com sua identidade - a Tribo do Rio usa muito verde e conchas, enquanto a Tribo das Montanhas usa tons de branco e cinza e cortes de cabelo lineares, por exemplo. A vestimenta das Dora Milaje, a guarda de honra de Wakanda, seria uma mistura de armadura samurai com os trajes do povo maasai, do Quênia. Mais de 700 roupas seriam criadas para o filme, entre trajes tribais e "roupas comuns", todos visando combinar a estética tribal africana com o estilo das roupas usadas atualmente.

No filme, após a morte de seu pai, T'Challa se submete ao ritual do Pantera Negra, para ganhar os poderes do herói e se tornar o novo governante de Wakanda; seu título é contestado, porém, por Erik Stevens, norte-americano filho do irmão do pai de T'Challa, que todos julgavam morto, e se tornou famoso atuando como mercenário sob o nome Killmonger. T'Challa toma conhecimento de Killmonger ao liderar uma missão para capturar o ladrão Ulysses Klaue, único a conseguir invadir Wakanda, roubar vibânio e sair. Quando Killmonger ameaça a integridade de Wakanda, o herói precisará da ajuda do agente da CIA Everett Ross, de sua amada Nakia e de sua irmã Shuri para conseguir derrotá-lo.

Além de Boseman como T'Challa / Pantera Negra, o elenco do filme conta com Michael B. Jordan como Erik Stevens / Killmonger; Lupita Nyong'o como Nakia, espiã de Wakanda e interesse amoroso de T'Challa; Danai Gurira como Okoye, líder das Dora Milaje; Martin Freeman como Everett Ross, agente da CIA que vive tendo seu caminho cruzado pelo Pantera Negra; Daniel Kaluuya como W'Kabi, melhor amigo de T'Challa e chefe de segurança de Wakanda; Letitia Wright como Shuri, irmã de T'Challa, gênio da ciência e principal cientista de Wakanda; Angela Bassett como Ramonda, mãe de T'Challa e Shuri; Winston Duke como M'Baku, líder da Tribo das Montanhas e rival de T'Challa; Forest Whitaker como Zuri, melhor amigo do pai de T'Challa e seu conselheiro; e Andy Serkis como o contrabandista internacional Ulysses Klaue. John Kani faz uma participação especial como T'Chaka, o pai de T'Challa, e seu filho Atandwa Kani interpreta um T 'Chaka jovem em um flashback. Outras participações especiais incluem Florence Kasumba e Sydelle Noel como as Dora Milaje Ayo e Xoliswa; Isaach de Bankolé como o ancião da Tribo do Rio; Connie Chiume como a anciã da Tribo das Minas; Dorothy Steel como a anciã da Tribo Mercante; Danny Sapani como o ancião da Tribo da Fronteira; Sebastian Stan como Bucky Barnes em uma cena pós-créditos; e Stan Lee como o frequentador de um cassino clandestino.

Quase 30 empresas de efeitos visuais trabalharam no filme; diferentemente do que ocorreu em outros filmes do MCU, elas tiveram menos liberdade criativa, tendo de seguir à risca as orientações da equipe de produção do filme, para que o visual étnico africano criado pelos figurinistas fosse respeitado - por exemplo, em cenas com multidões é comum que algumas pessoas sejam copiadas e coladas digitalmente para dar a impressão de que há mais gente na tela; em Pantera Negra, devido à grande variedade de roupas, que, ainda por cima, dependiam de a qual tribo cada personagem pertencia, os espectadores poderiam perceber as duplicatas caso esse método fosse usado, então ele foi evitado. O visual de Golden City, capital de Wakanda, ficaria a cargo da Industrial Light & Magic, que se inspiraria na arquitetura de Kampala, capital de Uganda, imaginando como a cidade será daqui a 50 anos. A ILM também seria responsável pela cena de T'Chaka no plano espiritual, totalmente criada por computação gráfica, incluindo a árvore e as panteras, e trabalharia inserindo digitalmente a areia na cena em que T'Challa é enterrado, para que Boseman não precisasse prender a respiração durante as filmagens, e o fogo na cena em que Killmonger começa um incêndio, para que os atores não corressem nenhum risco durante as filmagens.

