A ginástica é um dos esportes mais antigos da história, tendo sido criada na Grécia Antiga como um programa de exercícios para que jovens atletas adquirissem força, resistência e agilidade. A ginástica original, portanto, não era um esporte em separado, e sim uma espécie de treinamento, usada por aqueles que fossem competir no atletismo, na natação e nas lutas, por exemplo. Esse treinamento envolvia tarefas como subir por cordas, saltar obstáculos e montar e desmontar de cavalos.
O nome "ginástica" possui uma origem bastante curiosa, sendo derivado da palavra gymnos, que significa "pelado" - na Grécia Antiga, era costume que os atletas disputassem suas competições nus, para que todos disputassem em igualdade de condições, sem que as roupas os atrapalhassem. Quando o treinamento se popularizou, ele deu origem também a um novo verbo, gymnazo, que significa, basicamente, "treinar pelado". Quando Roma invadiu a Grécia, por uma confusão linguística, imaginou que gymnazo fosse o nome do lugar onde se treinava, o que deu origem à palavra gimnasium (que, evidentemente, significa "ginásio") - e, por tabela, a um novo termo em latim, gimnasticus, que significava algo como "habilidoso nos exercícios corporais". Logo, a série de treinamentos seria chamada de gimnastica, que é nada menos do que "aquilo que faz alguém ficar gimnasticus".
Com a queda do Império Romano, a gimnastica foi caindo em desuso, substituída por outras formas de treinamento. Até que, em 1569, o italiano Girolamo Mercuriale decidiria fazer uma pesquisa e escrever o livro De Arte Gymnastica, na qual descrevia os hábitos de dieta, exercícios físicos e higiene corporal dos antigos gregos e romanos. Falando ainda sobre métodos naturais para a cura de doenças e explicando os princípios da terapia esportiva, De Arte Gymnastica é considerado por muitos como o primeiro livro de medicina esportiva da história.
No final do século XVIII e início do XIX, a medicina esportiva e a terapia esportiva estavam na moda na Alemanha, que organizava vários festivas nos quais as pessoas eram convidadas a se exercitar e a praticar esportes. Johann Friedrich Gutsmuths, professor na cidade de Quedlimburgo, leu o livro de Mercuriale, e decidiu criar ele também um programa de exercícios voltado para jovens, para inclusão no currículo escolar. Considerado o pai da educação física, Gutsmuths desenvolveu os princípios básicos da ginástica esportiva, e escreveu, em 1793, o livro Gymnastik für die Jugend ("ginástica para os jovens"), que, em 1800, seria traduzido e lançado na Inglaterra com o subtítulo "um guia prático para exercícios saudáveis e divertidos para serem usados nas escolas". A partir de então, o livro de Gutsmuths se tornaria referência, e a ginástica esportiva passaria a ser matéria obrigatória em muitas escolas da Europa.
Mas ainda faltava um passo para que a ginástica pudesse ser considerada um esporte sério e competitivo - passo esse que seria dado por outro alemão, Friedrich Ludwig Jahn, considerado o pai da ginástica (tanto que esse é seu apelido na Alemanha, Turnvater Jahn, "Pai da Ginástica Jahn"). Quando Napoleão invadiu a Alemanha, no início do século XIX, Jahn, ex-soldado do exército prusso e professor em Berlim, decidiu que a melhor forma de se opor ao ditador seria elevando a moral do povo alemão através do aperfeiçoamento físico e da prática da ginástica. Jahn ajudou a fundar várias fraternidades universitárias que ficariam conhecidas como Turnvereine ("uniões ginásticas"), que, no papel, se prestavam a oferecer aos universitários instalações e aparelhos para que eles praticassem exercícios físicos, mas, na prática, também disseminavam o pensamento político liberal e serviam como locais de reunião para aqueles que combatiam as tropas de Napoleão. Embora fosse um ativista político, Jahn também era um entusiasta dos esportes, de forma que, nas Turnvereine, a ginástica não era apenas uma fachada, com os locais realmente dispondo de modernos aparelhos para que seus membros se exercitassem. Esses aparelhos foram criados pelo próprio Jahn, que se inspirou nas cordas e cavalos usados pelos antigos gregos em seus exercícios. Três deles, as argolas, as barras paralelas e a barra fixa, são usados em competições até hoje.
Com a popularização dos Turnvereine na Alemanha, logo esses aparelhos chegariam a outros países, e Jahn se esforçaria para organizar as primeiras competições internacionais de ginástica. Infelizmente para ele, com o fim da invasão de Napoleão veio a Revolução de 1848, que deixou a Alemanha numa verdadeira bagunça, fazendo com que o principal país responsável pela internacionalização da ginástica fosse a França, para onde o esporte foi levado por um espanhol, Francisco Amorós y Ondeano, que morava em Paris e se encantou com os aparelhos de Jahn após assistir a uma demonstração em Berlim. Com a popularização do esporte na França, ele chegaria também à Bélgica e à Holanda, e, em 1881, esses três países decidiriam se unir e fundar uma federação internacional, para garantir que as regras do esporte fossem respeitadas em todos os países que o praticassem.
