Hoje o átomo chega a 1000 posts. Mil. Posts. Mais que isso, daqui a algumas semanas, o átomo completa vinte anos no ar. Seria legal pra caramba se eu conseguisse colocar esse post exatamente no dia do aniversário de vinte anos (e até cheguei a me planejar pra isso, antes da pandemia), mas teria que pular algumas semanas, então, embora até tenha pensado nisso, acabei desistindo. O lado ruim é que eu talvez tenha agora de pensar em algum assunto bem sensacional para o post de vinte anos.
Pois bem, confesso que jamais pensei que chegaria tão longe, não por achar que não teria vontade, mas por achar que não teria assunto, mas cheguei, e a ocasião pede um post especial: assim como fiz no Post 500, hoje, ao invés de falar sobre um assunto qualquer, vou falar sobre minha experiência ao longo desses quase vinte anos escrevendo pra vocês. Também como fiz naquela ocasião, decidi escrever cinco seções com cinco tópicos cada. Daquela vez, como vocês poderão ler logo no primeiro tópico da primeira seção desse post, eu acabei quebrando a cara, mas agora acho que pensei melhor sobre quais temas deveria abordar, e creio que serei um pouco mais bem sucedido.
Então, aproveitem, divirtam-se, e muito obrigado por terem estado comigo esses anos todos. O que vem pela frente? Não sei. Mais mil posts? Mais vinte anos? Não tenho como dizer. O fato é que, enquanto eu tiver assunto, pretendo continuar escrevendo.
1. A previsão furada do post 500 - Eu comecei a escrever o post 500 com bastante antecedência - se não me engano, logo depois de levar ao ar o 450. Isso porque eu queria que fosse algo especial, e já tinha mais ou menos planejado o quê: uma espécie de lista de curiosidades sobre o átomo, agrupada em tópicos. Para poder fazer uma piada sem graça, decidi que seriam cinco seções de cinco tópicos cada. E, de certa forma, me ferrei.
As duas primeiras seções eram bastante óbvias, e decidi que estariam dentre as cinco assim que defini o formato do post: meus cinco posts preferidos (cuja seção ficou com o nome de "os cinco posts que eu mais gostei de escrever") e os cinco que eu menos gostava ("cinco posts que eu me arrependi de publicar"). Pouco tempo depois, decidi que outra das seções seria "cinco posts que eu iria fazer, mas desisti", e, alguns meses depois, "cinco coisas bizarras que eu já pensei em fazer com o átomo". Todas essas seções foram relativamente fáceis de se preencher, de forma que o post 500 já estava praticamente escrito quando eu levei ao ar o 475. Faltava, porém, uma seção, para poder fechar meu planejamento de cinco, e a ideia para essa seção não vinha de jeito nenhum.
Eu já estava me conformando em ter que deixar somente quatro e não poder fazer a piada, quando, na semana em que coloquei no ar o 498, sobre Clássicos Disney, tive uma ideia: algumas Categorias do átomo são propositalmente bem restritas, mas outras, mesmo bem amplas, pareciam que em breve não ganhariam mais posts. Surgiria assim, a quinta e última seção, "cinco Categorias que eu adoro, mas parecem estar chegando a um beco sem saída". E é por isso que eu acho que me ferrei, porque essa seção acabou virando uma queimada de língua monumental.
Das cinco Categorias que eu escolhi, somente uma realmente aparentemente "morreu" antes do post 500, Lovecraft, que tinha ganhado seu último post em agosto de 2012 (o post 500 foi em janeiro de 2013), e que só voltou a ganhar um post ano retrasado meio sem querer, quando eu falei sobre Monopoly Cthulhu - e que, se a gente parar pra pensar, é do time das restritas, não das amplas. As outras quatro não somente continuaram vivíssimas, como também prosperaram; delas, somente Tokusatsu teve menos posts depois do 500 do que antes (48 antes e 20 depois). Sobre a Categoria Jogos de Tabuleiro, eu até posso usar a desculpa de que não sabia que um monte de jogos novos que atrairiam meu interesse seriam lançados, fazendo com que a categoria tivesse 12 posts antes do 500 e 30 depois, mas eu não sei onde estava com a cabeça por não somente ter achado que, depois do post 500, eu não me interessaria mais por falar sobre cantores e bandas, o que levaria ao fim da categoria Música (que teve 25 posts antes e 33 depois), mas também ter acreditado que perderia o interesse em falar sobre Esportes - Categoria que, embora realmente não ganhe um post novo desde setembro de 2021, teve nada menos que 95 posts depois do 500, contra 32 antes. Talvez tivesse sido melhor trocar uma das duas pela Categoria Anime, que teve 15 posts antes do 500 e só 3 depois, e que eu até pensei em colocar, mas descartei porque a lista já tinha Tokusatsu, ou por RPG, que teve seu último post em 2010, e nem passou pela minha cabeça quando eu estava fazendo a lista.
