Caylus é um jogo de alocação de trabalhadores, aquele estilo no qual cada jogador possui um determinado número de peças a cada rodada, normalmente meeples que representam trabalhadores (daí o nome), e pode colocá-los em diferentes setores do tabuleiro, executando ações diferentes dependendo de onde o trabalhador é alocado. Caylus não foi o primeiro jogo a utilizar essa mecânica, mas seria o responsável por popularizá-la, com muitos outros jogos de alocação de trabalhadores surgindo depois que ele começou a fazer sucesso. Ele também seria um dos primeiros daqueles jogos de tabuleiro que ficariam conhecidos pelo nome de Eurogames, por terem sido todos criados na Europa, e chamaria atenção por ser puramente estratégico, sem nenhum elemento aleatório, como dados ou cartas, exceto por seis peças que são colocadas aleatoriamente no tabuleiro no início do jogo, possibilitando 720 combinações diferentes, e pela ordem em que os jogadores jogam, também decidida pela sorte no início do jogo.
O jogo é ambientado na França, no ano de 1289, quando o Rei Felipe, o Belo, decidiu construir um novo castelo nos arredores da cidade de Caylus, que existe mesmo, e fica localizada na Occitânia, no sul do país. Originalmente um vilarejo, a cidade cresceria com a construção do castelo, que atrairia trabalhadores de toda a região. Os jogadores representam mestres de obras responsáveis por esses trabalhadores, tendo de alocá-los em diferentes partes da construção do castelo e da ampliação da cidade, visando ganhar prestígio e o Favor Real. A final da construção do castelo, o jogador com o maior número de pontos de prestígio será o vencedor.
Caylus é uma criação de William Attia, que, apesar do nome, é alemão. Attia teve grande dificuldade para encontrar uma editora disposta a lançar seu jogo em seu país natal, e sua primeira edição acabou sendo lançada pela francesa Ystari, em 2005. Em outubro daquele ano, Attia decidiria levar algumas cópias do jogo para expor e vender na Spiel, a mais famosa feira de jogos de tabuleiro do mundo, realizada anualmente na cidade de Essen, na Alemanha. Durante a feira, a revista Fairplay Magazine, especializada em jogos de tabuleiro, faria uma pesquisa dentre o público presente para decidir qual era o melhor jogo em exposição naquele ano, e Caylus ganharia de lavada. Isso despertaria um grande interesse dentre o público que não estava presente na feira, fazendo de Caylus um dos jogos de tabuleiro mais comentados online, e lhe rendendo o prêmio Trictrac d'Or, o "Gamão de Ouro", conferido pelo site francês Trictrac, também especializado em jogos de tabuleiro.
Caylus também seria o vencedor do Deutsche Spiele Preis, um dos mais importantes prêmios dos jogos de tabuleiro, cujos vencedores são escolhidos através de uma votação feita dentre profissionais da área e publicações especializadas. Ele não seria indicado à principal premiação do planeta, o também alemão Spiel des Jahres (o "jogo do ano"), mas acabaria sendo contemplado pela organização com um prêmio especial de Melhor Jogo Complexo do ano. Outros prêmios de destaque conquistados por Caylus seriam o holandês Nederlandse Spellenprijs e o Golden Geek Award, conferido pelo site especializado Board Game Geek.
Todo esse hype faria com que a primeira edição do jogo se esgotasse ainda em 2005. Attia e a Ystari, então, ao invés de uma nova tiragem, decidiriam fazer uma segunda edição, com algumas mudanças nas regras e na arte de alguns componentes, sugeridas pelos jogadores para tornar o jogo mais fluido. Outra mudança importante foi que, na primeira edição, os pontos de prestígio eram representados por fichas coloridas de plástico, com cada cor tendo um valor, enquanto a segunda edição traria fichas de papelão, ainda com cores diferentes, mas com os valores impressos em cada ficha. A segunda edição seria lançada em fevereiro de 2006, na Europa pela Ystari e nos Estados Unidos pela Rio Grande Games, que se apressaria em conseguir uma licença depois de todas as premiações. No ano seguinte, 2007, a Ystari lançaria uma nova versão do jogo, chamada Caylus Magna Carta, que não tem tabuleiro, com todas as ações sendo resolvidas através de cartas - mas, por alguma razão, ainda tem peças de madeira para representar os recursos e trabalhadores, assim como as fichas de papelão para os pontos de prestígio.
