sábado, 20 de setembro de 2025

Escrito por em 20.9.25 com 0 comentários

A Casa das Sete Mulheres

Já que mês passado eu falei sobre A Muralha, esse mês eu vou falar sobre a outra minissérie que eu havia cogitado em 2020 mas abandonado. Hoje é dia de A Casa das Sete Mulheres no átomo!


A Casa das Sete Mulheres é a adaptação de um livro de mesmo nome, escrito por Letícia Wierzchowski e publicado em abril de 2002 pela editora Record. A história é o que se costuma chamar de ficção histórica, trazendo fatos que realmente ocorreram, mas nem todos da forma como de fato ocorreram, misturando personagens reais e fictícios. A trama acompanha a Revolução Farroupilha, que, na época do Brasil Imperial, tentou conseguir a independência primeiro do Rio Grande do Sul, depois também de Santa Catarina, sob o nome de República Riograndense. Considerada a mais longa guerra civil da América do Sul, a Revolução Farroupilha durou dez anos, de 1835 a 1845, e terminou com a derrota dos Farrapos, como os revolucionários ficaram conhecidos, o que faz com que o conflito também seja conhecido como Guerra dos Farrapos. A Casa das Sete Mulheres tem sua história centrada na família de um dos principais líderes da Revolução, o General Bento Gonçalves, mas, no livro, as verdadeiras protagonistas são as mulheres da família, que passaram os dez anos da Revolução protegendo a estância onde moravam, muitas vezes sem saber o que estava acontecendo com os homens que lutavam contra as forças imperiais.

A minissérie é narrada através do diário de Manuela (Camila Morgado), sobrinha de Bento Gonçalves (Werner Schünemann), que fica com suas irmãs, tias e primas na estância, acompanhando de longe os eventos da guerra. A dona da estância é uma das irmãs de Bento Gonçalves, Ana Joaquina (Bete Mendes), mulher conciliadora, bondosa e disposta a tudo para manter a família unida, ao contrário de sua irmã, Maria (Nívea Maria), a mãe de Manuela, mulher fria e amarga que aparetemente não consegue encontrar alegria na vida. Maria é casada com Anselmo (Zé Carlos Machado), que também luta na Revolução, e tem outras duas filhas, a frágil e sonhadora Rosário (Mariana Ximenes) e a irreverente e bem-humorada Mariana (Samara Felippo). Já Bento Gonçalves é casado com a uruguaia Dona Caetana (Eliane Giardini), mulher belíssima, forte e corajosa, e tem uma filha, Perpétua (Daniela Escobar), que sonha viver um grande amor. As "sete mulheres" do título, portanto, são Manuela, Ana Joaquina, Maria, Rosário, Mariana, Perpétua e Dona Caetana.

Bento Gonçalves tem ainda uma terceira irmã, Antônia (Jandira Martini), que é dona de uma estância vizinha e só aparece na história eventualmente, quando vai visitar as irmãs ou quando alguma sobrinha vai visitá-la. Ele e Dona Caetana também têm filhos homens: Bentinho (Dado Dolabella), Joaquim (Rodrigo Faro), apelido Quincas, e Caetano (Bruno Gagliasso), que veem o pai como herói e desejam seguir seus passos no exército; Leão (primeiro Lucas Rocha, depois Sérgio Vieira) e Marco Antônio (primeiro Pedro Malta, depois Carlos Machado Filho), que são crianças e não podem ir à revolução; além de Angélica (primeiro Beatriz Browne, depois Carla Diaz), também criança e muito nova para entender os efeitos que o isolamento tem em suas primas e irmã. No livro, Maria e Anselmo também têm um filho homem, Antônio, que até é citado na minissérie, mas jamais aparece.