Enfim, eu adoro o post 500, mas dessa seção eu não gosto. Se tivesse pensado melhor, teria aberto mão da piada sem graça e deixado o post só com quatro seções.
2. São mil mesmo? - Depende do ponto de vista. Publicados, são mil. Mas, se você considerar só os "escritos por mim", são 991 - já que nove foram escritos por meus amigos como autores convidados. Os mais rigorosos podem também excluir os posts de Aniversário da Tori Amos e os Tapa-Buracos, já que eles são praticamente apenas letras de música, e aí a contagem cai pra 967. E, se você for rigoroso mesmo, ainda pode desconsiderar os 12 contos que eu republiquei do Crônicas de Categoria, levando a contagem para 955. Mas, no meu entender, fui eu quem escreveu os contos, não importa que eles tenham sido republicados, e, como eu escrevi pelo menos a introdução nesses outros 33 posts, vou contá-los sim. São mil.
3. Autores Convidados - Falando em autores convidados, essa foi uma ideia muito legal que eu tive, acreditem ou não, ainda antes do post 500, mas demorei muito pra colocar em prática. Eu tenho amigos maravilhosos, que escrevem super bem (mesmo que eles mesmos não achem isso), e sempre quis ter textos deles aqui no átomo. Quando fiz a primeira edição do Mês dos Convidados, infelizmente nem todos aceitaram, mas em compensação algumas amigas que eu não tinha convidado disseram que queriam também, o que me motivou a convidar mais algumas e fazer o Mês da Mulher. Gostei muitíssimo de ambas as experiências, e só não as repeti porque não quis encher o saco dos amigos que já não tinham aceitado.
Uma curiosidade que pouca gente sabe é que, quando eu fiz o Mês dos Convidados, na minha cabeça os convidados iriam escrever posts "no estilo átomo", escolhendo um tema e discorrendo sobre ele. Mas eu esqueci de avisar isso, e uma das minhas amigas escreveu uma crônica, da qual eu gostei, e decidi levar ao ar assim mesmo, optando por também não fazer essa exigência no Mês da Mulher. Acabou que foi melhor.
4. Comentários necessários - O átomo não é um blog de muita interação - aliás, nem precisa ser. Eu agradeço a todos os que dedicam parte de seu tempo para ler meus posts enormes, mas não acho essencial que comentem neles. Ler é o principal, não precisa comentar qualquer coisa só pra dizer que leu - por outro lado, se quiser fazer algum comentário, acréscimo ou agradecimento, claro que pode também, os posts têm seção de comentários por causa disso mesmo. A maior parte dos comentários que eu recebo, infelizmente, são meio, digamos, sem noção, normalmente me perguntando coisas que tem pouco a ver com o meu texto ("onde eu baixo um app desse jogo para celular?") ou destilando o famoso ódio gratuito (um dos mais curiosos dizia "seu texto está muito bom, mas você escreveu um monte de coisa errada, seu merda"); alguns, entretanto, reforçam minha fé, me lembrando do por quê de o átomo ter seção de comentários. O melhor exemplo está no post sobre o Jogo do Chapéu.
Para quem não sabe do que estou falando, o Jogo do Chapéu é um jogo de tabuleiro que marcou minha infância, mas do qual aparentemente só eu me lembrava, já que ninguém parecia saber do que eu estava falando quando o mencionava - até minha esposa, na época minha namorada, revelar que também teve um, do qual inclusive sobreviveu o tabuleiro, de forma que até pude voltar a jogar. Foi isso, inclusive, que me motivou a escrever o post. E, algum tempo após eu colocar o post no ar, várias pessoas começaram a escrever comentários dizendo que também se lembravam do jogo, que o tinham em casa mas não sabiam como jogar, ou que encontraram o átomo ao pesquisar sobre ele - alguns até me perguntavam se eu sabia onde comprá-lo, algo que na época eu não fazia ideia, mas depois descobri e atualizei o post, na esperança de que eles vissem. Essa interação com tanta gente que, assim como eu, tinha esse jogo tão legal em seus corações confirma que somente bons autores não bastam para manter um blog por vinte anos no ar - é preciso ter bons leitores também.
