X-Men: Apocalypse
2016
Quando assumiu a produção do que seria a nova trilogia dos X-Men, Bryan Singer mudou muitas coisas, mas manteve uma das ideias de Matthew Vaughn: como o primeiro filme (X-Men: Primeira Classe) foi ambientado na década de 1960 e o segundo (X-Men: Dias de um Futuro Esquecido) na de 1970, o terceiro seria ambientado na década de 1980. Singer também queria que a equipe principal da trilogia original, com Ciclope, Jean Grey e Tempestade, estreasse na nova trilogia, em versões mais jovens, e gostaria muito que o vilão do terceiro filme fosse Apocalipse; assim, ele reuniria os roteiristas Simon Kinberg, Dan Harris e Michael Dougherty (esses dois últimos, de X-Men 2) e anunciaria seu novo projeto, X-Men: Apocalipse, já em dezembro de 2013, quase seis meses antes da estreia de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido.
O anúncio oficial do projeto, entretanto, só seria feito pela Fox em setembro de 2014, quando Singer seria confirmado como diretor, declarando que X-Men: Apocalipse seria "a conclusão de seis filmes dos X-Men", mas, ao mesmo tempo, "um renascimento da equipe com personagens mais jovens" e "a verdadeira origem dos X-Men". O diretor também confirmaria a presença não somente de Ciclope, Jean Grey e Tempestade, mas também de Noturno, dizendo que eles seriam "tão importantes quanto os demais personagens", enquanto Kinberg diria que a verdadeira protagonista da nova trilogia seria Mística, que começou "como uma garotinha assustada" no primeiro filme, cresceria como personagem no segundo e encontraria seu verdadeiro caminho no terceiro.
A declaração de Kinberg, evidentemente, seria motivada pelo fato de que a intérprete de Mística, Jennifer Lawrence, agora já era uma atriz renomada em Hollywood, com três indicações e uma vitória no Oscar (Melhor Atriz por O Lado Bom da Vida) e três Globos de Ouro no currículo, e era interessante para a Fox que ela tivesse destaque no filme. Até mesmo a campanha de marketing do filme tratava Mística como protagonista, colocando-a inclusive em um controverso pôster no qual ela era enforcada por Apocalipse, que motivou protestos de grupos que combatem a violência contra a mulher e uma declaração furiosa da atriz Rose McGowan, que disse ser um problema o pessoal de marketing da Fox acreditar que violência contra a mulher é a melhor forma de promover um filme, e que o fato de que ninguém apontou para eles que a imagem era problemática era "uma prova de sua estupidez".
Outra controvérsia envolvendo o filme viria de uma fala do vilão Apocalipse, que diria que, ao longo da história, ele teve vários nomes, um deles sendo Krishna, divindade do hinduísmo que representa o amor, a compaixão, a proteção e a ternura. Essa cena estaria presente no primeiro trailer divulgado do filme, e enfureceria o sacerdote hindu Rajan Zed, que escreveria uma carta para Singer, mais tarde tornada pública, na qual dizia que a fala era uma ofensa e um desrespeito ao hinduísmo, e exigia que ela, e quaisquer outras referências a Krishna, fossem removidas do trailer e da versão final do filme. Após receber a carta, Singer tiraria o trailer de circulação, e pediria para que a fala fosse editada na versão final do filme.
Singer convidaria o ator Oscar Isaac para interpretar Apocalipse e Hugh Jackman para fazer uma participação especial como Wolverine, mas os atores que interpretariam as versões mais jovens dos X-Men seriam escolhidos através de testes. O mais controverso seria o teste para Jean Grey, papel para o qual a preferida seria Grace Futton, que mais tarde interpretaria Mary Bromfield no filme Shazam!; na última rodada, o papel estava entre ela, Ashley Benson e Sophie Turner. A equipe responsável por escolher o elenco diria que Turner faria os melhores testes e, por isso, ficaria com o papel, mas boatos se espalhariam de que eles haviam recebido uma ordem dos executivos da Fox para decidir por Turner, por ela já ser famosa por interpretar Sansa Stark em Game of Thrones.
No filme, Apocalipse é um mutante que nasceu no Antigo Egito, e que possui uma máquina capaz de transferir poderes de outros mutantes para ele, se tornando virtualmente imortal e invencível. Após uma revolta, seus seguidores são mortos e ele é enterrado vivo, permanecendo assim até 1983, quando é acidentalmente libertado por Moira MacTaggert durante uma missão da CIA no Egito. Após concluir que a humanidade está perdida sem um líder, Apocalipse decide que vai dominar o mundo, e, ao tomar conhecimento da existência de Charles Xavier, decide que seus poderes telepáticos seriam a arma perfeita para que esse objetivo fosse alcançado, passando a perseguir o Professor, que, no meio tempo entre o filme anterior e esse, criou sua famosa escola de mutantes, que já conta com muitos jovens com poderes especiais de várias partes do planeta.