Inicialmente, França, Bélgica e Holanda fundaram a Federação Europeia de Ginástica, que manteria esse nome até 1921, quando passaria a aceitar membros de outros continentes e a se chamar Federação Internacional de Ginástica (FIG, na sigla em francês). Atualmente, a FIG conta com 131 membros (sendo 128 plenos e 3 provisórios), incluindo, evidentemente, o Brasil. A FIG começaria regulando apenas uma modalidade (a única que existia na época com o nome "ginástica"), mas, com o passar do tempo, passaria a se responsabilizar também por outras, e hoje já é o órgão máximo no que concerne a seis modalidades.
A primeira dessas modalidades é a "ginástica original", que hoje atende pelo nome de Ginástica Artística, sendo conhecida também como Ginástica Olímpica, devido à projeção que possui nas Olimpíadas. Aliás, a segunda modalidade regulada pela FIG também é a Ginástica Artística, já que a FIG considera a Ginástica Artística masculina e a feminina como duas modalidades separadas, devido a diferenças nas regras e nos aparelhos utilizados. Ninguém sabe quem inventou o nome "Ginástica Artística", mas sabe-se que ele já existia antes da fundação da FIG, e que teria sido inventado para diferenciar o esporte de outros exercícios que também eram normalmente chamados de ginástica, como os realizados nas escolas e no exército.
Basicamente, em uma competição de Ginástica Artística, o atleta (conhecido como ginasta) se apresenta em um aparelho, tendo entre 30 e 90 segundos para cumprir uma rotina. Essa rotina é composta de uma série de exercícios, que valerão notas ao ginasta. Ao fim da competição, aquele com a maior nota somada será o vencedor. Cada exercício vale um número diferente de pontos, determinados por um documento conhecido como Código de Pontos. Apesar dos esforços da FIG, não existe um Código de Pontos unificado para todas as competições de ginástica: o Código publicado pela FIG só é usado em competições organizadas pela própria FIG, como as Olimpíadas e o Mundial, e por algumas outras competições nas quais o órgão responsável pela organização decide usar o da FIG ao invés de criar um próprio; competições como a da NCAA (a competição universitária dos Estados Unidos) e a maioria dos campeonatos nacionais, entretanto, usam seus próprios Códigos de Pontos, muitas vezes completamente diferentes do da FIG. Isso pode ser um problema não somente por causa de pontuações diferentes para o mesmo exercício, mas também porque é o Código de Pontos que determina se um exercício é válido ou não - não basta chegar lá e fazer qualquer coisa da sua cabeça, é preciso apresentar um exercício reconhecido pelo órgão organizador como um legítimo exercício da Ginástica Artística ("novos" exercícios criados pelos atletas, como o salto Dos Santos, são sempre combinações dos antigos). Em teoria, isso pode fazer com que exercícios que são válidos em alguns campeonatos desclassifiquem o ginasta em outros, por exemplo, mas, como ninguém quer arriscar ser desclassificado por bobagens em campeonatos importantes, na prática o mais comum é que alguns exercícios válidos nos torneios da FIG não sejam válidos nos demais, e não o contrário - e, mesmo assim, o número desses exercícios é bastante reduzido.
Seja qual for o Código de Pontos, todos eles possuem uma coisa em comum: cada exercício possui um nível de dificuldade de A a H, sendo A o mais baixo. Quanto maior o nível de dificuldade de um exercício, mais pontos ele vale se executado corretamente, mas o ginasta também fica sujeito a mais descontos por executá-lo incorretamente. Uma coisa curiosa é que o nível de dificuldade nem sempre reflete a dificuldade que o ginasta terá para efetuar o exercício; exercícios considerados perigosos podem ter dificuldade A ou B apesar de serem extremamente difíceis, para que os atletas não se arrisquem tentando executá-los com frequência. Dois grupos de juízes determinam a nota final do ginasta, os juízes de dificuldade e os de execução. Para os juízes de dificuldade, a nota começa de 0, e vai aumentando conforme os exercícios vão sendo realizados corretamente; para os de execução é o contrário, a nota começa do máximo previsto para cada exercício e vai diminuindo conforme erros vão sendo cometidos. A nota final é a soma dessas duas.
Atualmente, as competições de Ginástica Artística fazem uso de oito aparelhos diferentes; dois deles são usados tanto por homens quanto mulheres, outros dois apenas pelas mulheres, e os outros quatro apenas pelos homens. Os homens competem nas argolas, no cavalo com alças, na barra horizontal, nas barras paralelas, no salto sobre o cavalo e nos exercícios de solo. As mulheres competem nas barras assimétricas, na trave de equilíbrio, no salto sobre o cavalo e nos exercícios de solo.