5. A quarentena - Muita gente pode não saber, mas eu sou professor de inglês. Foi justamente por causa dos compromissos da minha profissão que eu acabei estipulando que só iria postar uma vez por semana, e que iria sempre escrever os posts seguintes com antecedência - porque, afinal, eu não quero gastar todo o meu tempo livre escrevendo para o átomo. No começo de 2020, eu troquei de escola, e meu horário ficou ainda mais apertado do que antes, com menos tempo livre, o que fez com que eu não conseguisse manter a antecedência de sempre - normalmente, quando eu posto, eu já tenho cinco outros posts escritos, mas, com o emprego novo, passei vários dias sem escrever, e cheguei a ter apenas dois.
Mas aí, logo depois, começou a quarentena por causa da pandemia - eu só trabalhei presencialmente seis semanas na escola nova antes de as aulas passarem a ser online - e, apesar de eu não ter parado de trabalhar - dar aula online de inglês é mil vezes mais difícil que presencial, podem acreditar - ficou mais fácil para eu escrever posts, principalmente porque não perdia mais tempo com deslocamentos - trabalhando de casa, não precisava pegar ônibus pra lugar nenhum. Na minha cabeça, a quarentena iria acabar logo - em março de 2020, eu achava que em maio já estaria tudo normal - então eu desenvolvi um plano ambicioso: escrever durante a quarentena tantos posts quanto conseguisse, porque aí, quando as aulas presenciais voltassem, não teria problema se eu não conseguisse manter o mesmo ritmo.
Acreditem ou não, eu consegui abrir uma frente de 16 posts - quando coloquei o 900 no ar, já tinha escrito até o 916. Foi essa frente gigante, aliás, que me possibilitou revisar os posts das Olimpíadas e criar as tabelas para as séries de posts. Justamente quando eu coloquei o post 900, achei que a frente estava meio exagerada, e resolvi reduzir o ritmo. Mesmo assim, somente ao longo de 2022 foi que a frente voltou a ser de cinco posts.
O que não significa que eu já tenho escrito até o 1005. Isso, no momento, é segredo.
1. Mariah Carey - Quem me conhece há mais tempo sabe que eu já fui fanático por Mariah Carey. Mais até do que por Tori Amos. Um dia, o amor acabou, e não foi legal. Durante alguns anos, eu odiei Mariah Carey com a mesma intensidade que tinha amado, até que a raiva passou e eu decidi dar uma segunda chance. E escrever esse post foi parte da catarse. Até ele, minha introdução preferida era a do post sobre pinball. Hoje, eu às vezes volto nele só pra reler a introdução. Que deve ser a mais comprida do átomo também.
2. Automobilismo (I) - Desde criança eu amo automobilismo, mas, infelizmente, esse não é um assunto muito frequente aqui no átomo. Um dos motivos é que, tendo falado sobre as categorias principais, jamais me interessei em sair falando sobre todas as que existem só para constar. Um dia, porém, não por acaso logo depois de fazer o post sobre motociclismo, eu tive a ideia de fazer um post falando sobre o automobilismo em si, e não sobre uma de suas categorias. Esse post ficou gigantesco, e acabou virando dois, sendo que o primeiro é inteiramente devotado à modalidade circuito, aquela da qual fazem parte, dentre outras categorias, a Fórmula 1, a Fórmula Indy, a NASCAR e a Stock Car Brasil.
Eu gostei muito de escrever esse post, não somente porque ele me deu oportunidade de falar mais sobre automobilismo, incluindo seus primórdios, mas porque, nele, pude falar pela primeira vez sobre a reunificação da Fórmula Indy, pude falar sobre a fusão da ALMS com a Rolex (duas categorias sobre as quais já tinha feito posts), que resultou no Weathertech, sem precisar fazer um post específico sobre essa categoria, e pude falar rapidamente sobre categorias que de vez em quando cogitei escrever posts sobre elas mas desisti, como a Supercars, a DTM, o WEC e as 24 Horas de Nürburgring. Esse é um dos meus posts preferidos, e, até hoje, eu de vez em quando o releio, mesmo ele já estando bem desatualizado.