A Method Studios ficaria com o visual das paisagens naturais de Wakanda, criando um cenário de 3.600 km2, inspirado em diversas paisagens da África, que podia ser visualizado de vários ângulos diferentes - incluindo uma "tomada aérea" durante um sobrevoo da nave do Pantera Negra. A Method também ficaria com todos os veículos futuristas, com os rinocerontes usados como montaria, com os equipamentos criados por Shuri, e com os uniformes do Pantera Negra e de Killmonger. Apesar de visualmente impressionante, a batalha entre os dois, nos trilhos do veículo que leva o vibrânio das minas para as refinarias, acabaria sendo criticada por muitos fãs, que diriam se tratar de "uma luta entre dois personagens de videogame".

Pantera Negra estrearia em 29 de janeiro de 2018, com a pré-estreia contando com um tapete roxo flanqueado por modelos negras vestidas como Dora Milaje e com o elenco e equipe principais indo assistir vestidos como se fossem da realeza africana. O filme seria o primeiro na história da Disney a estrear simultaneamente em quase 30 países da África, e o primeiro filme a estrear na Arábia Saudita após a revogação de uma lei de 1988 que proibia cinemas no país - ficando em cartaz por cinco dias antes da estreia de Vingadores: Guerra Infinita. Com orçamento de 200 milhões de dólares, o filme renderia 700 milhões somente nos Estados Unidos e 1,3 bilhão no mundo inteiro, se tornando o filme mais rentável de um super-herói "solo" (sem ser de uma equipe) da história, e o terceiro filme de maior bilheteria do MCU, atrás apenas de Vingadores e Vingadores: Era de Ultron.

Pantera Negra também seria extremamente bem recebido pela crítica, com quase a totalidade das avaliações sendo extremamente positiva. O filme seria considerado "de importância cultural" não só pela forma como retrata a África e os africanos, a diáspora africana e questões cruciais da população afro-americana, mas também por ter sido produzido por uma equipe quase totalmente negra e contar com um elenco quase totalmente negro, uma raridade para um blockbuster. Pantera Negra também seria o filme mais laureado da história da Marvel, sendo indicado a nada menos que 225 prêmios e ganhando 89 - incluindo três Oscars, os de Melhor Trilha Sonora Original, Melhor Figurino e Melhor Design de Produção. Ao todo, o filme seria indicado a sete Oscars, perdendo os de Melhor Edição de Som, Melhor Mixagem de Som (ambos para Bohemian Rhapsody), Melhor Canção Original (para Shallow, de Nasce uma Estrela), e se tornando o primeiro filme dos Marvel Studios a ser indicado ao Oscar de Melhor Filme (perdido para Green Book: O Guia).

Vingadores: Guerra Infinita
Avengers: Infinity War
2018

De certa forma, Guerra Infinita era o ápice do MCU. Tudo bem que não era o último filme, mas, depois de tanta preparação, era o momento que todos os fãs queriam ver: Vingadores e Guardiões da Galáxia, Doutor Estranho e Pantera Negra, Homem-Formiga e Homem-Aranha, todos dividindo a tela. Bom, não teve Homem-Formiga, mas foi por uma boa causa.

