domingo, 18 de agosto de 2019

Escrito por em 18.8.19 com 0 comentários

Breaking Bad

Eu gosto muito de séries de TV. Já assisti mais, mas agora, por questões de tempo, ando mais seletivo. Por isso, fico muito satisfeito quando devoto meu tempo a acompanhar uma série e acabo gostando bastante dela. O tema do post de hoje é um desses casos: de início, não me interessei, depois resolvi assistir porque todo mundo estava falando bem, e acabou que ela se tornou uma das séries que eu mais gostei em toda a minha vida. Hoje é dia de Breaking Bad no átomo.


Breaking Bad foi uma criação do roteirista Vince Gilligan, que, durante a maior parte da carreira, escreveu roteiros para a série Arquivo X. Gilligan não gostava do fato de que, nas séries americanas, os personagens costumam ser mantidos numa espécie de suspensão, sem mudar seu caráter ao longo de muitos anos - quem é bom sempre será bom, quem é mau sempre será mau, quem tem tons de cinza sempre os terá - e pretendia fazer uma série na qual o protagonista começaria bom, mas caminharia lentamente para o lado do mal, até terminar a série no papel de antagonista. O título que ele escolheria para a série é uma expressão do sul dos Estados Unidos que significa, dentre outras coisas, "passar para o lado do mal", embora costume ser mais usada no sentido de "criar o caos".

A ideia final para o tema da série viria por acaso, durante uma conversa de Gilligan com o também roteirista Thomas Schnauz, em 2005. Na época, ambos estavam desempregados, e Gilligan comentaria, brincando, que a única solução seria os dois criarem um laboratório de metanfetamina dentro de um trailer e saírem dirigindo pelo país vendendo a droga para ganhar dinheiro. Gilligan chegaria em casa achando que essa realmente era uma boa ideia para seu personagem, e começou a planejar sua trajetória, decidindo que ele começaria como um inofensivo professor do ensino médio e terminaria como um chefão do crime ao estilo Scarface.

Gilligan sairia oferecendo a série a vários canais, e somente depois descobriria que uma outra série tinha um conceito semelhante: Weeds, exibida pelo canal Showtime entre 2005 e 2012, no qual uma jovem viúva mãe de dois filhos decidiria vender maconha para complementar a renda familiar. Gilligan chegaria a cogitar desistir de seu projeto, preocupado que ninguém o aceitaria devido à semelhança com Weeds, mas seria convencido pelos produtores da Sony de que sua ideia era diferente o suficiente para fazer sucesso. Anos mais tarde ele declararia, em uma entrevista, que, se já soubesse de Weeds quando começou a criar Breaking Bad, não teria usado as drogas como tema.

Breaking Bad acabaria sendo aceita pela Sony Pictures Television, para ser exibida pelo canal a cabo AMC - seu tema controverso afastou os canais abertos da discussão. Originalmente, Gilligan havia planejado que a série seria ambientada na Califórnia, mas, a pedido da Sony, a ambientação passou para a cidade de Albuquerque, no Novo México, para que eles pudessem se beneficiar de incentivos fiscais oferecidos por esse estado. E esses incentivos seriam muito bem vindos, pois, filmados com câmeras digitais e usando recursos de edição dos mais modernos, cada episódio custaria cerca de 3 milhões de dólares, valor à época bem acima do custo normal para uma série da TV a cabo.

