No início do jogo, as 48 peças são embaralhadas e usadas para formar uma pilha de compras, que pode ficar no espaço que elas ocupam na própria caixa. Pelas regras oficiais do jogo, se 2 jogadores estiverem jogando, são usadas apenas 24 peças, com as outras 24 sendo removidas aleatoriamente; se 3 estiverem jogando, são usadas 36 peças, com 12 sendo removidas; somente se houver 4 jogadores é que são usadas as 48 peças. Se 2 estiverem jogando, cada jogador recebe os dois reis da cor que escolheu; caso contrário, cada jogador recebe apenas um rei. Cada jogador recebe, então, sua peça inicial e seu castelo, e coloca a peça à sua frente na mesa, com o castelo sobre ela. O objetivo do jogo é formar um reino de 5 x 5 casas, sendo que a peça inicial possui apenas uma casa, e os dominós possuem duas casas cada. Como esse reino será construído, é o que veremos a partir de agora.
Primeiro, um dos jogadores pega uma quantidade determinada de dominós do topo da pilha de compras (três para 3 jogadores, quatro para 2 ou 4 jogadores), e os coloca, com o número para cima, no centro da mesa, formando uma coluna, em ordem crescente - o de menor número na posição mais acima, o de maior na posição mais abaixo. Ele então vira esses dominós para que eles mostrem seus terrenos, pega uma igual quantidade de dominós do topo da pilha de compras, e os coloca à sua esquerda, mais uma vez com o número para cima. Vale citar que os dominós mostram seis tipos de terrenos diferentes: trigal (amarelo), campo (verde claro), floresta (verde escuro), lago (azul), pântano (marrom) e montanha (preto); assim como nos dominós tradicionais, alguns deles têm dois terrenos iguais, mas a maioria tem dois terrenos diferentes, um em cada metade.
Um dos jogadores, então, vai sortear os reis. Em uma partida com 3 ou 4 jogadores, os reis são sorteados um a um; cada vez que um rei é sorteado, o jogador "dono" daquele rei tem o direito de escolher um dos dominós que está com os terrenos para cima, colocando seu rei sobre o dominó escolhido, para marcá-lo. Cada dominó pode ter apenas um rei, o que significa que o jogador cujo rei sobrar após os demais terem sido sorteados não terá direito a escolher, devendo ficar com a peça que também sobrar. Para 2 jogadores, apenas o primeiro rei é sorteado: o jogador que teve o rei sorteado escolhe um dominó, então o outro jogador escolhe dois (colocando um de seus reis em cada um; por isso cada jogador tem dois reis) e o jogador que teve o rei sorteado fica com o dominó que sobrar.
Após todos os reis serem posicionados nos dominós, os dominós que ainda estão com o número para cima são virados para que o lado do terreno fique para cima. Depois disso, os jogadores vão jogar, na ordem de valor dos dominós que escolheram - quem escolheu o dominó de menor número, o "mais de cima", joga primeiro, com os outros seguindo de cima para baixo. Em sua vez de jogar, o jogador pega o dominó, o adiciona a seu reino, e escolhe um dos dominós da coluna vazia, colocando seu rei nele. Depois que todos os jogadores tiverem jogado, mais quatro dominós são retirados do topo da pilha de compras e colocados ao lado dos que já estão escolhidos, com o de menor número acima dos demais, justamente como da primeira vez. Eles então são virados com o lado dos terrenos para cima, e uma nova rodada começa. Um jogo para 3 ou 4 jogadores dura 12 rodadas, enquanto um jogo para 2 jogadores dura 6 rodadas, já que, efetivamente, cada jogador joga duas vezes a cada rodada.
Para adicionar um dominó a seu reino, o jogador deve seguir uma regra semelhante à de um jogo de dominó: pelo menos um dos dois terrenos da peça deve encostar em outra peça do mesmo tipo de terreno - ou seja, se o jogador está jogando um dominó que tem uma floresta em um dos lados, ela deve encostá-la em outra floresta, mesmo que o terreno do outro lado não encoste em um igual. A única exceção é a peça inicial, com o castelo, que é curinga, e todos os terrenos podem encostar nela. Não é obrigatório que o castelo fique no meio do reino, mas o reino deve ser um quadrado de 5 x 5 casas; no caso raro de um jogador escolher um dominó que não terá como usar (porque não combina com nenhum de seus terrenos livres, ou porque vai fazer com que o reino tenha uma linha ou coluna de mais de 5 casas), esse dominó deverá ser descartado, e o reino do jogador ficará com menos de 25 casas.