O gigantesco elenco do filme conta com Robert Downey, Jr. como Tony Stark / Homem de Ferro, Chris Hemsworth como Thor, Mark Ruffalo como Bruce Banner / Hulk, Chris Evans como Steve Rogers / Capitão América, Scarlett Johansson como Natasha Romanova / Viúva Negra, Benedict Cumberbatch como Stephen Strange / Dr. Estranho, Don Cheadle como James Rhodes / Máquina de Combate, Tom Holland como Peter Parker / Homem-Aranha, Chadwick Boseman como T'Challa / Pantera Negra, Paul Bettany como Visão, Elizabeth Olsen como Wanda Maximoff, Anthony Mackie como Sam Wilson / Falcão, Sebastian Stan como Bucky Barnes / Soldado Invernal, Tom Hiddleston como Loki, Idris Elba como Heimdall, Benedict Wong como Wong, Chris Pratt como Peter Quill / Senhor das Estrelas, Zoe Saldana como Gamora, Dave Bautista como Drax, Karen Gillan como Nebulosa, Pom Klementieff como Mantis, Vin Diesel como a voz de Groot, Bradley Cooper como a voz de Rocky, Gwyneth Paltrow como Pepper Potts, Benicio del Toro como Taneer Tivan / Colecionador, Danai Gurira como Okoye, Letitia Wright como Shuri, Winston Duke como M'Baku, Florence Kazumba como Ayo, Jacob Batallon como Ned Leeds, William Hurt como Thaddeus Ross, Kerry Condon como a voz de Sexta-Feira, e Josh Brolin como Thanos. Os estreantes no MCU são Peter Dinklage como Eitri, Rei dos Anões de Nidavellir, onde Thor vai tentar forjar uma nova arma; e os quatro generais de Thanos: Terry Notary como Obsidian, Tom Vaughan-Lawlor como Fauce, Michael James Shaw como Corvus, e Carrie Coon e Monique Ganderton como Proxima - Coon forneceu as expressões faciais e a voz, mas, como estava grávida, quem fez a captura de movimentos e serviu de modelo para a aparência de Proxima foi Ganderton. Ross Marquand, substituindo Hugo Weaving, que não quis reprisar o papel, faz a voz do Caveira Vermelha, que foi inteiramente criado por computação gráfica. O roteirista Stephen McFeely e o diretor Kenneth Branagh fazem pequenas participações especiais, respectivamente como um secretário de Ross e como um asgardiano; Samuel L. Jackson e Cobie Smulders aparecem respectivamente como Nick Fury e Maria Hill na cena pós-créditos. Stan Lee faz uma participação como um motorista de ônibus escolar.

O filme acompanha a busca do vilão Thanos pelas Joias do Infinito - nos quadrinhos, artefatos cósmicos com o poder de moldar a realidade - que foram introduzidas no MCU como o tesseract de Capitão América: O Primeiro Vingador, o cetro de Loki em Os Vingadores, o Éter em Thor: O Mundo Sombrio, a Orbe de Guardiões da Galáxia e o Olho de Agamotto em Doutor Estranho - faltava uma, a Joia da Alma, que seria apresentada no próprio Guerra Infinita. A busca de Thanos o coloca no caminho dos heróis, que lutam para impedi-lo a qualquer custo, pois, se ele as conseguir, usará seu poder para dizimar metade da população do universo.

Guerra Infinita já estava planejado desde que a Marvel decidiu introduzir as Joias do Infinito no MCU, e já estava anunciado desde 2014; originalmente, seria um filme em duas partes, chamadas Avengers: Infinity War - Part 1 e Avengers: Infinity War - Part 2, mas, em 2016, por sugestão dos diretores, a Marvel anunciaria que seriam dois filmes independentes seguindo a mesma história, removendo o Part 1 do título do primeiro e deixando o título do segundo em aberto. Embora haja uma saga dos quadrinhos centrada em torno de Thanos e de sua aquisição das Joias do Infinito - chamada Desafio Infinito (The Infinity Gauntlet, "A Manopla do Infinito", em inglês) - a história do filme só tem em comum com a dos quadrinhos a presença de Thanos, da Manopla e das Joias, sendo completamente diferente; vale citar que também há uma saga dos quadrinhos chamada Guerra Infinita (The Infinity War), continuação direta de Desafio Infinito, mas sua história também não tem nada a ver com o filme.

Joss Whedon, diretor dos dois primeiros filmes dos Vingadores, declararia ser pouco provável que ele dirigisse o terceiro, já que havia muitos elementos na história, e ele não se considerava capaz de lidar com todos eles de uma forma que ele mesmo considerasse satisfatória. Gostando de trabalho de Anthony e Joseph Russo em Guerra Civil, que era praticamente um filme dos Vingadores, Feige decidiu oferecer aos irmãos a direção de Guerra Infinita e de sua continuação, o que eles aceitaram em abril de 2015; um mês depois, os roteiristas Christopher Markus e Stephen McFeely, que trabalharam com os Russo em O Soldado Invernal e Guerra Civil, também aceitariam escrever o roteiro dos dois filmes. Quando Whedon recusou dirigir, Feige ainda tentou convencê-lo a escrever os roteiros, o que ele também recusou, mas se oferecendo para contribuir com o roteirista escolhido caso necessário - o que acabou não sendo.

