quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Escrito por em 13.1.10 com 1 comentário

Carpenters

Ao escrever o post do Tubarão, há duas semanas, fiz uma constatação interessante: uma boa parte das coisas que eu gosto, gosto por influência da minha mãe. É graças a ela, por exemplo, que eu adoro Jornada nas Estrelas. É por causa dela que O Planeta dos Macacos é um dos meus filmes preferidos. E, embora não tenham nada a ver com cinema ou ficção científica, é por culpa dela que eu gosto dos Carpenters.

Não que eu seja fã dos Carpenters, mas, assim como acontece, por exemplo, com o Duran Duran, eu sei de cór a maioria das músicas deles. E, talvez não por acaso, gosto de todas as que eu sei. Esta semana, enquanto procurava um assunto para um post, me peguei cantarolando Superstar. Interpretei isso como um sinal, e o resultado foi o texto que vocês lerão agora.

Os Carpenters eram um dueto, formado pelos irmãos Richard e Karen Carpenter, ambos nascidos em New Haven, Connecticut, Estados Unidos, Richard a 15 de outubro de 1946, e Karen a 2 de março de 1950. Na infância, eles eram opostos completos: Richard era calmo e reservado, e passava a maior parte do tempo ouvindo música e tocando piano. Karen, por outro lado, era cheia de energia, adorava sair com os amigos e praticar esportes, especialmente softbol.

Em junho de 1963, a família Carpenter se mudou para Downey, Califórnia, e, no ano seguinte, Richard começou a estudar na Universidade Estadual da Califórnia em Long Beach. Lá ele conheceria John Bettis e o professor Frank Pooler, com quem mais tarde escreveria algumas das canções de maior sucesso dos Carpenters. Na mesma época, Karen começou a estudar na Downey High School, e entrou para a banda de marcha da escola. Se professor tentou convencê-la a tocar xilofone, mas ela preferiu ficar responsável pelo tambor. Karen passou a treinar tambor com seu colega de banda Frankie Chavez, e ficou tão boa no negócio que seus pais decidiram lhe dar uma bateria de presente de Natal em 1964.

Em 1965, enquanto Karen tinha aulas de bateria, Richard decidiu formar um trio de jazz, junto com Pooler e seu colega Wesley Jacobs. Batizado de The Richard Carpenter Trio, eles concorreram na Hollywood Bowl Battle of the Bands de 1966, que ganharam tocando uma versão instrumental de Garota de Ipanema, o que lhes rendeu um contrato com a gravadora RCA. Apesar de eles teram gravado várias faixas, incluindo covers de Every Little Thing, dos Beatles, e Strangers in the Night, de Frank Sinatra, seu álbum jamais foi lançado, e o trio permaneceu tocando em eventos locais.

No final de 1966, Richard e Karen acompanharam um amigo músico até o estúdio de Joe Osborn, em Los Angeles. Lá, Osborn pediu para ouvir Karen cantar, e, encantado com a voz da moça, a contratou para sua gravadora, a Magic Lamp Records. Karen chegou a lançar um single onde cantava duas composições do irmão, mas este não vendeu bem, e pouco depois a gravadora faliu. Como compensação, Osborn permitiu que os irmãos usassem seu estúdio quando quisessem para gravar fitas demo.

Apesar da experiência não ter saído conforme o planejado, Richard e Karen se animaram a cantar juntos, e, em 1967, se uniram a Jacobs e Bettis para formar uma banda chamada Spectrum. A banda se apresentou na famosa casa noturna Whisky a Go Go, em Hollywood, durante um ano, até se desmanchar com a saída de Jacobs, que entrou para a Orquestra Sinfônica de Detroit. As apresentações, porém, renderam a Richard e Karen um convite para participar do programa de TV Your All-American College Show, em 22 de junho de 1968.

Paralelamente a isso, as fitas demo da dupla chegaram a várias gravadoras, e chamaram a atenção do dono da A&M Records, Herb Alpert. Alpert imaginou que o som do dueto poderia ser justamente o que a gravadora estava procurando, e lhes ofereceu um contrato para lançar um álbum já em 1969. Como a dupla precisava de um nome, Richard optou por batizá-la simplesmente Carpenters - embora muitas fontes e muitos fãs se refiram a eles como "The Carpenters", o nome oficial do dueto não possui o artigo. É verdade, podem ir lá olhar nas capas dos discos.

