Lançado em junho de 1995, SFA acabou criando uma certa confusão entre os jogadores. Muitos, talvez motivados por seu título original japonês, Street Fighter Zero, imaginam que ele é uma espécie de "preqüência", ambientado antes do Street Fighter original. Outros acham que ele é uma espécie de spin-off, ambientado em um "universo paralelo", e sem relação com os demais títulos da série. Na verdade, SFA é ambientado entre o SF original e SF2, e tudo o que acontece nele, segundo a Capcom, é oficial.
SFA traz dez lutadores para a escolha dos jogadores. Além de Ryu e Ken, os astros da franquia, temos Adon, Birdie e Sagat do SF original, Chun Li de SF2, o herói Guy e o vilão Sodom do jogo Final Fight (que, segundo a Capcom, também faz parte da cronologia oficial de Street Fighter), e dois inéditos: Charlie (Nash no original japonês), o amigo desaparecido que Guile procura em SF2, e a cigana Rose, que possui poderes paranormais. O vilão principal do jogo é M. Bison, mas uma característica curiosa de SFA é que alguns personagens têm um "último chefe" diferente de Bison (o de Adon, por exemplo, é Sagat). Para terminar o jogo, você precisa derrotar apenas oito oponentes. Dependendo de seu desempenho, você pode ter de enfrentar Akuma como último chefe, ou ser desafiado para uma luta contra o atrapalhado Dan, um novo personagem que usa o mesmo estilo de luta de RYu e Ken, mas não é tão, digamos, competente. Bison, Akuma e Dan também podem ser selecionados através de códigos secretos, e existe também um código que permite que dois jogadores, um controlando Ryu e o outro Ken, enfrentem Bison em uma luta dois-contra-um.
Além de permitir escolher entre duas velocidades, Normal ou Turbo, SFA aperfeiçoou o sistema de Super Combos introduzido em SSF2T. Agora, a barra de super, que enchia conforme você aplicava golpes, tinha 3 níveis; a partir do nível 1, você já poderia usar os Super Combos, sendo que o número de botões de soco ou chute pressionados ao final do movimento do Super Combo determinava sua força, bem como o número de níveis gastos - fazendo o movimento e apertando dois botões de soco, por exemplo, você executava um Super Combo de Nível 2, que gastava 2 níveis da barra. O jogo também trouxe novos movimentos especiais, como o Alpha Counter, que, executado imediatamente após bloquear um ataque do oponente, fazia com que o seu personagem contra-atacasse, gastando um nível da barra de super; e o Air Blocking, que permitia bloquear durante um pulo. Um personagem arremessado podia tentar cair de pé ou rolar no chão após cair, se afastando do oponente ou vindo em sua direção para um contra-ataque rápido. Finalmente, os Chain Combos permitiam que você aplicasse uma seqüência devastadora de golpes no oponente, interrompendo um golpe ao fazer um de força igual ou maior antes do personagem completar o movimento.
SFA ganhou quatro versões caseiras, para Playstation, Sega Saturn, Windows e Game Boy Color, sendo que esta última possuía gráficos simplificados, e era para apenas um jogador. Nos arcades, usava a placa CPS-2, e tinha gráficos semelhantes aos de sucessos da época da Capcom, como Darkstalkers e Marvel Superheroes, em um estilo mais parecido com desenhos animados do que os gráficos "sérios" de SF2. Animada com o resultado, mas insatisfeita com a baixa popularidade que o jogo alcançou fora do Japão, a Capcom decidiu investir em uma nova versão do jogo, com algumas melhorias. Assim, em fevereiro de 1996, seria lançado Street Fighter Alpha 2.
O 2 no título, neste caso, parecia uma mera formalidade, para não chamar o jogo de "Street Fighter Alpha Turbo" ou coisa do tipo. SFA2 era basicamente a mesma coisa de SFA com alguns elementos a mais, tanto que, no meu grupo de amigos, SFA acabou apelidado de "versão shareware" de SFA2. As maiores diferenças entre SFA e SFA2 estão na presença de dois Alpha Counters para cada personagem, uma ativado com botão de soco, outro de chute; e na substituição dos Chain Combos pelos Custom Combos: pressionando dois chutes e um soco, ou dois socos e um chute, simultaneamente, um personagem entra no modo Custom Combo, que gasta um nível da barra de super e disponibiliza um timer na base da tela. Enquanto este timer não zerar, quaisquer golpes do personagem poderão ser "emendados" para criar um combo personalizado - daí o nome Custom Combo. Assim como SFA, SFA2 permitia escolher entre as velocidades Normal ou Turbo, e ainda dava uma ajuda aos iniciantes ao permitir escolher entre os modos Manual ou Auto, no qual o personagem bloqueava ataques sozinho desde que não estivesse ele mesmo no meio de um ataque.