Markus e McFeely escreveriam os roteiros dos dois filmes simultaneamente, como se ambos fossem uma única história. Antes de começar, eles fizeram um grande apanhado de ideias, que ocupou 60 páginas, e deram para várias pessoas envolvidas com a produção do filme, para que eles marcassem o que achavam que ficaria bom, o que achavam que não funcionaria, e o que eles não poderiam fazer de forma alguma - digamos, matar o Homem de Ferro, por exemplo. Depois que todos deram sua opinião, eles começaram a alinhavar as ideias marcadas como positivas para tentar chegar a uma história coesa, o que se mostrou mais difícil do que eles esperavam. Em determinado momento, eles ficaram tão atolados de trabalho que pediram ajuda a Eric Pearson, roteirista de Thor: Ragnarok, que acabaria não sendo creditado, mesmo tendo feito algumas contribuições.

Markus, McFeely e os Russo também se manteriam em contato contante com os demais diretores dos filmes da Fase 3, para que a história ficasse o mais coesa possível. Scott Derrickson, de Doutor Estranho, se reuniu com os Russo para debater o que funcionaria ou não em relação à participação do Dr. Estranho e de outros personagens de seu universo nos dois filmes. James Gunn, dos dois Guardiões da Galáxia, atuou como produtor executivo, supervisionou a presença dos Guardiões no filme, e até mesmo escreveu algumas piadas para eles - até mesmo uma cena na qual, na opinião de Gunn, as atitudes de Quill não combinavam com a forma com que ele foi mostrado nos filmes dos Guardiões acabaria removida sem prejuízo para o roteiro. Gunn também escolheria The Rubberband Man, da banda The Spinners, para ser a música de introdução dos Guardiões no filme. Taika Waititi, de Thor: Ragnarok, ajudaria a manter Thor com a mesma pegada cômica do último filme, já que Markus e McFeely planejavam fazê-lo bem mais sério. Guerra Infinita e Pantera Negra seriam filmados quase que simultaneamente em Atlanta, com as equipes de ambos os filmes trabalhando juntas para que Wakanda ficasse consistente em sua representação.

Em 2016, Feige declararia ser possível que personagens das séries de TV relacionada ao MCU aparecessem no filme, com Krysten Ritter, que interpretava Jessica Jones na série homônima da Netflix, expressando seu interesse em participar; essa ideia acabaria descartada porque os Russo considerariam "praticamente impossível" incluir os personagens das séries de forma satisfatória para tanto os fãs dos filmes quanto os fãs das séries, sendo um dos fatores envolvidos a natureza episódica das séries, que poderiam ser dramaticamente afetadas pelo filme - um telespectador que não assistisse ao filme poderia ficar sem entender nada do que estava acontecendo na temporada posterior da série, por exemplo. Além disso, sem os personagens das séries, os diretores poderiam focar em fazer do filme o clímax mais apropriado possível para o que vinha ocorrendo nos filmes até então.

Uma das maiores preocupações dos diretores era que todos os personagens recebessem aproximadamente o mesmo destaque, sem que toda a ação ficasse nas mãos de um pequeno grupo enquanto os demais fazem apenas participações especiais; uma das formas encontradas para isso foi dividir os heróis em grupos separados, cada um com uma missão distinta, mas todas interligadas, ao invés de fazer apenas um enorme grupo de heróis. Os grupos foram escolhidos não só de acordo com as relações dos personagens nos filmes anteriores, mas também com escolhas que os diretores e roteiristas acharam que poderiam funcionar e surpreender o público - como colocar o Hulk no grupo do Capitão América ao invés de no do Homem de Ferro ou no de Thor. Markus e McFeely também tirariam boa parte de sua inspiração de filmes dos anos 1990 estrelados por grupos, como 2 Days in the Valley e Irresistível Paixão, nos quais o antagonista parece estar sempre um passo a frente dos heróis.