O álbum de estreia dos Carpenters, chamado Offering, foi lançado em outubro de 1969. Basicamente, o álbum consistia de canções escritas por Richard para o Spectrum, e mais um cover dos Beatles, de Ticket to Ride. Para surpresa da dupla, o cover se tornou a única faixa de sucesso do álbum, o que motivou a gravadora a relançá-lo, em 1970, com o nome de Ticket to Ride. O álbum tem sido relançado com este nome desde então, com poucos sabendo que seu nome original era Offering.

Seja com que nome fosse, o álbum infelizmente foi mais um fracasso comercial. Para sorte da dupla, porém, enquanto eles se apresentavam em um jantar beneficente, foram abordados por Burt Bacharach, que os convidou para abrir seu próximo show. Mais que isso, Bacharach permitiu que eles tocassem quaisquer músicas, da dupla ou dele, que quisessem, com a única exigência de que entre elas constasse um medley de 13 minutos das canções dele, para preparar o público para o show. Os Carpenters aceitaram, e acabaram tocando oito canções em seu primeiro show de abertura.

Graças a esse show, os Carpenters conseguiram autorização de Bacharach para regravar e lançar como single sua canção (They Long To Be) Close To You. Lançado em junho de 1970, o single foi um enorme sucesso, chegando ao topo da parada da Billboard quatro semanas após seu lançamento, e ficando lá por mais quatro. O single seguinte da banda, We've Only Just Begun, seria mais um grande sucesso, chegando ao segundo lugar da Billboard, além de ter uma origem curiosa: originalmente, a canção foi escrita por Paul Williams e Roger Nichols para um comercial do banco Crocker National, da Califórnia; ao ouvi-la na televisão, Richard imaginou que a canção teria potencial para se tornar um sucesso, e pediu permissão aos autores para regravá-la com um novo arranjo - arranjo este que acabou se tornando a marca característica dos Carpenters, e fazendo com que, quase 40 anos após seu lançamento, a música ainda seja um grande sucesso, e a mais requisitada para tocar em casamentos nos Estados Unidos.

(They Long To Be) Close To You e We've Only Just Begun foram incluídas no segundo álbum da dupla, Close to You, lançado em agosto de 1970. O álbum chegou ao segundo lugar da parada da Billboard, e rendeu aos Carpenters dois Grammys, de Melhor Artista Novo e Melhor Performance Contemporânea. Os Carpenters ainda fechariam o ano de 1970 com mais um grande sucesso, o single Merry Christmas Darling, escrito por Richard e Pooler, que alcançaria o primeiro lugar das mais tocadas no Natal em três anos, 1970, 1971 e 1973, e que até hoje é eventualmente regravada quando o Natal se aproxima por algum artista da moda.

Os Carpenters, então, prosseguiram com sua tradição de garimpar sucessos em locais improváveis. Seu próximo single de sucesso, For All We Know, foi originalmente composta para tocar durante um casamento no filme Lovers and Other Strangers; Richard assistiu ao filme no cinema e imaginou que a canção tinha potencial para se tornar um novo sucesso - e estava tão certo que ela ganharia o Oscar de melhor canção; os Carpenters chegaram a ser convidados para interpretá-la durante a cerimônia, mas a Academia vetou porque eles não a haviam gravado para o filme. For All We Know, na voz dos Carpenters, chegou ao terceiro lugar na parada da Billboard, e foi seguido por Rainy Days and Mondays, dos mesmos autores do jingle do banco, que alcançou o segundo lugar na parada, perdendo apenas para o megassucesso It's Too Late, de Carole King. Seu sucesso seguinte foi Superstar, originalmente de Bonnie Bramlett e Leon Russell, que mais uma vez chegou ao segundo lugar da parada, sendo aclamada pela crítica e se tornando uma das canções mais conhecidas de Richard e Karen.

Estas três faixas, e mais o medley que os Carpenters haviam preparado para Bacharach, reduzido de 13 para pouco mais de 5 minutos, estariam presentes no terceiro álbum da dupla, chamado simplesmente Carpenters, e lançado em maio de 1971. Este álbum também marcou a estreia do logotipo da banda, criado por Craig Braun. Carpenters rendeu nada menos que um disco de platina quádruplo à dupla, além de um Grammy de Melhor Performance Pop.

