Não me lembro exatamente em que ano comecei a acompanhar futebol americano, mas foi logo depois que instalaram TV a cabo aqui em casa, lá por volta de 1995. Como a maioria da população, eu via aquele jogo e não entendia nada. Pouco depois, porém, eu adquiri um kit multimídia - nem sei se ainda existe isso, mas era um pacote composto de placa de som, drive de CD-Rom, caixas de som, microfone e um bando de software grátis. Um destes softwares era um jogo, o Unnecessary Roughness 95. Jogando UR95, eu finalmente descobri porque aquilo se joga daquele jeito. O primeiro jogo que eu assisti entendendo o que estava acontecendo foi entre o Kansas City Chiefs e o Oakland Raiders. Os Chiefs venceram e, para homenageá-los, decidi que iria torcer por eles. Ainda não tive a felicidade de vê-los campeões, mas espero que este dia chegue em breve.
Pois bem, passando a acompanhar as partidas, e tendo até um time de coração, me tornei fã de futebol americano. Tendo em vista que sou fanático por esportes e assisto todos (exceto golfe, esse eu não suporto), isso não seria lá grandes novidades, mas, por alguma razão, futebol americano está entre os três esportes que eu mais gosto. Uma provável razão é que, apesar de ser conhecido como um esporte brutal e truculento, impressionantemente é um esporte de estratégia e raciocínio. É claro que a parte física conta muitos pontos, mas, se as jogadas não forem bem tramadas e executadas, ninguém vai a lugar nenhum. Em outras palavras, é impossível ganhar um jogo de futebol americano por sorte ou pura força física.
Ao contrário do que muita gente pensa, futebol americano e rugby não são o mesmo esporte. Na verdade, o futebol americano se desenvolveu através do rugby, introduzido na América do Norte por soldados britânicos no meio do século XIX. Em ambos o objetivo é pegar uma bola oval e sair correndo em direção ao campo do adversário, mas, exceto por um detalhe ou outro, as semelhanças acabam por aí. Não existe uma federação internacional de futebol americano, o que unificaria as regras, então cada entidade que decide organizar um torneio tem certa liberdade para decidir quais alterações irá fazer de acordo com seus interesses, mas sempre mantendo as regras básicas, a essência do jogo. As regras que eu vou apresentar aqui são as da NFL, bastante parecidas com as do futebol universitário, mas bem diferentes das da CFL, a liga canadense (aliás, por causa dessas diferenças, muita gente considera que o futebol americano jogado no Canadá é outro esporte, e o chama de "futebol canadense").
Um campo de futebol americano possui 120 jardas (108 metros) de comprimento por 49 metros de largura. As dez primeiras jardas de cada lado constituem a end zone de cada time. As demais cem jardas são o campo de jogo, marcado de jarda em jarda por quatro linhas curtas, a cada cinco jardas por uma linha que atravessa o campo, e a cada dez jardas por um grande número. No centro do campo é a jarda 50, e a contagem decresce na direção de cada end zone. Toda essa marcação é essencial para o desenvolvimento do jogo, pois o objetivo é avançar no mínimo dez jardas (9 metros) a cada jogada. O espaço entre a linha de 20 jardas e a end zone mais próxima tem o apelido de red zone. E em cada extremidade do campo existe um gol, cuja base está a três metros de altura, e lembra vagamente um Y.
Um time de futebol americano tem 53 jogadores, embora no máximo 11 estejam em campo de cada vez. Estes 53 jogadores são divididos em três equipes, a equipe ofensiva, a equipe defensiva e o time de especialistas. Quando um time tem a posse de bola, é sua equipe ofensiva que está em campo, confrontando a equipe defensiva do adversário. Os especialistas só entram em campo em situações especiais. As subsituições são ilimitadas, e podem ser feitas a qualquer momento entre uma jogada e outra.