O elenco conta com James McAvoy como o Professor Charles Xavier, Michael Fassbender como Erik Lehnsherr / Magneto, Jennifer Lawrence como Raven Darkhölme / Mística, Nicholas Hoult como Hank McCoy / Fera, Oscar Isaac como En Sabah Nur / Apocalipse, Rose Byrne como Moira MacTaggart, Evan Peters como Peter Maximoff / Mercúrio, Josh Helman como o Coronel William Stryker, Sophie Turner como Jean Grey, Tye Sheridan como Scott Summers / Ciclope, Lucas Till como Alex Summers / Destrutor, Kodi Smit-McPhee como Kurt Wagner / Noturno, Alexandra Shipp como Ororo Munroe / Tempestade, Ben Hardy como Arcanjo, Olivia Munn como Psylocke, Lana Condor como Jubileu, e Tómas Lemarquis como Caliban. Zehra Leverman repete sua participação como a Sra. Maximoff, Carolina Bartczak e T.J. McGibbon fazem participações especiais como Magda e Nina, esposa e filha de Magneto, e Hugh Jackman aparece brevemente como Logan / Wolverine; outras participações especiais incluem Gustav Claude Ouimet como Blob e Zeljko Ivanek como um cientista do Pentágono. Stan Lee e sua esposa, Joan, fazem uma aparição como um casal que assiste a um ataque de Apocalipse.
Dessa vez quem mais sofreria com a caracterização seria Oscar Isaac: a maquiagem de Apocalipse era feita de látex e colada na pele do ator, levando cerca de quatro horas para ser aplicada, e a roupa do personagem pesava 20 kg, devido a um mecanismo de refrigeração interno, por ser quente demais. Quando não estivesse de pé, o único lugar onde o ator podia se sentar com a roupa era uma espécie de sela, especialmente projetada para que nada fosse danificado, e, em cenas externas, nem mesmo o sistema de refrigeração da roupa dava conta, com a sela tendo de ser empurrada para dentro de uma tenda refrigerada, o que fazia com que o ator passasse seu tempo livre sozinho, sem poder conversar com colegas de elenco ou com o pessoal da produção. A cada sessão de gravação, Isaac gastava cerca de nove horas apenas se transformando em Apocalipse e de volta, já que tanto colocar quanto remover a roupa eram processos que demoravam mais de duas horas cada, com a colocação só podendo ocorrer após ele estar maquiado.
As filmagens ocorreriam integralmente em Montreal, no Canadá; Singer se afastaria por dez dias alegando ter de tratar um problema de tireóide em Los Angeles, o que faria com que Kinberg assumisse como diretor, sem ser creditado. Mais uma vez, a empresa Rising Sun Pictures ficaria responsável por uma cena de Mercúrio em alta velocidade, desta vez para salvar os alunos da Mansão após um ataque de Apocalipse. Ao todo, cinco empresas de efeitos especiais trabalhariam no filme, com as outras quatro sendo Moving Picture Company, Hydralux, Digital Domain e Cinesite.
De forma incomum para um lançamento da Fox, X-Men: Apocalipse teria uma pré-estreia em Londres, em 9 de maio de 2016, estrearia em quase todo o planeta em 18 de maio, mas nos Estados Unidos apenas na semana seguinte, em 25 de maio. Com orçamento de 178 milhões de dólares, renderia 155,4 milhões nos Estados Unidos e 388,5 milhões no restante do planeta, totalizando 543,9 milhões, quase um terço a menos do que rendeu X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, mas o suficiente para ser o segundo filme mais rentável da franquia dos X-Men, depois justamente dele. A crítica ficaria dividida, elogiando as performances de McAvoy e Fassbender, mas achando que Apocalipse era um vilão muito cliché e o roteiro era muito fraco, sem nenhum tema relevante como havia ocorrido com os dois anteriores.
De fato, diferentemente do que ocorreu em X-Men: Primeira Classe e X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, totalmente imersos nas épocas em que eram ambientados, inclusive se aproveitando disso para discutir questões relevantes delas sob uma perspectiva atual, em X-Men: Apocalipse a ambientação nos anos 1980 parece apenas uma desculpa para os X-Men da trilogia original estarem mais jovens, sendo perfeitamente possível se esquecer de que o filme é ambientado no passado enquanto o estamos assistindo. Muitos críticos consideraram o filme "frustrante" e "um encerramento melancólico para a franquia", já que ele vinha sendo anunciado pela Fox como o último; Oscar Isaac também se diria desapontado com o filme, e declararia "não saber no que estava se metendo" quando aceitou participar, embora tenha garantido não ter se arrependido de interpretar Apocalipse.
Dark Phoenix
2019
X-Men: Apocalipse possui uma cena pós-créditos que faz referência à Corporação Essex, ligada ao vilão dos quadrinhos conhecido como Sr. Sinistro. Quando essa informação foi vazada, Kinberg seria perguntado se esse era um indício de que um "quarto filme da nova trilogia" seria produzido, mas negaria, dizendo ser uma referência a Logan, que estrearia em 2017. Singer, entretanto, se diria aberto à possibilidade de dirigir mais filmes, talvez até mesmo uma terceira trilogia, na qual as versões jovens de Ciclope, Jean Grey, Tempestade e Noturno seriam os protagonistas, com pouco destaque sendo dado a personagens mais velhos como Magneto, Mística e Fera; ele também declararia ter interesse em fazer um filme no qual o vilão fosse Proteus.
