Aliás, eu não conheço ninguém que goste de super-heróis e não goste do Batman. Conheço muita gente que não gosta do Super-Homem, alguns que não gostam dos X-Men, outros tantos que não gostam do Aquaman, e até um demente que não gosta do Homem-Aranha, mas se você não gosta do Batman, deixe um comentário, pois será o primeiro de quem eu tenho notícia. Os motivos para que as pessoas gostem do Batman são muitos e variados, mas o meu é um só: Batman é um personagem muito interessante. Assim como o Homem de Ferro (meu herói favorito), ele não tem superpoderes, e se vale de muito dinheiro e artefatos tecnológicos para combater o crime, mas o diferencial de Batman é que ele não é dependente de tais artefatos, contando também com uma grande inteligência e bastante força física. Some a isso uma personalidade arredia, reclusa, quase tímida e um pouco perturbada, e pronto, temos um personagem extremamente complexo, capaz de render excelentes histórias nas mãos de bons roteiristas.
Batman, porém, não nasceu assim já tão detalhado. Ele foi o segundo super-herói da história, criado em 1938, quando só existia o Super-Homem, exatamente para pegar uma carona no sucesso deste. Na época, a divisão de quadrinhos da editora National Publications, que mais tarde se tornaria a DC Comics, animada com as vendas da revista Action Comics, onde eram publicadas as histórias do Super-Homem, pediu a seus editores para que inventassem novos super-heróis. O desenhista Bob Kane criou um super-herói ao qual chamou de "Homem-Morcego" ("The Bat-Man"), e o apresentou ao roteirista Bill Finger. Segundo finger, o tal herói vestia um collant vermelho, com botas da mesma cor, uma máscara que só cobria os olhos, e tinha asas de morcego. Finger deu várias sugestões para que o herói tivesse uma aparência melhor, como um capuz ao invés da máscara, uma capa ao invés das asas, luvas, e um uniforme negro ao invés de vermelho. Finger ainda criou o nome da identidade secreta do herói, Bruce Wayne, inspirado no patriota escocês Robert Bruce e no general norte-americano Anthony Wayne. Por esse motivo, muitos consideram Finger como co-criador de Batman, e acham injusto que apenas Kane seja citado nas referências oficiais.
Kane se inspirou em uma dezena de personagens para criar a personalidade de Batman e de Bruce Wayne, entre eles Zorro, Drácula, O Sombra, O Fantasma, Sherlock Holmes, Dick Tracy, Jimmie Dale, O Besouro Verde, o personagem folclórico inglês Jack Saltador, e o assassino do filme de 1926 The Bat. Kane apresentou o personagem à editora, que o adorou, e o cedeu a ela em troca de apenas ter seu nome na página inicial de cada história. Este nome acabou removido das histórias na década de 60, mas voltou no final da década de 70 sob a forma de um "aviso", que dizia "Batman criado por Bob Kane". Finger nunca recebeu nenhum crédito nas histórias, e morreu em 1974 ressentido com a editora por lhe negar este reconhecimento.
Batman fez sua estréia na revista Detective Comics número 27, de maio de 1939. Como o próprio nome da revista sugeria, suas histórias eram ao estilo detetive, bastante parecidas com os pulps, livros policiais que faziam muito sucesso na época. Batman era exatamente como qualquer detetive protagonista de um pulp - com a única diferença de que estava vestido de morcego - resolvendo crimes complicados com sua coragem e inteligência, e usando armas de fogo para derrotar seus inimigos. Mais tarde, estas características seriam atenuadas, para tornar o personagem mais acessível a leitores de todas as idades, e Batman abandonaria os revólveres e coletes à prova de balas, passando a usar inventos tecnológicos "típícos de super-heróis": na Detective Comics número 29 apareceu pela primeira vez o famoso Cinto de Utilidades, e na edição 31 foram apresentados o batarangue e o Batmóvel.
A origem de Batman só foi revelada aos leitores na edição 33: Bruce Wayne era filho do médico Thomas Wayne e de sua esposa Marta, dois milionários do alto círculo social da cidade de Gotham - inicialmente, Kane pensou em ambientar as histórias de Batman em Nova Iorque, mas mais tarde optou por criar sua própria cidade, um local tomado pelo crime e pela corrupção, onde o herói poderia viver muitas aventuras. Quando Bruce tinha oito anos, ele e seus pais voltavam para casa após uma noite no teatro, quando foram assaltados por um ladrão de nome Joe Chill. Durante o assalto, Chill matou ambos os pais de Bruce, e fugiu. Kane, mais tarde, diria que ele e Finger tomaram a decisão de começar a carreira do personagem desta forma porque "não existe nada mais traumático do que ver seus pais assassinados diante de seus olhos".