As argolas são dois aros de madeira de 18 cm de diâmetro cada, separados por 50 cm um do outro e afixados por cabos a uma barra a 5,8 m do chão. O comprimento dos cabos é variável, mas deve ser suficiente para que os pés do ginasta não toquem o chão com seus braços totalmente esticados enquanto ele estiver segurando as argolas. O principal atributo para usar as argolas é a força nos braços, já que o ginasta terá de erguer seu corpo apenas usando os braços e mantê-lo em determinadas posições para realizar os exercícios. A barra horizontal é uma barra de aço cilíndrica de 2,8 cm de diâmetro e 2,4 m de comprimento, afixada a uma base de 2,78 m de altura. O objetivo do ginasta é girar o próprio corpo ao redor da barra, fazendo movimentos como a troca de mãos, soltar e depois pegar a barra de novo e outros. Para não ferir as mãos, atletas que se apresentam nas argolas e na barra horizontal podem usar luvas especiais de couro. Devido à altura desses aparelhos, o treinador pode erguer o atleta, para ajudá-lo a começar o exercício já segurando as argolas ou a barra. As barras paralelas são duas barras de madeira cilíndricas de 4 cm de diâmetro e 3,5 m de comprimento cada, afixadas a bases de 2m de altura. A distância entre as barras deve ser de no mínimo 42 e no máximo 52 cm, podendo o ginasta escolher qualquer distância nesse intervalo. Com as mãos nuas, ele deve se apoiar nas barras sem tocar os pés no chão e realizar exercícios como "caminhar" pelas barras, plantar bananeira e trocar as mãos de barra. Em todos esses três aparelhos, a saída, normalmente com piruetas, também é considerada um exercício, e os pontos da saída podem ser a diferença entre uma nota boa e uma ruim. Tanto a argola quanto a barra horizontal e as barras paralelas foram inventadas por Jahn em 1819, e permanecem praticamente inalteradas até hoje.
Já o cavalo com alças tem uma história curiosa. Acredita-se que, a princípio, os atletas gregos treinavam seus exercícios em cavalos de verdade; com o tempo, para que os animais não precisassem estar sempre à disposição, foi inventado um "cavalo de mentira", um suporte de couro e madeira no qual os mesmos exercícios pudessem ser realizados. Não se sabe quem teria inventado esse cavalo e nem por que teriam colocado as alças, mas há descrições e gravuras que atestam sua presença na antiguidade, estando, inclusive, relacionado dentre os que praticavam essa disciplina ninguém menos que Alexandre, o Grande. Após longos anos de esquecimento, o cavalo com alças foi ressucitado por Jahn, que o adicionou à sua lista de aparelhos. Atualmente, o cavalo é um bloco feito de uma armação de metal revestida com espuma e coberta com couro, sobre duas pernas de aço e possuindo, no topo, duas alças de plástico. As pernas possuem 1,15 m de altura, e o cavalo em si é mais ou menos um paralelepípedo trapezoide, de 1,6 m de comprimento e 35 cm de largura na parte superior, 1,55 m de comprimento e 30 cm de largura na parte inferior e 25 cm de altura. As alças possuem 12 cm de altura e devem ser espaçadas no mínimo 40 e no máximo 45 cm, embora essa distância seja escolhida pelo fabricante, não pelo ginasta. O ginasta deve manter pelo menos uma das mãos sempre em contato ou com o cavalo ou com as alças, e não pode tocar os pés nem no chão nem no cavalo. Exercícios comuns envolvem passar as pernas de um lado para o outro, alternando qual mão está em contato com o cavalo.
O salto sobre o cavalo possui uma origem semelhante, com originalmente um cavalo de verdade sendo usado, depois o mesmo cavalo do exercício do cavalo com alças. Quando Jahn ressucitou o cavalo com alças, decidiu usar uma outra versão, praticamente idêntica, mas sem alças, para o salto. Essa versão foi usada em competições oficiais de ginástica até o ano 2000, quando, depois de anos de reclamações dos ginastas, que o consideravam um aparelho muito perigoso, e de acidentes que abreviaram a carreira de mais de um atleta - em 1988, uma ginasta norte-americana morreu após uma queda, em 1998 uma chinesa ficou paraplégica ao cair de mau jeito, e nas Olimpíadas de 2000 várias atletas se contundiram porque o cavalo estava mal posicionado - a FIG decidiu trocá-lo por um aparelho mais moderno, chamado, em inglês, vaulting table ("salto sobre a mesa"; o original era vaulting horse - em português, preferiram manter o mesmo nome). O novo "cavalo" é uma mesa retangular, de 1,2 m de comprimento, 95 cm de largura, 1,35 m de altura para os homens e 1,25 m para as mulheres, inclinada 10 graus na direção da qual o atleta iniciará o salto. Para saltar, o atleta corre por uma pista de 2,5 m de comprimento e toma impulso em uma mola (inexistente no cavalo original), apoiando as duas mãos no cavalo e então executando piruetas que valem pontos. O salto sobre o cavalo é o único aparelho que não segue as mesmas regras de pontuação dos demais, com cada tipo de salto valendo uma pontuação fixa para a nota da dificuldade, independentemente de se foi bem ou mal realizado - dois ginastas que fizerem saltos idênticos terão notas de dificuldade idênticas. Todos os descontos por falhas são feitos na nota da execução. O salto sobre o cavalo também é um dos dois únicos aparelhos usados por homens e mulheres.