3. Lutas de Cinturão - Uma das histórias mais contadas do átomo foi a de quando eu decidi escrever sobre lutas esportivas para terminar de falar sobre todos os esportes das Olimpíadas e acabei fazendo uma série não-oficial de um post por mês. Algumas lutas "sobraram", e acabaram ganhando seus próprios posts bem depois. Em um caso específico, o do kurash, esse post acabou crescendo, crescendo, e virou um post sobre várias lutas nas quais o objetivo é derrubar o oponente segurando-o por uma faixa na cintura, conhecidas como lutas de cinturão. Um dos motivos que fizeram com que esse post passasse a ser um dos meus favoritos foi a quantidade de informações sobre lutas desportivas e esportes tradicionais da Ásia Central que eu aprendi enquanto estava pesquisando para escrevê-lo - inclusive, foi através dele que eu acabei descobrindo os Jogos Mundiais Nômades, torneio multiesportivo do qual eu nunca havia ouvido falar. Muitas dessas informações acabariam dando origem a novos posts, que por sua vez deram origem a outros, criando uma verdadeira cascata de conhecimento, que começou despretensiosamente com um esporte praticamente desconhecido por aqui.
4. Sistema Métrico - Eu gosto muitíssimo de escrever sobre assuntos, digamos, exóticos, aqueles que fogem do padrão do átomo, que resultam em posts como o do rinoceronte, o das eras dos quadrinhos de super-heróis, e o do chocolate. Infelizmente, não é fácil pra mim arrumar esses assuntos; felizmente, quando resolvi adaptar os antigos posts do Almanaque BLOGuil para o átomo, ganhei um monte deles. De todos, o meu preferido é o do Sistema Internacional de medidas, também conhecido como Sistema Métrico, porque foi o que me proporcionou descobrir o maior número de informações interessantes quando estava pesquisando para escrevê-lo. Até hoje, de vez em quando, eu faço um esforço para encontrar outro tema tão legal, mas ainda não consegui.
5. Que Rei Sou Eu? - Até meados de 2009, eu era noveleiro. Assistia a todas as novelas da Globo, e adorava. Depois, por motivos vários, abandonei essa prática.
Eu nunca havia pensado em escrever sobre novelas, entretanto, até comprar e assistir ao box em DVD de Que Rei Sou Eu?. E, ao fazê-lo, acabei criando também uma série sobre novelas, relembrando várias de minha infância e adolescência, reavivando muitas memórias boas. Essa é a prova de que os bons assuntos saem de locais improváveis, e que até um post feito meio por acaso, no calor do momento, pode se tornar um dos favoritos de um autor de blog.
1. Nina Persson - Minha cantora preferida é Tori Amos, sem sombra de dúvida, mas eu costumo brincar dizendo que a segunda da lista depende do meu estado de espírito no dia. Mas, se eu tivesse que escolher pra valer uma segunda cantora preferida, acho que escolheria Nina Persson. Começando como vocalista dos Cardigans, a cantora sueca depois foi para uma banda chamada A Camp, e então para carreira solo, sempre com a mesma qualidade; o fato de eu adorar a voz dela, e o de eu hoje achar meu post sobre os Cardigans bem ruinzinho, fazem com que, há pelo menos dez anos, eu tenha o desejo de escrever um post falando especificamente sobre Nina Persson. A dificuldade, no caso, é a de que as informações necessárias para um post sobre a carreira de uma cantora sueca aparentemente não estão disponíveis em lugar nenhum, nem mesmo em sites em sueco - encontro algumas coisas de quando ela era dos Cardigans, uma ou outra informação sobre shows que ela fez depois disso, e só. Já tentei escrever um post várias vezes, e nunca sai nada do jeito que eu gostaria.
2. Witchblade - Quando a Editora Globo lançou os quadrinhos da Image no Brasil, eu só comprava dois: Gen 13 e Witchblade. Confesso que o motivo pelo qual eu escolhi justamente esses dois foi "mulheres gostosas seminuas", mas, em minha defesa, eu tinha 16 anos. Apesar do motivo não ter sido nem um pouco nobre, me surpreendi com ambas, que sempre achei bem legais - praticamente, eram os dois únicos quadrinhos da Image dos quais eu gostava, além do Spawn, que eu não comprava porque a minha namorada da época sim, então eu lia os dela; todos os outros, de Wild C.A.T.S. a Cyber Force, de The Darkness a Savage Dragon, e nem vou citar os do Rob Liefeld, eu achava ruins de doer.
