Esta semana, conversando com outro amigo meu, decidimos levar a frase ainda mais longe: além dos fortões, hoje em dia também já não existem mais os "engraçadões" da nossa infância. Não sei se é culpa dos roteiros, se o tipo de público já não acha graça no humor que se fazia há uns vinte e cinco anos, mas o fato é que, não só na minha opinião, mas de vários amigos meus, gente como Ben Stiller, Adam Sandler e Seth Rogen, por mais engraçados que sejam, não chegam nem aos pés de Tom Hanks, John Candy ou mesmo Eddie Murphy em seus áureos tempos.
Evidentemente, enquanto conversávamos, nos lembramos de vários filmes de comédia dos anos 80 e 90, e isso me deu vontade de fazer um post. Mais precisamente, um post sobre o meu ator de comédia preferido daquela época, e talvez o único que continue engraçado até hoje - já que Tom Hanks decidiu virar ator sério, John Candy morreu, e Eddie Murphy há muito já não tem a mesma graça. O post de hoje é em homenagem a Steve Martin.
Stephen Glenn Martin nasceu em 14 de abril de 1945 na cidade de Waco, Texas, Estados Unidos, mas foi criado no sul da Califórnia. Seu pai era corretor imobiliário e ator amador, e, apesar de ter sido uma inspiração para Martin, foi também seu maior crítico. Graças a uma certa inabilidade de seu pai em expressar seu amor, o que normalmente fazia através de presentes, Martin não teve com ele uma boa relação, e desde cedo quis trabalhar para se tornar uma pessoa independente.
Seu primeiro emprego foi na Disneylândia, onde, aos dez anos de idade, vendia mapas e guias de bolso para os visitantes durante as férias escolares. Nas folgas do trabalho, ele frequentava uma loja de mágicas dentro do parque, onde truques eram frequentemente demonstrados. Martin dedicava seu tempo livre a aprender esses truques, e, aos quinze anos, foi contratado pela loja para para demonstrar os truques aos visitantes. Além de truques de mágica, Martin tocava banjo, fazia malabarismos, e animais de balões que vendia aos frequentadores do parque.
Após terminar o colégio, Martin se matriculou na Santa Ana Junior College, onde tinha aulas de teatro e poesia. Ele e a colega Kathy Westmoreland também conseguiram vagas para se apresentar em peças de comédia no Bird Cage Theatre, um teatro amador dentro da Knott's Berry Farm, um famoso parque temático da Califórnia. Lá, ele acabou conhecendo outra aspirante a atriz, Stormie Sherk, com quem criou vários esquetes cômicos e teve um breve relacionamento amoroso. Sherk convenceu Martin a se matricular na graduação em filosofia da Universidade Estadual da Califórnia em Long Beach, mas como ela mesma optou por estudar na Universidade da Califórnia em Los Angeles (UCLA), a distância acabou fazendo com que o romance terminasse.
O curso de filosofia, porém, foi muito útil para Martin, pois, segundo ele, mudou sua forma de ver o mundo. Ele até chegou a pensar em desistir da carreira de ator para se tornar professor de filosofia, mas depois decidiu tentar usar conceitos aprendidos durante o curso, como lógica, causa e efeito e non sequitur em seus textos de comédia. Não querendo mais se formar em filosofia, em 1967 ele pediu transferência para a UCLA, para cursar teatro.
Naquele mesmo ano, ele se reencontrou com uma antiga namorada, Nina Goldblatt, que trabalhava como dançarina no programa de TV The Smothers Brothers Comedy Hour. Goldblatt levou alguns textos escritos por Martin para um dos roteiristas do programa, Mason Williams, que os adorou. Sem permissão para contratar Martin como roteirista, porém, Williams decidiu pagá-lo de seu próprio bolso, para poder aproveitar seus textos no programa. Em reconhecimento, quando a equipe de roteiristas ganhou um Emmy em 1969, o nome de Martin foi incluído dentre os laureados. Este primeiro trabalho abriu as portas do mercado de roteiros de comédia para Martin, que passou a também escrever para o comediante John Denver e para os programas The Glen Campbell Goodtime Hour e The Sonny and Cher Comedy Hour, dos quais logo passaria a participar também como ator. Em 1976, ele ganharia seu segundo Emmy, pelo roteiro do programa Van Dyke and Company.
