A primeira opção de Broccoli para substituir Connery era Timothy Dalton, 21 anos na época, que recusou por se considerar muito jovem para interpretar um agente secreto experiente. A primeira opção de Satlzman era Roger Moore, que não pôde aceitar por já estar envolvido com a série de TV O Santo. Diante disso, convites foram feitos a Jeremy Brett, John Richardson, Hans de Vries, Robert Campbell e Anthony Rogers, mas o papel acabou ficando com o australiano George Lazenby, 29 anos, descoberto por Broccoli em um comercial da Rolex. Lazenby aceitou a proposta oferecida, e assinou contrato para sete filmes.
A estréia de Lazenby no papel de Bond aconteceu em On Her Majesty's Secret Service (traduzido no Brasil para 007 a Serviço Secreto de Sua Majestade), adaptação do décimo-primeiro livro da série, de 1963. Na verdade, OHMSS estava em uma espécie de fila de espera: a intenção da EON era lançá-lo após Goldfinger, mas, como acabaram chegando a um acordo quanto aos direitos de Thunderball, optaram por este. OHMSS então seria lançado após Thunderball, mas a produção optou por You Only Live Twice por encontrar dificuldades com as locações, que na época das filmagens não tinham neve suficiente para algumas das cenas do filme. Após algum planejamento, OHMSS finalmente conseguiu ser filmado para estrear em dezembro de 1969, pela primeira vez simultaneamente nos Estados Unidos e Reino Unido.
O vilão de OHMSS é mais uma vez Ernst Stavro Blofeld, o líder da SPECTRE, mas desta vez interpretado por Telly Savalas, que alguns anos mais tarde ficaria famoso por seu papel na série Kojak. Seu mais recente plano mailgno envolve passar mulheres por lavagem cerebral e utilizá-las para espalhar uma praga que destruirá a agricultura do mundo inteiro, a menos, é claro, que lhe paguem um resgate. OHMSS também traz a Bond Girl mais bonita da série na minha opinião, a Condessa Teresa di Vicenzo (Diana Rigg, da série Os Vingadores), apelidada Tracy, com quem, acreditem ou não, Bond se casa no final do filme.
Além de um novo Bond e de um novo Blofeld, OHMSS também tem um novo diretor, Peter Hunt, que havia sido editor de Thunderball e diretor adjunto de You Only Live Twice. Hunt e a EON decidiram por fazer o filme o mais parecido possível com o livro, o que acabou causando alguns erros de continuidade, como o fato de que Bond e Blofeld não se reconhecem quando se encontram, apesar de terem ficado cara a cara no filme anterior - o que ocorre porque o livro de OHMSS é anterior ao de You Only Live Twice. Para resolver esta discrepância, e também explicar por que Bond mudou de cara, na primeira versão do roteiro o filme começava com Bond passando por uma cirurgia plástica, para poder se infiltrar no covil da SPECTRE sem ser reconhecido; após uma revisão, os produtores decidiram abandonar esta idéia e ignorar a troca de atores, como se Bond sempre tivesse sido Lazenby, talvez prevendo que outros atores poderiam interpretar o 007 no futuro, e assim não faria sentido submeter o agente a tantas plásticas.
OHMSS foi o primeiro 007, desde Dr. No, a ter uma música-tema instrumental, composta por John Barry. Na trilha sonora também estava presente a canção We Have All the Time in the World, última gravada por Louis Armstrong antes de sua morte. O filme foi bem sucedido nas bilheterias, rendendo somente na Terra do Tio Sam 22,8 milhões de dólares, e mais de 87 milhões no mundo inteiro, pagando, com sobras, os 7 milhões que gastou para ficar pronto; as críticas, porém, não foram muito favoráveis, e logo após a estréia começaram a surgir rumores de que Hunt, Rigg e Lazenby teriam se desentendido durante as filmagens, rumores estes principalmente motivados por uma parte do filme onde Bond, para enganar Blofeld, finge ser Sir Hilary Bray, personagem interpretado por George Baker, e onde Lazenby acabou sendo dublado por Baker, segundo os rumores, porque os produtores não acreditavam que Lazenby daria conta na atuação.