Mas parece que o espeto na pata de Singer era mesmo a Fênix Negra, já que, antes mesmo da estreia de X-Men: Apocalipse, ele apresentaria à Fox um projeto para um filme no qual a versão maligna de Jean Grey seria a antagonista - algo que ele quis fazer na trilogia original mas não pôde por trocar a produção por Superman: O Retorno, com a missão de dirigir a Jean Grey do mal nos cinemas passando para Brett Ratner, com o resultado sendo extremamente criticado e Singer decidindo aproveitar a chance dada pela mudança na linha temporal feita em X-Men: Dias de Um Futuro Esquecido para recontar a história à sua maneira. A informação de que um sétimo filme dos X-Men seria produzido, e que teria como tema a Fênix Negra, vazaria para a imprensa em abril de 2016, e o projeto seria confirmado em maio, pouco após a estreia de X-Men: Apocalipse nos cinemas.
Inicialmente, Kinberg pensaria na história como sendo não um, mas dois filmes, com o primeiro se chamando X-Men: Supernova, o segundo X-Men: Dark Phoenix e ambos sendo filmados back to back - as filmagens do segundo começando quando o primeiro entrasse em pós-produção. Isso iria ao encontro do decidido inicialmente entre Singer e a Fox, de que seria filmada uma terceira trilogia focada nos X-Men jovens. Com essa ideia em mente, Kinberg pensaria em trazer de volta Emma Frost, que lideraria uma nova versão do Clube do Inferno composta por Shinobi Shaw (filho de Sebastian), Harry Leland, Friedrich von Roehm, Lótus Vermelha e os irmãos Fenris. Esses seriam os antagonistas principais do primeiro filme, com Jean se tornando a Fênix Negra já no final e sendo a antagonista apenas no segundo. Mantendo a tradição de avançar dez anos a cada filme, esses dois seriam ambientados na década de 1990, e o terceiro dessa trilogia na década de 2000 - já que o primeiro filme dos X-Men é de 2000, mas ambientado "em um futuro próximo", o que fecharia o espaço entre as duas trilogias "ambientadas no passado" e a original, "ambientada no presente".
Em 2017, contudo, Singer seria envolvido em um escândalo de abuso sexual, e, em um comunicado oficial, a Fox diria estar "apertando o botão de reset após o fracasso de X-Men: Apocalipse", com a franquia sendo "reconfigurada" sem sua participação. Kinberg seria mantido como roteirista, tendo recebido 8 milhões de dólares pela tarefa antes do desligamento de Singer, mas receberia uma ordem para que fosse um filme só, com poucos personagens novos, o que inviabilizaria o novo Clube do Inferno. A Fox sugeriria que os vilões fossem Skrulls, a raça alienígena capaz de mudar de forma, com o entendimento na época sendo o de que os direitos sobre eles faziam parte do pacote negociado quando eles compraram os direitos do Quarteto Fantástico. Durante as filmagens, entretanto, a Disney começaria a negociar a compra da Fox, e, para evitar confusão, Kinberg decidiria trocar os Skrulls por uma raça alienígena também capaz de copiar a aparência de outras pessoas chamada D'Bari - mesmo nome da raça que nos quadrinhos foi exterminada quando a Fênix Negra consumiu a estrela em torno da qual seu planeta orbitava. Kinberg declararia que, apesar da mudança, basearia os D'Bari no Clube do Inferno, dando a eles uma sede em uma mansão no centro de Nova Iorque e fazendo da personagem de Jessica Chastain um amálgama do papel que Emma Frost e Mestre Mental tiveram nos quadrinhos.
Em uma entrevista durante a pós-produção, Kinberg diria que, assim que Singer foi desligado do projeto, ele soube em seu íntimo qual era a história que ele deveria contar, e que o filme surgiria tão claro em sua mente que ele não se conformaria se a Fox o tivesse dado a outro diretor. Ele começaria a escrever essa história sem saber se poderia contar com McAvoy, Fassbender, Lawrence e Hoult no elenco, já que os contratos de todos os quatro haviam terminado após X-Men: Apocalipse, mas mantendo Xavier, Magneto, Mística e Fera; Turner, central para o enredo, ainda estava sob contrato, e confirmaria em uma entrevista em fevereiro de 2017 que voltaria a interpretar Jean Grey.
Em abril de 2017, a Fox anunciaria que, além de roteirista e co-produtor do filme, ao lado de Hutch Parker, Kinberg também seria o diretor do filme, que seria sua estreia oficial na função - Lauren Shuler Donner também seria creditada como produtora, mas apenas por "razões contratuais", sem nenhum envolvimento com o filme. O anúncio oficial do título e do logotipo do filme também seria feito nessa ocasião: em inglês, ele se chamaria apenas Dark Phoenix, sem "X-Men" antes, e traria, ao final de "Phoenix", um X dentro de um círculo que supostamente era uma referência ao logotipo dos X-Men, mas que todo mundo achou que ficou mais parecido com o da série Arquivo X.