Após todos os dominós terem sido posicionados ou descartados, ocorre a contagem de pontos: cada grupo de casas mostrando o mesmo terreno, ligadas na horizontal ou na vertical, constitui uma propriedade. Algumas casas possuem coroas; o valor de cada propriedade será o número de casas que ela ocupa, multiplicado pelo número de coroas em suas casas - uma propriedade sem coroas não vale nenhum ponto, não importa quantas casas ela tenha. É possível um jogador ter mais de uma propriedade do mesmo tipo de terreno, mas o mais interessante é fazer as propriedades com o maior tamanho e o maior número de coroas possível. Após todos os jogadores terem somado o valor de todas as suas propriedades, aquele com a maior pontuação será o vencedor; em caso de empate, vence o que tiver a propriedade com o maior número de casas, e, persistindo o empate, o que tiver o maior número de coroas.
O manual do jogo vem com quatro regras alternativas. Na primeira, Dinastia, os jogadores jogam três partidas em sequência, com os pontos das três sendo somados, e quem tiver a maior pontuação no final da terceira partida sendo o vencedor. Na segunda, chamada O Reino Central, cada jogador ganha 10 pontos de bônus se seu castelo ficar exatamente no meio do reino. Na terceira, Harmonia, cada jogador ganha 5 pontos de bônus se conseguir usar todos os seus dominós, sem descartar nenhum. A quarta, Duelo Implacável, é apenas para dois jogadores, e usa todos os 48 dominós, com cada jogador tendo de construir um reino de 7 x 7 casas. Essas regras podem ser usadas uma de cada vez ou combinadas de qualquer forma.
Lançado no Brasil pela PaperGames, Kingdomino é uma criação do francês Bruno Cathala. Nascido, como ele mesmo diz, no dia do assassinato do presidente John F. Kennedy (22 de novembro de 1963), Cathala sempre foi apaixonado por histórias em quadrinhos, e, na juventude, pensou em ser quadrinhista. Jamais conseguindo se destacar nesse campo, ele decidiria fazer faculdade de medidas físicas e ciência dos materiais, sendo contratado em 1986 por uma metalúrgica suíça, na cidade de Haute-Savoie, próximo a Genebra, onde mora até hoje, para pesquisar novas ligas metálicas. Em seu tempo livre, ele se dedicaria a outra paixão, os jogos de tabuleiro, conseguindo lançar seu primeiro, Guerre & Bêêêh, um jogo de cartas que representava uma guerra entre ovelhas, em 2002. Dois anos depois, após ser demitido da metalúrgica, ele decidiria se tornar um criador de jogos em tempo integral. Nos anos seguintes, ele trabalharia em grandes lançamentos como Shadows over Camelot (2005, com Serge Laget), Jamaica (2007, com Malcolm Braff e Sébastien Pauchon), Cíclades (2009, com Ludovic Maublanc), e até mesmo 7 Wonders Duel (2015, com Antoine Bauza), além de criar, sozinho, o grande sucesso Five Tribes (2014).
Entre 2012 e 2016, Cathala trabalhou sob contrato para um resort de esqui, o Grand Massif Domaine Skiable, fazendo jogos simples que seriam ofertados como brindes às famílias que comprassem um pacote do resort. O quarto desses jogos se chamava K-Domino'Z, e suas regras eram a gênese de kingdomino: as peças, de forma semelhante aos dominós, tinham duas metades cada, cada uma de uma cor (azul, vermelha, verde, preto ou cinza, sendo que cinza era a cor-curinga), e algumas metades contando com o mascote do resort, um esquiador estilizado chamado Tootiz. O objetivo era usar os dominós para montar um quadrado que seria o resort, com os jogadores ganhando pontos pelo tamanho de cada área da mesma cor sendo multiplicado pela quantidade de Tootiz nele; até a forma de escolher os dominós era a mesma, com cada jogador tendo um token com a figura de um dragão que tinha o mesmo papel dos reis de Kingdomino.