A primeira temporada de Breaking Bad estrearia no dia 20 de janeiro de 2008. Inicialmente, a AMC pediria nove episódios, mas uma greve de roteiristas ocorrida em 2007 faria com que a temporada tivesse de ser reduzida, ficando com apenas sete. O primeiro episódio começa com o aniversário de 50 anos de Walter White (Bryan Cranston), professor de química do ensino médio casado com Skyler (Anna Gunn), formada em contabilidade mas que decidiu ser dona de casa para cuidar melhor do filho adolescente do casal, Walter White, Jr. (RJ Mitte), que nasceu com paralisia cerebral. Walt, como White é conhecido, é extremamente insatisfeito com seu trabalho - mais tarde, descobrimos que foi por que ele só se tornou professor por perder a oportunidade de ter uma empresa, culpando seu ex-sócio por isso - que, além de tudo, não lhe paga o suficiente, forçando-o a ter de trabalhar à noite em um lava-jato para complementar sua renda. Como desgraça pouca é bobagem, no dia de seu aniversário, Walt descobre que tem câncer de pulmão no estágio 3, com pouco tempo de vida - e, pouco tempo depois, descobre que Skyler está grávida novamente. Ele então se desespera, pois seu plano de saúde não cobre o tratamento de que necessita, e não quer morrer e deixar sua família à míngua.

A irmã de Skyler, Marie (Betsy Brandt), é casada com um agente do DEA, a agência que combate o narcotráfico nos Estados Unidos, chamado Hank Schrader (Dean Norris). Para tentar alegrar Walt, Hank o leva em uma batida, na qual ele vê um ex-aluno, Jesse Pinkman (Aaron Paul), fugindo de um laboratório de metanfetamina prestes a ser estourado. Walt, então, tem uma epifania, e convida Pinkman para montar um laboratório de metanfetamina, usando seus conhecimentos em química e os contatos do rapaz, com a intenção de usar o dinheiro obtido com a venda da droga para criar uma poupança para que seus filhos possam cursar faculdade e Skyler possa viver confortavelmente após sua morte. Para dificultar a localização do laboratório, ele decide montá-lo dentro de um trailer e dirigir até o deserto à noite, fingindo que está trabalhando no lava-jato, do qual pede demissão. Como Walt é muito bom no que faz, ele cria uma metanfetamina de altíssima qualidade, que chama logo a atenção do tráfico local, trazendo muito dinheiro, mas também muita encrenca.

Os personagens secundários da primeira temporada incluem o parceiro de Hank no DEA, Steve Gomez (Steven Michael Quesada); a diretora da escola de Walt, Carmen Molina (Carmen Serrano); o dono do lava-jato, Bogdan Wolynetz (Marius Stan); o ex-sócio e a ex-namorada de Walt, agora marido e mulher, Elliott (Adam Godley) e Gretchen Schwartz (Jessica Hecht); três amigos drogados de Pinkman que atuam como seus distribuidores, Combo (Rodney Rush), Skinny Pete (Charles Baker) e Badger (Matt L. Jones); e o traficante Tuco Salamanca (Raymond Cruz). A primeira temporada seria um enorme sucesso de público e crítica, sendo indicada a quatro prêmios Emmy: Melhor Direção para uma Série de Drama, Melhor Fotografia para Até Uma Hora de Duração, Melhor Edição para uma Série de Drama e Melhor Ator em uma Série de Drama (Cranston), ganhando esses dois últimos

Gilligan faria questão de que Cranston interpretasse Walter White. O roteirista havia conhecido o ator durante as filmagens de um episódio de Arquivo X escrito por ele, no qual Cranston interpretava um anti-semita com uma doença terminal que sequestrava Fox Mulder; segundo ele, White deveria ser ao mesmo tempo repulsivo e simpático, e, após ver o desempenho de Cranston, ele chegaria à conclusão de que nenhum outro ator conseguiria interpretar essas duas características simultaneamente. A Sony, entretanto, tinha outra opinião, e via Cranston como o exagerado Hal da comédia Malcolm in the Middle, não acreditando que ele daria conta do papel. Os produtores da Sony chegariam a convidar Matthew Brodderick e John Cusack, e, somente após a recusa de ambos, concordariam em apostar em Cranston. Cranston contribuiria muito com a formação do personagem, ao ponto de Gilligan deixar seu passado intencionalmente vago, e o ator ir desenvolvendo esse passado aos poucos - ele chegava a discutir com os roteiristas quando encontrava detalhes que considerava em desacordo com o personagem. Cranston também engordaria 10 kg antes de as filmagens começarem, para que o emagrecimento do personagem durante a quimioterapia ficasse mais impactante. Diferentemente de seu personagem, Cranston estava sempre de alto-astral, alegrando a todos durante as filmagens.