Cinco jogadores da equipe ofensiva formam a linha ofensiva: dois offensive tackles, dois guards e um center. A função da linha ofensiva é bloquear os jogadores adversários, permitindo que os demais jogadores avancem a bola. Ao center também cabe fazer o snap, aquele famoso movimento onde ele passa a bola pelo meio de suas pernas, e marca o início de uma jogada ofensiva (ao contrário do que ensinam os desenhos animados, ninguém fica gritando números aleatórios antes do snap). Atrás do center se posiciona o quarterback, a peça-chave do time, responsável por armar a jogada, receber o snap e passar a bola para quem irá concluí-la (ou ele mesmo sair correndo com a bola, em alguns casos). O restante do time é composto pelos jogadores que, em 99% das vezes, avançarão a bola: os running backs, especializados em correr com a bola; fullbacks, que correm com a bola ou bloqueiam os adversários; wide receivers, que se posicionam nas extremidades do campo e são especializados em receber passes longos; e os tight ends, posicionados ao lado da linha ofensiva, que podem auxiliá-la ou receber passes. Dependendo da jogada, algumas dessas posições podem não estar em campo.
Entre três e cinco jogadores da equipe defensiva formam a linha defensiva, normalmente dois defensive ends, dois defensive tackles e um noseguard. Sua função é passar pela linha ofensiva e derrubar o quarterback antes dele fazer um passe. Pelo menos quatro outros jogadores formam a defesa secundária, divididos entre cornerbacks, cuja função é atrapalhar os wide receivers e impedir passes curtos; free safeties, que tentam impedir passes longos; e strong safeties, especializados em atrapalhar lançamentos e derrubar corredores. A defesa se completa com os linebackers, que se posicionam ao lado da linha defensiva e são especializados em impedir corridas.
O time de especialistas normalmente conta com um kicker, que entra em campo toda vez que é necessário um chute; um punter, responsável pelos punts (veja adiante) e um holder, que segura a bola para o kicker chutar. Um jogador pode acumular a função de holder com outra qualquer; acumular as funções de kicker e punter é bem mais raro, já que estes são jogadores superespecializados em seus respectivos tipos de chute. Alguns jogadores de outras posições também são reservados para o time de especialistas, como um corredor especializado em retornar com a bola depois de chutes, ou um center especializado em snaps para punters.
Cada partida começa com o kickoff, quando um dos times (definido no cara-ou-coroa) dará um chutão para a frente, a partir da linha de 30 jardas de seu lado do campo. Um dos jogadores do outro time pega a bola e começa a retornar com ela, até ser derrubado ou sair de campo. Neste ponto, começará a primeira jogada. A partir de então, o time ofensivo terá quatro chances (chamadas downs ou descidas) para avançar a bola dez jardas. Este avanço pode ser feito através de corrida, quando o quarterback corre ou dá a bola para um running back ou fullback, ou de um passe longo, normalmente para um wide receiver ou tight end. Somente um passe para a frente pode ser feito por jogada, e normalmente pelo quarterback. Passes para trás e para os lados são ilimitados, mas raramente usados, já que é bem provável que a defesa do adversário esteja avançado para cima de você. Além disso, pelo local onde a bola foi colocada no início da jogada passa uma linha imaginária chamada linha de scrimmage. Cada time deve permanecer de seu lado desta linha até o snap, e todos os passes para a frente devem ser feitos enquanto a bola está atrás da linha de scrimmage. Para um passe longo ser considerado válido, o jogador que o recebeu deverá ter pleno controle da bola, e tocar com os dois pés dentro do campo. Caso contrário, será considerado um passe incompleto, e a bola retornará para o local da jogada anterior, tendo o time desperdiçado um down. Um passe também é incompleto se a bola sair de campo ou quicar no chão antes de alguém pegar.
Caso a jogada seja de corrida ou o passe seja completado, a função da defesa será então de derrubar o jogador que está com a bola (um tackle, exceto quando é feito sobre o quarterback antes dele passar a bola, quando se chama sack). Caso o jogador que está com a bola toque no chão com qualquer parte do corpo que não a sola dos pés ou a palma das mãos, ou tiver seu avanço indubitavelmente interrompido (caindo por cima de outro jogador e ficando preso, por exemplo), ali se encerrará aquela jogada e se iniciará a próxima. Se isto foi a dez ou mais jardas da jogada anterior, o time atacante terá mais quatro downs para avançar mais dez jardas (terá conseguido um first down). Caso contrário, o número de jardas percorridas será adicionado ou reduzido do total restante para estas dez jardas (ou seja, se no primeiro down o jogador avançou 4 jardas, no segundo terá de avançar 6). Uma jogada também se encerra se o jogador que está com a bola sair de campo, sendo considerado que ele avançou até a jarda em que saiu.