No mesmo anúncio, o estúdio também confirmaria a presença de todo o elenco principal do filme anterior - McAvoy, Fassbender, Lawrence, Hoult, Turner, Sheridan, Shipp e Smit-McPhee - além de Chastain, que seria anunciada como Lilandra, algo que, mais tarde, a própria atriz revelaria ter sido uma tática para despistar a imprensa, e de Halston Sage como Cristal, que, devido a uma revisão de roteiro, acabaria tendo apenas uma pequena participação em uma cena ao invés de ser um novo membro da equipe. Essa revisão de roteiro seria feita após as filmagens já terem começado, e envolveria também dois outros personagens: Psylocke, originalmente, estaria na equipe dos X-Men, mas Munn teve de deixar a produção por conflitos de datas com as filmagens de O Predador, e Mercúrio não estava, com Peters sendo convidado de última hora devido ao grande sucesso que seu personagem havia feito nos dois filmes anteriores.
Kinberg também pediria para que os uniformes dos X-Men fossem os mais fiéis aos quadrinhos possível, algo que, segundo ele, sempre o incomodou, mas que ele jamais esteve em posição de exigir. O figurinista Daniel Orlandi não veria sentido em criar um uniforme diferente para cada personagem, como ocorria nos quadrinhos, e decidiria fazer um uniforme único para todos, inspirado no amarelo e azul da equipe original de 1963, mas que lembrava bastante o dos Novos X-Men de Grant Morrison e Frank Quitely, de 2001. Orlandi também havia sido o figurinista de Logan, e Kinberg pediria para que ele coordenasse as equipes de cenografia para que X-Men: Fênix Negra tivesse a mesma aparência natural e "feita à mão" do último filme do Wolverine. Uma das pérolas da produção seria a versão em filme de Genosha, a ilha que em teoria é um paraíso para mutantes, retratada como se os próprios refugiados, liderados por Magneto, tivessem construído o vilarejo onde moram com suas próprias mãos.
As filmagens mais uma vez ocorreriam integralmente em Montreal, Canadá; apesar das mudanças de última hora no roteiro - e do fato de que, quando a troca dos Skrulls pelos D'Bari foi feita, algumas cenas já haviam sido filmadas com personagens falando o nome "Skrulls" e dando a entender que os alienígenas eram Skrulls idênticos aos dos quadrinhos, que tiveram de ser regravadas - elas se concluiriam em apenas cinco meses, o que, como a data de estreia prevista para o filme era novembro de 2018, daria a Kinberg quase um ano para trabalhar na pós-produção, do qual ele diria usar cada segundo para focar "na nuance dos efeitos especiais, ao invés de em sua escala", efeitos esses que ficariam a cargo das empresas MPC, MELS, Rising Sun Pictures, Rodeo FX, Scanline VFX e Soho VFX.
Também em uma entrevista durante a pós-produção, Lawrence diria que pensou em não aceitar renovar seu contrato, por detestar a maquiagem de Mística, e que só aceitou ao saber que Kinberg estava cotado para a direção, chegando a fazer campanha para que a Fox o efetivasse ao invés de escolher outro para o cargo. Outro ponto que atraiu Lawrence, também citado por Chastain como a razão pela qual ela finalmente decidiu aceitar um convite para um filme de super-heróis, seria o foco da história mais sobre as personagens femininas do que sobre os masculinos, com Jean Grey tendo papel central, a cena mais impactante envolvendo Mística - outra razão pela qual Lawrence, segundo ela, havia aceitado repetir o papel, após ler o roteiro - e a vilã também sendo uma mulher.
Após mostrar o filme a plateias de teste, Kinberg decidiria regravar algumas cenas, mas não poderia contar com todos os atores necessários até agosto ou setembro de 2018, o que faria com que a Fox adiasse a data prevista de estreia do filme para fevereiro de 2019. Antes do fim de 2018, a Fox adiaria o filme novamente, para junho, para atender a um pedido da China, onde o trailer fez muito sucesso, mas onde não era possível a estreia em fevereiro por causa do Ano Novo Chinês, e a um de James Cameron, cujo filme Alita: Anjo de Combate, também da Fox, estava previsto para estrear em fevereiro, com o diretor não querendo ter que competir com outro blockbuster do mesmo estúdio. Kinberg e Parker seriam contra a mudança, alegando que X-Men: Fênix Negra não era um filme apropriado para a grande competição que enfrentaria estreando no verão; em entrevistas após a estreia, Kinberg diria que tentaria fazer o filme mais intimista e sombrio e menos bombástico que os demais da franquia dos X-Men, inclusive terminando-o sem consumir todo o orçamento reservado pela Fox, mesmo com as novas cenas gravadas no final de 2018, e que isso poderia ser um demérito quando ele fosse comparado aos demais blockbusters do verão, como Godzilla: Rei dos Monstros e Homens de Preto Internacional.