Verdade ou mentira, todos estes rumores acabaram desmentidos pela equipe do filme, com Hunt inclusive se oferecendo para dirigir Lazenby novamente no próximo filme da série. O australiano, porém, jamais repetiria o papel de 007: convencido por seu empresário de que filmes de agente secreto não fariam sucesso na década de 1970, Lazenby rompeu seu contrato em 1971, antes das filmagens do sétimo filme começarem.
Sem Lazenby, os produtores consideraram convidar John Gavin, Michael Gambon, e até mesmo Adam West, o Batman da série de TV, para interpretar Bond. Irritados, os executivos da United Artists deram uma espécie de ultimato: ou Connery voltava para o papel, ou não haveria filme algum. Aos 41 anos, Connery não cogitava interpretar o 007 novamente, mas a UA insistiu que ele deveria, e que dinheiro não era problema. Após muitas negociações, Connery aceitou voltar em troca da promessa de que a UA cobriria todos os gastos dos próximos dois filmes estrelados por ele, e do equivalente hoje a 20 milhões de dólares, com os quais fundou a Scottish International Education Trust, que até hoje possibilita que jovens atores escoceses estudem interpretação e consigam seus primeiros papéis sem ter de sair da Escócia.
Com Connery de volta à ativa, começaram as filmagens de Diamonds Are Forever (007 os Diamantes são Eternos no Brasil), adaptação do quarto livro, de 1956, o mais antigo adaptado até então. E uma adaptação bem livre: diferentemente de OHMSS, que era fiel ao ponto de causar erros de continuidade, Diamonds Are Forever só usava o enredo central do livro, mudando praticamente todo o resto. A intenção da EON era fazer com que o filme fosse uma espécie de reboot, contando as origens do 007, mas esta idéia acabou abandonada e trocada por exatamente o contrário, o confronto final entre Bond e Blofeld, que morreria no final do filme, dando fim à SPECTRE. Curiosamente, este acabou sendo realmente o último filme com a organização criminosa, já que pouco depois a justiça britânica, em mais um julgamento do caso Thunderball, decidiria que o criador da SPECTRE era Kevin McClory, e não Ian Fleming, o que essencialmente proibia a EON de usá-la em seus filmes sem negociar os direitos com McClory.
Desta vez a missão de Bond é investigar o desaparecimento de uma grande quantidade de diamantes, supostamente contrabandeados, mas que não reapareceram no mercado, e ainda podem estar ligados a uma série de assassinatos. Para isso, o 007 terá de se disfarçar de contrabandista, e agir em conjunto com um dos contatos da quadilha, a bela Tiffany Case (Jill St. John), a Bond Girl do filme. Seguindo o plano, Bond acaba indo mais uma vez aos Estados Unidos, no caso para Las Vegas, onde será auxiliado novamente pelo agente da CIA Felix Leiter (interpretado pelo quarto ator diferente, Norman Burton). Com o tempo, Bond acaba descobrindo que os diamantes fazem parte do mais recente plano maligno de Blofeld (também interpretado pelo quarto ator diferente, Charles Gray, que nem é careca), que planeja usá-los para construir um laser gigante, equipar um satélite com ele, e dispará-lo contra as principais cidades do planeta, a menos, é claro, que o mundo lhe pague um resgate.
A direção de Diamonds Are Forever ficou a cargo de Guy Hamilton, retornando após dirigir Goldfinger. Também retornando de Goldfinger, a música-tema ficou a cargo de Shirley Bassey, primeira a interpretar músicas-tema de dois 007. Jill St. John foi a primeira atriz norte-americana a interpretar uma Bond Girl, e ficou com o papel depois que Raquel Welch, Jane Fonda e Faye Dunaway mais uma vez foram descartadas por motivos vários. Inicialmente ela interpretaria outro personagem, Plenty O'Toole, mas o diretor gostou tanto de seu teste para o papel que a colocou para interpretar Case, ficando O'Toole com Lana Wood, que, apesar de quase não aparecer no filme, se tornou uma das preferidas dos fãs.
Estreando em dezembro de 1971, primeiro nos Estados Unidos, e 13 dias depois no Reino Unido, o filme custou 7,2 milhões de dólares, rendeu 43 milhões nos Estados Unidos, e 116 milhões no mundo inteiro. As críticas, porém, foram altamente desfavoráveis, principalmente devido a algumas cenas nonsense, como a em que Bond foge pelo deserto pilotando um módulo lunar. Após as filmagens, Connery chegou a prometer que nunca mais interpretaria James Bond outra vez.