O grande sucesso da primeira temporada levaria à renovação do contrato para a produção de uma segunda, para a qual Gilligan traria o diretor de fotografia Michael Slovis, que ficaria até o final da série. Slovis criaria o estilo característico da série - segundo ele, inspirado nos faroestes de Sergio Leone - que seria aclamado pela crítica e considerado um dos melhores trabalhos de fotografia para a TV já realizados - e poderia ter ficado ainda melhor, já que Gilligan e Slovis queriam filmar a série em cinemascope, mas a Sony não autorizou. Slovis se uniria à editora Kelly Dixon, que já havia trabalhado na primeira temporada, e seria responsável pelas montagens da produção da metanfetamina, usando técnicas como corte brusco e alteração de velocidade, que resultariam também em sequências muito elogiadas. Curiosamente, Aaron Paul quase não retornou para a segunda temporada, já que Gilligan planejava matar Pinkman no último episódio da primeira, para que Walt ficasse se culpando e passasse a ser uma pessoa atormentada; sem trocadilho, foi a química entre Cranston e Paul que salvou Pinkman, fazendo com que Gilligan o promovesse a co-protagonista da série.

A segunda temporada, de 13 episódios, estrearia em 8 de março de 2009. Nela, Walt começa a caminhar cada vez mais para o lado do mal, enquanto Pinkman, insatisfeito com a parceria, começa a planejar deixar o negócio e construir uma vida mais normal; enquanto isso, Hank recebe uma proposta para se mudar para a fronteira com o México e atuar diretamente contra os cartéis mexicanos do narcotráfico. A segunda temporada teve a estreia de três personagens importantíssimos, que na temporada seguinte entrariam para o elenco principal: o advogado picareta Saul Goodman (Bod Odenkirk), contratado por Pinkman através de um anúncio de TV, e que logo se torna conselheiro e solucionador de problemas da dupla; Mike Ehrmantraut (Jonathan Banks), assassino de aluguel frequentemente contratado por Saul; e Gus Fring (Giancarlo Esposito), chefe de uma rede de distribuição de drogas a quem Walt deseja convencer a distribuir a que produz. Os novos personagens secundários introduzidos na segunda temporada incluem a namorada de Pinkman, Jane Margolis (Krysten Ritter), e seu pai, Donald (John De Lancie); Ted Beneke (Christopher Cousins), dono de uma marmoraria, antigo patrão de Skyler e apaixonado por ela, que quer recontratá-la e conquistá-la; George Merkert (Michael Shamus Wiles), chefe de Hank no DEA; Hector Salamanca (Mark Margolis), tio idoso e doente de Tuco, integrante de um perigoso cartel; e Tortuga (Danny Trejo), informante do DEA dentro do cartel.

A segunda temporada contaria também com o misterioso "ursinho cor de rosa", presente na sequência inicial de alguns episódios, cujo propósito só seria explicado no último, e que se tornaria uma das marcas registradas da série. Ela seria indicada a cinco Emmys, com Cranston e a editora Lynne Willingham ganhando cada um o seu segundo, respectivamente de Melhor Ator em uma Série de Drama e Melhor Edição para uma Série de Drama; as outras três indicações seriam duas repetidas (Melhor Direção para uma Série de Drama e Melhor Fotografia para Até Uma Hora de Duração) e uma de Melhor Ator Coadjuvante em uma Série de Drama (Paul).