Um dos pontos mais elogiados do filme foi a forma como diretores e roteiristas apresentaram Thanos, o grande vilão do MCU - e que, até ali, só tinha aparecido nos filmes durante poucos segundos. Nos quadrinhos, Thanos é considerado louco, apaixonado pela personificação da morte, e costuma cometer assassinatos e genocídios para agradá-la; no filme, Thanos ainda é cruel e brutal, mas possui um objetivo que considera nobre, o de reduzir a população do universo à metade - de forma aleatória, sem favorecimentos - para acabar com a fome, as guerras, e outras mazelas sociais - ou seja, ele acredita estar lutando pelo bem, não pelo mal. A personalidade de Thanos se mantém constante durante todo o filme, com seus atos sendo sempre condizentes com suas motivações, o que é um desafio e tanto ao se caracterizar um vilão com o poder que ele tem. Uma das primeiras versões do roteiro trazia Thanos como narrador, e, embora tenha sido descartada, os roteiristas consideraram que criar e escrever sua narração foi de grande ajuda para que eles entendessem melhor suas motivações.

A princípio, a ideia dos Marvel Studios era filmar os dois filmes - Guerra Infinita e sua continuação - simultaneamente, mas, durante a pré-produção, chegou-se à conclusão de que seria melhor começar as filmagens do segundo imediatamente após o término das do primeiro. Anthony Russo achava que faria mais sentido filmar ambos simultaneamente, principalmente por causa da disponibilidade do elenco, mas acabou se rendendo à decisão da maioria - apesar disso, para aproveitar a presença no set de alguns atores que só fariam cenas curtas, algumas cenas do segundo filme realmente foram filmadas durante as filmagens do primeiro. A pós-produção levaria quase um ano, pois os diretores decidiriam regravar algumas cenas que acharam que não ficaram com o tom ideal, e os editores tentaram alcançar a perfeição na transição das cenas de um grupo para o outro, mantendo o ritmo do início ao fim do filme.

Os efeitos visuais do filme ficariam a cargo de dez empresas. A Digital Domain ficaria responsável por Thanos, e criaria um software inteiramente novo, chamado Masquerade, especialmente para capturar as expressões faciais de Brolin, cujo desenvolvimento começaria quatro meses antes das filmagens, baseado em machine learning, a capacidade de o computador "aprender" com o que está fazendo através de algoritmos; os profissionais da Digital Domain se baseariam nas versões de Thanos apresentadas em Os Vingadores, Guardiões da Galáxia e Vingadores: Era de Ultron, mas fariam alterações significativas em seu rosto, para que ele ficasse mais parecido com Brolin - incluindo um tom de púrpura mais claro para sua pele. Além de Thanos, a Digital Domain também ficaria a cargo do Caveira Vermelha; já os quatro generais de Thanos, a nova armadura do Homem de Ferro e a roupa "Aranha de Ferro" do Homem-Aranha ficariam a cargo da Framestore, que também criaria os efeitos da batalha em Nova Iorque, no início do filme.

Vingadores: Guerra Infinita teria estreia (quase) mundial em 27 de abril de 2018. Nos Estados Unidos, estrearia em 4.474 salas, se tornando o segundo filme da história a estrear em mais salas, perdendo apenas para Meu Malvado Favorito 3, que estreou em 4.529; das 4.474 salas, 408 eram IMAX, um recorde absoluto, e em três delas o filme seria exibido durante 24 horas ininterruptas, tamanha foi a procura - com sessões, por exemplo, começando às três da manhã. Guerra Infinita se tornaria o filme da Marvel a vender mais ingressos durante a pré-venda, batendo o recorde de Guardiões da Galáxia Vol. 2, e vendendo mais ingressos durante a pré-venda do que os sete filmes anteriores do MCU somados; no fim, ele seria o terceiro filme a vender mais ingressos na pré-venda em todos os tempos, atrás apenas de dois outros filmes da Disney, Star Wars: O Despertar da Força e Star Wars: Os Últimos Jedi.