X-Men: Fênix Negra estrearia em 4 de junho de 2019. Durante sua produção, a Fox diria repetidas vezes que seria "o primeiro filme da Marvel com uma protagonista feminina"; aparentemente, eles se esqueceriam de que a própria Fox havia lançado Elektra em 2005, mas, de qualquer forma, devido às mudanças de data, Capitã Marvel estrearia em 4 de março, exatamente três meses antes. Apesar de toda a dedicação de Kinberg, o filme seria um fracasso. A crítica seria amplamente negativa, considerando-o o pior da franquia, "profundamente decepcionante", "cheio de oportunidades desperdiçadas" e um "encerramento melancólico" - quando ficou claro que, devido à compra da Fox pela Disney, ele não teria uma continuação. O elenco também seria considerado "desinteressado" no filme, devido principalmente às atuações de McAvoy, Fassbender, Lawrence e Turner, que os críticos acharam estar abaixo do padrão desses atores. O "feminismo forçado" do filme - segundo Kinberg, não-intencional - também seria alvo de duras críticas, principalmente de críticas mulheres, e especialmente uma cena na qual Mística diz que o nome da equipe deveria ser X-Women.
Além de mais criticado, X-Men: Fênix Negra seria o filme de pior bilheteria da franquia: com orçamento de 200 milhões de dólares, renderia a soma ridícula de 65,9 milhões nos Estados Unidos e mais 186,6 milhões no resto do planeta, somando 252,4 milhões e trazendo prejuízo para a Fox quando somados gastos de distribuição e marketing. Kinberg assumiria total responsabilidade, dizendo que, já que ele era o diretor e o roteirista, se o filme não agradou, a culpa era exclusivamente dele, mas outros profissionais da indústria decidiriam defendê-lo, apontando as mudanças feitas pela Fox, primeiro de dois filmes para um, depois nos antagonistas, e quem sabe em mais o quê, como as principais responsáveis pelo fracasso. Chris Claremont, roteirista da Saga da Fênix Negra nos quadrinhos, também defenderia Kinberg, dizendo que o problema tanto de X-Men: O Confronto Final quanto o de X-Men: Fênix Negra, era ser impossível contar toda a história da Fênix Negra em um filme só, com a ideia inicial de Kinberg parecendo a mais correta. Em entrevistas recentes, Kinberg diria que, se tivesse podido fazer dois filmes, usaria o primeiro para fazer a plateia se apaixonar por Jean Grey, e o segundo para despedaçar seus corações.
Um dos defeitos do filme é que, ao invés de fazer Jean ser possuída por uma entidade alienígena, como nos quadrinhos, ele insiste na história de X-Men: O Confronto Final, de que ela é poderosa demais para seu próprio bem e, por causa disso, Xavier colocou bloqueios psíquicos nela quando ela era criança, para que ela não conseguisse acessar a totalidade de seus poderes, até que, mais uma vez durante uma missão dos X-Men - desta vez, no espaço, para salvar um ônibus espacial em perigo - algo acontece que derruba esses bloqueios, fazendo com que os poderes de Jean alcancem níveis jamais vistos, ela fique meio trelelé da cabeça, ataque os X-Men e fuja, procurando Magneto em busca de ajuda. Paralelamente a isso, chega à terra Vuk, do povo D'Bari, que foi dizimado pelo mesmo evento cósmico que desbloqueou os poderes de Jean; Vuk se oferece para guiá-la e ajudá-la a controlar esses poderes, mas na verdade planeja usá-los para conquistar a Terra, transformando-a em um novo lar para os D'Bari remanescentes.
O elenco conta com James McAvoy como o Professor Charles Xavier, Michael Fassbender como Erik Lehnsherr / Magneto, Jennifer Lawrence como Raven Darkhölme / Mística, Nicholas Hoult como Hank McCoy / Fera, Sophie Turner como Jean Grey / Fênix, Tye Sheridan como Scott Summers / Ciclope, Alexandra Shipp como Ororo Munroe / Tempestade, Evan Peters como Peter Maximoff / Mercúrio, Kodi Smit-McPhee como Kurt Wagner / Noturno, Halston Sage como Alison Blaire / Cristal e Jessica Chastain como Vuk. Outros personagens de destaque são Scott Shepherd e Hannah Emily Anderson como John e Elaine Grey, pais de Jean; Ato Essandoh como Jones, segundo em comando de Vuk; Brian d'Arcy James como o Presidente dos Estados Unidos; Kota Eberhardt como Selene Gallio; Andrew Stehlin como Ariki; e Lamar Johnson como Match. Chris Claremont faz uma pequena participação especial como um convidado durante uma cerimônia na qual Xavier recebe um prêmio na Casa Branca.