Após perder seus pais, Bruce jurou lutar para acabar com todo o crime em Gotham, e passou a dedicar sua vida exclusivamente a cumprir este juramento. Estudou criminologia, ciência forense, artes marciais, química, ginástica olímpica, a arte do disfarce, escapologia e ventriloqüismo. Bruce sabia, porém, que apenas isso não era suficiente para alcançar seu objetivo. Ele precisava de uma identidade secreta, algo que criasse o medo no coração dos bandidos. Um dia, enquanto pensava em sua mansão, Bruce viu um morcego entrar pela janela, e teve uma idéia: iria ele mesmo se disfarçar de morcego, e agir prioritariamente à noite. O simples pensamento de que poderiam ser abordados por um homem-morcego faria com que os criminosos pensassem duas vezes antes de cometer seus crimes.
As personalidades de Batman e de Bruce Wayne eram tão diferentes que muitos leitores se perguntavam qual deles seria o "verdadeiro" e qual seria a "encenação". Batman é seguro, determinado, uma presença imponente e intimidadora, de voz grave e baixa. Wayne, por outro lado, era visto pela sociedade como um playboy irresponsável e superficial, que vivia de renda graças à enorme fortuna que herdou da família e aos lucros das Empresas Wayne, das quais se tornou presidente. Bruce também é presidente da Fundação Wayne, que ajuda vítimas da criminalidade e evita que jovens da cidade sigam a carreira do crime. Batman e Bruce são tão diferentes justamente para que ninguém associe um ao outro - proteger sua identidade secreta é um dos objetivos principais de Batman, que muitas vezes arriscou morrer a utilizar suas habilidades enquanto estava sob a identidade de Wayne. Um dos pontos mais interessantes desta dualidade diz respeito ao álcool: embora Batman jamais consuma bebidas alcóolicas, para manter sua saúde e condição física sempre no ápice, Bruce Wayne é visto por muitos como um alcóolatra, e consumindo grandes quantidades de champagne em suas festas. Na verdade, tudo não passa de um teatro, onde Wayne bebe diversas bebidas não-alcóolicas, fingindo que são whisky e champagne.
Além de sua incrível inteligência e grande força e agilidade, Batman conta com um arsenal tecnológico, desenvolvido ou adaptado por ele mesmo. Antes de cada "missão" ele escolhe os equipamentos mais adequados e os guarda em seu Cinto de Utilidades, de forma a estar sempre preparado para qualquer surpresa tramada pelos vilões. De todos os equipamentos, o mais famoso é o batarangue, um bumerangue em formato de morcego, que ultimamente tem ganhado várias adições tecnológicas, como radar e sensor termoguiado. O próprio uniforme de Batman é um de seus equipamentos, podendo ser equipado com peitoral à prova de balas, asas que lhe permitem voar como em uma asa delta, e vários outros apetrechos. Batman conta ainda com diversos veículos, como o Batmóvel, um carro negro especialmente adaptado, com blindagem, mísseis, motor turbinado e um computador de bordo ligado diretamente à Batcaverna, o quartel-general do herói, localizado sob a mansão Wayne, local onde Batman guarda todos os seus equipamentos e de onde monitora a atividade criminosa em Gotham. Por fim, temos o Bat-Sinal, não propriamente um equipamento de Batman, mas algo que ele deu para a cidade, um enorme holofote que, quando acionado, projeta o símbolo de Batman nos céus, e convoca o herói para a ação.
O Bat-Sinal normalmente é acionado pelo Comissário James Gordon, chefe da polícia de Gotham, e primeiro personagem secundário introduzido nas histórias de Batman, já na Detective Comics 27. Gordon é um homem de meia-idade, comprometido com o fim do crime e da corrupção em Gotham, assim como Batman. Este interesse em comum fez com que ambos se tornassem amigos, e muitas vezes parceiros, embora Gordon nem sempre concorde com o método utilizado por Batman, de querer fazer justiça com as próprias mãos.