No livro, aliás, o isolamento das mulheres é total, e essencial para o desenvolvimento da história e psicológico dos personagens; o caráter conservador na educação das mulheres, bem como a pobreza em que viviam - que teria sido um dos catalisadores da Revolução - e a rotina tediosa de seu cotidiano são bastante enfatizados, com elas somente tomando conhecimento dos acontecimentos da Revolução através de cartas e mensageiros. Seria impossível, entretanto, fazer a minissérie assim - uma daquelas famosas coisas que "funciona num livro, mas não numa obra audivisual" - de forma que, na minissérie, as mulheres têm participação ativa nos eventos da Revolução, os homens voltam para casa constantemente, e a estância é palco de frequentes encontros e festas. Apesar do sucesso da minissérie, essa descaracterização da história seria alvo de muitas críticas, principalmente em relação ao comportamento de Manuela, Rosário, Mariana e Perpétua, que, segundo os críticos, em nada se diferenciava daquele das jovens das novelas ambientadas no Rio de Janeiro do século XXI, sendo totalmente inadequado a moças estancieiras do século XIX. Outra mudança foi em relação à idade das três sobrinhas de Bento Gonçalves: no livro (e na vida real), Manuela era a mais nova das três, enquanto na minissérie é a mais velha.

Na minissérie, Rosário tem um prometido, Afonso Corte Real (Murilo Rosa), que luta ao lado de Bento Gonçalves, mas se apaixona por Estêvão (Thiago Fragoso), um soldado das tropas imperiais, para desepero de toda família. Já Perpétua se apaixona por Inácio (Marcelo Novaes), dono da estância vizinha casado com uma mulher enferma, Teresa (Sabrina Greve), e luta contra o remorso, tanto por estar se relacionando com um homem casado, quanto por secretamente desejar que Teresa morra logo para que eles fiquem juntos. E Mariana parece não estar muito interessada no amor até conhecer o peão João Gutierrez (Heitor Martinez), por quem se apaixona perdidamente, para desespero de sua mãe, que o considera um bugre (indígena) inferior e deseja acabar com esse relacionamento a qualquer custo.

Para provar que todas as mulheres da família têm o dedo podre para o amor, Manuela se apaixona por ninguém menos que Giuseppe Garibaldi (Thiago Lacerda), revolucionário italiano que luta contra a tirania em todo o planeta, e vem ao Rio Grande do Sul ajudar Bento Gonçalves e sua causa, ficando hospedado na estância de Antônia. Garibaldi corresponde ao amor de Manuela, e chega a pedi-la em casamento a Bento Gonçalves, mas ele precisa recusar porque ela já está prometida a Joaquim. Convencido de que é melhor para ela se casar com o primo, Garibaldi parte para lutar em Santa Catarina, onde conhece Anita (Giovanna Antonelli), mulher guerreira e à frente de seu tempo, totalmente diferente de Manuela, com quem acaba se casando.

É importante nesse ponto dizer que Manuela não é uma personagem fictícia, mas real, e, no livro, assim como na vida, após saber que ela está prometida a Joaquim, Garibaldi propõe que os dois fujam para Santa Catarina para se casarem, mas ela não tem coragem e os dois acabam terminando. Manuela, tanto no livro, quanto na minissérie, quanto na vida real, jamais se casaria, vivendo solteira e solitária até o fim de seus dias, deixando registrado em diários seu arrependimento e sofrimento por não ter tido coragem para fugir com Garibaldi; nas ruas de Pelotas, onde foi morar na velhice, ela era apontada nas ruas e conhecida como "a noiva de Garibaldi". Outro ponto muito criticado da minissérie foi que nela, após saber de Anita - que no livro é apenas citada, não existindo como personagem - Manuela viaja a Santa Catarina, se envolve nos combates da Revolução e se torna uma personagem mais forte e decidida.

Outro personagem muito importante é Bento Manuel (Luís Melo), estancieiro rival de Bento Gonçalves que, por ser exímio estrategista, foi uma das peças principais e um dos grandes nomes da Revolução; na vida real, dizia-se que ele tinha um pacto com o diabo, e na minissérie ele é uma espécie de vilão, lutando na Revolução mas fazendo de tudo para prejudicar Bento Golçalves, incluindo ajudar o Império quando lhe é conveniente. Um dos motivos é que Bento Manuel é apaixonado por Dona Caetana, a quem corteja incessantemente, sempre sem sucesso. Ele chega a fazer um pacto com a feiticeira Teiniaguá (Juliana Paes), que usa forças ocultas para que Dona Caetana corresponda ao amor do general, em uma trama retirada de outra história, A Salamanca do Jarau, de Simões Lopes Neto.