SFA2 trazia todos os dez personagens de SFA, mais Bison, Akuma e Dan selecionáveis desde o início, e cinco novos: Zangief e Dhalsim de SF2, Gen do SF original - um personagem muito interessante, aliás, pois tinha dois estilos de luta, cada um com golpes especiais diferentes, e você podia alternar entre eles durante a luta - o vilão Rolento, de Final FIght, e a novata Sakura, uma estudante japonesa que idolatra Ryu. Existiam ainda dois "personagens secretos", uma versão de Chun Li com o uniforme de SF2, mas idêntica à de SFA em todos os outros aspectos, e Shin Akuma, uma versão mais poderosa de Akuma, que não podia ser selecionado, apenas enfrentado. A versão norte-americana tinha três secretos exclusivos que você podia selecionar: versões de Zangief e Dhalsim idênticas às de Champion Edition, inclusive sem as novidades de SFA2, como Super Combos e Air Blocks; e Evil Ryu, uma versão de Ryu dominada pelo poder do mal que dá força a Akuma. Todos os cenários, cut scenes e finais dos personagens de SFA foram redesenhados, e o esquema de jogo continuava o mesmo: sete lutas contra oponentes aleatórios, e uma última luta contra um último chefe que podia variar (o de Sakura, por exemplo, era Ryu), mas que para a maioria dos personagens era Bison. Cada personagem tinha também um "rival secreto", que, dependendo de seu desempenho, o desafiava para uma luta no lugar de uma das sete primeiras, e, se você tivesse um desempenho bom mesmo, poderia ganhar o direito de fazer uma luta extra contra Shin Akuma - diferentemente dos dois jogos anteriores, esta luta não substituía a última, mas ocorria antes dela, ou seja, você ainda precisava derrotar seu último chefe após derrotar Shin Akuma caso quisesse ver o final do jogo.
SFA2 também usava a placa CPS-2, e ganhou versões caseiras para Playstation, Sega Saturn, Windows, e até mesmo uma para Super Nintendo, que usava um chip S-DD1 para permitir compressão de gráficos, o que resultava em um certo tempo de espera durante as lutas, mas gráficos quase idênticos aos do arcade, uma verdadeira proeza para um console de 16 bits. Devido ao grande sucesso do jogo, em dezembro de 1996 a Capcom decidiu lançar um update, também para a placa CPS-2, chamado Street Fighter Zero 2 Alpha, que acabou ficando restrito ao Japão, jamais sendo lançado nos Estados Unidos. Nesta nova versão, Custom Combos eram ativados pressionando um soco e um chute da mesma força simultaneamente, e gastavam apenas metade de uma barra de super; alguns personagens, como Ryu e Dhalsim, ganharam novos golpes; foram incorporados os três personagens secretos exclusivos da versão americana, sendo que Evil Ryu agora tinha diálogos e um final diferentes dos de Ryu; e adicionados mais cinco personagens secretos, as versões Champion Edition de Ryu, Ken, Chun Li, Sagat e Bison. Durante muito tempo existiu um boato de que Cammy também seria uma personagem secreta neste jogo, mas na verdade foi apenas uma confusão: Cammy era realmente secreta, mas apenas no modo versus (para dois jogadores) da versão caseira, que ganhou o nome em inglês de Street Fighter Alpha 2 Gold, e foi lançada como parte da coletânea Street Fighter Collection, para Playstation e Sega Saturn, no final de 1997. SFA2G ganhou uma versão revisada quando foi incluído em outra coletânea, Street Fighter Alpha Anthology, lançada para Playstation2 em 2006, sendo que desta vez Cammy era uma personagem regular, com sua própria história e final.