Cathala gostou tanto dessa sua criação que, após conferir se não teria nenhum problema por fazer isso, decidiria dar uma revisada nas regras, mudar o tema para que o jogo não tivesse nada a ver com o resort, e oferecê-lo às grandes editoras. Assim, em outubro de 2016, seria lançado Kingdomino, pela editora Blue Orange, com ilustrações de Cyril Bouquet. O jogo logo se tornaria um grande sucesso pela facilidade de aprender as regras (todo mundo conhece dominó) e velocidade com que uma partida é jogada (cerca de 15 minutos com quatro jogadores experientes), além de ser considerado uma excelente porta de entrada para os jogos de tabuleiro modernos. Essas três características fariam com que Kingdomino ganhasse, em 2017, o Spiel des Jahres, o "Oscar dos jogos de tabuleiro", além de vários outros prêmios europeus.
Um ano depois do lançamento de Kingdomino, Cathala lançaria, também pela Blue Orange e também com ilustrações de Bouquet, uma verão mais elaborada do jogo, a qual chamaria de Queendomino. Queendomino traz 48 novos dominós, 4 novas peças iniciais (nas cores branca, roxa, laranja e, finalmente, vermelha), 4 novos castelos, 8 novos reis, 32 peças de estabelecimento, 27 meeples de cavaleiros (na cor preta, de madeira), 15 torres (também de madeira, na cor cinza), 42 moedas (de papelão, sendo 12 de valor 1, 18 de valor 3 e 12 de valor 9), uma rainha, um dragão (ambos de madeira com um decalque colado), um tabuleiro e um bloco de pontuação, para ajudar a contar os pontos no final da partida.
Durante a preparação da partida, o tabuleiro é colocado no centro da mesa, com o dragão de um lado e a rainha do outro. As 32 peças de estabelecimento, então, são embaralhadas, colocadas em um pilha no local correspondente do tabuleiro, e as seis do topo dessa pilha são colocadas nos seis espaços seguintes, todas com o lado cinza virado para cima. Além de sua peça inicial, seu castelo e seu(s) rei(s), cada jogador recebe um cavaleiro e um total de moedas cujo valor some 7, que será seu tesouro. O restante da preparação é idêntico ao da de Kingdomino. As regras de jogo também são idênticas às de Kingdomino, exceto pelo fato de que todos os dominós sempre são usados, não importa a quantidade de jogadores, e que sempre são colocados quatro dominós na fila - em uma partida de 2 jogadores, o reino sempre será formado por 7 x 7 casas, enquanto em uma de 3 jogadores sempre vai sobrar um dominó, que será descartado após todos terem escolhido - e que cada jogador, em sua vez de jogar, poderá realizar até cinco ações, sendo três delas opcionais.
A primeira ação realizada por cada jogador é pegar o dominó escolhido e adicioná-lo a seu reino, a última é colocar seu rei em um dominó da coluna seguinte. Ambas essas ações são obrigatórias, e entre elas vêm as três opcionais, começando por enviar cavaleiros para recolher impostos: após adicionar um dominó a seu reino, o jogador poderá pegar um de seus cavaleiros e colocá-lo em uma das propriedades da qual faça parte uma das casas do dominó que acabou de jogar, ganhando um valor em moedas igual ao número de casas daquela propriedade. Se ainda tiver cavaleiros, e desejar fazê-lo, o jogador, poderá, então, colocar outro cavaleiro na outra casa do dominó que acabou de jogar, ganhando, novamente, um valor em moedas igual ao número de casas daquela propriedade. Como cada dominó só tem duas casas, e cavaleiros só podem ser colocados em um dominó recém-jogado, o número máximo de cavaleiros que um jogador pode jogar com essa ação é dois. Os cavaleiros jogados permanecem onde estão até o fim da partida, e não podem ser usados para recolher impostos em uma jogada posterior, embora um jogador possa colocar um novo cavaleiro em uma propriedade que já tenha um ou mais deles.