Em meados da década de 1970, Martin já era figurinha fácil em esquetes cômicos de programas famosos como The Tonight Show Starring Johnny Carson, The Gong Show, On Location e Saturday Night Live - do qual, ao contrário do que muitos acreditam, jamais foi membro fixo, apesar de ter aparecido várias vezes como convidado. Aliás, outra coisa que muitos acreditam é que Steve Martin teria inventado o gesto de se desenhar aspas no ar com os dedos quando falamos alguma coisa que deveria estar entre aspas; embora ele sem dúvida tenha popularizado este gesto nos Estados Unidos, ele já existia antes de Martin fazê-lo pela primeira vez em uma de suas aparições no Saturday Night Live. Seu sucesso nestes programas lhe renderia convites para gravar quatro LPs de humor - algo comum na época, e lançado até por comediantes brasileiros, como Chico Anysio e Juca Chaves: Let's Get Small, de 1977, A Wild and Crazy Guy, de 1978, Comedy is Not Pretty!, de 1979, e The Steve Martin Brothers, de 1981, sendo que os dois primeiros lhe renderam dois Grammys de Melhor Gravação de Comédia.
Martin foi o primeiro comediante a lotar estádios inteiros com dezenas de milhares de fãs ansiosos para ver suas apresentações de stand up comedy, algo que até então somente astros do rock haviam conseguido fazer. Mas o objetivo principal de sua carreira não era a televisão ou estas apresentações, e sim o cinema; convites para filmes, porém, não chegavam nunca, e a saída foi ele escrever seu próprio filme, um curta de sete minutos chamado The Absent-Minded Waiter, lançado em 1977, que também contava no elenco com Buck Henry e Teri Garr, e chegou a ser indicado para o Oscar de melhor curta. Sua estreia nos longa-metragens aconteceria no ano seguinte, no filme Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band, onde ele cantava a canção dos Beatles Maxwell's Silver Hammer. Em 1979, ele finalmente estrearia como protagonista de uma comédia em longa metragem, em um filme escrito por ele mesmo em parceria com o famoso roteirista Carl Gottlieb, O Panaca, dirigido por Carl Reitner. O Panaca foi um grande sucesso, e, em 2000, chegou a ser eleito o 48o melhor filme de comédia de todos os tempos pela conceituada revista Total Film.
O sucesso de O Panaca abriu novas portas para Martin, que chegou até a conversar com Stankley Kubrick sobre atuar em um de seus filmes. Enquanto aguardava pelo convite, ele trabalhou como produtor executivo das séries Domestic Life, exibida em horário nobre, e Twilight Theater, onde também interpretava vários personagens, e ganhou um especial na NBC, All Commercials... A Steve Martin Special. Em 1981, ele protagonizaria mais um especial da NBC, Steve Martin's Best Show Ever, e seria convidado para um filme "sério", Pennies From Heaven, com o qual ficou ansioso, já que não desejava ficar marcado como ator cômico. Para atuar no filme, Martin tomou aulas de interpretação com o famoso Herbert Ross e aprendeu sapateado. Apesar de não ser ruim, o filme infelizmente foi um grande fracasso. Durante uma entrevista, Martin disse que a única razão que ele encontrava para isso era que o filme tinha ele no elenco, mas não era uma comédia.
Em 1982, Reitner convidaria Martin para protagonizar seu Cliente Morto Não Paga, uma sátira aos filmes noir. O filme não foi extremamente bem sucedido, mas solidificou a parceria entre Martin e Reitner, que, juntos, fariam, em 1983, O Médico Erótico (talvez o pior caso de tradução da história da humanidade, já que seu título original é The Man with Two Brains, "o homem com dois cérebros"), onde Martin interpreta um cirurgião que, apaixonado por uma mulher falecida cujo cérebro é mantido vivo em um líquido amniótico (e fala com a voz de Sissy Spacek), planeja transferi-lo para o corpo de uma mulher com quem tem uma relação complicada, interpretada por Kathleen Turner; e, em 1984, Um Espírito Baixou em Mim, onde vive um advogado cujo corpo passa a ser co-habitado pelo espírito de uma milionária vivida por Lily Tomlin após um acidente. A interpretação de Martin neste filme - onde seu personagem tem a metade esquerda do corpo controlada por ele mesmo, mas a direita controlada pela mulher - é considerada por muitos como a melhor de sua carreira. Durante as filmagens ele também conheceria Victoria Tennant, com quem seria casado de 1986 a 1994, e que interpreta a personagem cujo corpo originalmente deveria receber o espírito da milionária. Ainda em 1984, ele estrearia a comédia romântica Rapaz Solitário, baseado em um livro de Bruce Jay Friedman, sem muito alarde.