Um dos pontos centrais da Revolução Farroupilha era a abolição da escravidão, que ainda existia no Império, mas os Revolucionários pretendiam extinguir na República Riograndense. Na minissérie, é mostrado que os negros, apesar de ainda escravizados, não estavam submetidos a estrita vigilância, punições constantes ou confinamento às senzalas como no restante do país, e tinham importante papel nas charqueadas, principal atividade econômica da região, com muitos deles lutando na Revolução por vontade própria. O principal núcleo de personagens negros da minissérie é formado por João Congo (Antônio Pompêo), criado pessoal de Bento Gonçalves; o capataz Terêncio (Maurício Gonçalves), sua esposa, Zefina (Viviane Porto), e seu filho, Netinho (André Luiz Miranda); e os criados Zé Pedra (Bukassa Kabengele), Viriata (Mariah da Penha) e Beata (Mary Sheila). Outros criados mostrados como membros da família são a mestiça Luzia (Amandha Lee), empregada da estância que fica amiga de Rosário, e Rosa (Ana Beatriz Nogueira), governanta e cozinheira de Ana Joaquina.

Outros personagens reais de nossa História presentes na minissérie são, pelo lado dos Farrapos, o General Antônio de Sousa Neto (Tarcísio Filho), o General Canabarro (Oscar Simch), o Coronel Onofre Pires (José de Abreu), o jornalista italiano Luigi Rossetti (Dalton Vigh), o revolucionário Tito Lívio (Ângelo Antônio), e o médico Francisco Sabino (Stepan Nercessian), e, do lado do Império, o Coronel Moringue (Gilson Moura), o Marechal Mena Barreto (Roberto Pirilo), o Presidente da Província do Rio Grande do Sul, José de Araújo Ribeiro (Ney Latorraca) e o Duque de Caxias (Nelson Diniz), que, na época, ainda era Barão. Outros personagens que merecem ser citados são Chico Mascate (José Victor Castiel), que visitava as estâncias com sua carroça cheia de produtos à venda, e teve importante papel nas comunicações entre os Revolucionários e suas famílias; Francisca (Ítala Nandi), esposa do Coronel Onofre; Joana (Manuela do Monte), filha bastarda do Coronel Onofre, criada em um convento desde criança; Bárbara (Arietha Corrêa), mulher de personalidade forte que luta pela emancipação feminina; o Padre Villar (Lafayette Galvão), que acompanha as tropas de Bento Gonçalves; e o Padre Cordeiro (Sérgio Viotti), que é a favor dos revolucionários, mas contra o relacionamento de Anita e Garibaldi, já que, quando eles se conheceram, ela ainda era casada com Manuel Aguiar (Roberto Bomtempo).

O elenco se completa com os revolucionários Antônio (Sebastião Vasconcelos), Gavião (Douglas Simon), João Grandão (Ricardo Herriot), Pedro (Teodoro Cochrane) e Eduardo (Gabriel Gracindo) e com as "chinas", mulheres que seguiam as tropas revolucionárias para se prostituir com os soldados, na esperança de se casar com um deles, lideradas por Consuelo (Rosi Campos), e que contavam, dentre outras, com Quitéria (Christiane Tricerri), Papagaia (Cinira Camargo) e Tina (Carla Regina). Vários atores famosos da Globo fariam participações especiais, muitas delas de um só capítulo, como Tonico Pereira como o Padre Roberto; Irene Ravache como Madalena Aguilar (que tem um caso com Bento Gonçalves enquanto ele está na Guerra); Cláudio Correia e Castro como um homem que vive isolado na mata e dá abrigo ao grupo de Garibaldi; Ariclê Perez como a Madre Cecília, responsável pelo convento onde Joana está internada, onde também vive a Irmã Damiana (Christiana Guinle); Carmo Dalla Vecchia como Batista; André Mattos como Pedro Boticário; Jandir Ferrari como João Silvério; Ilya São Paulo como um soldado imperial desertor; José Dumont como o comandante de um forte onde Bento Gonçalves passa um tempo preso; Othon Bastos como o Coronel Crescêncio; e Norma Geraldy como Manuela, idosa, no último capítulo.