Caylus ainda ganharia uma terceira edição, em 2008, uma quarta, em 2010, e uma quinta, em 2012; todas tinham apenas diferenças estéticas, e eram lançadas apenas para que o jogo se mantivesse no mercado quando a tiragem da edição anterior se esgotava. A Ystari iria à falência em 2015, e acabaria sendo comprada pela gigante francesa Asmodee; desde então, nenhuma nova edição seria lançada, o que faria com que a quinta fosse a última.
Em 2013, três dos fundadores da Asmodee, achando que a empresa estava grande demais e escrava de suas próprias ambições, decidiriam deixá-la e fundar uma nova editora, chamada Space Cowboys, devotada principalmente a lançar jogos inéditos criados pelos três. Dois anos depois, quando a Ystari fosse absorvida pela Asmodee, eles convidariam para a equipe Cyril Demaegd, que havia trabalhado nas três últimas edições de Caylus. Ao ver que a Asmodee não tinha mesmo interesse em lançar uma nova versão do jogo, Demaegd entraria em contato com Attia, e descobriria que os direitos sobre o jogo pertenciam não à Asmodee, mas ao autor. Demaegd, então, convenceria os demais sócios a investir em uma nova edição do jogo, que seria lançada pela Space Cowboys.
Essa "sexta edição" seria lançada em 2019, receberia o nome de Caylus 1303, e é a que está disponível atuialmente no mercado brasileiro, lançada pela Galápagos. Caylus 1303 também foi criada por Attia, e traz várias modificações para que o jogo seja mais rápido e mais intenso, mais semelhante aos jogos lançados no final da década de 2010 do que aos lançados quando os Eurogames estavam começando. A arte do jogo também foi totalmente refeita, ficando a cargo de Andrew Bosley, um dos principais ilustradores da Space Cowboys. E, se alguém reparou no nome, o novo jogo é ambientado 14 anos após o original, com o castelo precisando ser reparado e fortificado. As regras que eu vou explicar a partir de agora são as de Caylus 1303, e possuem algumas diferenças em relação às do original, que eu não vou mencionar, já que ele está fora do mercado há mais de dez anos; vale dizer, entretanto, que, no Caylus original, os recursos eram representados, no melhor estilo Euro, por cubinhos coloridos, enquanto em Caylus 1303 os recursos são pecinhas de madeira coloridas no formato do recurso que representam - tronquinhos marrons para madeira, coxas de frango rosa para comida, por exemplo.
Caylus 1303 é um jogo para de 2 a 5 jogadores, que podem escolher dentre as cores amarela, azul, verde, vermelha ou preta. Seus componentes são um tabuleiro; 12 peças de personagem; 90 recursos (20 representando comida, 20 madeira, 20 pedra, 15 tecido e 15 ouro); 75 trabalhadores (15 para cada jogador); 50 casas (10 para cada jogador); 1 Capataz (na cor laranja); 1 marcador de rodada; 1 peça de primeiro jogador; 120 fichas de pontos de prestígio (nos valores 1, 3, 5 e 10); e 34 peças de construção, sendo 27 dupla-face (9 construções iniciais, 9 construções de madeira e 9 construções de pedra) e 7 monumentos. As construções dupla-face possuem, cada uma, um lado de preparação e um lado de construção; os monumentos só possuem o lado de construção. Os recursos, trabalhadores, casas e o Capataz são de madeira; os demais componentes são de papelão.
Após o tabuleiro ser colocado no centro da mesa, as 9 construções iniciais são embaralhadas e colocadas aleatoriamente em posições pré-determinadas do tabuleiro, uma no Canteiro de Obras e as demais na Estrada, com o lado de preparação virado para cima. As 9 construções de madeira são embaralhadas, com duas sendo colocadas em locais pré-determinados do tabuleiro - uma no Canteiro de Obras, uma na Estrada - com o lado de preparação virado para cima, e as demais formando uma reserva ao lado do tabuleiro, com o lado de construção virado para cima; a mesma coisa é feita com as 9 construções de pedra, e os 7 monumentos também são colocados em uma reserva ao lado do tabuleiro, com a face para cima. O Capataz é colocado na Estrada, imediatamente antes da construção de madeira que foi colocada lá, e o marcador de rodada é colocado no primeiro espaço da trilha de rodada. Os marcadores de pontos de prestígio e os recursos são colocados em uma reserva, ao lado do tabuleiro.