Pois bem, em 2013 eu consegui, com relativa facilidade, fazer um post sobre Gen 13, e em 2017 consegui fazer um sobre Spawn. Desde 2014, porém (me lembro por causa da Copa do Mundo), eu tento fazer um post sobre Witchblade e não consigo. O motivo, no caso, é que, embora eu até tenha conseguido descobrir em que ano as revistas foram lançadas, quantos números tiveram e quem trabalhou nelas, tenho uma dificuldade danada em conseguir definir o que raios aconteceu na história, o que, não é por nada, seria o principal. Aparentemente, todo mundo que fala sobre Witchblade foca apenas no começo da saga, lá nos anos 1990, e ignora tudo o que ocorreu nos quase trinta anos seguintes de publicação.
3. Tirinhas de Jornal - Quando criança, eu adorava tirinhas de jornal; sempre que meu pai chegava do jornaleiro (ele nunca gostou de fazer assinaturas), eu corria para pegar o Segundo Caderno e ler as tirinhas. Por causa disso, praticamente desde que decidi que o átomo seria um blog para falar das coisas das quais eu gosto, penso em falar sobre tirinhas de jornal. O problema é que, enquanto para algumas, como Recrutra Zero seja relativamente fácil encontrar informações, para outras, como Hägar, o Horrível e Croc e os Legionários, é praticamente impossível encontrar qualquer informação que não seja quem criou e desde quando é publicado. Por causa disso, já por muitas vezes eu pensei em fazer simplesmente posts sobre as que têm mais informações disponíveis, criando a categoria Tirinhas de Jornal, por outras pensei em fazer um post chamado Tirinhas de Jornal falando sobre todas das quais eu gosto, e sempre acabo desistindo.
4. Jogos de Atari - Desde que eu decidi que o átomo seria um blog para falar sobre coisas das quais eu gosto, eu gosto de falar sobre games - se esses posts andam raros, é porque, como eu tenho dito em todos os posts mais recentes da categoria, aparentemente eu já falei sobre todos dos quais eu gosto. E eu afirmo que é "aparentemente" porque, também desde que eu decidi que o átomo seria um blog para falar sobre coisas das quais eu gosto, eu penso em falar sobre jogos de Atari. A dificuldade, aqui, é a mesma das tirinhas de jornal: alguns, como River Raid, até possuem muitas informações disponíveis, enquanto outros, como Moon Patrol, só têm o ano de lançamento. Ao longo dos anos, eu alternei entre querer escrever posts sobre jogos específicos e escrever um post genérico chamado Jogos de Atari, e sempre acabei desistindo.
5. Os Simpsons - Houve uma época na qual eu adorava Os Simpsons. Não perdia um episódio, sabia muitas das piadas de cór, e colocava o desenho, fácil, em qualquer das minhas listas de favoritos. Quando eu decidi que o átomo seria um blog para falar sobre coisas que eu gosto, por diversas vezes pensei em falar sobre Os Simpsons. Mas, não sei se vocês já repararam, eu tenho uma certa relutância em falar sobre séries que ainda estão no ar, e essa relutância vem desde os primórdios do átomo, de forma que, como a série ganhava uma nova temporada a cada ano, a cada ano eu também adiava o post sobre Os Simpsons mais um pouquinho.
Só que a série não acaba, e parece que não vai acabar nunca - já são mais de trinta temporadas no ar, e, a cada ano que passa, eu tenho menos vontade de falar sobre Os Simpsons. Parei de assistir faz séculos, já não acho graça na maioria das piadas, e já acho até ridículo que uma série esteja há tanto tempo no ar tendo mudado tão pouco de seu status quo. Todos os cinco assuntos que escolhi para essa seção têm chance de jamais verem a luz do sol, mas creio que Os Simpsons é o que tem a maior.