A defesa também pode tentar interceptar um passe, ou seja, pegar a bola lançada como se o passe tivesse sido para ela. Neste caso, a posse de bola muda imediatamente, e o jogador que interceptou pode começar a correr de volta. Caso o jogador que está com a bola deixe-a cair, será um fumble. Se outro de seu próprio time recuperar o fumble, a jogada se conclui ali; se um adversário pegá-lo a posse de bola muda, com seu time conseguindo um first down naquele ponto. Em ambos os casos, se o jogador que pegou o fumble não tocar o chão com uma parte do corpo que não seja a sola dos pés ou a palma das mãos, poderá continuar avançando até fazê-lo.
Caso a equipe ofensiva chegue ao quarto down sem ter conseguido avançar as dez jardas, poderá optar por um punt, um chutão para a frente que dá a posse de bola para o adversário, exatamente como o kickoff. Um dos jogadores do time adversário poderá pegar a bola e retornar correndo com ela até ser derrubado no ponto onde começará a primeira jogada ofensiva daquela equipe. Tanto no kickoff quanto no punt, se a bola sair de campo, a jogada começará daquele ponto ou a 30 jardas de onde a bola estava antes do chute, à escolha do time que vai receber (a não ser que ela saia pela end zone, quando sempre começará da linha de 20 jardas). Se um dos jogadores do próprio time que fez o punt pegar a bola, a primeira jogada do time adversário será naquele ponto, não podendo o jogador tentar marcar pontos (afinal, o punt dá a bola para o adversário). Caso o jogador adversário que vai pegar a bola ache que está em uma boa posição, ou que não conseguirá avançar após pegar a bola, poderá alegar fair catch, movendo o braço para os lados sobre a cabeça. Fazendo isso, nenhum oponente poderá atrapalhá-lo enquanto ele tenta pegar a bola, e assim que ele pegá-la, a jogada será dali, não podendo correr nem ser derrubado. Usar o punt normalmente é uma boa idéia porque, se for tentada uma jogada que não se concluir no quarto down, a posse de bola passa ao adversário no local onde a bola estiver, e o punt normalmente manda ela para mais longe.
Mas o objetivo do jogo não é apenas avançar de dez em dez jardas. Como em todos os esportes, é preciso marcar pontos. A forma mais legal de marcar pontos é com um touchdown, quando um time consegue levar a bola, através de corrida ou passe, até dentro da end zone adversária. Um touchdown vale 6 pontos. Imediatamente após um touchdown, o time pode tentar chutar a bola por entre o gol e conseguir um ponto extra, ou tentar uma nova jogada a partir da linha de 2 jardas, que, caso consiga levar a bola até a end zone, resultará em dois pontos extras (uma two point conversion). O ponto extra simples é tentado em 99% das vezes, por ser mais fácil de obter.
Como o touchdown é meio difícil, a forma mais comum de se fazer pontos é através de um field goal, que consiste em chutar a bola no meio do gol, e vale 3 pontos. Normalmente o field goal é tentado em um quarto down, quando a bola está a menos de 35 jardas da end zone, para garantir pelo menos uns pontinhos. Se o field goal falhar, a posse de bola passa ao adversário no local do chute, por volta de 17 jardas antes do local onde a bola estava. Finalmente, a mais rara forma de se fazer pontos é com um safety, que vale 2 pontos, e consiste em derrubar um adversário (normalmente o quarterback) dentro de sua própria end zone. Após marcar um touchdown ou field goal, o time devolve a bola para o adversário com um novo kickoff. Após um safety, o time que sofreu o safety é que dará o kickoff, mas da sua linha de 20 jardas, ou seja, além de sofrer os pontos, perderá a posse de bola.