O sucesso da segunda temporada levaria a uma terceira, mais uma vez de 13 episódios, que estraria em 21 de março de 2010. Walt consegue convencer Fring a contratá-lo, mas vê seu casamento desmoronar em meio às suspeitas de Skyler; sua passagem de protagonista para antagonista começa a ficar cada vez mais marcada, e ele começa a agir cada vez mais como um vilão. Hank sofre uma tentativa de assassinato por parte do cartel mexicano e fica paraplégico, tendo de recomeçar sua vida; ao mesmo tempo, suas investigações o levam perigosamente cada vez mais para a direção de Walt, que, percebendo, tenta despistar o cunhado. E Pinkman, em depressão, se envolve romanticamente com uma moça de seu grupo dos Narcóticos Anônimos, e toma decisões que podem colocar sua parceria com Walt a perder. Personagens secundários introduzidos na terceira temporada incluem Victor (Jeremiah Bitsui), bandido escolhido por Fring para vigiar Walt; os gêmeos Leonel (Daniel Moncada) e Marco Salamanca (Luis Moncada), responsáveis pelo atentado contra Hank; Gale Boetticher (David Costabille), químico que trabalha com Fring, que exige que ele seja o novo parceiro de Walt, substituindo Pinkman; e Andrea Cantillo (Emily Rios), nova namorada de Pinkman e mãe do pequeno Brock (Ian Posada).

Diferentemente da segunda temporada, na qual todos os episódios foram planejados com antecedência, na terceira os roteiristas foram criando as histórias semana a semana, se reunindo após a conclusão de cada roteiro para decidir que rumo a série iria tomar; segundo Gilligan, isso foi feito porque a segunda temporada gerou mais trabalho do que eles anteciparam, com muitas arestas tendo de ser aparadas a cada novo roteiro para que tudo funcionasse como eles queriam. Para a terceira temporada, Gilligan traria dois roteiristas que haviam trabalhado com ele em Arquivo X, Gennifer Hutchison e Thomas Schnauz. A terceira temporada conseguiria sete indicações ao Emmy, com Cranston ganhando seu terceiro prêmio de Melhor Ator em uma Série de Drama, e Paul o seu primeiro de Melhor Ator Coadjuvante em uma Série de Drama; as outras cinco indicações foram para Melhor Série de Drama, Melhor Direção para uma Série de Drama, Melhor Fotografia para Até Uma Hora de Duração, Melhor Edição para uma Série de Drama e Melhor Montagem de Som para uma Série. A terceira temporada também seria a primeira a receber uma indicação ao Globo de Ouro, de Melhor Ator em uma Série de TV de Drama para Cranston (perdida para Steve Buscemi em Boardwalk Empire).

Com o sucesso da terceira temporada, adivinhem, a série foi renovada para uma quarta - e talvez, se dependesse da vontade da Sony, ela seria renovada infinitamente, mas Gilligan achou que sua história merecia um final antes de sair do controle, e, enquanto a quarta temporada estava em produção, negociou para que a temporada seguinte, a quinta, fosse a última. A quarta temporada teria mais 13 episódios, e estrearia em 17 de julho de 2011, por decisão da AMC, que queria criar mais expectativa - quatro "minisódios" de 4 minutos cada promovendo a quarta temporada chegaram a ser planejados para serem exibidos entre março e junho, mas depois foram descartados e jamais filmados. Na quarta temporada, Fring deseja separar Walt e Pinkman definitivamente, e tenta criar uma inimizade entre os dois; enquanto isso, Hank começa a ficar desconfiado de Fring, e decide investigá-lo a fundo. Vendo que sua relação com Fring não vai acabar bem, Walt decide começar a planejar tomar as rédeas de seu próprio negócio. Personagens secundários introduzidos na quarta temporada incluem Huell (Lavell Crawford), guarda-costas de Saul; e Don Eladio (Steven Bauer), chefe do cartel mexicano.

