domingo, 25 de outubro de 2020

Escrito por em 25.10.20 com 0 comentários

Canoagem (II)

Em mais um exemplo de posts em cascata, quando eu estava escrevendo o post dos esportes a cavalo, me lembrei de que, quando eu escrevi o do surfe, deixei o stand up paddle para uma próxima ocasião. Ao pesquisar sobre stand up paddle, entretanto, descobri que a Federação Internacional de Canoagem (ICF) resolveu fazer com a Associação Internacional de Surfe (ISA) a mesma coisa que ela faz com a Federação Internacional de Barcos-Dragão (IDBF), ou seja, brigar. Em outras palavras, a ICF decidiu também regular o stand up paddle, o que fez com que esse esporte também tivesse duas federações internacionais diferentes publicando regras e organizando campeonatos. Mais que isso, através do site da ICF, eu descobri várias novidades, de forma que, ao invés de um post sobre stand up paddle, decidi fazer mais um sobre canoagem.

Vamos mais uma vez tirar logo o elefante da sala e falar sobre o stand up paddle (SUP, pra facilitar). Stand up significa "de pé", e paddle é um tipo de remo, então o SUP consiste em remar de pé sobre uma prancha. Existem registros, através de pinturas e gravuras, de pessoas remando de pé em uma prancha desde pelo menos o ano 3.000 a.C., na África, no Peru e na China, mas o SUP como o esporte que conhecemos hoje foi inventado no Havaí, na década de 1940, quando o surfista John Ah Choy, que já estava idoso, viu que não conseguia mais fazer o movimento característico de levar a prancha até as ondas, ou seja, deitar de bruços nela, remar com os braços, e se colocar de pé rapidamente para começar a surfar; como alternativa, Choy decidiu pegar um remo e ir remando até a onda já de pé, surfando com o remo na mão. Seus filhos, Leroy e Bobby Ah Choy, que eram professores de surfe, gostaram da ideia, e passaram a usar o remo em suas aulas, como apoio aos surfistas iniciantes que ainda estavam aprendendo o movimento de se colocar de pé na prancha, e para que eles mesmos pudessem ficar dentro da água observando e tirando fotos enquanto os alunos surfavam.

Os irmãos Choy eram amigos de Duke Kahanamoku, um dos maiores surfistas da história, astro da natação, e considerado um dos responsáveis pela popularização do surfe fora do Havaí. Kahanamoku também se tornou adepto do uso do remo, e, conforme o surfe se espalhava pelo planeta, o SUP se espalhava junto. Após a Segunda Guerra Mundial, entretanto, o surfe teve uma imensa queda de popularidade, somente voltando a crescer na década de 1960, graças a campeonatos disputados na Califórnia; o SUP não teve a mesma sorte, porém, e permaneceu restrito ao Havaí até a década de 1990, quando outro surfista, Laird Hamilton, co-inventor do tow-in, modalidade do surfe no qual o surfista é "rebocado" até as ondas por um jet ski, decidiria fazer modificações na prancha e no remo, visando usá-las em competições de big wave, aquelas nas quais as ondas têm mais de 6 m de altura. O uso nas big waves não se concretizaria, mas logo o SUP teria um surto de popularidade, passando a ser considerado um esporte em separado em 2004, quando foi realizado seu primeiro campeonato internacional, com a participação de 49 surfistas, no Havaí.

A ISA reconheceria o SUP como esporte em 2008; a ICF o faria quase dez anos depois, em 2017, o que motivou a ISA a entrar com uma ação na Corte Arbitral do Esporte para ser reconhecida como a única competente para regular o SUP. A briga é tão feia que a ICF se valeu de seu prestígio junto ao Comitê Olímpico Internacional (afinal, a ICF é membro do COI há muito mais tempo que a ISA) para impedir que o SUP fizesse parte do programa dos Jogos Olímpicos da Juventude de 2018 em Buenos Aires, já que as provas seriam organizadas pela ISA. A favor da ISA, além de regular o SUP há mais tempo, ela organiza o Campeonato Mundial de Stand Up Paddle e Paddleboard anualmente desde 2012, enquanto a ICF realizou seu primeiro e único Campeonato Mundial de Stand Up Paddle em 2019, com muito menos participantes. A favor da ICF, ela permite que provas de SUP sejam realizadas em praias, rios, lagos, represas ou qualquer outro lugar que tenha água, enquanto a ISA só organiza provas no mar.