A minissérie seria a estreia na Globo de dois atores que fariam muito sucesso nos anos seguintes, Werner Schünemann e Camila Morgado. Camila ganharia o Prêmio Austragésilo de Athayde de atriz revelação, e faria tanto sucesso que todos os dias a emissora recebia dezenas de cartas e e-mails pedindo para que o final da história fosse alterado e Manuela se casasse com Garibaldi. Outra atriz bastante elogiada pela crítica e pelo público, apesar de seu personagem detestável, seria Nívea Maria, que ganharia o prêmio de Melhor Atriz da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Outro ator premiado seria Thiago Lacerda, que receberia o Prêmio INTE, considerado o Oscar da televisão latino-americana, de melhor ator.

As filmagens ocorreriam no Rio de Janeiro e em quatro cidades gaúchas: Cambará do Sul, São José dos Ausentes, Pelotas e Uruguaiana - o que também levou a críticas de historiadores, já que as batalhas da Guerra dos Farrapos ocorreram próximo à Lagoa dos Patos, e não na Serra Gaúcha, e, na minissérie, os personagens cobriam distâncias de centenas de quilômetros, como de Pelotas a Laguna, em pouco tempo se comparado com o que realmente levava na época. Cerca de 2500 pessoas viajaram até o Rio Grande do Sul especialmente para as filmagens, que durariam 40 dias; os figurantes, cerca de 150 a cada cena de batalha, seriam contratados nas próprias cidades onde as filmagens estavam ocorrendo. Para representar a Estância da Barra, onde as mulheres da família de Bento Gonçalves ficaram em isolamento, seria usada a Charqueada São João, fazenda na cidade de Pelotas com um casarão colonial construído em 1810. Todos os atores do elenco principal tiveram aulas de equitação, esgrima, tiro, tradições gaúchas, prosódia (para que os que tinham sotaque de outras regiões do Brasil conseguirem amenizá-lo) e assistiram palestras sobre a Revolução Farroupilha.

Apesar de ter destaque na minissérie, a cidade catarinense de Laguna não seria usada como locação, com suas cenas sendo filmadas no Rio de Janeiro. No Projac, em Jacarepaguá, seriam construídas ruas que lembravam as históricas de Pelotas, Porto Alegre, Caçapava e Laguna, além das áreas externas das estâncias; para obter o tom amarelado característico da região, seriam espalhadas pelo chão cascas de arroz. O cenário que reproduzia a parte interna da estância também seria construído no Projac, ocuparia 400 m2, e era composto por cinco quartos, adega, cozinha, biblioteca, capela, pátio, sala de estar com lareira, sala de jantar e banheiro, todos com ornamentos e pinturas envelhecidos propositalmente, para parecer que foram desgastados pelo tempo. Todos os objetos de cena, desde os móveis até as cuias de chimarrão, passando pelas cerâmicas, flâmulas e bandeiras, seriam produzidos pela equipe de cenografia da Globo especialmente para a minissérie, sem ser usado qualquer objeto original de época. O maior destaque da cenografia foi o diário de Manuela, no qual a personagem aparecia escrevendo de forma intercalada com as cenas da minissérie; o diário realmente contava toda a história da minissérie, sendo mostrados em destaque os trechos narrados por Camila Morgado, e foi escrito por um calígrafo especialmente contratado para a função.

Uma das cenas mais complexas foi a de um grupo liderado por Garibaldi levando dois barcos por terra, com a ajuda de carros de boi. Seriam construídas para ela pesadas rodas de madeira, de 1,80 m de diâmetro, que seriam atreladas às embarcações, apenas um pouco menores que as originais da Revolução, e então puxadas por 48 bois. Um dos barcos, o Seival, seria construído no Rio de Janeiro e levado desmontado até Uruguaiana, onde ocorreria sua montagem; o outro, o Farroupilha era uma embarcação encontrada pela produção na região nos primeiros dias de filmagem, e adaptada para ficar mais parecida com o Farroupilha original. Dizem os registros históricos que, no dia do transporte, estava chovendo; para que não fosse necessário esperar um dia em que estivesse chovendo para filmar, seriam usados oito carros-pipa, que jogariam água para cima na direção dos atores e embarcações.