A segunda ação opcional é construir um estabelecimento. Os dominós de Queendomino possuem sete tipos diferentes de terreno, sendo o novo as vilas, de cor vermelha; para construir um estabelecimento, o jogador deve ter em seu reino pelo menos uma casa vermelha sem nenhum estabelecimento construído, não importa se ela foi adicionada com o dominó que acabou de ser jogado ou anteriormente. O jogador, então, escolhe uma das seis peças de estabelecimento disponíveis no tabuleiro (não pode ser a do topo da pilha) e paga o valor em moedas expresso abaixo do espaço onde ela se encontra (o valor do espaço mais à direita é 0, o que significa que o jogador pode pegar essa peça sem pagar nada). Ele então vira essa peça para que o lado vermelho fique para cima, e a coloca em uma das casas vermelhas vazias de seu reino. Só é possível construir um estabelecimento por rodada, e o local onde o estabelecimento estava no tabuleiro fica vazio até que todos os jogadores tenham passado seus reis para os dominós da fila seguinte.
E para que serve construir um estabelecimento? Cada peça de estabelecimento, exceto a Torre da Rainha, possui, em seu canto inferior direito, um ícone que determina quantos pontos ele valerá no fim da partida. Pode ser uma pontuação pura e simples, 1 ponto por cada cavaleiro que você tiver no fim da partida (estejam eles no reino ou não), 1 ponto por cada torre em seu reino no fim da partida, ou 2 pontos por cada casa no reino que seja da mesma cor que o ícone. A Torre da Rainha possui, em seu canto superior direito, uma coroa, o que significa que ela pontuará usando as mesmas regras das demais propriedades: um ponto para cada casa vermelha conectada na horizontal ou vertical, multiplicados pela quantidade de coroas nelas. Os dois estabelecimentos chamados Casa-Forte também possuem um efeito ativo durante toda a partida, representado por um ícone em seu canto inferior esquerdo: toda vez que o jogador que construiu a Casa-Forte usar um cavaleiro para recolher impostos, ele receberá um valor adicional em moedas igual ao número total de cavaleiros que tem (em seu reino ou não) ou igual ao número de torres em seu reino, dependendo de qual seja o ícone.
Algumas peças de estabelecimento também possuem, em seu canto superior esquerdo, mas apenas do lado cinza (os outros ícones estão presentes em ambos os lados), um ícone que representa uma recompensa imediata, ou seja, algo que o jogador ganha assim que constrói esse estabelecimento. Se o ícone representar um ou mais cavaleiros, o jogador recebe o número de cavaleiros correspondente, e os coloca em sua reserva para usá-los para recolher impostos no futuro. Se o ícone representar uma ou mais torres, o jogador pega a quantidade especificada de torres e a coloca sobre o estabelecimento que acabou de construir. O primeiro jogador a construir torres recebe a visita da rainha; enquanto a rainha estiver visitando o reino, o jogador agraciado com sua visita terá o custo de construção de todos os estabelecimentos reduzido em 1 (exceto o que já custava 0). A rainha é, porém, uma mulher volúvel: se, em uma jogada posterior, outro jogador passar a ter uma quantidade igual ou maior de torres do que o jogador que ela está visitando, ela mudará de reino - ou seja, ela visita sempre quem tem mais torres, visitando quem construiu as torres por último em caso de empate. Ao final da partida, o jogador que estiver recebendo a visita da rainha deverá colocá-la em sua maior propriedade; ela contará como uma coroa extra, aumentando a pontuação daquela propriedade.
A terceira e última ação opcional é subornar o dragão. Para fazer isso, o jogador não pode estar recebendo a visita da rainha, e o dragão deve estar em sua caverna. O jogador escolhe uma das peças de estabelecimento disponíveis no tabuleiro, paga uma moeda, pega o dragão e o coloca no lugar da peça escolhida, descartando a peça - nenhum jogador poderá comprá-la durante essa partida. O dragão fica no lugar da peça até todos os jogadores terem passado seus reis para os dominós da nova coluna; como o dragão só pode ser usado se estiver em sua caverna, isso significa que somente um jogador por rodada poderá subornar o dragão. Depois que todos os jogadores tiverem passado seus reis para os dominós da coluna seguinte, o dragão volta para a caverna, as peças de estabelecimento restantes são deslizadas para os espaços vazios mais à direita, ficando mais baratos, e as peças do topo da pilha são colocadas nos espaços que permaneceram vazios.