O SUP possui duas modalidades, o stand up paddle surfing e o stand up paddle racing, ambas disputadas no masculino e no feminino, sendo que a ISA regula as duas, mas a ICF só regula o SUP racing, que é a "corrida" de SUP. Uma competição de SUP surfing é idêntica a uma competição de surfe, existindo, inclusive, competições separadas para pranchas tradicionais e para longboards; a única diferença é que os surfistas não somente podem como são encorajados a usar o remo durante as manobras, com manobras que façam uso do remo valendo pontos extras. As pranchas usadas no SUP surfing são idênticas a pranchas de surfe.

Os remos são os mesmos para o SUP surfing e o SUP racing, e são feitos de alumínio, plásticos e resinas, têm uma pá reta e arredondada apenas de um lado, e entre 1,80 e 2 m de comprimento, dependendo da altura do atleta. Já as pranchas do SUP racing são próprias para esse tipo de prova, não podendo ter mais de uma camada, não podendo ter concavidades na parte de baixo, não podendo ter leme, e, se tiverem barbatanas, elas devem ficar no terço final da prancha, e não podem criar suspensão hidrodinâmica. A ISA reconhece três tipos de prancha, com qual será usada a cada prova sendo determinado pela organização de cada torneio: a chamada Classe 12.6, com no máximo 3,81 m (ou 12 pés e 6 polegadas, daí o nome) de comprimento; a chamada Classe 14, com no máximo 4,28 m (ou 14 pés) de comprimento; e a chamada Classe Aberta, com mínimo de 4,28 m de comprimento. Todas as provas da ICF (exceto uma, como veremos) usam pranchas Classe 14.

Tanto ISA quanto ICF regulam três tipos de prova, chamadas sprint, técnica e longa distância. A sprint é igual para ambas, tendo distância de no máximo 400 m, que pode ser percorrida em linha reta ou com os competidores tendo de remar até uma boia, dar a volta nela e retornar até a linha de partida. Provas de sprint são realizadas em baterias com entre 3 e 5 competidores cada, com os melhores de cada bateria avançando para a fase seguinte, até a final, na qual o vencedor será o campeão. Diferentemente de uma prova de remo ou canoagem, uma prova de sprint do SUP não tem raias, embora, em provas que usem a boia, cada competidor tenha sua própria boia. Todas as provas de sprint da ISA usam pranchas Classe 12.6.

A prova técnica é a intermediária: para a ICF, ela tem entre 400 m e 5 km, enquanto para a ISA ela tem entre 5 e 6 km, e pode ser disputada na Classe 12.6 ou na Classe 14. Já a prova de longa distância, para a ICF, deve ter qualquer distância superior a 5 km, enquanto para a ISA deve ter entre 18 e 20 km, podendo ser disputada na Classe 12.6, na Classe 14 ou na Classe Aberta. Provas de técnica e de longa distância usam circuitos fechados demarcados com boias (sendo que uma boia verde representa uma curva para a esquerda, e uma boia azul, uma curva para a direita), com os competidores normalmente dando várias voltas ao redor do circuito para completar a distância da prova, e têm largada em massa, com todos os competidores participando da mesma prova, sem baterias. A ICF também regula uma quarta prova, chamada whitewater, disputada descendo um rio com águas bravas, em distância de no máximo 600 m e usando pranchas Classe 12, que têm no máximo 3,66 m (ou 12 pés) de comprimento.

Independentemente de se a prova é de sprint, técnica, longa distância ou whitewater, provas da ICF e da ISA podem ter dois tipos de largada, com o tipo usado em cada prova ficando a critério do organizador do torneio: na chamada largada na água, todos os competidores já começam a prova dentro da água, alinhados entre duas boias, com o nariz da prancha tocando uma linha imaginária; já na chamada largada na praia, os competidores começam fora da água, em um local especialmente demarcado, e, ao sinal de largada, correm para dentro da água, sobem em suas pranchas e começam a remar. A linha de chegada também pode ser na água, caso no qual basta cruzar uma linha imaginária para concluir a prova, ou "na praia", com os competidores tendo de sair da água e correr carregando suas pranchas e remos até uma linha de chegada demarcada fora da água. Provas técnicas costumam ter largada e chegada na praia, e provas de sprint costumam ter largada e chegada na água, mas isso é um padrão, não uma regra.