O enorme sucesso de SFA2 fez todos acreditarem que viria por aí um SFA3. Mas aí a Capcom surpreendeu mais uma vez, e finalmente lançou seu Street Fighter III: The New Generation, em fevereiro de 1997. Usando a novíssima placa CPS-3, a terceira geração de arcades da Capcom, SF3 era finalmente uma continuação direta de SF2, mas para decepção dos fãs, apenas dois personagens estavam de volta: Ryu e Ken. E eles nem eram os principais, este papel cabia ao lutador de luta livre norte-americano Alex, onipresente em todo o material promocional do jogo, e também em sua abertura. A ausência de personagens conhecidos, e o fato de que a CPS-3 era uma placa esquisita - cada vez mais preocupada com pirataria, a Capcom inventou um curioso sistema no qual o jogo era copiado para as ROMs da placa de um CD, que era levado pelo funcionário da Capcom após a "instalação", e qualquer tentativa de violar a placa fazia com que o jogo se apagasse, sendo preciso chamar o técnico da Capcom para reinstalá-lo; o problema é que, por alguma razão, sacudir a máquina era considerado violá-la, então volta e meia os técnicos da Capcom tinham de voltar, graças a jogadores mais exaltados, o que fez com que muitos desistissem de colocar um SF3 à disposição do público - fizeram com que o jogo jamais caísse nas graças do público. Hoje, SF3 é um jogo "ame-o ou odeie-o", com uma base de fãs bem sólida, mas muitos jogadores que torcem o nariz para ele, preferindo as versões de SF2 ou a série Alpha.
Eu, pessoalmemnte, sou do time do "ame-o". SF3 é um jogo bastante divertido, que trouxe muitas inovações para a série, começando pelo parry, um bloqueio que não deixa seu personagem paralisado por aquele meio segundo na posição de bloqueio, e permite um contra-ataque quase imediato. Dominar o parry é difícil, mas ele é uma arma poderosa, principalmente quando enfrentando outro jogador. SF3 não trouxe de volta os Air Blocks, mas introduziu as Super Arts, uma versão modificada dos Super Combos. Quando você escolhe o personagem, tem direito a escolher uma dentre três Super Arts. Uma Super Art funciona exatamente como um Super Combo, mas cada uma - além de um comando diferente - tem uma barra de tamanho diferente, e um número máximo de níveis diferentes; em comum, cada vez que você usa uma, gasta um nível. Assim, uma Super Art de barra curta vai poder ser usada mais vezes durante uma luta, e uma que permita armazenar mais níveis vai poder ser usada mais vezes em seqüência. Diferentemente de um Super Combo, cada Super Art gasta um nível da barra, não importa a quantidade de botões ou a força do soco ou chute pressionado. SF3 também introduziu a infame "barra de stun", que enchia conforme você apanhava, diminuía lentamente com o tempo e, uma vez cheia, fazia com que seu personagem "bolasse".
Contando com Ryu, Ken e Alex, SF3 traz onze personagens à disposição dos jogadores: o refinado boxeador britânico Dudley; a capoeirista queniana Elena; a ninja Ibuki; o russo geneticamente modificado Necro; Oro, um eremita que procura um lutador digno de aprender seu estilo de luta, e luta com um braço só; Sean, que usa o mesmo estilo de luta - e o mesmo quimono - de Ryu e Ken; e os gêmeos Yun e Yang, que, assim como Ryu e Ken, possuem os mesmos golpes - Yang, inclusive, nem está no quadro de escolha; para escolhê-lo você deve selecionar Yun apertando um botão de chute. O último chefe é Gill, o líder de uma organização criminosa conhecida como Illuminati, e que tem o poder de controlar o fogo e o gelo. O fato de que Alex é o lutador principal, Yun e Yang têm os mesmos golpes, e Sean luta parecido com Ryu e Ken levou a um boato de que Ryu e Ken sequer estariam no jogo, e foram adicionados de última hora para aplacar a ira dos fãs.
Como SF3 não estava fazendo o sucesso esperado, antes do final do ano, em setembro de 1997, a Capcom decidiu lançar uma espécie de continuação. Street Fighter III 2nd Impact: Giant Attack trouxe algumas novidades, sendo a principal os EX Moves, versões mais poderosas dos golpes especiais, executados pressionando dois socos ou dois chutes após o movimento normal do golpe, e gastando uma porção da barra de super - quanto mais poderoso o golpe, maior a porção. Além disso, agora você podia "provocar" o oponente, pressionando soco e chute forte simultaneamente; cada provocação trazia um efeito diferente, dependendo do personagem - a "barra de stun" de Ryu, por exemplo, diminuía bastante quando ele provocava. Todos os personagens de SF3 estavam de volta, com novos cenários, sendo que Yang agora era um personagem separado de Yun, com seus próprios golpes e presente no quadro de escolha; a eles se juntaram dois novos: Urien, o irmão mais novo de Gill, que planeja derrotá-lo para assumir o comando do Illuminati; e Hugo, um lutador de luta livre inspirado nos irmãos Andore de Final Fight - e que começa cada luta acompanhado de sua empresária Poison, do mesmo jogo. Além desses dois, Akuma retornou como secreto, podendo ser selecionado com um código. Assim como em SFA, em 2nd Impact alguns personagens têm um "último chefe personalizado" - o de Ken é Ryu e vice-versa - e cada um deles tem um rival, que o desafiará para uma luta caso você termine pelo menos 5 rounds com uma Super Art.