Depois de Gordon, o principal personagem introduzido nas histórias de Batman foi seu parceiro adolescente Robin, na Detective Comics 38, de 1940. Robin na verdade se chamava Dick Grayson, e era o filho mais novo de uma família de trapezistas conhecida como "Os Grayson Voadores", assassinada por um gangster de nome Zucco. Batman investigou o crime, e, com pena do jovem órfão, decidiu que Bruce Wayne iria adotá-lo. Wayne treinou Grayson, ensinando-o artes marciais e habilidades de detetive, e lhe revelou sua identidade secreta, nomeando-o seu parceiro na luta contra o crime. Finger e Kane decidiram criar Robin para que Batman tivesse uma espécie de Watson, o parceiro de Sherlock Holmes, com quem ele pudesse conversar e compartilhar seus problemas. O visual e o nome de Robin foram inspirados nos antigos filmes de Robin Hood, onde o personagem era interpretado pelo ator Errol Flynn, e visavam dar mais leveza às histórias, naquela época já consideradas um pouco pesadas para o público-alvo dos quadrinhos de super-heróis.
O enorme sucesso de Batman na Detective Comics fez com que ele ganhasse sua própria revista, Batman, que estreou em abril de 1940. A primeira edição teve a primeira aparição de dois dos mais famosos vilões da carreira do Homem-Morcego: o Coringa, um psicopata que atacava suas vítimas com uma toxina que fazia com que elas morressem com um sorriso distorcido no rosto; e a Mulher-Gato, uma criminosa que usava como arma um chicote, e tinha como objetivo assaltos ousados a mansões de milionários. Também foi na revista Batman que estreou o talvez mais famoso coadjuvante do mundo dos super-heróis, o mordomo Alfred Pennyworth, na edição 16, em abril de 1943. Contratado para trabalhar na mansão Wayne, Alfred acidentalmente descobriu as identidades secretas de Batman e Robin, e decidiu ajudá-los na luta contra o crime.
Além de aparecer na Detective Comics e em sua própria revista, Batman ainda tinha histórias publicadas na World's Finest Comics, revista que estreou em 1940 com o nome de World's Best Comics (essecialmente, ambos os nomes significam "os melhores quadrinhos do mundo", mas best é um adjetivo mais forte que finest, e passava a impressão de que a editora era pedante). Esta revista foi criada para reunir histórias do Batman e do Super-Homem, e capitalizar sobre o sucesso de ambos. Mais tarde, a revista passou a publicar histórias onde ambos os heróis agiam juntos. No início, Batman e Super-Homem eram grandes amigos, mas ao longo do tempo a relação entre os dois passou por diversas mudanças, e hoje eles são vistos como parceiros que se respeitam, mas com ressalvas ao método um do outro.
Falando em mudanças, Batman mudou muito ao longo dos anos. Muitas destas mudanças foram necessárias, pois os heróis da DC são muito antigos - o próprio Batman, por exemplo, lutou na Segunda Guerra Mundial contra os nazistas, então seria meio complicado ambientar suas histórias na época atual, pois Bruce Wayne estaria 60 anos mais velho do que no início de suas aventuras. Para "resolver" este problema, a DC comics decidiu que os heróis dos anos 30 e 40 na verdade viviam em outro Universo (chamado pela editora de "Earth Two", "Terra Dois"). A maioria dos heróis, como o Flash e o Lanterna Verde, ganharam "novas versões" na "Terra Um", a "nossa realidade"; Batman e Super-Homem continuaram os mesmos, mas tendo começado suas carreiras de herói mais recentemente. O Batman original, lá na "Terra Dois", envelheceu, se tornou comissário de polícia, e se casou com a Mulher-Gato.
Outras mudanças, menos drásticas, se deram simplesmente por exigências do mercado, para aproveitar uma nova moda, ou para tornar o herói mais atraente para novos leitores. No início da década de 50, por exemplo, as histórias mais populares eram as de ficção científica. Para aproveitar o filão, as histórias de Batman e Super-Homem foram adaptadas ao gênero. Sendo o Super-Homem um alienígena, era fácil encaminhar suas histórias para este lado; Batman, porém, teve de abandonar totalmente as histórias de detetive, ganhou muito mais bugigangas tecnológicas, e vilões mais adequados ao tema. Novos personagens também fizeram sua estréia, como a Batmulher, a versão feminina do herói, que ao invés de um cinto de utilidades carregava uma bolsa de utilidades; a Batmoça, sobrinha da Batmulher, algo como um equivalente feminino do Robin; Ace, o batcão, um pastor alemão que ajudava Batman e Robin na luta contra o crime, incluído nas histórias por causa do sucesso de Krypto na revista do Super-Homem; e o Bat-Mirim, um ser extradimensional com poderes mágicos, obcecado por Batman ao ponto de vestir um uniforme semelhante e querer ser seu parceiro na luta contra o crime - Bat-Mirim também foi inspirado em um personagem de Super-Homem, no caso o vilão Mxyzptlk.