Assim, a EON voltou a procurar um James Bond. Após considerar Julian Glover, Jeremy Breet e Michael Billington, os produtores decidiram convidar Roger Moore mais uma vez, que desta vez aceitou, se tornando o novo 007 aos 45 anos de idade. Assim como Lazenby, Moore também assinou um contrato para sete filmes; a diferença foi que ele realmente fez todos os sete, se tornando o recordista em interpretações oficiais de James Bond.
Para se tornar o oitavo filme, a EON escolheu o segundo livro, de 1954. Live and Let Die (no Brasil, Com 007 Viva e Deixe Morrer) leva Bond mais uma vez ao Caribe e aos Estados Unidos, desta vez na trilha do Dr. Kananga (Yaphet Kotto), nativo da fictícia nação de San Monique, aparentemente o respeitável dono de uma cadeia de restaurantes em Nova Iorque e Nova Orleans, mas que também é o líder de uma das mais violentas gangues do Harlem, possui um guarda-costas com mão de gancho (Julius Harris) e um plano maligno segundo o qual distribuirá duas toneladas de heroína de graça, falindo todos os demais traficantes da droga e conseguindo um monopólio no setor. Como bom caribenho, Kananga também é adepto do vodu, aliado do Barão Samedi (Geoffrey Holder), que aparenta ser o deus do vodu em pessoa; e namorado de Solitaire (Jane Seymour), que tem o poder de prever o futuro, dando uma imensa vantagem ao vilão. Como se tudo isso já não bastasse, Kananga ainda pode ser mais velho do que aparenta, pois diz ter usado os serviços de vidência da mãe de Solitaire, antes dela perder seus poderes junto com sua virgindade. Como Solitaire é a Bond Girl do filme, algo me diz que em breve ele terá de arrumar outra vidente.
Live and Let Die foi o primeiro filme de Bond com vilões negros, e o primeiro com uma atriz negra em um papel de destaque, Gloria Hendry, que interpreta a agente da CIA Rosie Carver. A escolha deste livro para virar filme neste momento, aliás, foi por causa disso mesmo, já que no início da década de 1970 o movimento negro começava a ganhar força, e os filmes de blaxploitation faziam grande sucesso. O próprio Live and Let Die tem vários clichês do blaxploitation, como gírias da época, penteados black power e aqueles carrões de luxo usados pelas gangues. Os produtores chegaram até a cogitar que Solitaire fosse negra, e convidaram Diana Ross para o papel, mas depois decidiram seguir o que está no livro e mantê-la branca. Como parte do filme é ambientada nos Estados Unidos, Bond ganha mais uma vez a ajuda de Felix Leiter, interpretado, acreditem se quiserem, pelo quinto ator diferente, David Hedison - e depois ainda tiveram a idéia da plástica para ninguém reclamar que Bond mudou de cara.
Guy Hamilton mais uma vez dirigiu o filme, e a música-tema ficou a cargo de Paul McCartney e os Wings, na primeira vez em que uma banda de rock gravava para o 007. O filme consumiu 7 milhões de dólares para ficar pronto, boa parte gasta na cena da perseguição de lanchas, onde Bond pula por sobre o carro do xerife utilizando um banco de areia como rampa. Só para gravar esta perseguição foram usados 26 barcos, sendo que 17 foram destruídos durante os ensaios, mas sua cena mais famosa ficou pronta sem nenhum truque de edição, rendendo à equipe, inclusive, um recorde mundial de salto mais longo com um barco, de 33 metros e meio. Live and Let Die foi lançado em junho de 1973 nos Estados Unidos, e quase um mês depois no Reino Unido. Rendeu 35,4 milhões de dólares na América e 162 milhões no mundo todo, sendo bastante elogiado pelas críticas, apesar de alguns terem reclamado que faltava um vilão megalomaníaco ao estilo dos primeiros filmes.