The New Mutants
2020
Quando foram criados, na década de 1960, os X-Men, compostos por Ciclope, Fera, Anjo, Homem de Gelo e Jean Grey, eram uma equipe de super-heróis adolescentes. Conforme o tempo foi passando, principalmente depois da estreia da "nova equipe", que contava com Wolverine, Tempestade, Colossus, Noturno e Banshee, na década de 1970, eles passariam a ser uma equipe de super-heróis adultos. Assim, no início da década de 1980, quando a revista The Uncanny X-Men já era a campeã de vendas da Marvel, o editor Jim Shooter decidiria lançar uma nova revista, que trouxesse uma equipe de super-heróis mutantes adolescentes, resgatando o clima jovial das primeiras aventuras dos mutantes, mas atualizando os temas abordados para a época atual. Essa revista teria o nome muito pouco criativo de Os Novos Mutantes, e, ao contrário do que costuma acontecer nessas ocasiões, seria um grande sucesso, se tornando o primeiro de muitos spin offs dos X-Men lançados pela Marvel nos anos seguintes.
Assim como a equipe dos X-Men, a dos Novos Mutantes mudaria bastante ao longo dos anos, com antigos membros saindo - principalmente porque ficavam adultos - e novos chegando, e, nos anos 1990, ela até mesmo deixou de existir, sendo substituída pela X-Force, um conceito mais de acordo com o exigido pelo mercado de quadrinhos da época. No imaginário popular, entretanto, os Novos Mutantes seriam sempre "a versão adolescente dos X-Men", tanto que, em 2009, Lauren Shuler Donner apresentaria à Fox a ideia de um filme dos Novos Mutantes, apenas com mutantes adolescentes que haviam acabado de descobrir seus poderes e precisavam de alguém para orientá-los, o que seria um contraponto ao fato de que os X-Men, nos filmes, sempre foram uma equipe adulta. Como estava querendo reformular os filmes dos X-Men, a Fox colocaria o projeto "em espera", sem data definida para sua realização.
Em 2014, ao ficar sabendo do projeto, o diretor Josh Boone, fã dos quadrinhos dos Novos Mutantes, chamaria Knate Lee, seu melhor amigo de infância, e os dois preparariam uma sinopse do filme, mas em formato de revista em quadrinhos, usando recortes de edições da equipe escritas por Chris Claremont e desenhadas por Bill Sienkiewicz. Os dois mostrariam essa sinopse a Simon Kinberg, que a adoraria e traçaria um plano para que o filme dos Novos Mutantes estreasse após X-Men: Apocalypse, também sendo ambientado na década de 1980. A Fox contrataria Boone como diretor e ele e Lee como roteiristas em 2015, colocando Kinberg e Shuler Donner como produtores; em 2016, Kinberg declararia que, assim como Deadpool, o filme dos Novos Mutantes seria ambientado no mesmo universo dos filmes dos X-Men, mas sem sofrer nenhuma restrição por isso, tendo inclusive um clima totalmente diferente, mais ao estilo das produções para jovens.
A primeira versão do roteiro trazia dois personagens que já tinham aparecido em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido, Apache e Mancha Solar, mais Míssil, Miragem, Lupina e Magia, e dois X-Men adultos, Xavier e Tempestade, que atuariam como seus mentores, com James McAvoy e Alexandra Shipp sendo convidados a repetirem seus papéis; Maisie Sinclair, que estava fazendo sucesso em Game of Thrones, e Anya Taylor-Joy também receberiam convites, para os papéis de Lupina e Magia, mas Adan Canto e Booboo Stewart, intérpretes de Mancha Solar e Apache em X-Men: Dias de um Futuro Esquecido diriam não terem sido convidados. Segundo Boone, o roteiro seria no estilo "Stephen King encontra John Hughes", com o vilão do filme sendo um urso demoníaco que persegue a mutante Miragem em uma das melhores histórias dos Novos Mutantes nos quadrinhos. Em agosto de 2016, a Fox confirmaria McAvoy, Williams e Taylor-Joy no filme, bem como Nat Wolff, que interpretaria Míssil, e anunciaria que Scott Neustadter e Michael H. Weber estavam fazendo revisões no roteiro, principalmente para acrescentar o personagem Warlock - com o comediante Sacha Baron Cohen sendo o mais cotado para interpretá-lo.
As filmagens estavam previstas para começar no início de 2017, com a data provisória de estreia marcada para abril de 2018. Em abril de 2017, a Fox anunciaria que Karen Rosenfelt substituiria Kinberg na produção do filme, para que ele pudesse se dedicar a X-Men: Fênix Negra, e que, justamente por causa da decisão de fazer mais um filme dos X-Men, McAvoy não estaria no filme dos Novos Mutantes; o estúdio também anunciaria que Wolff não seria mais o intérprete de Míssil, e que estava fazendo "sérios esforços" para que o elenco fosse "etnicamente apropriado", procurando um ator sul-americano para interpretar Mancha Solar e uma nativo-americana para interpretar Miragem. Em maio, o brasileiro Henry Zaga seria anunciado como o intérprete de Mancha Solar, e Rosario Dawson seria anunciada como Cecilia Reyes, a nova mentora adulta do grupo após Xavier e Tempestade terem sido removidos do roteiro. Em junho, Charlie Heaton seria confirmado como Míssil e, "após uma extensiva e desgastante busca que prezou pela autenticidade étnica", Blu Hunt seria anunciada como Miragem; Dawson, entretanto, teria que deixar o projeto, sendo substituída no papel de Reyes por outra brasileira, Alice Braga.