O outro são os exercícios de solo, realizados sobre um tablado quadrado de 14 por 14 metros, feito de madeira revestida com espuma sobre uma armação de molas de borracha e blocos de espuma, firme o suficiente para se andar sobre ele sem perder o equilíbrio, mas que dê mais altura aos saltos dos ginastas quando pressionado. Uma apresentação no solo ocorre dentro de uma área de 12 por 12 metros, demarcada por uma linha de 10 cm de largura. Uma apresentação no masculino dura 70 segundos, enquanto uma no feminino dura 90 segundos e é sempre realizada ao som de música, mas sempre música instrumental, sem vocais (a apresentação masculina é "muda"). Durante a apresentação, o ginasta deverá apresentar uma série de exercícios obrigatórios, devendo completar seu tempo com qualquer exercício que deseje (os "exercícios livres", entre aspas porque também precisam estar no Código de Pontos); como todo mundo já sabe os obrigatórios de cór e raramente os erra, são os livres que acabam determinando o vencedor. Também é obrigatório que o ginasta toque os quatro ângulos da área demarcada durante sua apresentação, sendo desclassificado se não o fizer, e que as mulheres terminem a apresentação junto com a música, perdendo pontos se terminarem muito antes ou muito depois. Os exercícios obrigatórios e livres são diferentes para os homens e mulheres, com a apresentação das mulheres sendo sempre mais acrobática e coreografada.
Exclusivas das mulheres, as barras assimétricas são duas barras cilíndricas de fibra de carbono revestida com madeira (originalmente a barra toda era de madeira, mas a atual tem mais flexibilidade) de 4 cm de diâmetro e 2,4 m de comprimento. Elas são assimétricas porque uma está afixada a uma base de 2,5 m de altura, enquanto a base da outra tem apenas 1,7 m de altura. A distância diagonal entre as duas (a linha diagonal imaginária que liga uma barra à outra) deve ter entre 1,3 e 1,8 m, com a distância entre as barras sendo escolhida pela ginasta, respeitando essa medida. Originalmente, as mulheres competiam nas mesmas barras paralelas que os homens, mas, como elas tinham muitas dificuldades, devido a, acreditava-se, menos força nos braços, no início dos anos 1950 a FIG decidiu colocar uma das barras levemente mais alta que a outra, com exercícios que consistiam, principalmente, em passar de uma barra para a outra. Já no final dos anos 1950, porém, as ginastas começaram a desenvolver formas acrobáticas de realizar esses exercícios, e, no final da década de 1960, a distância entre as barras foi modificada para a que é hoje. Os exercícios consistem de giros e de trocar de barra em meio a uma pirueta ou salto. A saída, acrobática, vale bastante pontos. Diferentemente do que ocorre com os homens, que podem ser erguidos pelo treinador para alcançarem as argolas ou a barra horizontal, as mulheres devem alcançar as barras paralelas por seus próprios meios. As mulheres também não podem usar luvas especiais, mas podem enfaixar as mãos e usar talco para que as mãos não escorreguem durante o exercício.
Finalmente, temos a trave de equilíbrio, uma barra paralelepipedal de 24 cm de altura, 5 m de comprimento e apenas 10 cm de largura. A barra é feita de madeira revestida com couro ou camurça, e fixada ao chão por dois pés de aço de 1 m de altura cada, um em cada extremidade. A ginasta deve se equilibrar sobre os 10 cm da barra e realizar exercícios que envolvem saltos, cambalhotas e piruetas, sempre pousando sobre esses parcos 10 cm - não por acaso, a trave é considerado o mais difícil de todos os aparelhos da ginástica. A trave é o único aparelho criado por Gutsmuths que ainda é usado, tendo sido abandonado no início do século XX por ser considerado muito perigoso, mas resgatado para um torneio em Budapeste em 1934 com alterações visando a segurança - originalmente, a trave era cilíndrica, toda de madeira, era apoiada diretamente no chão e tinha apenas 8 cm de largura.
A Ginástica Artística faz parte do programa das Olimpíadas desde a primeiríssima edição, em 1896 - embora as competições femininas só tenham começado nos Jogos de 1928. No início, alguns dos aparelhos eram estranhos, como uma corda cheia de nós para escalar e dois bastões com os quais o ginasta tinha de fazer malabarismos; com o tempo, a própria FIG foi padronizando os aparelhos, até que, em 1954, determinou que os oito aparelhos usados atualmente seriam os únicos oficiais e presentes em competições sancionadas por ela. Após essa determinação, os aparelhos mais exóticos foram sumindo das demais competições, até restarem só mesmo esses.