Para terminar essa parte, falta dizer que a ISA também regula, no masculino e no feminino, o paddleboard, variação do SUP na qual os surfistas ficam não de pé, mas ajoelhados ou deitados de bruços, criada para paratletas, mas que também é muito praticada por pessoas sem deficiência. O paddleboard é disputado apenas na versão racing, e sempre com a prancha Classe 12; como os atletas estão ajoelhados ou deitados, os remos também são menores, com entre 1 e 1,30 m de comprimento. As três provas oficiais da ISA (sprint, técnica e longa distância) também são disputadas no paddleboard, além da prova de revezamento, na qual cada equipe conta com dois atletas do SUP e dois do paddleboard; os quatro começam na praia, e cada um deve percorrer uma distância de 400 m, sendo que cada membro corre para dentro da água, rema 200 m até uma boia, a contorna, retorna para a areia e toca no membro seguinte, que só então começa sua parte da prova - o último membro deve correr até uma linha de chegada, sendo vencedora a equipe que cruzá-la primeiro. Provas de revezamento podem ser realizadas em baterias ou com largada em massa.

Pois bem, existem ainda alguns esportes que envolvem canoas e são regulados por outras federações internacionais, mas com as quais, ao invés de brigar, como faz com a ISA e a IDBF, a ICF decidiu fazer acordos. Os termos específicos de cada acordo são diferentes para cada federação, mas em todos eles a ICF atua como parceira na promoção dos esportes, para ajudar em sua popularização.

O mais antigo desses esportes é a canoa a vela. Canoas a vela existem desde a antiguidade, mas o inventor da canoa a vela usada em esportes hoje foi o escocês John MacGregor, que, na década de 1860, começou a experimentar a construção de canoas que pudessem ser usadas em regatas. MacGregor construiria um total de sete canoas diferentes, que chamaria de Rob Roys 1 a 7, e viajaria com elas pela Europa para promover sua invenção. Segundo MacGregor, as canoas a vela tinham vantagens em relação aos iates (pelo menos aos da época), já que eram mais leves e mais fáceis de transportar, e, caso não houvesse vento, o canoísta poderia remar para impulsioná-la. A primeira associação de canoa a vela do mundo seria fundada pelo próprio MacGregor em 1866, o British Royal Canoe Club (RCC), responsável por organizar as primeiras regatas do Reino Unido. Em 1872, seria fundado o New York Canoe Club, nos Estados Unidos, e, em 1880, a American Canoe Association (ACA), responsável por regular o esporte em todo o país. RCC e ACA se uniriam para realizar, em 1886, a primeira competição internacional de canoa a vela, que contaria com a participação de velejadores do Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e Suécia. Apesar de se espalhar desde então pelo mundo, a canoa a vela jamais se tornaria tão popular quanto a vela (aquela que está nas Olimpíadas e também é conhecida como iatismo), e hoje é uma espécie de esporte de nicho, bastante difundido mas pouco praticado.

A canoa a vela é regulada desde 1960 por uma organização chamada International Canoe (IC), que foi reconhecida pela ICF já no ano seguinte, 1961 - pelos termos do acordo, a ICF cuida de absolutamente tudo, exceto das regras de competição e construção das canoas a vela. Assim como os iates da vela, as canoas a vela possuem classes, existindo dezenas de classes diferentes; a IC regula três classes, sendo a mais famosa a International Ten-Square Meter Sailing Canoe. Uma Ten-Square é feita principalmente de fibra de carbono, tem entre 4,9 e 5,2 m de comprimento, entre 75 e 110 cm de largura, e peso mínimo de 83,5 kg, contando com duas velas, a principal tendo área de exatamente 10 m2 (por isso o "Ten-Square Meter" no nome da classe), e uma secundária, chamada jib, menorzinha e virada para a parte traseira da canoa, que auxilia nas curvas e tem entre 3 e 4 m2. A principal característica dessa classe, porém, é uma "prancha" de 2 m de comprimento e 50 cm de largura, fixada à lateral da embarcação; ao invés de ir sentado na canoa, o velejador usa um assento deslizante nessa prancha, segurando uma vara presa ao leme e uma corda presa ao mastro que controla as velas. Embora esse sistema seja considerado mais difícil que o de manejar um iate (ou outras classes de canoa), ele também exige menos força física, e, segundo os adeptos da canoa a vela, proporciona uma maior sensação de liberdade ao velejar. Diferentemente dos iates, que costumam ser todos branquinhos, as canoas a vela são coloridas, normalmente com cores vivas como vermelho, laranja e azul.