Escrita por Maria Adelaide Amaral e Walther Negrão, com colaboração de Lúcio Manfredi e Vincent Villari, direção de Teresa Lampreia e Marcos Schechtman, e direção geral de Jayme Monjardim, A Casa das Sete Mulheres teria 51 capítulos, exibidos entre 7 de janeiro e 8 de abril de 2003 - curiosamente, a data original prevista para a exibição do último capítulo seria 4 de abril, uma sexta-feira, como é convencional, mas problemas com a grade de programação causados pela exibição de jogos de futebol o acabariam empurrando para o dia 8, a terça-feira da semana seguinte. A minissérie seria uma das mais premiadas da história da televisão brasileira, levando o Grande Prêmio da Crítica da APCA, o Troféu Imprensa de Melhor Programa, e o INTE de Melhor Minissérie, com Monjardim levando o de Melhor Diretor.

A abertura imitava um mapa antigo, mostrando cenas da minissérie e os rostos dos principais atores junto a seus nomes, com o título trazendo a imagem das "sete mulheres" - Ana Joaquina, Maria e Rosário do lado esquerdo, Manuela, Perpétua, Dona Caetana e Mariana do lado direito, o que em sempre achei estranho, já que, na minha opinião, faria mais sentido as mais velhas de um lado e as mais novas do outro. A trilha sonora ficaria a cargo de Marcus Vianna, que também comporia o tema de abertura, executado pela Transfônika Oskestra. A trilha instrumental composta por Vianna acabaria sendo lançada pelo selo Sonhos e Sons, do próprio compositor, com o nome de Sete Vidas, Amores e Guerras, mas, para aproveitar o sucesso da minissérie, a Globo prepararia um CD de trilha sonora ao estilo dos das novelas, lançado pela Som Livre com Thiago Lacerda na capa, e que trazia, dentre outros, Gal Costa, Zizi Possi, Milton Nascimento, Flávio Venturini, Leila Pinheiro e Agnaldo Rayol. Duas curiosidades dessa trilha são a presença de duas músicas da peruana Adriana Mezzadri, e La Media Vuelta, cantada por Rodrigo Faro, no elenco como Joaquim.

O livro de Wierzchowski era um lançamento recente quando a minissérie foi produzida, e o sucesso desta ajudou alavancar suas vendas - até o início da exibição, o livro havia vendido 13 mil exemplares, mas, apenas nas três primeiras semanas da minissérie, vendeu mais 30 mil. A minissérie também aumentaria as vendas de livros que falavam sobre a Revolução Farroupilha e sobre a história do Rio Grande do Sul em geral, e estimularia o turismo no estado, especialmente na Serra Gaúcha. O sucesso da minissérie também levaria ao lançamento de uma série de cartões telefônicos com suas cenas, e ao de um outro livro chamado A Casa das Sete Mulheres, de Valentina Nunes, lançado pela Globo ainda em 2003, que trazia fotografias da minissérie de seus bastidores. A TV Bandeirantes também tentaria pegar uma carona nesse sucesso, reexibindo, ainda em 2003, em formato de minissérie, o filme A Guerra dos Farrapos, de 1985, que trazia Nelson Xavier como Bento Gonçalves e Herson Capri como Garibaldi.

A Casa das Sete Mulheres seria lançada em DVD, em forma condensada, em 2004. Dois anos depois, entre 15 de agosto e 22 de setembro de 2006, seria reexibida, também em versão compacta, pela Globo. Uma nova reexibição ocorreria entre 21 de agosto e 4 de outubro de 2012, mas apenas no Distrito Federal e no sinal captado por antenas parabólicas, para preencher um buraco na programação criado pelo Horário Eleitoral Gratuito - que não seria exibido no DF nem pelas parabólicas no período. A minissérie também seria exibida na íntegra pelo canal Viva três vezes, entre 18 de maio e 27 de julho de 2010, entre 26 de junho e 5 de setembro de 2013, e entre 3 de janeiro e 14 de março de 2022. Desde agosto de 2022, ela também pode ser encontrada no catálogo do serviço de streaming Globoplay.

Em 2024, foi anunciado que o livro de Wierzchowski ganharia uma nova adaptação, mais curta e talvez mais fiel, produzida pela Boutique Films e escrita por Angela Chaves, da série Pedaço de Mim, da Netflix. Até eu publicar esse texto ("até o fechamento dessa edição") eu ainda não havia encontrado mais informações sobre data de estreia, número de episódios, elenco, ou em qual canal essa nova versão seria exibida.

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