Cada jogador escolhe uma cor, e pega todos os trabalhadores e casas dessa cor; uma das casas deve ser colocada no tabuleiro, abaixo da Ponte das Guildas, assim como uma quantidade de trabalhadores que depende de quantos estão jogando (5 para 2 ou 5 jogadores, 9 para 3 ou 4), que deve ser colocada no Acampamento, com as demais casas e trabalhadores ficando em uma reserva pessoal do jogador. Um dos jogadores é escolhido aleatoriamente para ser o primeiro, e recebe a peça de primeiro jogador. As peças de personagem são embaralhadas, e separadas uma quantidade igual ao número de jogadores mais 3, com as demais voltando para a caixa, sem serem utilizadas nessa partida. Começando pelo último a jogar, cada jogador deve escolher uma das peças de personagem e passar as demais em sentido anti-horário; depois que o primeiro a jogar tiver escolhido, as 3 peças remanescentes são colocadas no espaço próprio do tabuleiro. Finalmente, cada jogador pega da reserva geral 2 madeiras, 1 pedra e 1 comida. Durante o jogo, tudo na reserva pessoal do jogador - trabalhadores, casas, recursos e personagens - deve permanecer público, com todos os oponentes podendo ver quantos de cada um jogador tem; os pontos de prestígio, porém, são secretos, devendo ficar com o número virado para baixo e só podendo ser conferidos pelo próprio jogador, até a contagem dos pontos.
Uma partida de Caylus 1303 dura 9 rodadas, cada uma delas dividida em 4 fases: planejamento, ativação, entrega e administração. A Fase de Planejamento é aquela na qual os jogadores vão alocar seus trabalhadores. Começando pelo primeiro jogador e seguindo em sentido horário, cada um deverá escolher uma de três ações e dar a vez para o oponente.
A primeira ação é colocar um trabalhador em uma construção da Estrada. Para isso, o jogador pega um dos trabalhadores que está em sua reserva pessoal e o coloca sobre uma das quatro construções que já vêm impressas no tabuleiro (incluindo a Ponte das Guildas), ou sobre uma das peças de construção inicial, construção de madeira ou construção de pedra que esteja na Estrada, seja as que foram colocadas lá durante a preparação do jogo, ou outras que venham a ser colocadas no decorrer da partida. Cada construção só pode ter um trabalhador, sendo, portanto, proibido colocar um trabalhador em uma construção que já tenha um, seu ou do oponente. Também é proibido colocar um trabalhador em um monumento, em uma residência (veja adiante), em uma construção que não esteja na Estrada (as que estão no Canteiro de Obras ou na reserva ao lado do tabuleiro) ou em um espaço da Estrada que ainda não tenha uma construção. Se um jogador colocar um trabalhador em uma construção feita por outro jogador, o jogador que fez a construção ganha 1 ponto de prestígio. Um jogador não ganha pontos de prestígio por colocar trabalhadores em uma construção que ele mesmo fez, e ninguém ganha pontos de prestígio quando trabalhadores são colocados nas construções que começam o jogo no tabuleiro.
A segunda ação é colocar um trabalhador no Canteiro de Obras: o jogador deve pegar um dos trabalhadores de sua reserva pessoal e colocá-lo no primeiro espaço vazio do Canteiro de Obras, em ordem numérica. Cada espaço só pode ter um trabalhador, e cada jogador só pode ter um trabalhador no Canteiro de Obras de cada vez. A terceira ação é passar a vez: quando um jogador não tiver mais trabalhadores em sua reserva pessoal, ou não quiser mais alocar os que estão lá, o jogador anuncia que vai passar a vez, e não jogará mais durante essa Fase de Planejamento. Quando um jogador passa a vez, ele pega a casa de sua cor que estava abaixo da Ponte das Guildas e a coloca sobre a ponte, no primeiro espaço disponível da esquerda para a direita. O primeiro jogador a passar a vez também pega a peça de primeiro jogador, e será o primeiro a jogar na rodada seguinte; a partir de então, sempre que um outro jogador quiser alocar um trabalhador em uma construção ou no Canteiro de Obras, deverá, também, colocar um trabalhador no Acampamento, não podendo alocar mais nenhum se só tiver um trabalhador em sua reserva pessoal.