Em 1986, além de se casar, Martin estrearia duas comédias de enorme sucesso, Três Amigos, onde contracenava com dois amigos do tempo do Saturday Night Live, Chevy Chase e Martin Short, e A Pequena Loja dos Horrores, adaptação de um musical de grande sucesso da Broadway, que por sua vez era adaptado de um filme B da década de 1960, dirigido por Roger Corman e com Jack Nicholson no elenco. Três Amigos era um antigo projeto de Martin, escrito por ele para contrancenar com Dan Aykroyd e John Belushi, mas abandonado após a morte de Belushi em 1982, e reescrito em parceria com Lorne Michaels e Randy Newman para ser filmado com Chase e Short. Já A Pequena Loja dos Horrores, onde interpreta um dentista sádico, foi o primeiro dos quatro filmes de Martin dirigidos por Frank Oz, e o primeiro de três onde contracenaria com Rick Moranis.
No ano seguinte, ele seria dirigido por mais um dos grandes diretores de comédia da época, John Hughes, e contracenaria com outro dos maiores comediantes de então, John Candy, em Antes Só do que Mal Acompanhado, onde vive um executivo obrigado a viajar pelo país na companhia do vendedor irritante interpretado por Candy. Ainda em 1987, Martin co-escreveria e protagonizaria, ao lado de Daryl Hannah, Roxanne, uma modernização da história de Cyrano De Bergerac, homem apaixonado por uma bela mulher, que se envergonha em cortejá-la por ter um nariz grande demais, e acaba ajudando com seus poemas um colega menos inteligente e menos romântico a ficar com ela. Mais romance que comédia, Roxanne rendeu a Martin um prêmio da Guilda dos Roteiristas da América, e o tornou respeitado em Hollywood por outro motivo que não fosse a comédia.
Em 1988, Martin voltaria a ser dirigido por Frank Oz, desta vez atuando ao lado de Michael Caine em Os Safados, mais um grande sucesso e uma elogiada atuação, no papel de um vigarista que disputa com o personagem de Caine o dinheiro das ricas mulheres de uma cidade de veraneio no sul da França. No ano seguinte, ele faria seu primeiro papel de pai de família, em Parenthood - O Tiro que Não Saiu Pela Culatra, onde contracenava mais uma vez com Moranis. No Brasil esse filme não fez muito alarde, mas nos Estados Unidos foi um enorme sucesso de público e crítica, dando origem, inclusive, a uma série de TV, que não teve boa audiência e acabou durando apenas doze episódios. Curiosamente, jovens atores que mais tarde viriam a se tornar astros participaram tanto do filme (Keanu Reeves e Joaquin Phoenix) quanto da série (Leonardo DiCaprio e Thora Birch).
Ao longo da década de 1990, Martin escreveria vários artigos para a revista The New Yorker. No cinema, a década começaria com mais uma parceria entre Martin e Moranis, que contracenariam com John Cusack em Meu Pequeno Paraíso - curiosamente, a Martin originalmente foi oferecido o papel de Moranis, e o papel que acabou ficando com ele seria de Arnold Schwarzenegger, que não pôde aceitar por estar filmando Um Tira no Jardim de Infância. No ano seguinte, 1991, Martin estrelaria três filmes bem distintos; no primeiro, L.A. Story, comédia dramática escrita por ele mesmo, Martin, contrancenando com Sarah Jessica Parker e mais uma vez com Tennant, interpreta um meteorologista que vive uma relação tumultuada com sua esposa, até que um dia passa a receber instruções de um painel de controle de tráfego de uma rodovia. No segundo, o drama Grand Canyon - Ansiedade de Uma Geração, que conta no elenco com nomes como Danny Glover, Kevin Kline, Mary McDonnell e Mary-Louise Parker, ele vive um produtor de cinema que tem sua vida mudada após um assalto. No terceiro, a comédia O Pai da Noiva, refilmagem de um clássico da década de 1950, Martin, que contracena com Diane West e mais uma vez com Martin Short, surta quando sua filha decide se casar de repente, após apenas três meses de namoro.