O orçamento exato do filme não foi divulgado, mas estima-se que tenha ficado entre 316 e 400 milhões de dólares - o dono dos estúdios Pinewood, onde ocorreram as filmagens, em Atlanta, disse em uma entrevista que Guerra Infinita foi o filme mais caro da história, com orçamento de um bilhão de dólares, mas essa informação foi desmentida pela Disney. A bilheteria do filme nos Estados Unidos passou de 678 milhões de dólares, e, somando os rendimentos do mundo inteiro, passou de 2 bilhões, se tornando a maior bilheteria de 2018, a maior bilheteria de um filme de super-heróis de todos os tempos, e o quarto filme mais rentável de todos os tempos, atrás de Avatar, Titanic e Star Wars: O Despertar da Força. Guerra Infinita também seria o filme com a maior bilheteria no primeiro fim de semana em todos os tempos, o filme que alcançou 1 bilhão de dólares nas bilheterias em menos tempo, levando apenas 11 dias para consegui-lo, e o segundo a alcançar 2 bilhões mais rápido, em 48 dias, atrás apenas de Avatar, que levou 47 dias. O filme também seria extremamente bem-recebido pela crítica, que elogiou principalmente a atuação de Brolin e a capacidade dos diretores em gerenciar um elenco que tinha mais de dez personagens de destaque. Guerra Infinita seria indicado ao Oscar de Melhores Efeitos Visuais, mas perderia para O Primeiro Homem.

Para terminar com uma curiosidade: Guerra Infinita seria o primeiro filme de um grande estúdio a ser filmado diretamente no formato IMAX, ao invés de ser convertido para ele na pós-produção; curiosamente, o formato IMAX é de 1,90:1, mas, quando o filme foi ser lançado em DVD e Blu-ray, teve de ser usada uma versão 2,39:1, criada durante a pós-produção para ser exibida nos cinemas que não tinham tecnologia IMAX; isso ocorreu porque o IMAX é um formato proprietário, e a IMAX Corporation não deu autorização para que o filme fosse lançado em home video com o formato no qual foi filmado. Os Russo ainda estão negociando para que uma edição especial do filme seja lançada em Blu-ray 4K com o formato original.

Homem-Formiga e a Vespa
Ant-Man and the Wasp
2018

As negociações para um segundo filme do Homem-Formiga começariam logo após a estreia do primeiro; Peyton Reed, o diretor de Homem-Formiga, apesar de jamais ter aceitado dirigir continuações antes, se mostrou bastante animado para retornar, principalmente porque poderia fazer o filme do início, diferentemente do que ocorreu no primeiro, quando ele pegou o trabalho no meio após a saída de Edgar Wright. Michael Douglas, que interpretou Hank Pym no primeiro filme, embora não tenha assinado para múltiplos filmes, também se mostraria animado para retornar, e inclusive sugeriria que o segundo filme poderia não ser uma sequência, e sim uma "prequência", ambientado no passado, com Pym como Homem-Formiga e Douglas fazendo uso de software de rejuvenescimento; ele chegaria também a sugerir que sua esposa, Catherine Zeta-Jones, interpretasse a Vespa no segundo filme. No final de 2015, porém, Feige anunciaria que a Marvel havia tido "uma ideia superlegal" para o segundo filme do Homem-Formiga, e que os produtores estavam trabalhando para tentar concretizá-la; pouco depois, ele confirmaria que se trataria de uma sequência, e confirmaria o retorno de Paul Rudd como Scott Lang / Homem-Formiga e de Evangeline Lilly como Hope van Dyne, que, no segundo filme, seria a nova Vespa.

O título do filme, Homem-Formiga e a Vespa, seria anunciado em outubro de 2015, e causaria um certo frisson por ser o primeiro título de um filme da Marvel a trazer o nome de uma personagem feminina. Reed, já confirmado como diretor, faria questão de que a Vespa e o Homem-Formiga fossem equivalentes em importância sob todos os aspectos, incluindo tempo de tela, presença no material de divulgação do filme e quantidade de merchandising associado. Segundo ele, "por acaso" a Vespa era uma mulher, no sentido de que seu sexo não influenciava em nada a história do filme ou o desenrolar dos acontecimentos, então não fazia sentido ela ter tratamento diferente do Homem-Formiga só por ele ser homem.

Adam McKay, um dos roteiristas do primeiro filme, chegaria a negociar seu retorno, que acabaria não se concretizando. De início, os roteiristas do filme seriam Gabriel Ferrari, Andrew Barrer e Rudd, que já havia contribuído com o roteiro do primeiro filme; segundo Rudd, os três "se trancariam numa sala" com Reed, para fazer um brainstorming de possíveis ideias para o segundo. Reed se inspiraria em várias histórias antigas dos Vingadores, e chegaria a cogitar incluir várias cenas de flashback que mostrassem a carreira de Pym e as várias identidades que ele teria adotado. Rudd também trabalharia a questão do envolvimento de Lang com Tony Stark, a quem Pym considera um rival - Pym, portanto, estaria furioso, Hope se sentiria traída, e Lang estaria no meio dessa confusão.