A Fase de Planejamento continua até que todos os jogadores tenham passado a vez; quando isso ocorrer, começa a Fase de Ativação. Nessa fase, primeiro é realizado o efeito da Ponte das Guildas, e então as construções são ativadas uma por uma, começando pela Feira e seguindo pela estrada até chegar ao Capataz. Quando uma construção é ativada, se um jogador tinha colocado um trabalhador lá durante a Fase de Planejamento, ele poderá usar o efeito da construção uma vez, e então colocar esse trabalhador no Acampamento - trabalhadores que estejam na Estrada jamais retornam diretamente para a reserva pessoal do jogador. Construções que estejam além do Capataz não são ativadas, ou seja, o jogador não poderá usar seu efeito, mas seu trabalhador deve ser colocado no Acampamento da mesma forma.
No início da Fase de Ativação, seguindo a ordem das casas na Ponte, cada jogador poderá mover o Capataz 0, 1, 2 ou 3 espaços para a frente ou para trás, colocando um trabalhador de sua reserva pessoal no Acampamento para cada casa que o Capataz andar dessa forma. Mover o Capataz é importante porque as construções só são ativadas até o Capataz, ou seja, quanto mais à frente ele estiver, mais construções serão ativadas naquela rodada; como o efeito da Ponte é resolvido antes da ativação das construções, um jogador pode escolher mover o Capataz para que outro jogador, que tem um trabalhador em uma construção mais à frente, não possa se beneficiar do efeito de sua ativação. O Capataz é sempre colocado na Estrada, nunca sobre construções ou em espaços vazios dedicados a construções, e cada segmento vazio de estrada corresponde a um espaço para fins de contar quantos espaços ele andou. Ao se mover para trás, o Capataz jamais recua para antes da Ponte das Guildas, sendo o espaço da Ponte considerado seu primeiro - ou seja, as quatro construções impressas no tabuleiro sempre serão ativadas, em todas as rodadas. No final da Estrada há quatro casas com a figura do Capataz para as quais ele também pode se mover, que servem para tentar fazer com que todas as construções da Estrada sejam ativadas.
As quatro construções que já vêm impressas no tabuleiro e seus efeitos são: Feira (pague 1 madeira para receber 1 Benefício - veja adiante), Advogado (pague 1 tecido para colocar uma casa de sua reserva pessoal em uma peça de construção que tenha uma bandeira amarela), Carpintaria (escolha uma peça de construção de madeira da reserva ao lado do tabuleiro, pague os recursos indicados no canto superior esquerdo - qualquer recurso caso seja o ícone da flor - e a coloque, com o lado de construção virado para cima, no primeiro espaço vazio da Estrada; em seguida, coloque uma casa de sua reserva pessoal sobre essa peça e ganhe os pontos de prestígio indicados no canto superior direito - esse efeito não pode ser usado se não houver espaços disponíveis na Estrada) e Tributo (mova o Capataz 0, 1 ou 2 espaços para a frente ou para trás, sem precisar colocar trabalhadores no Acampamento).
As construções iniciais são Fazenda (duas cópias; pegue 1 comida da reserva geral), Serraria (pegue 1 madeira da reserva geral), Pedreira (pegue 1 pedra da reserva geral), Carpintaria (mesmo efeito da que está impressa no tabuleiro), Mercado (duas cópias; coloque um trabalhador de sua reserva pessoal no Acampamento para pegar 1 comida, madeira, pedra ou tecido da reserva geral), e Guilda (duas versões: pague um recurso à sua escolha para pegar 3 trabalhadores do Acampamento e colocá-los em sua reserva pessoal; ou pague uma pedra para pegar 4 trabalhadores do Acampamento e colocá-los em sua reserva pessoal).