Nesse ponto, o início das filmagens já estava atrasado se a Fox quisesse manter a estreia em 2018, mas, mesmo assim, Boone faria uma nova revisão do roteiro, na qual decidiria retirar também Colossus, que tinha algumas cenas no filme por ser irmão de Magia, e Warlock, que "não estava funcionando" dentro da história que ele queria contar - Boone queria que o filme dos Novos Mutantes fosse um filme de terror ambientado no universo dos X-Men, "sem supervilões e sem uniformes", porque, segundo ele, o que ele mais gostava nos quadrinhos dos Novos Mutantes que lia em sua infância era o clima de tensão e de sobrenatural que ele não encontrava nas histórias dos X-Men. A Fox, contudo, não concordava com essa abordagem, e chegaria a montar uma equipe de sete roteiristas, que incluía Neustadter, Weber, Scott Frank, Josh Zetumer, Seth Grahame-Smith e os irmãos Chad e Carey Hayes, para "desmontar o roteiro e montá-lo de volta". Após uma demorada reunião com a Fox, Boone anunciaria que os dois lados haviam chegado a um acordo, com o filme sendo de terror, mas "sem excesso de sangue e sustos" e "mais apropriado a uma audiência jovem"; segundo esse mesmo acordo, embora o roteiro final tenha tido contribuições de todos os sete roteiristas contratados pela Fox, Boone e Lee seriam os únicos creditados.
Pouco antes do início das filmagens, Boone ainda teria de lidar com outra controvérsia, causada pela escolha de Zaga - já que, nos quadrinhos, Mancha Solar é negro, e o ator escolhido para representá-lo é branco. O diretor diria ter feito testes com "atores brasileiros de todos tons de pele sob o sol", que Zaga havia sido o que mais se destacou, que, "se Zaga não existisse, talvez tivesse escolhido alguém de pele mais escura", e que sua intenção era que o personagem "fosse uma representação positiva do povo brasileiro", sem que o tom de pele fosse um fator determinante. Enquanto se justificava por Zaga, Boone também seria criticado por ter escolhido Hunt, uma atriz sem experiência no cinema e que só é nativo-americana por parte da família do pai, o que o diretor disse que era "uma provocação sem fundamento".
As filmagens começariam em julho de 2017, e ocorreriam quase que integralmente no Medfield State Hospital, em Boston, um sanatório desativado que também havia servido de cenário para o filme Ilha do Medo, com Leonardo DiCaprio, de 2010 - segundo Boone, quase todos os membros da equipe de filmagens diriam ter "sentido coisas esquisitas" enquanto estavam filmando. Ainda segundo Boone, após o insucesso de X-Men: Apocalypse, a Fox ordenaria que o filme fosse ambientado na época atual, e não na década de 1980, mas que, devido ao isolamento dos personagens, que faria com que eles não lidassem com tecnologias modernas, muito pouco teve de ser alterado no roteiro. Boone pediria para que os efeitos especiais fossem feitos à moda antiga, para que o filme ficasse com cara dos filmes de terror que ele assistia quando pequeno; por causa disso, somente cerca de 10% do filme seria gravado em frente a um chroma key, algo notável para um filme de super-heróis. O diretor diria que toda a experiência de filmagem seria extremamente estressante, já que a toda hora a Fox pedia para que ele mudasse alguma coisa, e, a cada mudança, o filme se distanciava mais e mais do clima de terror que ele queria que tivesse - nem mesmo o urso demoníaco pôde ser o vilão principal do filme, sendo apenas um desafio momentâneo.
Mas o calvário de Boone estava apenas começando: após o término das filmagens, ele supervisionaria pessoalmente a edição do filme, e conseguiria chegar a um resultado que estivesse dentro do que a Fox pediu: um filme apropriado para plateias jovens, com clima tenso mas sem excesso de terror. As plateias de teste responderam positivamente, e o filme estava pronto para ser lançado, quando, devido ao enorme sucesso de It: A Coisa, da Warner, que havia estreado em setembro de 2017, os executivos da Fox procuraram Boone e disseram que prefeririam que ele fizesse o filme de terror que queria fazer desde o início. Eles até mesmo, sem consultar Boone, editariam o primeiro trailer de Os Novos Mutantes, dando destaque aos elementos mais assustadores e levando as plateias a entenderem que Os Novos Mutantes seria um filme de terror adolescente no mesmo estilo de It.
Para poder desfazer o que a Fox havia exigido e refazer do jeito que ele queria, que era o que a Fox também queria agora, Boone precisaria fazer muitas refilmagens, já que só editá-lo novamente com o que já haviam filmado era impossível, o que faria com que o estúdio alterasse a data de estreia prevista para fevereiro de 2019. Durante as refilmagens, a Fox diria que o filme deveria ser "o mais distinto possível dos demais filmes dos X-Men", e que Boone deveria usar Deadpool e Logan como exemplo, e o diretor calcularia que, para atender ao que a Fox estava pedindo, mais da metade do filme teria de ser refilmado. Durante as refilmagens, surgiriam boatos de que uma cena pós-créditos trazendo Jon Hamm como Sr. Sinistro havia sido filmada e descartada, substituída por uma que trazia Antonio Banderas como o pai de Mancha Solar; Kinberg negaria que ambas as cenas haviam sido gravadas, e Hamm diria ter sido convidado para interpretar o Sr. Sinistro, mas jamais ter filmado a cena.