Queendomino também traz um conjunto de regras alternativas chamadas Casamento Real, para de 3 a 8 jogadores, com as regras de Queendomino, mas usando todos os componentes de Queendomino e Kingdomino - por isso os reis são de cores diferentes. Em partidas de 3 ou 4 jogadores, os reinos terão 7 x 7 casas, enquanto com de 5 a 8 os reinos têm 5 x 5 casas e cada coluna possui 8 dominós ao invés de 4, com os excedentes sendo descartados. No caso de 6 ou 8 jogadores, é possível jogar em duplas, com cada dupla tendo apenas um reino e um castelo, mas cada jogador tendo seu próprio rei, de cor diferente de seu parceiro. Em todas essas variações os dominós de Kingdomino e Queendomino não são misturados, e sim alternados - a primeira coluna será de dominós de Queendomino, a segunda de Kingdomino, e assim por diante.
Em 2018, seria lançada a expansão Kingdomino: L'Âge des Géants ("A Era dos Gigantes"), compatível tanto com Kingdomino quanto com Queendomino. Ela trazia uma torre de papelão que podia ser usada para acomodar a pilha de compras dos dominós, ao invés de usar a caixa; uma peça inicial, um castelo e dois reis na cor marrom; regras para jogar Kingdomino e Queendomino com cinco jogadores; seis gigantes de madeira (com decalque, como a rainha e o dragão); 17 fichas de missão; e 12 novos dominós. Metade desse novos dominós traz, em seu verso, letras de A a F, que, na coluna, devem ser colocadas em ordem alfabética antes de todas as que tenham número, enquanto a outra metade traz números de 49 a 54. Os dominós com letras trazem os gigantes para o reino: toda vez que um jogador adicionar um deles a seu reino, deverá pegar um dos gigantes e colocar sobre uma das coroas de seu reino - o que faz com que a pontuação daquela propriedade seja diminuída ou cancelada. Já os dominós entre 49 e 54 permitem enxotar os gigantes: um jogador que adicione um deles a seu reino pode pegar um dos gigantes que esteja em seu reino e colocar no reino de outro jogador, liberando sua coroa e neutralizando uma das do oponente. Já as fichas de missão são sorteadas no começo do jogo, e cada jogador ganhará pontos-bônus no final da partida se conseguir cumprir o que está escrito na ficha que sorteou - como, por exemplo, manter o castelo bem no centro de seu reino.
Em 2019, seria lançado Kingdomino Duel, criado por Cathala e Ludovic Maublanc, uma versão especial do jogo para dois jogadores, que, ao invés de usar dominós, era disputada no sistema "roll & write": cada jogador jogava dois dados, que representavam os seis tipos de terreno disponíveis, e os combinava para formar um "dominó virtual", que adicionava a seu reino desenhando seus símbolos nas casas vazias. E, em 2020, seria a vez de Dragomino, criado por Cathala em parceria com o casal Marie e Wilfried Fort, uma versão de Kingdomino para crianças pequenas. As regras são as mesmas de Kingdomino, mas os dominós não têm números, sendo colocados na coluna aleatoriamente; não é obrigatório que o reino tenha 5 x 5 casas, podendo ter qualquer formato (assim como ocorre em um jogo de dominó tradicional); e não há coroas: toda vez que duas casas da mesma cor são combinadas, o jogador sorteia uma ficha de ovo de dragão da mesma cor e a vira para cima, ganhando um ponto se no verso houver a figura de um dragão-bebê. No fim do jogo, quem tiver mais dragões-bebê vence.