As construções de madeira e de pedra possuem, cada uma, seus próprios efeitos; na maioria das peças, esses efeitos são diferentes dependendo se o lado que está para cima é o de preparação (quando a peça é colocada lá no início do jogo) ou de construção (quando ela é colocada no decorrer da partida). Construções de madeira sempre custam 1 madeira e 1 outro recurso para serem construídas, e incluem versões mais poderosas da Fazenda (preparação: pegue 1 comida e ganhe 1 ponto de prestígio; construção: pegue 2 comidas), Serraria (pegue 2 madeiras), Pedreira (pegue 2 pedras) e Mercado (pegue 1 recurso à sua escolha, sem precisar colocar um trabalhador no Acampamento), e mais o Mercado Coberto (preparação: pegue 2 trabalhadores do Acampamento e os coloque em sua reserva pessoal e ganhe 1 ponto de prestígio; construção: pegue 3 trabalhadores do Acampamento e os coloque em sua reserva pessoal), a Mansão (preparação: ganhe 2 pontos de prestígio; construção: ganhe 1 Benefício), a Alfaiataria (pague 1 tecido para ganhar 4 pontos de prestígio, ou 2 tecidos para ganhar 6 pontos) e a Oficina dos Pedreiros (escolha uma peça de construção de pedra da reserva ao lado do tabuleiro, pague os recursos indicados no canto superior esquerdo e a coloque, com o lado de construção virado para cima, no primeiro espaço vazio da Estrada; em seguida, coloque uma casa de sua reserva pessoal sobre essa peça e ganhe os pontos de prestígio indicados no canto superior direito - esse efeito não pode ser usado se não houver espaços disponíveis na Estrada).
As construções de pedra sempre custam 1 pedra e 1 outro recurso para serem construídas, e incluem versões ainda mais poderosas da Fazenda, Serraria e Pedreira (preparação: pegue, respectivamente, 1 comida e 1 tecido, 1 madeira e 1 tecido, 1 pedra e 1 tecido; construção: pegue, respectivamente, 2 comidas e 1 tecido, 2 madeiras e 1 tecido, 2 pedras e 1 tecido, e, se elas forem ativadas por outro jogador que não seja quem as construiu, quem as construiu, além do ponto de prestígio, ainda ganha, respectivamente, 1 comida, 1 madeira, 1 pedra), uma versão mais poderosa da Guilda (pague um recurso à sua escolha para pegar 5 trabalhadores do Acampamento e colocá-los em sua reserva pessoal), e mais a Mina de Ouro (pegue 1 ouro), a Fundição (coloque um trabalhador de sua reserva pessoal no Acampamento para pegar 1 ouro, ou 3 trabalhadores para pegar 2 ouros), a Botica (pague um recurso à sua escolha para pegar 1 ouro, ou 2 recursos para pegar 2 ouros), a Igreja (coloque dois trabalhadores de sua reserva pessoal no Acampamento para ganhar 4 pontos de prestígio, ou 4 trabalhadores para ganhar 6 pontos) e a Joalheria (pague 1 ouro para ganhar 5 pontos de prestígio, ou 2 ouros para ganhar 9 pontos).
Toda vez que ganhar 1 Benefício, um jogador pode escolher dentre duas ações: pegar para si um personagem de outro jogador (mesmo que ele vá ficar sem nenhum) ou usar o efeito de uma das três construções colocadas no Canteiro de Obras durante a preparação do jogo - sendo que, nas rodadas de 1 a 3, ele deverá obrigatoriamente usar o efeito da construção da primeira casa (a inicial), nas rodadas de 4 a 6 ele poderá escolher dentre os efeitos da primeira e da segunda (a de madeira), e somente nas rodadas de 7 a 9 ele poderá escolher o efeito de qualquer uma das três (incluindo a de pedra). Se optar por usar o efeito de uma das construções, e ainda houver personagens no tabuleiro, se quiser, o jogador poderá escolher um deles e pegá-lo para si. Não há limite para quantos personagens um jogador pode ter consigo durante o jogo.