Goodbye to Love, o single seguinte da banda, pode não ter sido tão bem sucedido comercialmente - alcançou apenas o sétimo lugar - mas foi mais uma canção da banda aclamada pela crítica, e marcou a primeira contribuição do guitarrista Tony Peluso, convidado por telefone para a gravação pela própria Karen, e que disse mais tarde em uma entrevista ter pensado, na ocasião, que se tratava de um trote. Peluso seria o guitarrista "oficial" dos Carpenters até o final da banda.

O álbum que continha Goodbye to Love, A Song for You, lançado em junho de 1972, foi também o de cujo saíram mais singles: Hurting Each Other, It's Going to Take Some Time, I Won't Last a Day Without You e Top of the World, além, é claro, de Goodbye to Love. Hurting Each Other foi mais uma garimpagem, um cover de uma canção desconhecida de Ruby and the Romantics; e Top of the World, composta por Richard e Bettis, quase não foi lançada como single: a cantora country Lynn Anderson, após ouvi-la no álbum, decidiu regravá-la - o que fez com que ela se tornasse a primeira canção dos Carpenters a ser regravada por outro artista - e a lançou como single antes dos próprios Carpenters. Imaginando que um segundo single da mesma canção não venderia tão bem - e argumentando que o álbum já havia rendido singles demais - a gravadora tentou convencer Richard e Karen a não lançá-la também, mas, após uma enorme pressão do público, os Carpenters decidiram pagar para ver, e não se arrependeram: fazendo jus ao nome, Top of the World se tornou o segundo single da dupla a alcançar o primeiro lugar na Billboard, e ainda ajudou a alavancar as vendas de A Song for You, que até então não estava indo tão bem.

Nos anos de 1971 e 1972, os Carpenters se tornaram figurinhas fáceis na televisão, participando de programas como The Ed Sullivan Show, The Tonight Show Starring Johnny Carson, The Carol Burnett Show, The Mike Douglas Show, e The Johnny Cash Show, além de ganhar um especial de uma hora na BBC, e de estrelar seu próprio programa, Make Your Own Kind of Music, que foi ao ar de 20 de julho a 7 de setembro de 1971, no qual interpretavam suas canções ao lado de convidados especiais. Em maio de 1973, eles foram convidados para se apresentar na Casa Branca, em um pocket show exclusivo para o Presidente Richard Nixon e o Chanceler da Alemanha Ocidental, Willy Brandt.

Pouco depois da apresentação na Casa Branca, os Carpenters lançaram seu quinto álbum, Now & Then, de maio de 1973. Com título sugerido por Agnes Carpenter, mãe de Richard e Karen, e uma foto da casa da família Carpenter em Downey na capa, o álbum trazia um cover de uma canção da Vila Sésamo, Sing, e mais um sucesso escrito por Richard e Bettis, Yesterday Once More. Ainda em 1973, os Carpenters lançariam sua primeira coletânea, The Singles: 1969–1973, que trazia os doze maiores sucessos da dupla nesse espaço de tempo.

Na época, os Carpenters estavam trabalhando de seis a sete dias por semana - em 1973, eles fizeram nada menos que 174 shows, e em 1974 esse número subiu para 203 - o que fez com que eles simplesmente não tivessem tempo de lançar um novo álbum em 1974, o primeiro ano sem um novo lançamento da dupla. Quer dizer, até houve um lançamento, o single de I Won't Last a Day Without You, mais uma composição de Williams e Nichols, que havia sido gravada, mas não aproveitada, para o álbum A Song for You. No final do ano, eles lançariam mais uma música de Natal, uma versão jazz de Santa Claus Is Coming to Town, e mais um single de sucesso, um cover da famosa Please Mr. Postman, das Marvelettes, último da dupla a alcançar o primeiro lugar na parada da Billboard.