Nas palavras de Reed, Homem-Formiga e a Vespa é um filme "independente" do MCU, mas que não pode ignorar os eventos de filmes como Guerra Civil e Guerra Infinita; por isso, ele se reuniria constantemente com Anthony e Joe Russo, para determinar a melhor forma de se realizar algumas cenas, para que elas se encaixassem com o que seria mostrado em Guerra Infinita - essas reuniões resultariam, por exemplo, na famosa cena pós-créditos de Homem-Formiga e a Vespa. Durante a pré-produção, os roteiristas Chris McKenna e Erik Sommers, de Homem-Aranha: De Volta ao Lar, se uniriam ao time de roteiristas somente para garantir que essa integração fosse o mais perfeita possível. No fim, o filme acabaria creditado, nessa ordem, a McKenna, Sommers, Rudd, Barrer e Ferrari. Reed contribuiria com várias cenas e diálogos, mas optaria por não ser creditado como um dos roteiristas.

O Reino Quântico tem uma importância muito maior no segundo filme - inclusive afetando o MCU como um todo - do que no primeiro, então a importância do físico Spyridon Michalakis como consultor seria ainda maior; ele chegaria a fazer uma palestra para a equipe de produção do filme explicando como um Reino Quântico funcionaria se existisse, e quais são as razões físicas que impedem, no mundo real, que se desenvolva uma tecnologia como as Partículas Pym, que permitem mudar o tamanho de uma pessoa ou objeto à vontade. Seria Michalakis quem sugeriria a aparência do Reino Quântico como "cores que mudam a todo momento", pois, para ele, seria um local onde as leis da física ainda não estariam consolidadas. O Túnel Quântico usado no filme seria inspirado no Túnel do Tempo da série de TV homônima dos anos 1960, e seria o maior cenário construído para um filme dos Marvel Studios - o que, segundo Reed, foi estranho, já que tudo no filme é sobre ficar menor, não maior. Falando nisso, um dos pontos-chave do roteiro é resgatar a Vespa original, que está presa no Reino Quântico, e uma das melhores cenas é a que ela usa o corpo de Lang para se comunicar; Rudd se inspiraria em Um Espírito Baixou em Mim, no qual Lily Tomlin compartilha o corpo de Steve Martin, e faria toda a cena de improviso.

As armaduras do Homem-Formiga e da Vespa seriam criação da figurinista Louise Frogley, baseadas em artes criada por Andy Park; ambas as armaduras existiam em versões reais e digitais, com a versão digital sendo sobreposta à real na pós-produção quando algum efeito impossível de se criar durante as filmagens fosse usado - a armadura da Vespa, por exemplo, possuía asas, mas as asas mostradas quando ela voa são inseridas digitalmente. Segundo Frogley, a armadura do Homem-Formiga mostrada no primeiro filme, como foi roubada de Pym, possui um "visual anos 1960", e ela tentou manter o mesmo estilo mas criar um visual moderno para a nova armadura do herói e para a da Vespa. Park e Frogley também seriam responsáveis por criar o traje da vilã Fantasma - aliás, nos quadrinhos, Fantasma é um homem branco, enquanto no filme é uma mulher negra; a mudança foi ideia de Reed, que alegou apenas que o sexo e raça do personagem não fazem diferença nenhuma para seus poderes.