Cada personagem possui um efeito que beneficiará o jogador durante todo o tempo em que estiver com ele: Madrugador (o jogador pode alocar um personagem no início de cada Fase de Preparação, antes do primeiro jogador, devendo colocar também um trabalhador no Acampamento se o fizer, inclusive se ele mesmo for o primeiro jogador), Trabalhador Noturno (o jogador não precisa colocar trabalhadores no Acampamento para continuar alocando trabalhadores depois que alguém passar a vez), Artífice (o jogador pode colocar um trabalhador em uma construção que já tenha um trabalhador de outro jogador uma vez por rodada), Administrador (ganhe 2 pontos de prestígio ao invés de 1 quando um jogador colocar um trabalhador em uma de suas construções), Ladrão (o jogador que fez a construção não ganha pontos de prestígio quando o jogador que tem o Ladrão coloca trabalhadores lá), Oficial de Justiça (depois que todo mundo tiver movido o Capataz com a Ponte da Guilda na Fase de Ativação, o jogador poderá mover o Capataz um espaço para a frente ou para trás sem custo), Arquiteta (ganhe 1 ponto de prestígio adicional ao fazer uma construção de madeira, pedra ou monumento), Entregador (veja adiante), Ajudante (seus fardos - veja adiante - podem ter três recursos em qualquer combinação, incluindo sem comida e repetidos), Mestre de Obras (ganhe 1 ponto de prestígio por cada fardo que entregar), Ourives (ganhe 5 pontos de prestígio a mais por cada fardo que entregar que contenha 1 ouro) e Operário (pegue 1 trabalhador a mais do Acampamento na Fase de Administração).
A quarta e última fase é a Fase de Administração, que é composta por cinco etapas. Primeiro, as fichas de todas as construções iniciais que tiverem uma casa são viradas para que fiquem com o lado de construção para cima, se tornando Residências. Em segundo, começando pela Ponte das Guildas e seguindo na ordem da estrada, cada jogador que controla uma Residência poderá decidir transformá-la em um Monumento; para isso, ele escolhe um Monumento da reserva, paga os recursos indicados no canto superior esquerdo e o coloca sobre sua Residência, recebendo imediatamente os pontos de prestígio indicados no canto superior direito - se o Monumento for o Teatro, o jogador imediatamente ganha também 1 Benefício. É proibido alocar trabalhadores tanto em Residências quanto em Monumentos, mas todas as Residências e três dos Monumentos conferem um bônus na próxima etapa, além da vantagem óbvia de que Monumentos valem muitos pontos de prestígio quando construídos.
A terceira etapa da Fase de Administração se chama Recrutamento, e nela os jogadores poderão pegar trabalhadores do Acampamento e colocá-los em sua reserva pessoal sem custo. Cada jogador pega 3 trabalhadores (em um jogo para 2, 3 ou 4 jogadores; em um jogo para 5, cada jogador pega 2 trabalhadores) mais 1 trabalhador para cada Residência que tenha construído. Como foi dito, três Monumentos também conferem bônus: um jogador que tenha construído o Jardim pega 2 trabalhadores a mais, quem construiu o Celeiro pega também 1 comida, e quem construiu a Fábrica pega também 1 tecido. Vale lembrar também que quem tem o Personagem Operário também pega 1 trabalhador a mais. Evidentemente, o jogador não pode pegar mais trabalhadores do que tem no Acampamento naquele momento, mesmo que tenha esse direito.
Na quarta etapa, o Capataz é colocado no espaço impediatamente antes da última construção da Estrada - ignorando a construção de pedra colocada durante a preparação do jogo, caso haja pelo menos um espaço vazio entre ela e a imediatamente anterior. Se o jogo estiver nas rodadas de 1 a 8, na quinta e última etapa o marcador de rodada avança para o número seguinte e uma nova rodada começa com a Fase de Planejamento. Caso o jogo já esteja na nona e última rodada, a quinta etapa é a contagem dos pontos: primeiro, cada jogador ganha 2 pontos de prestígio por cada ouro que tenham em sua reserva pessoal. Então, cada jogador revela e soma todos os seus pontos de prestígio, sendo vencedor o que tiver mais - e sendo permitido empatar, já que o manual não prevê nenhuma forma de desempate.
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