A classe Ten-Square é dividida em três "subclasses", a mais popular chamada New Rules ou Development, na qual os competidores têm, dentro dos limites das regras da IC, liberdade para fazer modificações à canoa em nome da velocidade ou estabilidade; cada criador tem o direito a batizar sua criação, que pode inclusive ser usada por outros velejadores em competições futuras. Já na chamada One Design, também conhecida como Classic ou Nethercott, todas as canoas devem ser idênticas, seguindo o projeto criado pelo sueco Peter Nethercott e adotado como oficial pela IC em 1971. A mais recente é a subclasse Slurp, que usa um projeto criado pelo britânico Tony Marston em 2007, de fácil construção e baixo preço, que visava atrair novos praticantes para a canoa a vela. Todas as três subclasses participam juntas das mesmas provas, com as canoas da Nethercott e da Slurp recebendo um handicap, ou seja, já começando com uma vantagem na pontuação, já que as New Rules são mais velozes e conseguirão resultados melhores - mesmo com o handicap, desde a introdução das New Rules, em 2008, os principais campeonatos internacionais foram dominados por elas.

As outras duas classes reguladas pela IC são a Asymmetric Canoe e a Taifun. Uma Asymmetric nada mais é que uma canoa da subclasse Nethercott com a adição de uma terceira vela, chamada spinnaker, que infla quando recebe vento, com área entre 18 e 23 m2, que pode ser facilmente aberta ou recolhida através de um sistema hidráulico, e que aumenta a velocidade da canoa quando aberta - o asymmetric do nome vem do fato de que, diferentemente da vela principal, a spinnaker é assimétrica. Já a Taifun, apesar do nome, foi inventada na Alemanha em 1964, tem um casco arredondado e bem mais leve - com por volta de 50 kg - e não conta com a prancha, com o velejador se sentando na lateral da canoa e controlando as velas como se ela fosse um iate. Além dessas três classes, podemos citar a American Class, regulada pela ACA, que se parece com uma canoa indígena e conta com dois velejadores, e a Cruising Class, usada principalmente para longas distâncias, que tem uma vela enorme, e na qual o velejador vai sentado dentro da canoa.

Uma competição de canoa a vela é composta de uma série de regatas, disputadas em um circuito fechado, demarcado com boias, no qual as canoas darão uma quantidade determinada de voltas. Pelas regras da IC, uma competição oficial deve ter no mínimo cinco regatas, com o pior resultado de cada canoa sendo descartado, e o número mínimo de canoas por regata é de seis, embora não haja máximo. A cada regata, as canoas ganham pontos de acordo com sua posição final (o vencedor ganha 1 ponto, o segundo colocado ganha 2, e assim por diante), e, ao final da última regata, o vencedor será aquele que tiver somado menos pontos. A principal competição de canoa a vela é o Campeonato Mundial de Canoa a Vela, organizado pela ICF desde 1961, originalmente a cada quatro anos, mas desde 1969 a cada três. Nas três primeiras edições o projeto da canoa era livre, mas, entre 1972 e 2008, todas deviam ser da classe Nethercott; em 2011 houve provas separadas para New Rules e One Design, e, em 2014, estreou a Slurp e as três subclasses da Ten-Square passaram a competir juntas. A classe Asymmetric estrearia em 2002, e a Taifun em 2017. O Mundial é um campeonato misto, com homens e mulheres disputando as mesmas provas, mas outros campeonatos podem ter provas separadas masculinas e femininas para diferentes classes.

Outro esporte reconhecido pela ICF é o waveski, regulado desde 1983 pela Associação Mundial de Surfe em Waveski (WWSA), que hoje conta com 85 membros, incluindo o Brasil, e que tem um acordo com a ICF desde 1997. Um waveski é uma mistura de prancha de surfe com caiaque, inventado na década de 1970 por Danny Broadhurst, um surfista de Nova Iorque; na época, alguns praticantes de caiaque treinavam no mar, e, ao ver os surfistas pegando ondas, decidiram se arriscar e pegar ondas com os caiaques. Broadhurst achou a ideia interessante, e, após algumas tentativas com um caiaque de verdade, começou a trabalhar em um modelo de caiaque que fosse mais parecido com uma prancha de surfe, para facilitar as manobras. O auge da popularidade do waveski seria na década de 1980, quando ele se espalharia pelos Estados Unidos, Austrália e Europa; um aumento na popularidade do surfe na década de 1990, entretanto, levaria a um declínio do waveski e à falência de vários fabricantes de waveskis. Após quase sumir na década de 2000, o waveski vem crescendo novamente em popularidade, principalmente graças a seu uso por paratletas.