Em 1992, ele contracenaria com Debra Winger, Lolita Davidovitch e Liam Neeson em mais uma comédia dramática, Fé Demais Não Cheira Bem (outro título péssimo), no papel de um pastor fraudulento, e voltaria a ser dirigido por Frank Oz em Como Agarrar um Marido, onde vive um homem que vê sua vida virar de eprnas para o ar ao se envolver com uma vigarista interpretada por Goldie Hawn. Em 1993, ele participaria do docudrama produzido para a TV E a Vida Continua, sobre os primeiros anos da AIDS nos Estados Unidos, dirigido por Roger Spottiswoode, e escreveria sua primeira peça de teatro, Picasso at the Lapin Agile, montada a partir do ano seguinte em várias cidades dos Estados Unidos, sempre com grande sucesso. Em 1994, Martin escreveria mais uma comédia dramática, Uma Virada do Destino, baseada no livro de George Eliot Silas Marner, de 1861. Neste filme, Martin contracena com Gabriel Byrne, e vive um professor desiludido que decide adotar uma menina cuja mãe morreu de overdose.
Ainda em 1994, Martin participaria do filme natalino Um Dia de Louco, contracenando com Juliette Lewis, Adam Sandler e Liev Schreiber, no qual interpreta um homem que trabalha em um "serviço de prevenção de suicídios", onde pessoas deprimidas podem telefonar e contar seus problemas. O filme foi bombardeado pela crítica, rendeu menos do que custou, e é considerado o primeiro grande fracasso da carreira de Martin. Felizmente, ele voltaria às grandes bilheterias no ano seguinte com O Pai da Noiva 2, a primeira sequência de sua carreira, onde surta com a inesperada gravidez de sua recém-casada filha. Em 1996, ele contracenaria com Dan Aykroyd e Phil Hartman no papel do Sargento Bilko em O Sargento Trapalhão, versão para o cinema de um dos esquetes da famosa série de TV da década de 1950 The Phil Silvers Show.
Em 1997, buscando diversificar seus papéis, ele aceitou um convite para atuar no thriller A Trapaça, de David Mamet, onde interpretou um homem rico e sinistro com um interesse misterioso no trabalho de um executivo interpretado por Campbell Scott. No ano seguinte, ele faria seus dois primeiros trabalhos de dublagem, primeiro no ducentésimo episódio de Os Simpsons, onde emprestava sua voz a um inspetor sanitário, e depois no longa animado O Príncipe do Egito, onde dublava o sacerdote Hotep.
Em 1999, Martin contracenaria com John Cleese e mais uma vez com Goldie Hawn em Perdidos em Nova York, refilmagem de um sucesso de 1970 com Jack Lemmon e Sandy Dennis. Martin e Hawn interpretam um casal que vive confusões na cidade enquanto tentam participar de uma entrevista de emprego. No mesmo ano, ele faria mais um filme com Frank Oz, Os Picaretas, o primeiro no qual contracenaria com Eddie Murphy. Neste filme, Martin vive um diretor fracassado que recebe um roteiro que imagina ser capaz de alavancar sua carreira. O único problema é que, para filmá-lo, ele precisa do personagem de Murphy, o maior ator de filmes ação da atualidade, que jamais aceitará fazê-lo. O jeito, então, é filmar com ele, mas sem ele saber. Além de Martin e Murphy, o filme conta no elenco com Heather Graham, Terence Stamp e Robert Downey Jr.
No ano 2000, Martin faria uma participação no drama Crônica de Uma Certa Nova York, e lançaria seu primeiro romance, Shopgirl, no qual uma vendedora jovem, humilde e deprimida se apaixona por um homem mais velho e mais rico. O ano seguinte, 2001, seria especialmente produtivo: além de protagonizar Droga da Sedução, onde contracenou com Helena Bonham Carter e Laura Dern, ele seria convidado para apresentar a cerimônia do Oscar - convite que se repetiria em 2003 e neste ano de 2010, agora ao lado de Alec Baldwin - e para tocar banjo em uma regravação da música Foggy Mountain Breakdown, considerada uma das mais desafiadoras deste instrumento, e que ganharia um Grammy de Melhor Performance Country Instrumental naquele ano.
