domingo, 11 de janeiro de 2004

Escrito por em 11.1.04 com 0 comentários

Weezer

O Weezer e os Muppets!


Já falei de quase todas as minhas bandas preferidas. Hoje é a vez de falar do Weezer.

Como todas as anteriores, eu também conheci o Weezer meio sem querer. O primeiro contato que eu tive com a banda foi no CD do Windows 95, que trazia um clip da música Buddy Holly, em 1996. Quando eu vi o clip, achei que fosse alguma banda do final da década de 70 (quem conhece o clip deve saber o porquê) e não dei muita bola. Uns dois anos depois, no Dia dos Namorados de 98, a Cris estava procurando alguma coisa para me dar de presente (e os que me conhecem sabem como eu sou chato para presente), e eu acabei indo com ela a uma loja de CDs que tem aqui perto de casa. Após olhar os CDs por um tempão, não achei nada que me interessasse (tudo bem, já estava acostumado) mas achei o primeiro CD, o azulzinho, do Weezer. Tinha um plástico grosso, justo, parecia mesmo relançamento de alguma coisa da década de 70 (e a capa também não ajuda). Como estava em promoção mesmo, pedi para ela comprar.

Não foi amor à primeira vista, mas até que eu achei bem legalzinho. Depois eu vi mais uns dois clips na Mtv, e acabei gostando bastante da banda. No Natal do mesmo ano, acabei pedindo o segundo CD, Pinkerton, para a Cris. Esse eu achei sensacional.

E aí, depois do Pinkerton, eles sumiram. Voltaram em 2001 com o "álbum verde" (que se chama "Weezer" igual ao azul), e depois com o Maladroit. Esses dois são tão bons quanto o Pinkerton, até melhores em alguns aspectos. O meu preferido é o álbum verde, acho que ele tocou uma semana direto aqui em casa. Há muito tempo que eu não sabia um CD todo de cór.

O Weezer é uma banda muito divertida. O som é meio desafinado de propósito em alguns trechos, e algumas letras não querem dizer absolutamente nada (bem, pelo menos nada compreensível), sem falar que os integrantes têm cara de nerds. Isso tudo poderia ser um monte de defeitos, mas as músicas são animadas e com uma sonoridade bem legal.

Eles não são da década de 70 como eu pensava até comprar o primeiro CD. A banda foi formada em 1992, pelos amigos Rivers Cuomo (vocais), Jason Cropper (guitarra), Matt Sharp (baixo) e Pat Wilson (bateria). Eles tocaram durante 16 meses em clubes de Los Angeles, e gravaram várias demos, até serem contratados pela David Geffen Records em 1994. Durante a gravação de seu primeiro álbum, intitulado Weezer e conhecido como "o álbum azul", Cropper deixou a banda, e foi substituído por Brian Bell.

O álbum azul vendeu assustadoramente bem para um álbum de estréia, e ganhou vários prêmios da indústria da música americana. Apesar disso, ele é odiado por Rivers Cuomo, que diz não gostar de nenhuma música. Após este álbum, eles resolveram dar um tempo. Cuomo foi estudar Direito em Harvard, Sharp e Wilson formaram uma nova banda, The Rentals (que também é excelente, eu tenho os dois CDs) e Bell voltou para sua antiga banda, The Space Twins.

Por alguma razão desconhecida, eles resolveram se reunir novamente, e gravar seu segundo álbum, Pinkerton, de 1996. Este era um álbum bem mais pessoal para Cuomo, que diz ter se inspirado em sua ópera favorita, Madame Butterfly, para escrever as canções. A crítica, porém, detestou e meteu o malho (Nota do Guil: Eu realmente não entendo esses críticos. Pra mim, o Pinkerton é infinitamente melhor do que o álbum azul). Tal recepção negativa fez com que Cuomo ficasse muito deprimido e decidisse nunca mais tocar com o Weezer novamente. Sharp deixou a banda pouco antes desta decisão.

Mas ele não conseguiu ficar longe da música, e montou uma nova banda, The Rivers Cuomo Band, com seu amigo baixista Mikey Welsh. Como muito fãs perguntavam pelo retorno do Weezer, em 2000 Cuomo e Welsh se uniram a Bell e Wilson, e "ressucitaram" o Weezer (Nota do Guil: Até que enfim os fãs fizeram algo que presta). Para não chamar atenção, eles fizeram vários "shows secretos", sem divulgação de datas nem locais, e sempre usando pseudônimos, nunca o nome Weezer (Nota do Guil: Eu, hein). No Verão de 2000, eles decidiram marcar shows utilizando o nome Weezer, e, surpreendentemente, todos os ingressos se esgotaram em dois dias. Animados por esta receptividade, eles decidiram voltar oficialmente.

Assim, em 2001, foi lançado o terceiro álbum da banda, também intitulado Weezer, mas conhecido como "o álbum verde". Este disco foi bem recepcionado pela crítica, e Cuomo deu uma polêmica entrevista onde disse estar se lixando para a crítica, já que eles não gostaram do Pinkerton (Nota do Guil: Eu acho que é o melhor que ele faz). O álbum verde também vendeu incrivelmente bem, sendo ainda mais bem-sucedido que o álbum azul. Para aproveitar o momento, eles decidiram pegar algumas canções antigas, fazer algumas novas, e lançar o quarto álbum o mais rápido possível. Welsh deixou a banda pouco antes de começarem as gravações do quarto álbum, e o novo baixista passou a ser Scott Shriner.

No início de 2002, o quarto álbum, Maladroit, estava à venda. Sua boa vendagem e receptividade confirma que o Weezer está de volta às cabeças, o que parece afastar a depressão de Cuomo. No momento, os quatro trabalham em uma "versão especial" do álbum azul (talvez mais de acordo com o gosto de Cuomo), em um DVD especial de shows e clips, e em seu quinto álbum, ainda sem nome, que deve sair em 2004. Os fãs agradecem e esperam que nunca mais a banda dê ouvidos aos críticos.

A única parte que eu lamento é que, quando o Weezer ressucitou, os Rentals morreram. Pity.

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