Estas duas versões de SF3 só ganharam uma versão caseira: Street Fighter III: Double Impact, lançada para o Dreamcast, na verdade uma coletânea que trazia os dois jogos, e ainda permitia que você jogasse com Gill em ambos.
Em junho de 1998, a Capcom decidiu retornar à série Alpha, para encerrá-la em grande estilo lançando Street Fighter Alpha 3, talvez o melhor jogo da série, e um dos mais bem sucedidos. Novamente usando a CPS-2 e com os gráficos em estilo desenho animado, SFA3 trouxe nova arte, novos cenários e novas músicas para todos os personagens de SFA2, além de sete novos: Blanka, Honda e Vega de SF2; Cammy de SSF2; Cody, herói de Final Fight que aqui aparece como um ex-presidiário, fugindo após ser condenado por um crime que não cometeu; e as novatas Karin, uma estudante riquinha rival de Sakura; e Rainbow Mika, uma lutadora de luta livre que idolatra Zangief e possui um golpe incomum com a bunda.
Além dessas novidades estéticas, SFA3 ainda reformulou o sistema de jogo; agora, ao invés de escolher entre Manual ou Auto, o jogador podia escolher entre três sistemas de luta: escolhendo o A-ISM, você ganhava uma barra de super com três níveis, e podia usar Super Combos como em SFA e SFA2, com a diferença de que a força do botão pressionado, e não a quantidade de botões, é que determina o nível do Super Combo (um Super Combo com soco ou chute fraco terá Nível 1, médio será Nível 2, e forte, Nível 3); escolhendo o V-ISM, não haviam Super Combos, mas os novos Variable Combos, semelhantes aos Custom Combos de SFA2, mas ainda mais devastadores; e escolhendo X-ISM, não haviam as inovações de SFA (como Alpha Counters e Air Blocks) e a barra de super só possuía um único nível, mas em compensação todos os golpes provocavam mais dano e os Super Combos eram mais devastadores. Os personagens controlados pelo computador podiam escolher um ISM diferente do seu, o que aumentava o fator aleatório do jogo. Além dos ISM, SFA3 também introduziu uma "barra de cansaço", que ia diminuindo conforme o personagem bloqueava, sendo que era impossível bloquear se ela estivesse vazia.
Uma partida de SFA3 consistia em onze lutas, três a mais que em SFA ou SFA2. A maioria das lutas era contra personagens aleatórios, exceto a quinta e a nona, que eram sempre contra um rival pré-estabelecido de cada personagem; a décima, que, dependendo do personagem que você escolheu, podia ser contra Balrog, de SF2, ou uma luta um-contra-dois contra as guarda-costas de Bison, as estreantes Juni e Juli; e a última, que, diferentemente de SFA e SFA2, era sempre contra Bison - que não era o mesmo Bison que podia ser selecionado pelos jogadores, mas uma versão mais poderosa, que acabou apelidada de "Final Bison". Além de chefes, Balrog, Juni e Juli (separadas) também eram personagens secretos, que podiam ser selecionados através de códigos.