Atualmente, nas Olimpíadas, são distribuídas 14 Medalhas de Ouro (mais 14 de Prata e 14 de Bronze, evidentemente): uma para cada um dos seis aparelhos do masculino, uma para cada um dos quatro aparelhos do feminino, duas (uma masculina e uma feminina) conhecidas como All-Around, para as quais as notas do/da ginasta em todos os aparelhos são somadas, e duas (uma no masculino e uma no feminino) por equipes, que ocorre em um sistema conhecido como 5-4-3: cada equipe tem cinco ginastas, quatro deles competem em cada aparelho, e as três maiores notas dessas quatro são somadas para se determinar a nota daquela equipe naquele aparelho; somando as notas da equipe em todos os aparelhos, se chega ao vencedor.
Além das Olimpíadas, a FIG organiza o Campeonato Mundial de Ginástica Artística e a Copa do Mundo de Ginástica Artística. O Mundial foi criado em 1903, com a participação das mulheres se iniciando em 1934. No início, ele era disputado em intervalos irregulares, mas é disputado anualmente, exceto em ano de Olimpíadas, desde 1978. O Mundial é realizado em uma única cidade-sede, e conta com as mesmas competições das Olimpíadas. Já a Copa do Mundo é disputada em dez etapas, realizadas em dez cidades-sede diferentes, sendo que em algumas dessas etapas são distribuídas medalhas apenas por aparelhos, enquanto em outras é disputada apenas a medalha do All-Around - mas nunca a por equipes. Disputada tanto no masculino quanto no feminino desde 1975, a Copa do Mundo originalmente tinha sede única e apenas a competição do All-Around, sendo realizada em intervalos irregulares até 2008, e passando a ser disputada anualmente e com o formato atual em 2011.
Em todas as competições da FIG, a classificação é feita por etapas, com normalmente cada etapa sendo realizada em um dia de competição, e os pontos obtidos em uma etapa não sendo levados para a seguinte. A primeira etapa é a Etapa de Qualificação: todos os ginastas que competirão no evento participam dela, e ela servirá para determinar quem irá para as finais. Ao final da Etapa de Qualificação, as oito equipes com a maior pontuação se classificam para a Final por Equipes, os oito ginastas com a maior pontuação em cada aparelho se classificam para a Final do Aparelho (dez no total, sendo a Final da Barra Horizontal, Final das Argolas etc.), e os oito com a maior pontuação somada em todos os aparelhos se classificam para a Final do All-Around - como nem todos os ginastas competem em todos os aparelhos, os finalistas dos aparelhos e do All-Around normalmente são diferentes; há ainda uma restrição de no máximo dois ginastas de cada país em cada final que não seja a das equipes. Alguns países não classificam para o evento ginastas suficientes para disputar a competição por equipes; esses competem na Etapa de Qualificação como parte de um Grupo Misto de quatro ginastas de nacionalidades diferentes (chamados Grupo Misto 1, Grupo Misto 2 etc.), visando apenas se classificar para as finais dos aparelhos ou do All-Around.
A terceira modalidade regulada pela FIG é a Ginástica Rítmica Desportiva, também conhecida no Brasil por sua sigla, GRD. A GRD nasceu na União Soviética, no início da década de 1940, inspirada por teorias de vários profissionais que usavam a dança como parte de programas de exercícios para atletas, especialmente mulheres. Mesclando ginástica, coreografia e música, a GRD é realmente bem semelhante a uma dança, mas, assim como na Ginástica Artística, seus movimentos são codificados - a GRD possui seu próprio Código de Pontos, com cada passo, bailado e pirueta tendo graus de dificuldade e valendo notas para se determinar o vencedor. Como nos exercícios de solo da Ginástica Artística, cada apresentação da GRD possui exercícios obrigatórios e livres, e as notas são divididas em critérios técnicos, artísticos e de execução, todas começando do zero e somando pontos de acordo com o desempenho da ginasta.
Embora em alguns países, mais notadamente no Japão, existam competições de GRD masculina, a FIG só reconhece a GRD feminina, que passou a regular em 1961. Isso significa que todos os torneios organizados pela FIG, e praticamente todos os torneios internacionais, só contem com a participação de mulheres - ou melhor, meninas, já que o normal é que as ginastas tenham entre 15 e 20 anos, devido à sua leveza, agilidade e flexibilidade, que auxiliam na hora de cumprir os movimentos e contribuem para a plasticidade da coreografia. Ginastas com mais de 20 anos na GRD costumavam ser, inclusive, inexistentes, mas, recentemente, graças a esforços da FIG - que, dentre outras medidas, estabeleceu idade mínima para as competições internacionais - já vêm se destacando algumas entre 20 e 30 anos.
Assim como a Ginástica Artística, a Ginástica Rítmica têm aparelhos - no caso, porém, "aparelho" é apenas um objeto que a ginasta usará durante sua coreografia. Ao todo, a GRD possui cinco aparelhos - bola, arco, fita, maças e corda - mas apenas quatro deles são usados em competições da FIG a cada Ciclo Olímpico - o intervalo entre uma Olimpíada e outra. Desde o ano passado, o aparelho "descartado" é a corda, mas de 2008 a 2011 as maças é que não fizeram parte das competições.