1. H.G. Wells (A Máquina do Tempo) - Quando eu escrevi esse post, iria falar apenas sobre o livro, mas, não me lembro bem por que, comecei escrevendo uma mini-biografia de seu autor, e, quando vi, já tinha praticamente escrito um post sobre H.G. Wells. Acabei o editando para que voltasse a ser um post sobre A Máquina do Tempo, mas gostei tanto do resultado que o imitei em alguns posts subsequentes sobre livros - se hoje o de Anna Karenina também é um pouco sobre Tolstoi, o de Dom Quixote é bastante sobre Cervantes, e o de Os Livros da Selva é quase todo sobre Kipling, a culpa é desse post aqui.
2. Muhammad Ali (Olimpíadas XII) - Todos os posts sobre as Olimpíadas são cheios de boas histórias; não querendo falar apenas os resultados, e ainda sem saber o que seria do átomo dali pra frente, eu optei por, toda vez que houvesse um acontecimento de destaque, falar sobre os atletas envolvidos. Esse post, em especial, tem, dentro dele, praticamente um mini-post sobre Muhammad Ali, talvez o maior boxeador de todos os tempos. Mas não é só por isso que ele está entrando nessa lista: a história de Ali também é fantástica, e vale a leitura.
3. Carl Barks (Duck Tales) - Quando criança, eu lia muito os quadrinhos da Disney, e os meus preferidos eram os do Tio Patinhas. Na minha cabeça, assim como todos os demais personagens Disney, ele havia sido inventado pelo próprio Walt Disney; somente depois de velho foi que meu cunhado, que também é fã do personagem, me explicou que o Tio Patinhas, o Professor Pardal, a Maga Patalógika e os Irmãos Metralha, dentre outros, foram criações de um roteirista chamado Carl Barks - foi só então que eu me dei conta, inclusive, de que era por isso que justamente esses personagens eram as estrelas de Duck Tales. Anos mais tarde, quando eu decidi escrever sobre Duck Tales, decidi que, assim como faço nos meus posts sobre literatura, iria fazer desse um post um pouco também sobre Barks; por isso, no post sobre Duck Tales, vocês podem encontrar também um pouco sobre a vida e a obra daquele que, pra mim, foi o maior dos roteiristas da Disney, à frente talvez até do próprio Walt.
4. Estúdios Hammer (Um Grito de Pavor / Carnaval de Almas) - Eu sou fã de filmes antigos de terror, e, no quesito qualidade, para esse gênero, ninguém supera os Estúdios Hammer. Durante muito tempo, eu cogitei fazer um post especificamente sobre os Estúdios Hammer, nos moldes do que eu fiz sobre a Tatsunoko (que é um estúdio de anime, ninguém tem obrigação de saber), mas jamais me animava a começar a escrevê-lo. Quando decidi fazer o post sobre Carnaval de Almas, achando que não teria assunto para um post inteiro, acabei chegando acidentalmente a uma forma de falar sobre a Hammer, pareando-o com um dos filmes do estúdio e falando sobre eles no meio do texto. O resultado me pareceu bastante satisfatório, embora às vezes eu lamente não ter um "Estúdios Hammer" na lista de Textos Passados.
5. Bollywood (Sonalee Kulkarni) - Diferentemente de outros assuntos do átomo, filmes indianos, para mim, são uma paixão recente, iniciada durante a pandemia. Quando comecei a assisti-los, assim como muita gente, imaginava que todos eram produzidos em Bollywood, que seria um lugar cheio de estúdios, tipo, bem, Hollywood. Não somente, curiosamente, eu comecei a assistir filmes indianos justamente por alguns que não eram de Bollywood (os cinco primeiros que eu assisti no Prime Video foram três maratas e dois punjabi, embora não tenha sido de propósito, eu os escolhi pela sinopse), como também, ao procurar mais informações sobre filmes indianos, descobri que o que eu imaginava era só metade da verdade, com Bollywood sendo mais uma espécie de selo de qualidade que um local físico. Um resumo que eu acabei achando bem interessante sobre o que seria um "filme de Bollywood" acabou indo parar no meu primeiro post sobre cinema indiano, dedicado à atriz Sonalee Kulkarni (cuja maioria dos filmes não é de Bollywood, e sim do cinema marata), que, talvez por ter sido a primeira a me chamar atenção, até hoje é minha preferida.
1. Toei Fushigi Comedy Series (IV) - Eu não vou escrever as histórias bizarras aqui, porque eu quero que vocês vão lá nos posts lê-las, mas garanto que valem a pena. Essa aqui, por exemplo, não tem a ver com sobrenatural nem nada assim, mas foi a história mais bizarra que eu já li para escrever um post.