A quarta temporada seria indicada a nada menos que 13 Emmys, mas só ganharia um, o segundo de Paul como Melhor Ator Coadjuvante em uma Série de Drama. As outras doze seriam Melhor Ator em uma Série de Drama (Cranston), outra de Melhor Ator Coadjuvante em uma Série de Drama (Esposito), Melhor Atriz Coadjuvante em uma Série de Drama (Gunn), Melhor Ator Convidado em uma Série de Drama (Margolis), Melhor Direção para uma Série de Drama, Melhor Fotografia para Até Uma Hora de Duração, dois de Melhor Edição para uma Série de Drama, dois de Melhor Roteiro para uma Série de Drama (nessas duas categorias concorreram dois episódios diferentes em cada, por isso duas indicações), Melhor Montagem de Som para uma Série, Melhor Mixagem de Som para uma Série e Melhores Efeitos Visuais para uma Série. A quarta temporada também renderia uma segunda indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator em uma Série de TV de Drama para Cranston (perdida para Kalsey Grammer em Boss).

Quando a Sony começou a negociar a quinta e última temporada com a AMC, o canal estava com problemas de grade de horário, e sugeriu que a quinta temporada tivesse apenas oito episódios. A Sony não concordou, e até chegou a negociar com outros canais para ver se algum assumia a série no lugar da AMC. Pressionada, a AMC acabou aceitando comprar uma temporada até maior, de 16 episódios. Gilligan, entretanto, gostou da ideia de uma temporada de 8 episódios, e negociou com a Sony para que a quinta temporada, então, tivesse duas metades de 8 episódios cada, estreando com um ano de diferença entre elas; dessa forma, ele poderia usar a primeira metade para fechar algumas pontas soltas e preparar o terreno para os últimos episódios, e teria mais tempo para escrever o final da série. Quem gostou mais dessa decisão foi a AMC, que acabou conseguindo o que queria.

A primeira metade da quinta temporada estreou dia 15 de julho de 2012. Agora trabalhando por conta própria, Walt e Pinkman têm de montar sua própria rede de distribuição, além de arrumar um novo lugar para produzir a droga, e oferecem sociedade a Mike. Enquanto isso, o DEA aprofunda sua investigação sobre Fring, o que pode levá-los a Walt. A quinta temporada teve dois personagens secundários que foram promovidos ao elenco fixo na segunda metade: Lydia Rodarte-Quayle (Laura Fraser), que trabalha para Fring enviando a metanfetamina para a Europa, e quer convencer Walt a contratá-la, e Todd Alquist (Jesse Plemons), jovem que trabalha para uma dedetizadora e quer tomar o lugar de Pinkman na sociedade com Walt e Mike. Norris pediria a Gilligan para que Hank fosse morto na primeira metade da temporada, pois ele queria atuar em outra série, de comédia, para a qual já havia sido sondado, mas Gilligan argumentou que o personagem seria fundamental para o desfecho da série, e não atendeu o pedido.

O desfecho começaria em 11 de agosto de 2013, data da estreia da segunda metade da quinta temporada, na qual Walt finalmente terá de enfrentar as consequências de seus atos. A segunda metade seria ovacionada pela crítica - o sexto episódio, Ozymandias, é considerado um dos melhores da história da televisão - e faria com que Breaking Bad entrasse para o Livro Guinness dos Recordes como a série de TV mais aclamada da história, baseado em seu desempenho junto à crítica ao longo das cinco temporadas. Walt encerraria sua jornada em 29 de setembro de 2013, data na qual o último dos 62 episódios da série foi ao ar. Para a segunda metade da quinta temporada, a AMC decidiria repetir uma fórmula já usada em uma de suas séries de maior sucesso, The Walking Dead, e levar ao ar, após cada episódio, um especial chamado Talking Bad. Nos mesmos moldes de Talking Dead (o que ia ao ar após cada episódio de The Walking Dead), Talking Bad trazia o elenco e a equipe de produção de Breaking Bad conversando com o apresentador Chris Hardwick sobre o episódio que acabou de ser exibido, e respondendo perguntas do público sobre a série em geral.