A bola, como o nome sugere, é uma bola de borracha com entre 18 e 20 cm de diâmetro e pesando no máximo 400 g. A bola deve sempre repousar sobre a mão da ginasta, não podendo ser "agarrada", mas pode ser quicada, arremessada, rolada ou posicionada sobre outras partes do corpo durante os exercícios. A bola deve ser toda de uma única cor. O arco é um aro feito de plástico ou madeira, de diâmetro entre 51 e 90 cm, pesando 300 g e com resistência suficiente para não se deformar durante a apresentação. Durante os exercícios, ele é girado nos braços ou na cintura da ginasta como um bambolê, arremessado, rolado e posicionado para que o corpo da ginasta passe por dentro dele. O arco pode ser todo de uma única cor ou possuir uma fita adesiva de cor diferente formando um padrão diagonal. A fita é uma fita de cetim de uma única cor, multicolorida ou até mesmo estampada, com no mínimo 6 m de comprimento, entre 4 e 6 cm de largura e pesando 35 g. Toda a fita deve ser contínua, não podendo ter emendas. Em uma das extremidades, ela é presa a um bastão cilíndrico de madeira, bambu ou plástico, que deve ter entre 50 e 60 cm de comprimento, 1 cm de diâmetro e no máximo 50 g de peso, com os 10 primeiros cm do comprimento podendo conter uma capa de borracha ou camada de adesivo que melhore a pegada da ginasta. Segurando pelo bastão, a ginasta movimenta a fita de forma fluida e graciosa, formando desenhos no ar. As maças são dois bastões semelhantes aos usados por malabaristas, tendo entre 48 e 53 cm de comprimento e pesando entre 200 e 300 g. A maça é composta por um bastão cilíndrico interno de madeira afixado a uma "cabeça" de plástico, sendo todo o conjunto revestido com espuma e plástico, o que ameniza o impacto durante a execução dos exercícios. As maças são giradas e jogadas para o alto durante os exercícios, e podem ser de uma única cor ou possuir uma faixa de cor diferente na cabeça. Finalmente, a corda, feita de sisal ou material sintético que possua a mesma elasticidade e peso, é o único aparelho que não possui uma medida fixa, sendo seu comprimento dependente da altura da ginasta: quando a ginasta coloca o pé sobre o exato meio da corda e estica suas extremidades para cima, as extremidades têm de alcançar a mesma altura de suas axilas. Cada extremidade da corda pode ter um ou dois nós, e os primeiros 10 cm de uma das extremidades podem ser cobertas por uma substância adesiva, ambas essas medidas visando melhorar a pegada da ginasta. A corda pode ser toda de uma única cor ou ser multicolorida, e pode ter a mesma largura durante toda a sua extensão ou ser mais larga no centro que nas extremidades. Exercícios envolvendo a corda envolvem girá-la, fazer movimentos fluidos como na fita, e até mesmo pular corda.
A GRD faz parte do programa das Olimpíadas desde 1984, sendo hoje um dos únicos dois Esportes Olímpicos que não é disputado tanto no masculino quanto no feminino (o outro é o nado sincronizado, também disputado apenas no feminino). Apenas duas competições são disputadas nas Olimpíadas, o All-Around e a competição por equipes, que fez sua estreia em 1996. No All-Around, cada ginasta se apresenta nos quatro aparelhos que valem para aquela edição dos Jogos (no caso da última, em 2012, foram bola, arco, fita e maças), e suas quatro notas são somadas para se determinar a vencedora. A competição normalmente é feita em duas etapas, com as 10 melhores da Etapa de Qualificação se classificando para uma nova apresentação na Etapa Final. Já a competição por equipes é composta de duas apresentações de equipes de cinco ginastas cada, sendo que cada equipe conta ainda com uma reserva, que pode substituir qualquer das outras cinco em qualquer das apresentações. Nessas duas apresentações, todas as ginastas, que se apresentam simultaneamente, e não uma de cada vez como na Ginástica Artística, podem usar o mesmo aparelho ou dois aparelhos diferentes, com algumas usando um e as demais o outro (em 2012, por exemplo, uma das apresentações usava cinco bolas, enquanto a outra usava três fitas e dois arcos). Os aparelhos usados em cada apresentação são escolhidos pela FIG, e os mesmos são usados tanto na Etapa de Qualificação quanto na Final - para a qual se classificam as oito melhores equipes.
Assim como a Ginástica Artística, a GRD também possui um Campeonato Mundial e uma Copa do Mundo. O Campeonato Mundial começou a ser disputado em 1963, e foi realizado a cada dois anos até 1991, quando passou a ser anual; nele são disputados não somente o All-Around e a competição por equipes, mas também finais individuais por aparelhos, escolhendo-se a campeã na bola, a campeã no arco etc. - inclusive nas equipes; no último Mundial, esse ano, houve a equipe campeã na apresentação com 5 pares de maças e a campeã na apresentação com três bolas e duas fitas. Já a Copa do Mundo foi realizada pela primeira vez em 1983 e disputada em intervalos irregulares até 2002, quando passou a ser anual. Em 2013, ela passaria a ser disputada em várias etapas em várias cidades-sede diferentes, como a Copa do Mundo de Ginástica Artística, mas, diferentemente daquela, mantendo uma Etapa Final, de maior prestígio que as outras. Em algumas etapas da Copa do Mundo é disputado apenas o All-Around, enquanto em outras é disputado o All-Around e a final por equipes. Finalmente, a GRD faz parte do programa dos World Games desde 2001, mas apenas com as finais dos aparelhos individuais, como se fosse uma espécie de complementação das Olimpíadas.