O filme seguinte, porém, não sofreria desta falta: The Man with the Golden Gun (007 contra o Homem da Pistola de Ouro no Brasil), adaptação do décimo-terceiro livro da série, de 1965, primeiro lançado após a morte de Ian Fleming, colocava Bond contra Francisco Scaramanga (Christopher Lee), assassino profissional de mira infalível, que cumpre seus contratos com balas de ouro disparadas por sua famosa pistola de ouro, e está de posse de um dispositivo conhecido como Agitador Solex, capaz de concentrar a energia do Sol, o qual ele planeja usar para chantagear o planeta, evidentemente. Segundo o planejamento da EON, TMwtGG seria filmado logo após You Only Live Twice (o que provavelmente transformaria Scaramanga em um agente da SPECTRE), mas como ele é ambientado no sudeste asiático e o Camboja estava em guerra civil na época, acabou sendo adiado. Coincidentemente, isso fez com que ele fosse lançado em um momento bastante propício, pois a Europa estava passando por uma crise energética no início dos anos 1970, e este evento pôde ser explorado no filme, já que o Agitador Solex também armazena energia solar para gerar eletricidade.
TMwtGG foi o quarto e último filme da série dirigido por Hamilton. Além de Moore e Lee, o elenco conta com Maud Adams no papel de Andrea Anders, esposa de Scaramanga, e com Hervé Villechaize, conhecido por aqui como o Tattoo da Ilha da Fantasia, no papel de Nick Nack, capanga do vilão. A Bond Girl da vez é Mary Goodnight, interpretada por Britt Ekland, ex-mulher de Peter Sellers e ex-caso de Rod Stewart. A música-tema foi cantada pela escocesa Lulu, que cantara a música-tema de Ao Mestre com Carinho; curiosamente, o roqueiro Alice Cooper chegou a gravar uma versão, mais tarde rejeitada pelos produtores.
Estreando simultaneamente nos Estados Unidos e Reino Unido em dezembro de 1974, TMWTGG foi o 007 mais caro até então, custando 13 milhões de dólares. Nos Estados Unidos ele só rendeu 21 milhões, e 97,6 milhões no mundo inteiro, sendo que parte da culpa pelo mau desempenho caiu sobre o tom levemente humorístico do filme. Até hoje as críticas são bastante divididas, com alguns considerando o filme como um dos melhores, outros como um dos piores da série.
TMwtGG foi o último filme produzido em parceria por Broccoli e Saltzman; após seu lançamento, Saltzman decidiu abandonar a EON, e vendeu sua parte para a United Artists. Isto fez com que os direitos sobre a obra de Fleming fossem rediscutidos e renegociados, o que acabou atrasando a produção do filme seguinte.
Somente em julho de 1977, primeiro no Reino Unido, e uma semana depois nos Estados Unidos, chegaria às telas de cinema The Spy Who Loved Me (no Brasil, 007 o Espião que me Amava), décimo filme da série e terceiro com Moore no papel de Bond. Embora exista um livro escrito por Fleming com o título The Spy Who Loved Me - também o décimo da série, lançado em 1962 - o filme não é uma adaptação deste, porque o próprio Fleming odiava o livro, e, ao negociar os direitos, só os vendeu com a condição de que seu título pudesse ser aproveitado, mas não sua história, considerada por ele mesmo muito explícita sexualmente, e com pouca participação de Bond, que só aparece no livro lá no capítulo 10, e termina sua participação no início do 15o e último capítulo. Assim, The Spy Who Loved Me pode ser considerado como o primeiro filme de 007 com um roteiro totalmente original, embora utilize pelo menos uma idéia do livro: um bandido com dentes de aço, no caso do filme o capanga Jaws (que no Brasil já foi traduzido para "Dentes-de-Aço", "Mandíbula" e "Tubarão"), um dos personagens mais famosos da série, interpretado por Richard Kiel.
O enredo envolve mais um vilão megalomaníaco, Karl Stromberg (Curt Jürgens), que rouba mísseis nucleares soviéticos e britânicos para colocar em prática um singelo plano: aniquilar toda a humanidade da face da Terra, e reconstruir a civilização à sua maneira no fundo do mar, começando por sua fortaleza submarina, chamada Atlantis. Cabe a Bond, trabalhando em parceria com a agente soviética e Bond Girl Anya Amasova (Barbara Bach), invadir Atlantis, recuperar as ogivas, cair na porrada com Jaws, e frustrar os planos de Stromberg. Como Bond atua ao lado de uma espiã soviética, o filme marca a estréia do General Gogol (Walter Gotell), o equivalente de M na KGB, que acabaria participando também dos cinco filmes seguintes.