Uma partida de futebol americano dura 60 minutos, divididos em quatro quartos de 15 minutos cada. Porém, em certas ocasiões, como quando a posse de bola muda de time, quando há um passe incompleto ou quando a bola sai de campo, o relógio pára, voltando a andar no snap, o que pode fazer com que uma partida dure umas três ou quatro horas. Se os árbitros pararem o jogo para confabular ou anunciar uma falta, o relógio também pára, mas volta a andar quando a bola estiver pronta para o jogo. Antes de cada jogada, os times têm 40 segundos para definir suas jogadas (o play clock). Caso o relógio esteja andando, estes segundos são subtraídos do tempo de jogo. Pontos extras tentados após touchdowns não fazem o relógio andar. Entre o primeiro e o segundo e entre o terceiro e o quarto quartos existe um pequeno intervalo, e a ação retorna do ponto onde parou. Entre o segundo e o terceiro quartos, porém, ocorre um intervalo longo (normalmente com direito a show do intervalo), e o terceiro quarto começa com um kickoff do time que recebeu a bola no início do jogo. A cada fim de quarto, os times mudam de lado. Caso a partida termine empatada, é disputado um "quinto quarto" de 15 minutos (o overtime), com direito a morte súbita, ou seja, quem marcar pontos primeiro vence. Se esta prorrogação teminar ainda empatada, o jogo é declarado empate. Isso, porém, é um evento raro: na NFL, desde 2002 um jogo não termina empatado após a prorrogação.
Cada time tem direito a três pedidos de tempo por metade do jogo (ou seja, três no primeiro e segundo quartos e três no terceiro e quarto quartos). O tempo pode ser pedido pelo treinador ou pelo quarterback, dura 90 segundos e pára o relógio, razão pela qual normalmente é pedido no finalzinho de cada metade. Quando estão faltando dois minutos para o fim do segundo e do quarto quartos o relógio também pára para um "tempo técnico". Além dos tempos, cada treinador tem direito a dois desafios por jogo: quando acontece uma jogada na qual ele ache que a marcação do árbitro foi equivocada, poderá desafiá-lo. O árbitro então vê um videoteipe da jogada e, se chegar à conclusão de que estava errado e o treinador certo, inverte a marcação. Se o árbitro confirmar que estava certo e o treinador errado, porém, o time que fez o desafio perde o direito a um pedido de tempo. Desafios não podem ser feitos se o time não tem mais pedidos de tempo disponíveis, ou depois dos tempo técnico dos dois minutos. Nestas ocasiões, porém, um árbitro que está assistindo ao jogo da cabine poderá contestar uma marcação, que será revista como se fosse um desafio, mas sem penalidades caso o árbitro confirme que estava certo.
Falando em árbitros, um jogo de futebol americano tem seis deles. Pode parecer um exagero, mas em um jogo com tantos detalhes, é o mínimo para assegurar que poucos erros serão cometidos. As faltas são assinaladas de uma forma curiosa: jogando um lencinho amarelo no gramado (e apitando, só para garantir). Pode parecer estranho, mas futebol americano tem faltas, e muitas delas. Afinal, um esporte de tanto contato físico tem que proteger a integridade de seus atletas. As faltas incluem agarrar o oponente pelos braços, pescoço, uniforme ou pela grade do capacete, bloquear abaixo da cintura, colocar as mãos diante dos olhos de um jogador que vai receber a bola, empurrar um jogador que está pulando, e muitos outros atos que comprometam a lisura da partida. Ações que contrariem regras sem uso de violência também são faltas, como a false start, quando um jogador do time que está atacando corre em direção à linha de scrimmage antes do snap, e o delay of game, quando um time deixa estourar o play clock sem executar uma jogada. Normalmente as faltas são punidas com a perda de 5, 10 ou 15 jardas para o time que cometeu a falta, first down automático para o time que sofreu a falta, ou, em certos casos graves, com a expulsão do jogador faltoso.