A quarta modalidade regulada pela FIG é a Ginástica de Trampolim, que teve sua origem na década de 1930, quando o norte-americano George Nissen decidiu adaptar um trampolim de circo para usar em exercícios de ginástica. A Ginástica de Trampolim só passou a ser regulada pela FIG em 1999 - antes disso, ela era de responsabilidade da Federação Internacional de Trampolim, fundada em 1965. Dois tipos de trampolim são usados nas competições, o regular e o mini. O regular é uma cama elástica que mede 4,25 m de comprimento por 2,15 m de largura, com uma marcação no centro - um quadrado com uma cruz. A marcação existe porque, quanto mais próximo do centro, mais elástico é o trampolim, dando mais altura para o ginasta realizar seus movimentos.
Duas disciplinas da Ginástica de Trampolim usam o trampolim regular, o Trampolim Individual e o Trampolim Sincronizado. No individual, obviamente, o ginasta compete sozinho, e tem direito a dez saltos - cada salto se completando quando ele toca a superfície do trampolim após iniciar o primeiro. Em cada um desses dez saltos ele deve realizar um exercício descrito no Código de Pontos, recebendo uma nota por ele, que se inicia em 10 e tem descontos por erros na execução e bônus pela dificuldade do exercício. Ao final dos dez saltos, a maior e a menor nota são descontadas, e as outras oito são somadas para determinar a nota final, sendo vencedor o que tiver a maior nota. Já no trampolim sincronizado, dois atletas competem simultaneamente (cada um em seu próprio trampolim). Ambos devem executar os mesmos dez saltos, na mesma ordem. Cada um é julgado normalmente, como se estivesse competindo individualmente; um terceiro grupo de juízes apenas julga se os movimentos foram sincronizados. No final, as notas dos dois ginastas são somadas, e os pontos por falta de sincronia são descontados dessa soma, obtendo a nota final.
Já o mini-trampolim tem 2,85 m de comprimento por 92 cm de largura, e é montado sobre uma base de 70 cm de altura. Ele é dividido ao meio, com a parte da frente inclinada 10 graus para baixo. A disciplina que usa o mini trampolim é chamada Mini-Trampolim Duplo, pois o ginasta tem direito a dois toques no trampolim antes de finalizar o salto - um na parte inclinada e um na parte reta. Uma competição de Mini-Trampolim Duplo é semelhante a uma de salto sobre o cavalo: o ginasta efetua uma corrida por uma pista de 2,5 m de comprimento, toma impulso no trampolim, realiza uma pirueta e aterrisa no solo, de preferência com leveza. Cada ginasta tem direito a dois saltos, com as notas sendo atribuídas pelos mesmos critérios do trampolim regular - incluindo, porém, descontos por falhas na aterrisagem, inexistentes no regular. A soma dessas duas notas determina o vencedor.
Além dessas três disciplinas, a Ginástica de Trampolim também inclui o Tumbling, regulado pela FIG desde 1931 e até 1999 considerado uma modalidade em separado - passando a ser uma disciplina do Trampolim para usar o mesmo Código de Pontos. No Tumbling, que teve sua origem nos Estados Unidos ainda no século XIX, evoluindo de apresentações circenses, o ginasta corre por uma pista de 25 metros de comprimento por 90 cm de largura. Durante essa corrida, ele deve executar oito saltos, ganhando uma nota por cada um, com descontos por erros de execução, e mais uma nota pela aterrisagem do último salto. A pista é feita do mesmo material do tablado dos exercícios de solo, para que o ginasta não se contunda e ganhe impulso ao realizar seus saltos.
A Ginástica de Trampolim faz parte das Olimpíadas desde o ano 2000 - nas negociações entre a FIG e a FIT ficou acertado que, em troca de passar a regular a modalidade, a FIG a incluiria nas Olimpíadas já na edição seguinte. Por enquanto, só são disputados nas Olimpíadas o trampolim individual masculino e feminino. O Tumbling fez parte do programa das Olimpíadas de 1932, mas não retornou desde então. A Ginástica de Trampolim faz parte do programa dos World Games desde a primeira edição, em 1981, sendo atualmente disputados nesse torneio o sincronizado masculino e feminino, o mini duplo masculino e feminino e o Tumbling masculino e feminino - o individual masculino e feminino já fez parte do programa, mas saiu quando foi incluído nas Olimpíadas. Finalmente, há o Campeonato Mundial de Ginástica de Trampolim, realizado pela primeira vez em 1964 (quando ainda era organizado pela FIT), disputado em intervalos irregulares até 2011, e desde então a cada dois anos. No Mundial são disputadas todas as quatro disciplinas da modalidade no masculino e no feminino, e mais provas de trampolim individual, mini duplo e Tumbling por equipes, nas quais as notas de quatro ginastas são somadas para se determinar a equipe vencedora.