As versões caseiras de SFA3 merecem destaque: a primeira a ser lançada foi a do Playstation, que trazia três personagens novos, T. Hawk, Dee Jay e Fei Long, de SSF2, além de Balrog, Juni e Juli disponíveis desde o início, e três personagens secretos, Guile, Evil Ryu e Shin Akuma. Em 1999, foram lançadas versões para Sega Saturn e Dreamcast, idênticas à do Playstation, mas com Guile, Evil Ryu e Shin Akuma disponíveis desde o início. Em 2001, a Capcom resolveu lançar um update de SFA3 nos arcades do Japão, desta vez para a placa NAOMI, da Sega, chamado Street Fighter Zero 3 Upper (sendo que este "upper" era, na verdade, uma seta apontando para cima), com os mesmos personagens da versão Dreamcast. Uma versão para Game Boy Advance, chamada Street Fighter Alpha 3 Upper, foi lançada em 2002, com todos os personagens de Upper e mais três novos: Yun de SF3, Eagle do SF original, e Maki de Final Fight 2. Esta versão tinha gráficos mais fraquinhos, e muitos cenários e músicas estavam faltando, sendo os três personagens novos claramente para compensar. Finalmente, em 2006 foi lançada para PSP a que é considerada a versão definitiva do jogo, Street Fighter Alpha 3 MAX, uma adaptação fiel de Upper, com os três personagens novos do GBA, agora com arte de 32 bits, e mais uma nova lutadora, Ingrid, originária do jogo Capcom Fighting Evolution.
Como SFA3 era a versão definitiva de Alpha, em maio de 1999 a Capcom decidiu lançar a versão definitiva de SF3. Street Fighter III 3rd Strike: Fight for the Future foi o último jogo lançado para CPS-3, e trouxe novos cenários e finais para todos os personagens de 2nd Impact, além de Akuma disponível desde o início, Gill mais uma vez como último chefe para todos, e cinco personagens novos: Chun Li, diretamente de SF2; a karateka Makoto; o francês Remy, que odeia todos os lutadores do mundo; o misterioso Q, uma homenagem ao famoso herói de tokusatsu Robot Detective K; e Twelve, uma versão aperfeiçoada de Necro, com a missão de matá-lo. Fora os gráficos melhorados e os novos personagens, 3rd Strike não trouxe nenhuma novidade além da possibilidade de se escolher dentre dois lutadores selecionados pelo computador qual você quer enfrentar a seguir. Ganhou versões caseiras para Dreamcast e Playstation2.
3rd Strike foi o último Street Fighter inédito durante quase dez anos. Somente neste ano de 2008 a Capcom decidiu seguir com a série e lançar Street Fighter IV, o que pegou a muitos, incusive a alguns fãs, de surpresa. Por enquanto disponível apenas em arcades, e com poucas máquinas operando fora do Japão, SF4 tem cenários em 3D mas personagens em 2D, pois seu objetivo é ser o mais parecido possível com SF2, resgatando os velhos tempos - por isso, inovações como o parry e Air Blocks ficaram de fora - mas as provocações, por algum motivo, ficaram. Uma novidade introduzida em SF4 são os Focus Attacks, onde o personagem absorve o impacto de um golpe do oponente e o devolve contra ele, apertando soco e chute médio simultaneamente. O jogo tem Super Combos (embora cada personagem só tenha um), EX Moves, e os novos Ultra Combos, movimentos devastadores e exibidos na tela de forma cinematográfica. Ultra Combos requerem um movimento no qual os três socos ou três chutes são pressionados simultaneamente no final, e só podem ser executados quando sua própria barra - apelidada de "barra de vingança" - está cheia. A barra ganhou este apelido porque, enquanto a barra de super enche conforme você aplica golpes, a barra de vingança enche conforme você apanha.
Outra característica curiosa de SF4 é que ele não é uma continuação de SF3, mas é ambientado entre SF2 e SF3. Talvez por isso, dos 16 personagens disponíveis para os jogadores, 12 são de SF2 (Ryu, Ken, Chun Li, Zangief, Dhalsim, Honda, Blanka, Guile, Balrog, Vega, Sagat e Bison). Os outros quatro são novos: o francês Abel, que tem amnésia; o lutador mascarado mexicano El Fuerte; o norte-americano Rufus, que apesar de enorme de gordo é muito ágil, e planeja derrotar Ken para provar que é o maior lutador dos Estados Unidos; e a misteriosa espiã Crimson Viper. Akuma está presente como um chefe secreto, com um código que permite escolhê-lo, e o último chefe é Seth, um membro da Shadaloo que assumiu o controle após a derrota de Bison, e que tem implantes cibernéticos que aumentam sua força e agilidade. Além desses, o jogo traz um personagem secreto muito especial: Gouken, também conhecido como Sheng Long, o mestre de Ryu e Ken, aquele do Primeiro de Abril, finalmente transformado pela Capcom em personagem da franquia.