O mais recente jogo da série é Kingdomino Origins, de 2021. Esse jogo é ambientado na pré-história, o que significa que, ao invés de um reino, temos uma tribo, ao invés de castelos, temos cabanas, ao invés de reis, temos chefes tribais, e, ao invés de coroas, temos foguinhos (chamados oficialmente de chamas). Os componentes do jogo são 48 dominós, oito chefes tribais (dois de cada nas cores verde, azul, rosa e preto), quatro peças iniciais, quatro cabanas, quatro peças de totem, 22 peças de habitantes das cavernas, dez fichas de fogo, 49 recursos de madeira (divididos entre mamutes, peixes, cogumelos e sílex), um tabuleiro e um bloco de pontuação. Os tipos de terreno são pastagem (verde claro), selva (verde escuro), lago (branco), pedreira (marrom), deserto (amarelo) e vulcão (preto).
Kingdomino Origins possui três modos de jogo; o mais simples é o Modo Descoberta. A preparação é idêntica à de Kingdomino com as modificações para 2 e 3 jogadores feitas por Queendomino, mais a diferença de que, na primeira rodada, para dois jogadores, o jogador que tiver seu chefe tribal sorteado primeiro pode escolher se quer o primeiro e o último dominós da coluna ou os dois do meio. As regras da partida e da pontuação também são idênticas às de Kingdomino, com a adição dos vulcões. Vulcões são um tipo especial de terreno cujas propriedades nunca valem pontos (nenhuma casa com vulcão tem chamas), mas que são usados para aumentar a pontuação de outras propriedades: um vulcão com uma cratera, quando adicionado à tribo, lança uma ficha de fogo com uma chama a três casas de distância; um com duas crateras lança duas chamas a duas casas de distância; e um com três crateras lança três chamas a uma casa de distância. As chamas podem viajar na horizontal, vertical ou diagonal, por cima de espaços vazios e combinando direções (tipo, duas casas na horizontal e uma na vertical), mas deve aterrissar sobre uma casa sem nenhuma chama (impressa ou de ficha) que não seja um vulcão, ficando lá até o fim do jogo e aumentando o valor da propriedade sobre a qual aterrissou.
O segundo modo de jogo é o Modo Totem, que usa os 49 recursos e as quatro fichas de totem. As regras são as mesmas do Modo Descoberta, mas, toda vez que a coluna de dominós for formada, os recursos são colocados sobre as casas, da seguinte forma: mamutes nas pastagens, peixes nos lagos, cogumelos nas selvas e sílex nas pedreiras (nada é colocado nos desertos nem nos vulcões). Um jogador que adicione um dominó à sua tribo leva com ele os recursos, e sempre o jogador que tiver mais recursos de um tipo fica de posse da ficha de totem correspondente; para que a ficha troque de jogador, empates não valem, devendo o jogador ultrapassar em recursos o anterior. Chamas destroem recursos, o que significa que, toda vez que uma ficha de fogo é colocada em uma casa, se houver um recurso nele, ele é descartado. No fim do jogo, cada jogador ganha um ponto a mais para cada recurso restante em sua tribo, mais os pontos impressos em cada ficha de totem que ainda esteja em sua posse.
Os habitantes das cavernas são divididos em caçadores-coletores (14 fichas) e guerreiros (8 fichas). Os caçadores-coletores valem pontos extras, dependendo do tipo de habitante, por cada recurso de madeira, ícones de chama ou fichas de fogo, ou até mesmo fichas de habitantes das cavernas, encontrados nas oito casas em volta dele - por exemplo, a criança pescadora vale 3 pontos para cada peixe nas oito casas que a cercam. Já cada guerreiro possui um valor impresso em sua ficha, e pontua de forma semelhante às propriedades: cada grupo de guerreiros, adjacente na horizontal ou vertical, vale uma quantidade de pontos igual ao número de fichas multiplicado pelo valor somado de todas elas - um guerreiro sozinho vale apenas os pontos impressos em sua ficha.
De todos os jogos mencionados nesse post, apenas a expansão L'Âge des Géants ainda não foi lançada no Brasil. Mas vale dizer que a Torre para Peças foi (embora atualmente esteja fora de catálogo), assim como O Castelo da Princesa, um castelo fofinho que pode substituir qualquer um dos outros castelos do jogo.
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