A mudança para a ficção científica segurou as vendas de Batman por um tempo, mas por volta de 1964 elas caíram drasticamente. A DC Comics pensou em cancelar a revista, mas acabou designando o editor Julius Schwartz para reformulá-la. Schwartz aboliu os vilões e novos personagens da época da ficção científica, voltou a levar as histórias para o lado dos detetives, e redesenhou o uniforme de Batman, mudando-o de preto e cinza escuro para azul escuro e cinza claro, com uma elipse amarela em volta do símbolo no peito. Schwartz chegou até o ponto de matar Alfred e substituí-lo pela Tia Harriet, que segundo as más línguas foi morar com Wayne e Grayson para afastar os rumores de que eles teriam uma relação homossexual.
Com a estréia da série de TV de Batman na Fox (aquela do soc! pou! crás!) em 1966, os quadrinhos mudaram novamente. Assim como a série, os quadrinhos passaram a ter um tom mais leve, pendendo para o humor. Alfred foi ressucitado sem maiores explicações, e um novo personagem se uniu à Dupla Dinâmica na luta contra o crime, a nova Batmoça, na verdade Barbara Gordon, filha do Comissário Gordon. Enquanto a série fez sucesso, os quadrinhos venderam bem, mas quando a série foi cancelada em 1968, as vendas caíram novamente, e os quadrinhos tiveram de mudar mais uma vez.
A partir de 1970, o escritor Dennis O'Neil e o desenhista Neal Adams começaram um esforço para distanciar Batman do tom cômico da série de TV. Robin foi mandado para a faculdade, e Batman passou a combater o crime sozinho. As histórias voltaram a ser ambientadas na maior parte das vezes à noite, com elementos sombrios e de histórias de mistério. Muitos dos fãs consideram esta fase como sendo a melhor do herói.
Na década de 80 Batman passou por uma nova reformulação, principalmente devido à minissérie Crise nas Infinitas Terras, que essencialmente acabou com todos os universos paralelos da DC (incluindo a "Terra Dois"), deixando apenas umas poucas histórias anteriores como "oficiais" no Universo DC. Depois da Crise, a origem de Batman foi recontada na saga Ano Um, escrita por Frank Miller e desenhada por David Mazzucchelli. Uma das principais mudanças foi o fato de Alfred já ser mordomo da família Wayne durante a infância de Bruce, e de tê-lo criado após a morte dos pais. Miller também foi responsável pela minissérie O Cavaleiro das Trevas, que mostrava um Batman de 50 anos, que deixava sua aposentadoria de lado para voltar a combater o crime. O Cavaleiro das Trevas foi responsável por um enorme salto na popularidade do herói, e por de certa forma redefinir o tom das histórias publicadas depois dela, mais soturnas e violentas. Em A Piada Mortal, por exemplo, o Coringa seqüestra e tortura o Comissário Gordon, e deixa Barbara Gordon paraplégica.
O Batman da década de 90 passaria por uma provação parecida, quando na saga A Queda do Morcego o vilão Bane o deixa temporariamente paralisado da cintura para baixo após uma luta. Batman então passa seu manto para o novo herói Azrael, que passa a agir como Batman enquanto ele se recupera. Logo após Batman se recuperar, a DC fez mais uma minissérie para "assentar terreno", nos moldes de Crise, desta vez chamada Zero Hora, que tinha como objetivo realinhar todas as linhas do tempo das histórias da DC, algumas já incoerentes após anos de revistas publicadas. O Batman pós-Zero Hora é considerado uma lenda urbana pela população de Gotham, sendo que poucos sabem que ele verdadeiramente existe. Além disso, o assassino de seus pais nunca foi encontrado, o que retirou Joe Chill do Universo DC.
Esta não seria a última reformulação de Batman, porém. Na saga Crise de Identidade, de 2005, Batman descobre que a feiticeira Zatanna alterou suas memórias, o que fez com que ele ficasse sem saber o que era verdade ou mentira, e não conseguisse mais confiar em nenhum super-herói. Naquele mesmo ano veio mais uma minissérie para acertar o Universo DC, Crise Infinita, que trouxe de volta para o Universo DC muitos personagens e eventos removidos na Crise nas Infinitas Terras e em Zero Hora - Joe Chill, por exemplo, voltou a existir. Atualmente, Batman continua vivendo em Gotham City e combatendo o crime, além de selecionar novos heróis para a Liga da Justiça.