SF4 roda em uma placa da Taito, a Type X2, e sua máquina tem um monitor widescreen HD - o que talvez explique por que não existem muitas delas fora do Japão. Versões caseiras para Playstation3, Xbox360 e Windows já estão em desenvolvimento, e previstas para fevereiro do ano que vem. A Capcom já confirmou que as versões caseiras terão pelo menos três personagens novos, Fei Long, Dan e Sakura, e alguns mais podem ser incluídos até o lançamento. Embora Cammy tenha ganhado uma pesquisa do tipo "qual personagem você gostaria de ver em SF4", a Capcom está reticente em incluí-la, o que a levou a ser confirmada e retirada várias vezes.
Na era dos videogames de 32 bits, os jogos da série Street Fighter foram lançados como parte de várias coletâneas. Para Playstation e Sega Saturn, Street Fighter Collection trazia SSF2, SSF2T e SFA2G; e Street Fighter Collection Vol 2 trazia SF2, Champion Edition e Hyper Fighting. Para Playstation2 e Xbox, Capcom Classics Collection Vol 2 trazia, dentre outros jogos da Capcom, o SF original e SSF2T; e Street Fighter Anniversary Edition trazia HSF2 e 3rd Strike. E, exclusivo para Playstation2, Street Fighter Alpha Anthology trazia SFA, SFA2, SFA2G, SFA3 e SFA3 Upper, além de Pocket Fighter e do "jogo secreto" Hyper Street Fighter Alpha, que, assim como HSF2, permite que você escolha personagens de toda a série Alpha, e ainda traz quatro novos ISMs.
Além dos jogos da série regular, Street Fighter teve um spin off, a série Street Fighter EX, co-produzida pela Capcom e pela Arika, onde personagens de SF2 e de jogos da Arika se enfrentavam em lutas 3D, feito para concorrer com sucessos da época como Tekken e Virtua Fighter. SFEX teve seis títulos, sendo quatro lançados para arcades (SFEX, SFEX Plus, SFEX2 e SFEX2 Plus), um exclusivo para Playstation (SFEX Plus Alpha), e um exclusivo para Playstation 2 (SFEX3). Outro jogo que não fez parte da série, e do qual eu preferia não me lembrar, foi Street FIghter: The Movie, baseado no horroroso filme baseado em SF2, que tinha Jean-Claude van Damme como Guile, Raul Julia como Bison, e a cantora Kylie Minogue como Cammy. Usando personagens digitalizados interpretados pelos mesmos atores do filme, desta vez a intenção era concorrer com Mortal Kombat, embora o resultado tenha sido, para dizer o mínimo, sofrível.
Os personagens de Street Fighter também apareceram em vários outros jogos da Capcom, como a série Marvel vs Capcom, onde, ao lado de outros personagens da Capcom, enfrentavam heróis Marvel; a série SNK vs Capcom, onde os rivais eram os personagens da maior produtora de jogos de luta e principal rival da Capcom neste campo, a SNK; Pocket Fighter, um jogo de luta no estilo Super Deformed (onde os personagens parecem anõezinhos); Super Puzzle Fighter II Turbo, um jogo semelhante a Tetris, também com personagens Super Deformed; o jogo de estratégia Namco x Capcom, onde interagem com personagens da softhouse Namco; e Capcom Fighting Evolution, que junta em um mesmo jogo de luta vários personagens da Capcom. Atualmente está em produção Tatsunoko vs Capcom, um jogo de luta onde personagens da Capcom enfrentarão personagens do estúdio de anime Tatsunoko, responsável por desenhos como Batalha dos Planetas e O Gênio Maluco.
Além disso tudo, alguns Street Fighters ainda resolveram fazer participações especiais em outros jogos da Capcom: Akuma era um personagem secreto em X-Men: Children of the Atom, e havia um robô chamado Cyber Akuma na versão para Sega Saturn de Cyberbots; Charlie e Cammy eram personagens selecionáveis em Cannon Strike, um jogo parecido com Contra lançado para Dreamcast; e Sakura participou do jogo de luta em 3D Rival Schools: United by Fate e de sua seqüência Project Justice.
Sem dúvida alguma, Street Fighter é um dos mais importantes games da história. Graças a ele, os arcades sobreviveram, a indústria se reinventou, e muitas softhouses saíram do buraco. Ryu, Ken, Chun Li e Bison estão hoje dentre os personagens mais famosos da indústria do enrtretenimento. E tudo isso começou com uma idéia bem simples: um jogo sem fases, mas onde você pudesse escolher dentre oito personagens diferentes.
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Parte 2 |
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