A princípio, o filme seria um pouco diferente, colocando Blofeld e a SPECTRE mais uma vez como vilões, mas com o mesmo objetivo; esta idéia teve de ser descartada quando Kevin McClory ameaçou processar a EON argumentando que os direitos sobre o uso da SPECTRE pertenciam a ele e deveriam ser pagos. Para evitar uma nova batalha judicial, que atrasaria ainda mais o filme, Broccoli mudou o vilão e removeu totalmente a SPECTRE do filme. McClory também chegou a reclamar que o enredo se parecia com o de Thunderball, mas esta reclamação não foi considerada procedente.
The Spy Who Loved Me foi o segundo filme da série dirigido por Lewis Gilbert, de You Only Live Twice, que assumiu o cargo quando Guy Hamilton foi convidado para dirigir o filme do Super-Homem, que acabaria ficando com Richard Donner - curiosamente, a EON pensou em convidar Steven Spielberg, mas ele estava envolvido com a pós-produção de Tubarão, e não pôde aceitar. A música-tema foi interpretada por Carly Simon, e foi a primeira cujo nome não era igual ao do filme, embora a frase "the spy who loved me" esteja na letra. Batizada de Nobody Does It Better, a canção se tornou uma das mais famosas e conhecidas da série, e foi utilizada até na trilha de outros filmes ao longo dos anos, como em Encontros e Desencontros e Sr. e Sra. Smith.
Apesar do atraso e dos problemas com roteiro, The Spy Who Loved Me foi extremamente bem recebido, sendo considerado um dos melhores filmes de James Bond, e o melhor com Roger Moore. Com orçamento de 14 milhões de dólares, o filme rendeu 185,4 milhões no mundo inteiro, sendo 46 milhões apenas nos Estados Unidos. Tanto sucesso acabou fazendo com que ele seguisse um curioso caminho inverso: pouco após sua estréia, foi lançada uma versão em livro, escrita por Christopher Wood e publicado pela editora Gridrose.
Após The Spy Who Loved Me, Broccoli planejava adaptar For Your Eyes Only; o sucesso de Guerra nas Estrelas, porém, faria com que ele optasse por adaptar Moonraker, o terceiro livro da série, lançado em 1955, e que no Brasil acabou virando 007 contra o Foguete da Morte. Assim como em Diamonds Are Forever, porém, muito pouco do livro foi realmente utilizado, desta vez com a intenção de que o filme tivesse um clima mais de ficção científica. Curiosamente, ele acabou foi ficando com um enredo parecido com o de The Spy Who Loved Me, o que acabou gerando mais uma vez críticas divididas: alguns elogiam os efeitos especiais e as seqüências de ação, outros reclamam que estes fazem com que os personagens sejam rasos e mal desenvolvidos. Apesar disso, Moonraker foi bastante bem sucedido financeiramente: com um orçamento exorbitante de 31 milhões de dólares, rendeu 210 milhões, sendo um terço disso só nos Estados Unidos.
Em Moonraker, Bond se vê mais uma vez envolvido com um megalomaníaco, que mais uma vez quer destruir o mundo, para mais uma vez refazer a civilização a seu modo, mas desta vez no espaço. O vilão da vez é Hugo Drax (Michael Lonsdale), bilionário dono de uma indústria aeroespacial, que planeja acabar com a humanidade envenenando-a. A Bond Girl do filme é Holly Goodhead (Lois Chiles), cientista espacial que no início trabalha para Drax, mas acaba se bandeando para o lado de Bond. E o capanga é mais uma vez Jaws, retornando após muitos pedidos dos fãs. O diretor é mais uma vez Lewis Gilbert, e a música-tema ficou pela terceira vez com Shirley Bassey. Moonraker também costuma ser conhecido por ser o filme onde Bond visita o Rio de Janeiro, onde ocorre uma antológica cena na qual Jaws morde o cabo do bondinho do Pão-de-Açúcar, arrebentando-o. Não por acaso, também costuma ser lembrado como o filme mais trash da série.
Moonraker estreou em junho de 1979, no Reino Unido três dias antes de nos Estados Unidos. Após sua realização, todos os romances escritos por Fleming já haviam sido adaptados, restando apenas os dois livros de contos. Mas isso já é assunto para a terceira parte deste post, que veremos em breve. Até lá!
James Bond |
||
---|---|---|
George Lazenby |
0 Comentários:
Postar um comentário