As Toei Fushigi Comedy Series eram séries japonesas de tokusatsu, no estilo Jaspion ou Changeman (ou Power Rangers, para quem é mais novinho), mas com um clima mais de comédia (por isso o nome). Uma das séries de maior sucesso desse formato foi Mahou Shoujo Chuuka na Paipai!, estrelada por uma heroína que viria a criar um gênero hoje conhecido como "guerreiras mágicas". Para protagonizar a série, a Toei, sua produtora, escolheu a atriz e cantora Natsuki Ozawa, de 16 anos, uma celebridade dentre as crianças e adolescentes. Apesar do sucesso absurdo que a série estava fazendo, batendo recordes de audiência e de venda de merchandising, ela teve de ser cancelada após apenas 26 episódios - e o motivo do cancelamento é a tal história bizarra.
2. Além da Imaginação - Quando eu decidi escrever um post sobre Além da Imaginação, já imaginava que leria alguma história bizarra, mas essa passou de todos os limites. O pior é que eu me lembro de ter lido alguma coisa sobre ela há muito tempo, mas, por algum bloqueio, não a registrei. A história nem tem a ver com a série, e sim com o filme baseado nela, lançado aqui no Brasil com o nome de No Limite da Realidade. Ocorreu durante as gravações, e envolve ganância, despreparo e muita falta de sorte.
3. 2001: Uma Odisseia no Espaço - Caso alguém não conheça esse filme, ele tem a ver com exploração espacial e civilizações alienígenas. Quando ele estava sendo filmado, entretanto, a exploração espacial "verdadeira", aqui na Terra, estava a todo vapor, o que levou Stanley Kubrick, diretor do filme, a uma preocupação, digamos, inusitada. Seu temor (felizmente para uns, infelizmente para outros) acabou não se confirmando, mas acabou rendendo uma boa história - que contribuiu ainda mais para a fama que Kubrick já tinha de maluco.
4. Boris Karloff - Considerado um dos maiores atores da história do cinema, Karloff chegaria ao estrelato já em uma idade considerada avançada para um ator, aos 44 anos, quando interpretou o Monstro de Frankenstein no clássico filme da Universal. Nada mais normal, portanto, que, quando o ator faleceu, em 1969, alguns jornais tenham decidido usar sua foto maquiado como o Monstro, para que a parcela da população que não acompanhava filmes de terror pudesse identificá-lo. Um dos maiores jornais do planeta, The New York Times, porém, meteu os pés pelas mãos, e deu origem a uma história talvez nem tão bizarra, mas com certeza vergonhosa.
O post sobre Karloff, aliás, traz uma segunda história bizarra (talvez isso fosse de se esperar em se tratando de Karloff), que envolve o nascimento de sua única filha, Sarah, ocorrida no dia em que ele estava filmando O Filho de Frankenstein. Essa é menos bizarra, mas mais divertida.
5. Olimpíadas (II) - Todos os posts sobre as Olimpíadas são cheios de boas histórias, mas os primeiros são especialmente cheios de histórias bizarras - um reflexo do amadorismo das primeiras edições. Nenhuma das que eu li, entretanto, supera a históra da Maratona de 1904, quando os Jogos Olímpicos foram realizados em Saint Louis, Estados Unidos. Alguém deveria fazer um filme especificamente sobre essa Maratona, que, no meu texto, rendeu três parágrafos cheios de reviravoltas e bizarrices.
Tão bom que o blog tenha completado seus vinte anos. Acho que já disse antes que era como revisitar um museu, e amigo, seu blog é muito precioso. É uma satisfação os artigos aqui escritos. Encontrei por acaso por causa de uma postagem sobre Caverna do Dragão, e desde então, não quis mais ir embora. Parabéns pela conquista.
ResponderExcluirObrigado, Sammy! Mas ainda falta um tiquinho pro aniversário de 20 anos, a data exata é 7 de março.
ExcluirRevisitar o átomo é maravilhoso. Por menos que eu conheça os temas envolvidos, a pesquisa e a forma como os mesmos são expostos compensam muito. E quando conheço o tema a expectativa não é frustrada. Parabéns, átomo. E parabéns pelo trabalho e perseverança, Guil!
ResponderExcluirObrigado, Sir Refevas!
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