Batman, por falar nisso, prefere trabalhar sozinho ou com um parceiro ocasional - como Robin, a Batmoça ou até mesmo o Super-Homem - mas já fez parte de muitas equipes de super-heróis ao longo de sua carreira. O Batman original, por exemplo, era membro honorário da Sociedade da Justiça da América, a primeira equipe de super-heróis dos quadrinhos, que fez sua estréia na revista All Star Comics número 3, de julho de 1940. A equipe havia sido criada pela editora para promover seus heróis mais desconhecidos, que viveriam aventuras algumas vezes contando com a companhia dos carros-chefes Batman, Super-Homem, Lanterna Verde e Flash. A Sociedade da Justiça teve histórias publicadas até 1960, voltou no meio da década de 70, sumiu junto com a "Terra Dois" na Crise, mas voltaria com novos membros na década de 90.
Em 1960, a revista The Brave and the Bold número 28 trouxe ao mundo uma nova equipe de heróis, a Liga da Justiça da América, teoricamente criada para substituir a Sociedade, mas com heróis populares na época, ao invés dos heróis clássicos da equipe anterior. Batman foi membro fundador da Liga, junto com Super-Homem, Mulher Maravilha, Flash, Lanterna Verde, Aquaman e Ajax, o Caçador de Marte. Batman permaneceu como membro da Liga até a última edição da The Brave and the Bold, o número 200, de 1983, quando ele formou uma nova equipe de super-heróis, os Renegados, da qual era o líder. Batman e os Renegados viveram aventuras na revista Batman and the Outsiders, que durou até 1988. A partir de 1993 a revista voltou a ser publicada, mas apenas com o título Outsiders, e sem a presença de Batman, que voltou para a Liga em 1996, no novo título JLA (Justice League of America, LJA aqui no Brasil), publicado até hoje.
Além dos quadrinhos, onde já apareceu em quase todas as publicações da DC e em mais alguns crossovers com personagens de outras editoras, Batman já teve versões para uma tira de jornal, uma novela de rádio, livros, uma série para o cinema de 1943, outra de 1949, a série de TV de 1966, uma série com vários heróis da DC, de 1979, e seis filmes para o cinema; incluindo um baseado na série, e lançado também em 1966, dois dirigidos por Tim Burton, dois por Joel Schumacher, e o mais recente, Batman Begins, que ano que vem ganhará uma continuação. Isso sem falar nos desenhos animados: o primeiro foi ao ar em 1968 e 1969, e consistia de um bloco com dois desenhos do Batman (sempre um episódio de Batman e um de Batman e Robin) e dois do Super-Homem; entre 1973 e 1986, Batman e Robin estiveram no ar como parte do desenho dos Superamigos; em 1977 estreou As Novas Aventuras de Batman, no qual Batman e Robin combatiam o crime com a ajuda do Bat-Mirim, desenho produzido até 1981; em 1992 o Homem-Morcego voltou com uma nova série, produzida por Bruce Timm, com o nome original de Batman: The Animated Series na primeira temporada, The Adventures of Batman and Robin de 1993 a 1995, quando o Menino-Prodígio passou a co-estrelá-lo, e The New Batman Adventures de 1997 a 1999, quando a Batmoça e Asa Noturna se uniram aos protagonistas; entre 1999 e 2001 foi prduzido Batman do Futuro, onde Bruce Wayne se aposenta e o manto de Batman passa para Terry McGinnis; Batman foi um dos personagens principais dos desenhos Liga da Justiça e Liga da Justiça Sem Limites, produzidos entre 2001 e 2006; e, finalmente, de 2004 até hoje está sendo produzido O Batman, primeiro desenho do herói totalmente separado dos demais elementos do Universo DC, como se ele fosse o único personagem existente. Batman e Robin ainda fizeram participações especiais em dois episódios de Os Novos Mistérios de Scooby-Doo, em 1972; Batman apareceu em três episódios do desenho do Super-Homem, em 1997, 1998 e 1999; e ainda apareceu como membro da Liga da Justiça em quatro episódios de Super Choque, em 2003, 2004 e 2005. Além disso tudo, Batman ainda estrelou cinco desenhos de longa-metragem, três sendo parte da série Batman: The Animated Series, um de Batman do Futuro e um de O Batman.
Ok, depois deste parágrafo imenso, o post acabou. A história de Batman, porém, não. Às vésperas de completar 70 anos, o herói segue popular, e ganhando novos fãs a cada dia. Feito notável para alguém que se veste de morcego.
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