1975 começou com mais um single de sucesso, Only Yesterday, composta por Richard e Bettis, que alcançou o quarto lugar na Billboard - curiosamente, nenhum dos dois acreditava que a canção seria um sucesso, e apostaram mil dólares cada contra seu amigo Roger Young que o single não chegaria ao Top 5. Please Mr. Postman e Only Yesterday se uniram a dois covers, Desperado, dos Eagles, e Solitaire, de Neil Sedaka, no sexto álbum dos Carpenters, Horizon, lançado em junho de 1975. Apesar de render um novo disco de platina à dupla, Horizon foi seu primeiro álbum desde Offering a não entrar no Top 5 da Billboard, estacionando na 13a posição. Mesmo assim, ele foi muito bem recebido pela crítica, que o considerou o álbum mais sofisticado dos Carpenters até então - de fato, durante as gravações, Richard e Karen experimentaram diversas técnicas e efeitos sonoros, e a A&M usou seu estúdio mais moderno e avançado para gravá-lo.

O lançamento seguinte da dupla, A Kind of Hush, de junho de 1976, foi o primeiro desde Offering a não render pelo menos um disco de platina, estacionando no disco de ouro. A razão mais provável para isso é que o estilo musical da década estava mudando, e o som melódico e comportado de bandas como os Carpenters já não fazia mais sucesso nas rádios e clubes noturnos. Com a moda da discoteca a todo vapor, os Carpenters até tentaram modificar seu estilo musical em seu álbum seguinte, Passage, lançado em outubro de 1977, mas sem sucesso, já que o álbum só não se tornou o de pior vendagem da carreira da dupla graças ao sucesso do single Sweet Sweet Smile. A carreira dos Carpenters estava tão em baixa que sua segunda coletânea, The Singles: 1974–1978, foi lançada no mundo inteiro, exceto nos Estados Unidos. A banda ainda teria um canto do cisne com Christmas Portrait, álbum só com canções de Natal, lançado em outubro de 1978, que lhes renderia um novo disco de platina.

Entre 1976 e 1978, os Carpenters voltariam à televisão com quatro especiais da ABC estrelados por eles, onde cantavam suas canções e participavam de esquetes cômicos: The Carpenters' Very First Television Special de dezembro de 1976, Carpenters at Christmas, de dezembro de 1977, Carpenters Space Encounters, de maio de 1978, e The Carpenters: A Christmas Potrait, de dezembro de 1978.

A agenda estressante de shows, gravações e programas de televisão, infelizmente, cobraria um alto preço: no início de 1979, Richard revelou ser viciado em metaqualona, um relaxante muscular de efeito semelhante a barbitúricos, que acabou se tornando uma droga muito popular na década de 1970. Após se internar em uma clínica de desintoxicação por seis semanas, ele decidiu tirar o resto do ano para descansar, sem assumir nenhum compromisso de trabalho. Karen, por outro lado, não quis saber de parada, e começou a trabalhar em um álbum solo com o produtor Phil Ramone, no qual cantaria canções mais dançantes e direcionadas ao público adulto, para tentar voltar ao topo das paradas de sucessos. Esse projeto não foi bem visto por Richard ou pelos executivos da A&M, e, após alguma pressão, Karen acabou desistindo, ficando, porém, com um prejuízo de meio milhão de dólares já gastos em sua produção.

Após o cancelamento de seu projeto solo, Karen decidiu gravar mais um álbum ao lado do irmão, que, no início de 1980, decidiu voltar a trabalhar. Enquanto trabalhavam nas novas canções, os Carpenters gravaram mais um especial para a televisão, Music, Music, Music!, que foi ao ar em maio de 1980, e, como o nome sugeria, era composto apenas de música, sem esquetes cômicos, o que acabou desagradando os executivos da ABC. Ainda em 1980, após um romance-relâmpago, Karen decidiu se casar com o corretor imobiliário Tom Burris, em uma cerimônia nababesca em um hotel de Beverly Hills. O casamento duraria apenas um ano, e, após a separação, Karen comentaria que sua vida com Burris havia sido um desastre.

Antes do fim do casamento de Karen, os Carpenters lançaram seu último álbum, Made in America, de junho de 1981. Dentre suas faixas, estavam Because We Are In Love, canção que Karen havia lançado na cerimônia de seu casamento, e Touch Me When We're Dancing, último grande sucesso da dupla, cujo single alcançou a 16a posição na Billboard.