Em 2002, Martin escreveria uma nova peça de teatro, The Underpants, adaptação de outra peça, de Carl Sternheim. No ano seguinte, ele lançaria um novo livro, The Pleasure of My Company, sobre um homem introvertido e obsessivo-compulsivo. Em 2003, ele também participaria de três sucessos do cinema, atuando como o vilão de Os Looney Toones de Volta à Ação, e protagonizando as comédias A Casa Caiu, onde vive um advogado que vê sua vida virar de pernas pro ar ao se envolver com uma assaltante de bancos interpretada por Queen Latifah pela internet; e Doze é Demais, onde é casado com Bonnie Hunt e pai de doze filhos, dentre eles Piper Perabo, Tom Welling e Hillary Duff, e tem de tomar conta sozinho dessa enorme família quando sua esposa recebe um convite de emprego em outra cidade.
Depois dessa trabalheira toda, ele receberia um descanso em 2004, mas voltaria com a corda toda em 2005, quando foi convidado pela Disney a gravar um especial ao lado do Pato Donald, que foi exibido em todos os seus parques até março de 2009. No mesmo ano, ele ganharia um prêmio Disney Legend por reconhecimento de sua ligação com a Disneylândia e a Walt Disney Company ao longo de sua carreira, e um prêmio Mark Twain por reconhecimento no humor norte-americano. Ainda e 2005, Martin escreveria e estrelaria, ao lado de Claire Danes, A Garota da Vitrine, filme baseado em seu romance Shopgirl, e protagonizaria Doze é Demais 2, onde sua família, durante um acampamento de férias, se envolve em uma rivalidade com outra família com doze filhos, cujo pai é Eugene Levy.
Em 2006, Martin interpretaria o Inspetor Clouseau, papel que imortalizou Peter Sellers, na refilmagem do clássico da comédia A Pantera Cor-de-Rosa, atuando ao lado de Jean Reno, Kevin Kline e Beyoncé Knowles. Em 2007, ele não estaria em nenhum filme novo, mas lançaria dois novos livros, Born Standing Up, sobre seus tempos de stand up comedy, e seu primeiro livro infanto-juvenil, The Alphabet from A to Y with Bonus Letter Z, que trazia um poema cômico para cada letra do alfabeto. 2007 também seria o ano em que Martin se casaria pela segunda vez, com Anne Stringfield, em sua casa em Los Angeles. A cerimònia teve dentre os convidados Tom Hanks, Eugene Levy e Carl Reiner, que, ao melhor estilo Steve Martin, não foram avisados de que naquele dia ocorreria um casamento, e foram pensando se tratar de uma festa comum.
Em 2008, Martin faria uma participação no filme Uma Mãe Para Meu Bebê, estrelado por Tina Fey. Em 2009, ele atuaria ao lado de Meryl Streep e Alec Baldwin em Simplesmente Complicado, e voltaria ao papel de Clouseau em A Pantera Cor-de-Rosa 2, voltando a trabalhar com Reno, Tomlin e Cleese, e atuando ao lado de Alfred Molina, Andy Garcia, Jeremy Irons, Johnny Hallyday e Aishwarya Rai Bachchan. Ainda em 2009, Martin lançaria seu primeiro álbum musical, The Crow: New Songs for the 5-String Banjo, onde toca banjo acompanhando cantores country como Dolly Parton. Após o lançamento, Martin saiu em turnê com os Steep Canyon Rangers, e se apresentou tocando o instrumento nas finais da oitava edição de American Idol e nos famosos programas de TV Late Show with David Letterman e Later... with Jools Holland.
Atualmente, Martin participa da pré-produção de Topper, refilmagem de mais um clássico da comédia, de 1937, e de Doze é Demais 3, onde sua família visitará a Casa Branca. Pode se argumentar que ele já não é o papão de bilheterias dos áureos tempos, que seus filmes já não são tão engraçados, mas sua carreira é sem dúvida suficiente para colocá-lo no rol dos maiores comediantes da América. E, além de tudo, ele ainda toca banjo.
0 Comentários:
Postar um comentário