Uma das maiores dificuldades da equipe de pós-produção foi que as filmagens ocorreram em Atlanta, mas o filme é ambientado em São Francisco; a cena de perseguição em automóveis, portanto, teve de ser totalmente alterada digitalmente, para que as paisagens vistas pelos espectadores fossem as de São Francisco, e não as de Atlanta. A empresa de efeitos visuais DNEG, que também seria responsável pelos poderes de Fantasma, ficaria responsável por essa cena, e teria de usar lentes especiais e manipulação de imagem para parecer que, quando os personagens estavam pequenos, a câmera também era pequena. Ao todo, 13 empresas de efeitos visuais trabalhariam no filme, incluindo a DNEG e a Lola VFX, que, mais uma vez, usaria seu famoso software de rejuvenescimento, desta vez não somente em Douglas, mas também em Michelle Pfeiffer, que interpreta Janet van Dyne, a Vespa original, e em Laurence Fishburne, que interpreta Bill Foster, um antigo colega de Pym que trabalhou no Projeto Golias. Para Douglas, a Lola VFX usaria o mesmo modelo do primeiro Homem-Formiga, aplicado sobre o mesmo ator, Dax Griffin, que usou uma peruca no estilo do cabelo que Douglas usava nos anos 1980; para Fishburne, o dublê seria seu próprio filho, o que facilitaria a manipulação de imagens; mas seria Pfeiffer a que daria menos trabalho, por ter, segundo a Lola, "envelhecido incrivelmente bem", tanto que não precisou de dublê. O Reino Quântico ficaria a cargo dos Method Studios, que também criaria as versões digitais das armaduras dos personagens e faria a cena na qual o Homem-Formiga encolhe apenas parcialmente. A cena na qual o Homem-Formiga e a Vespa invadem o local onde Fantasma se esconde, totalmente criada por computação gráfica, ficaria a cargo da Luma Pictures, que também criaria a sequência na qual Fantasma ganha seus poderes e a na qual a Vespa fica presa no Reino Quântico, que teve de ser quase idêntica à criada pela Industrial Light & Magic para o primeiro Homem-Formiga - já que se tratava do mesmo flashback, mas com mais elementos.

No filme, Lang está em prisão domiciliar após ter ajudado o Capitão América em Guerra Civil, mas é contactado por Pym e Hope para ajudá-los a resgatar Janet van Dyne, a Vespa original, esposa de Pym e mãe de Hope, que está presa no Reino Quântico desde a década de 1980. Enquanto tentam obter as peças necessárias para construir um Túnel Quântico, que os permitiria viajar até lá,, eles são frequentemente abordados por Fantasma, que culpa Pym por um acidente que fez com que ela ficasse aleatoriamente fora de fase, incapaz de interagir com objetos corpóreos, o que lhe causa grande dor, e quer usar o Túnel Quântico para reverter a alteração.

Além dos já citados Paul Rudd como Scott Lang / Homem-Formiga, Evangeline Lilly como Hope van Dyne / Vespa, Michael Douglas como Hank Pym, Michelle Pfeiffer como Janet van Dyne e Laurenche Fishburne como Bill Foster, estão no elenco, retornando do primeiro filme, Michael Peña como Luis, Tip T.I. Harris como Dave, David Dastmalchian como Kurt, Judy Greer como Maggie, Bobby Cannavale como Jim Paxton, e Abby Ryder Fortson como Cassie Lang. Os novos são Walton Goggins como Sonny Burch, criminoso de quem Hope precisa comprar uma peça para o Túnel Quântico no mercado negro; Randall Park como Jimmy Woo, oficial de condicional de Lang; e Hannah John-Kamen como Ava Starr / Fantasma. Michael Cerveris e Riann Steele fazem uma participação especial em um flashback como Elihas e Catherine Starr, os pais de Ava; os capangas de Burch são Divian Ladwa como Uzman, Goran Kostic como Anitolov, Rob Archer como Knox, e Sean Kleier como Stoltz; Tim Heidecker faz uma participação como o capitão de um navio; Brian Huskey como um professor na escola de Cassie; e Stan Lee como um homem que, durante a cena da perseguição, tenta entrar em seu carro estacionado.

Homem-Formiga e a Vespa estrearia em 25 de junho de 2018. Mais uma vez, o orçamento exato não seria divulgado, mas ficaria entre 162 e 195 milhões de dólares, rendendo 216 milhões apenas nos Estados Unidos e pouco mais de 622 milhões no mundo todo. A crítica seria positiva, principalmente por considerar o filme "mais leve" do que os últimos lançamentos de super-heróis.

Série Universo Cinematográfico Marvel

•Pantera Negra
•Vingadores: Guerra Infinita
•Homem-Formiga e a Vespa

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