Nesta época, todos começaram a perceber que Karen também não estava totalmente bem de saúde. A cada aparição da banda, a cada novo clipe lançado, ela parecia mais magra e mais doente. Por fim, foi descoberto que Karen sofria de anorexia nervosa, e que sua obsessão por estar sempre magra nas apresentações fazia com que ela tomasse uma dose diária de remédios para tireóide dez vezes maior que a indicada para pacientes com hipotireoidismo, sem possuir a doença, o que acelerava seu metabolismo desnecessariamente. Além disso, na fase mais crítica da doença, ela chegou a tomar entre 90 e 100 comprimidos de laxante por dia.

No final de 1982, Karen decidiu se tratar com o renomado psicoterapeuta Steven Levenkron em Nova Iorque, e até chegou a ganhar algum peso, o que a animou a gravar uma nova canção, Now, e a retornar para Los Angeles para finalizar seu divórcio. Infelizmente, porém, era tarde para um recomeço. Na manhã de 4 de fevereiro de 1983, enquanto visitava seus pais em Downey, Karen sofreu um ataque cardíaco, causado pela enorme quantidade de remédios que consumia, aliada à fraqueza trazida pela anorexia. Levada para o hospital, ela faleceria vinte minutos após dar entrada, a um mês de completar 33 anos.

A morte de Karen chamou atenção para a anorexia e a bulimia, até então doenças raras e desconhecidas da maioria da população. Após o falecimento da cantora, diversas celebridades vieram a público assumir que tinham transtornos alimentares, como a atriz Tracey Gold e a Princesa Diana, o que ajudou na divulgação dos sintomas e em um maior número de meninas que sofriam da mesma doença tratadas a tempo. Em contrapartida, infelizmente, desde então o número de casos destas doenças tem crescido proporcionalmente à obsessão das meninas pela magreza.

Depois da morte da irmã, Richard continuou a lançar álbuns dos Carpenters, compostos de canções inéditas que haviam ficado de fora dos álbuns anteriores e de novas mixagens para os antigos sucessos. O primeiro deles foi Voice of the Heart, lançado em outubro de 1983, uma semana depois dos Carpenters ganharem uma estrela na Calçada da Fama. Voice of the Heart continha a última canção gravada por Karen, Now, e uma das faixas gravadas por ela para seu álbum solo, Make Believe It's Your First Time. Talvez devido ao triste acontecimento, o álbum vendeu bem, rendendo à dupla mais um disco de ouro.

Um ano depois, foi a vez de mais um disco natalino, An Old-Fashioned Christmas, composto por faixas que ficaram de fora de Christmas Portrait. Em 1989 seria lançado Lovelines, composto em sua maioria por canções gravadas pelos Carpenters para seus programas de TV. O último álbum de inéditas dos Carpenters é de 2004, e se chama As Time Goes By. Além dos álbuns de inéditas, foram lançadas várias coletâneas, sendo a última 40/40, de 2009, que conta com as 40 canções mais famosas e emblemáticas da carreira da dupla.

Richard se casou em 1984, e chegou a lançar dois álbuns solo, Time, de outubro de 1987, que conta com a participação de Dionne Warwick e Dusty Springfield, e tem dentre suas faixas uma canção dedicada a Karen, When Time Was All We Had; e Pianist, Arranger, Composer, Conductor, de 1998, que, como o nome sugere, foi idealizado para evidenciar seus talentos como pianista, arranjador e compositor, e não como cantor. Karen Carpenter, o álbum solo de Karen, acabou sendo lançado em 1996, com uma explicação no livreto do CD sobre os motivos que levaram Richard e a A&M a se opor a seu lançamento em 1980.

Atualmente, Richard Carpenter se dedica a cuidar do espólio e da imagem da banda, exigindo ser produtor de qualquer documentário ou filme sobre sua vida ou sobre a morte de Karen. Além disso, ele contribui com diversos projetos sociais e artísticos, sendo os principais o Carpenter Performing Arts Center, uma espécie de teatro localizado na Universidade Estadual da Califórnia em Long Beach, construído em 1994; e o Richard Carpenter Scholarship Competition Award Show, espécie de competição de talentos artísticos que rende ao vencedor uma bolsa de estudos na mesma Universidade.

Um comentário:

  1. The Carpenters - Live at Budokan (1974 - Concert Nights DHV 2012)
    amigo da uma sacada nesse video deles, tu vai se amarrar

    um abraço

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