Evidentemente, o país onde o futebol americano é mais praticado é nos Estados Unidos, onde o esporte foi inventado. Lá, o futebol americano é o esporte mais popular do país desde a década de 60, quando passou o beisebol. Grande parte desta popularidade se deve à NFL, a National Football League, a principal liga profissional do país. Tendo realizado seu primeiro campeonato em 1920, a cada ano a NFL cresceu em popularidade, chegando até mesmo a absorver duas outras ligas que foram criadas para concorrer com ela, a All-America Football Conference (AAFC) em 1950, e a American Football League (AFL), em 1970. Atualmente, a NFL conta com 32 times, divididos em duas conferências, a Nacional - que tem como base os times mais tradicionais da NFL - e a Americana - que tem como base os times que vieram da AFL. Dentro de cada conferência os times estão divididos em 4 divisões (Norte, Sul, Leste e Oeste) de 4 times cada, de acordo com a posição geográfica da cidade (ou, em alguns casos, estado) que representa. Cada cidade só tem um time, exceto Nova Iorque, que tem o New York Giants (que já era da NFL) e o New York Jets (que veio da AFL). Diferentemente do que ocorre no Brasil, nos EUA os times têm dono, e é comum eles mudarem de cidade porque o dono decidiu vender ou realocar a equipe. De vez em quando isso gera a revolta da população, como quando o Cleveland Browns tentou se mudar para Baltimore em 1996 e quase teve seu estádio destruído.
Durante uma temporada da NFL cada time faz 16 jogos. Os únicos times que ele enfrenta todos os anos são os de dua própria divisão; os demais são definidos através de uma fórmula. A primeira fase dura 17 semanas (entre as semanas 6 e 10, quatro times folgam a cada semana). Se classificam para os play-offs o campeão de cada divisão, mais os dois melhores não-campeões de divisão de cada conferência (12 times ao todo). Nos play-offs os times enfrentam outros de sua própria conferência, até que só sobre um de cada, o campeão da conferência. Então, estes dois times se enfrentarão no Super Bowl, a grande final.
Inventado em 1967, quando seria um duelo entre o campeão da NFL e o campeão da AFL, o Super Bowl é tão importante que é classificado como um evento de segurança máxima, o dia de sua disputa é considerado feriado, sua audiência chega a mais da metade dos lares americanos, e trinta segundos de publicidade durante o intervalo custam um milhão e meio de dólares. O local de cada Super Bowl é escolhido com cinco anos de antecedência, sempre alternando entre um estádio de um time da Conferência Nacional e um da Conferência Americana. Embora isso seja possível, até hoje nenhum time jogou o Super Bowl em casa. Um fato interessante é que o nome "Super Bowl" saiu de uma piada: os estádios de futebol americano costumam ter formato de tigela (bowl, em inglês) e muitos jogos do futebol universitário são conhecidos como bowls (como o Sugar Bowl e o Rose Bowl). O Super Bowl, originalmente chamado NFL-AFL World Championship Game, ganhou este apelido porque seria o bowl mais importante. Acabou que pegou.
Mas o futebol americano não é popular só nos EUA. O próprio Super Bowl é transmitido para 150 países (Brasil incluído). Outros países com ligas profissionais são o Canadá, com sua CFL (Canadian Football League) e a Alemanha, com a GFL (German Football League). A NFL também tem uma filial européia, a NFL Europe (antiga WLAF, World League of American Football), atualmente com cinco times sediados na Alemanha e um na Holanda, embora já tenha tido times na Espanha, Inglaterra e Escócia. Fora do âmbito profissional, é muito popular nos EUA o futebol universitário, principalmente em cidades onde não há um time da NFL. Esta popularidade se alastrou para o México, onde foi fundada a ONEFA (Organización Nacional Estudiantil de Fútbol Americano), composta por times montados pelas universidades mexicanas.
Aqui no Brasil já existem muitos fãs deste esporte, e já foram criados vários campeonatos de futebol americano amador, jogado em campos de futebol mesmo ou na praia. Aqui no Rio de Janeiro temos o Carioca Bowl, o maior torneio do país, com 15 times que se degladiam nas praias da cidade, e teve este ano sua sexta edição, vencida pelo Botafogo Reptiles, que conquistou o tetracampeonato. Existe até uma Associação de Futebol Americano Brasileiro, a AFAB.
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