Por causa da disponibilidade dos atores, as refilmagens seriam marcadas para setembro de 2018, o que faria com que a data prevista de lançamento fosse novamente alterada, para agosto de 2019. Entretanto, quando a compra da Fox pela Disney se concretizou, em março de 2019, as refilmagens sequer haviam começado, nem tinham previsão de quando iam começar. Em agosto de 2019, a Disney declararia que, da forma como estava, o filme "não tinha potencial de boa bilheteria", e consideraria sequer lançá-lo nos cinemas, cogitando lançá-lo diretamente em streaming. Kinberg convenceria a Disney a lançar o filme nos cinemas, e marcaria o início das refilmagens para "o final de 2019", com a nova data de estreia sendo marcada para abril de 2020; em entrevistas, ele diria que estava sendo muito difícil reunir todos os atores necessários para as refilmagens em uma mesma data. As refilmagens começariam em dezembro de 2019, e, segundo a Disney, atenderiam a três critérios: tornar o filme mais fiel à ideia original de Boone, torná-lo mais parecido com os filmes dos Marvel Studios, e remover todas as referências aos demais filmes dos X-Men, exceto as absolutamente necessárias; isso levaria até mesmo a especulações de que o filme faria parte do MCU.
Em março de 2020, Boone diria em entrevistas que, quando a Disney comprou a Fox, toda a produção de Os Novos Mutantes foi suspensa, e não houve nenhuma refilmagem ou filmagem de cenas novas; ainda assim, a Disney queria que ele re-editasse o filme, para ficar mais parecido com sua ideia original do que a versão mostrada para as plateias de teste em 2017. Na época, Boone e os editores da primeira versão estavam trabalhando na série The Stand; o diretor pediu uma folga para poder terminar o filme, mas teve de usar outro editor. Quando a nova edição começou, a Disney autorizou Boone a filmar novas cenas, mas, achando que, após três anos, o elenco, composto por atores jovens, já estaria mais velho e diferente, o diretor recusaria; nem mesmo a cena pós-créditos com Banderas, também autorizada pela Disney, seria gravada, já que novos filmes dos X-Men não seriam produzidos tão cedo. Mesmo sem as cenas novas, Boone ficaria satisfeito com o resultado, garantindo ao elenco que o filme final era "o filme que eles começaram a fazer".
Na versão final do filme, jovens mutantes são reunidos em um hospital por uma médica que faz vários testes de saúde, psicológicos e de seus poderes; eles imaginam que ela está trabalhando para Charles Xavier, e que, um dia, eles farão parte dos X-Men, mas, na verdade, a médica trabalha para a Corporação Essex, que tem planos muito mais sinistros para eles. O caldo entorna quando os testes feitos em uma das integrantes do grupo liberam traumas de infância que fazem com que seus poderes coloquem os demais em perigo, levando-os a ter de salvá-la de si mesma para que eles também possam ser salvos. O elenco conta com Maisie Williams como Rahne Sinclair / Lupina, Anya Taylor-Joy como Illyana Rasputin / Magia, Charlie Heaton como Sam Guthrie / Míssil, Blu Hunt como Danielle Moonstar / Miragem, Henry Zaga como Roberto da Costa / Mancha Solar, e Alice Braga como a Dra. Cecilia Reyes. Outros personagens de destaque são o pai de Dani, William Lonestar (Adam Beach), o pai de Sam, Thomas Guthrie (Thomas Kee), e o Reverendo Craig (Happy Anderson), padre do vilarejo onde Rahne nasceu. O cantor Marilyn Manson faz a voz dos Homens Sorridentes, manifestações dos traumas de infância de Dani, interpretados pelo ator Dustin Ceithamer.
No final de março, a Disney removeria o filme de sua lista de previsões de estreia, devido à pandemia. Seria cogitado mais uma vez lançar o filme diretamente em streaming, mas, devido a um contrato assinado com Boone quando houve a compra da Fox, que garantia seu lançamento nos cinemas, seria marcada a data de estreia de 28 de agosto de 2020. O filme de fato estrearia nessa data, mas, devido à pandemia, à propaganda negativa boca a boca, e até a uma superstição de que o filme estava "amaldiçoado", seria um gigantesco fracasso: com orçamento de 80 milhões de dólares, renderia pouco menos de 24 milhões nos Estados Unidos e pouco mais de 25 milhões no restante do mundo, para um total de 49,2 milhões. A crítica também o receberia muito mal, considerando-o "genérico", "vago" e "pouco memorável". E talvez mais uma prova de que, quanto mais o estúdio se mete, maior a chance de tudo ficar pior ao invés de melhorar.
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