A quinta disciplina da FIG é a Ginástica Aeróbica, regulada pela entidade desde 1995, e desenvolvida a partir dos exercícios de aeróbica praticados em academias. Assim como o trampolim, a aeróbica possuía outra federação, a FISAF (Federação Internacional de Esportes de Aeróbica e Fitness), mas, diferentemente do que ocorreu com a FIT, absorvida pela FIG, a FISAF existe até hoje - embora praticamente só organize torneios na Ásia e Oceania - e a aeróbica da FISAF tem regras diferentes da aeróbica da FIG.
A Ginástica Aeróbica é disputada em um tablado quadrado de 7 por 7 metros, nas disciplinas masculina, feminina, duplas mistas, trios, equipes (de seis ginastas cada), Dança e Step (essas duas últimas disputadas por equipes de oito ginastas cada). Os trios, as equipes de seis e as equipes de Step podem ter quaisquer combinações de homens e mulheres, mas as equipes de Dança são sempre formadas por quatro homens e quatro mulheres - isso porque na competição de Dança os ginastas realmente realizam uma dança, durante a qual executam os exercícios; já na modalidade Step são executados apenas exercícios que usem o Step, aquele degrauzinho muito popular em academias. Assim como na GRD, nas competições de duplas, trios e equipes os ginastas se apresentam todos juntos, e não um de cada vez.
Assim como nas demais modalidades, existe um Código de Pontos, que determina quais exercícios são válidos e quantos pontos eles valem se executados corretamente. Ao som de música instrumental, o ginasta, dupla, trio ou equipe tem 90 segundos para apresentar uma coreografia composta por esses exercícios, sendo alguns deles obrigatórios, outros opcionais, com os opcionais tendo um número máximo de dez de cada por apresentação. Os exercícios da Ginástica Aeróbica demonstram força física e equilíbrio, sendo bem diferentes dos das Ginásticas Artística e Rítmica, que demonstram leveza e flexibilidade. Ao fim da apresentação, é conferida uma nota, e a maior nota vence.
A Ginástica Aeróbica faz parte do programa dos World Games desde 1997, e possui um Campeonato Mundial disputado anualmente desde 1995, exceto em ano de World Games, quando os World Games servem como campeonato mundial. Todas as sete disciplinas da modalidade são disputadas tanto nos World Games quanto no Mundial.
A sexta e última disciplina da FIG é a Ginástica Acrobática, regulada por ela desde 1991, mas que teve suas origem na União Soviética na década de 1930, desenvolvida a partir de exercícios praticados por atletas circenses. De certa forma, a Ginástica Acrobática é uma combinação da Ginástica Aeróbica com a Ginástica Rítmica, já que suas rotinas são sempre executadas por, no mínimo, dois ginastas, um focando na força física e equilíbrio, o outro na leveza e flexibilidade. A Ginástica Acrobática é disputada nas duplas masculinas, duplas femininas, duplas mistas, trios femininos e quartetos masculinos.
Assim como na Ginástica Aeróbica, uma apresentação de Ginástica Acrobática é executada em um tablado quadrado de 7 por 7 metros, dura 90 segundos e é realizada ao som de música instrumental. As competições podem ser de três tipos: Equilíbrio (antes conhecida como Estática), no qual os atletas devem assumir posições nas quais são demonstradas a força e equilíbrio de um atleta (conhecido como "base", nas duplas mistas é sempre o homem) e a leveza e flexibilidade do outro (conhecido como "topo", nas duplas mistas é sempre a mulher); Dinâmica (antes conhecida como Tempo), no qual o Base deve girar, arremessar e dançar com o topo; e Combinado, no qual os dois tipos de exercícios (Estáticos e Dinâmicos) são feitos. As notas são divididas em três avaliações de 0 a 10 cada, levando em conta, respectivamente, o componente artístico (se os diferentes exercícios se harmonizaram, se a coreografia combinou com a música etc.), a execução (se cada exercício foi corretamente executado) e a dificuldade do exercício.
A Ginástica Acrobática faz parte dos World Games desde 1993, atualmente contando com competições Combinadas de duplas masculinas, duplas femininas, duplas mistas, trios e quartetos - em 1993 e 1997 também se distribuíram medalhas em competições de Equilíbrio e de Dinâmica para todas essas disciplinas. A Ginástica Acrobática também possui um Campeonato Mundial realizado a cada dois anos desde 1974 - entre 1974 e 1990, ele era realizado não pela FIG, mas pela Federação Internacional de Esportes Acrobáticos, que se fundiu com a FIG em 1991. Além das competições dos World Games, o Mundial conta com uma competição por equipes, na qual as notas de três duplas, um trio e um quarteto de um mesmo país são somadas para se determinar o vencedor.
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