A primeira metade da quinta temporada receberia 13 indicações ao Emmy, finalmente ganhando o de Melhor Série de Drama, além do de Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama (Gunn) e Melhor Edição para uma Série de Drama (Dixon), sendo indicada também para outro de Melhor Edição para uma Série de Drama (pelo trabalho do editor Skip MacDonald), Melhor Ator em uma Série de Drama (Cranston), Melhor Direção em uma Série de Drama, dois de Melhor Roteiro em uma Série de Drama, dois de Melhor Ator Coadjuvante em uma Série de Drama (Paul e Banks), Melhor Fotografia para uma Série, Melhor Edição de Som para uma Série e Melhor Mixagem de Som para uma Série. A primeira metade também receberia duas indicações ao Globo de Ouro, uma terceira de Melhor Ator em uma Série de TV de Drama para Cranston (perdida para Damien Lewis em Homeland), e uma de Melhor Série de TV de Drama (também perdida para Homeland).

A segunda metade receberia o recorde de 16 indicações, com Cranston ganhando mais um de Melhor Ator em uma Série de Drama, Paul mais um de Melhor Ator Coadjuvante em uma Série de Drama, e Gunn mais um de Melhor Atriz Coadjuvante em uma Série de Drama, além de um para MacDonald por Melhor Edição em uma série de Drama e um para a roteirista Moira Walley-Beckett de Melhor Roteiro para uma Série de Drama, pelo episódio Ozymandias; as outras onze indicações foram para Melhor Série de Drama, Melhor Direção em uma Série de Drama, Melhor Escolha de Elenco para uma Série de Drama, Melhor Maquiagem Não-Prostética para uma Série, Melhor Maquiagem Prostética, Melhor Fotografia para uma Série, Melhor Edição de Som para uma Série, Melhor Mixagem de Som para uma Série, outro de Melhor Roteiro para uma Série de Drama (Gilligan), e mais dois de Melhor Edição para uma Série de Drama (Dixon e Chris McCaleb). O maior triunfo da segunda metade seria o Globo de Ouro de Melhor Série de TV de Drama, com Cranston também ganhando um Globo de Ouro de Melhor Ator em uma Série de TV de Drama, e Paul sendo indicado a Melhor Ator Coadjuvante em uma Série, Minissérie ou Filme para a TV.

Em 8 de junho de 2014, estrearia no canal de TV colombiano Caracol uma versão em espanhol de Breaking Bad, chamada Metástasis. Ambientada na Colômbia, a série seguia exatamente os mesmos roteiros da original, apenas com algumas adaptações em nome da ambientação. O elenco principal era composto por Diego Trujillo como o professor de química Walter Blanco, Roberto Urbina como seu ex-aluno José Miguel Rosas, Sandra Reyes como sua esposa Cielo Blanco, Diego Garzon como seu filho Walter Blanco Jr., Julián Arango como o agente federal Henry Navarro, Cony Camelo como sua esposa María Navajo, e Luis Eduardo Arango como o advogado Saúl Bueno. Curiosamente, a série foi exibida de segunda a sexta, como uma novela, com o último dos 62 episódios indo ao ar em 18 de setembro de 2014. Além da Caracol, transmitiram Metástasis o canal mexicano Televisa e o canal a cabo Unimás, voltado para a comunidade latina dos Estados Unidos.

Em 8 de fevereiro de 2015, Breaking Bad ganharia um spin-off, ambientado seis anos antes do primeiro episódio da série, chamado Better Call Saul, também exibido pela AMC. Com Odenkirk, Banks e Esposito no elenco, a série narra a vida de Saul Goodman antes de ele conhecer Walt, quando ainda era um advogado malsucedido lutando por reconhecimento. Better Call Saul vem fazendo bastante sucesso, e já teve quatro temporadas de 10 episódios cada, com a quinta planejada para estrear em 2020. Eu também gosto muito dela, então quem sabe em breve ela não ganha um post aqui também?

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