Feito de epóxi e poliestireno, com comprimento máximo de 3,66 m e pesando entre 6 e 8 kg, um waveski é praticamente uma prancha de surfe, mas mais grosso e com a frente levemente elevada; sua principal característica, porém, é um assento, com cinto de segurança, e duas presilhas, para que o surfista se posicione não de pé, mas sentado na mesma posição em que estaria se estivesse em um caiaque, com os joelhos levemente dobrados e os pés presos às presilhas. Um waveski conta com duas barbatanas na parte inferior, e cada surfista usa também um remo, igual ao do caiaque mas mais curto, com por volta de 1 m de comprimento, usado não somente para levar o waveski até as ondas, mas também para ajudar nas manobras. Várias das manobras inventadas para o waveski mais tarde migrariam para o surfe, menos aquela que é considerada sua marca registrada, o eskimo roll, um movimento com o qual o caiaque gira em torno de seu próprio eixo, com o surfista passando por dentro da água - que é até impossível de fazer de pé em uma prancha, pra falar a verdade.

Uma competição de waveski é igual a uma competição de surfe: os surfistas vão para a água em baterias, realizam manobras, recebem notas dos jurados, e os mais bem colocados de cada bateria avançam para a fase seguinte, até a final, quando o que obtiver as melhores notas será o vencedor. Normalmente as baterias são compostas de quatro surfistas cada, mas, se isso não for possível, todas devem ter o mesmo número de surfistas. Competições oficiais da WWSA têm no máximo 64 surfistas, quatro fases, dez surfistas na final, e repescagem - ou seja, quem não avança pra fase seguinte por nota tem uma segunda chance. Além das competições individuais masculina e feminina, a WWSA regula uma competição por equipes chamada tag team, com equipes masculinas ou femininas de 4 ou 6 surfistas cada. Cada bateria conta com quatro equipes, e apenas um dos membros da equipe pode ir para a água de cada vez; cada membro da equipe surfa duas ondas e dá lugar ao seguinte, seguindo a ordem de uma lista entregue à organização antes da bateria. As notas de todos os membros da equipe são somadas, e são feitos descontos por surfar fora da vez ou surfar mais de duas ondas, dentre outras infrações, para se determinar a nota final de cada equipe.

Também é importante dizer que, desde 2012, a WWSA regula o adaptive waveski, a versão paralímpica do waveski, que segue exatamente as mesmas regras das competições individuais, mas é destinada a atletas com pouca ou nenhuma mobilidade das pernas, como paraplégicos. Entre 2015 e 2018, o waveski era usado por surfistas da classe AS-3 nas competições de adaptive surfing da ISA, mas, após muitas reclamações da WWSA, no final de 2019 as duas entidades chegaram a um acordo que levou à reformulação das classes paralímpicas da ISA (AS-1UL virou Stand 1, AS-1LL virou Stand 2, AS-2 virou Stand 3, AS-4 virou Prone 1, AS-VIB1 virou Vision Impairment 1, AS-VIB2 e AS-VIB3 foram fundidas na Vision Impairment 2, foram criadas as novas Kneel, para atletas que surfam ajoelhados, e Prone 2, para atletas que surfam deitados de bruços e precisam de ajuda para chegar nas ondas, e as AS-3 e AS-5 foram extintas). No Campeonato Mundial de Adaptive Surfing de 2020, o adaptive waveski fez parte do programa como "esporte convidado".

Assim como no surfe, existe um Circuito Mundial de Waveski, disputado anualmente desde 1984, que atualmente conta com quatro etapas, na Austrália, África do Sul, Estados Unidos e França, e um ranking mundial, para o qual os surfistas vão ganhando pontos de acordo com sua participação nas etapas, sendo campeão do Circuito o que terminar o ano com mais pontos. A cada dois anos desde 2014, após uma primeira edição em 2011, também é realizado o World Waveski Surfing Titles, o equivalente a um campeonato mundial, em uma única etapa. Tanto no Circuito Mundial quanto no World Waveski Surfing Titles são disputadas as provas individual masculina, individual feminina e individual adaptive mista, na mesma sede e durante a mesma competição; o World Waveski Surfing Titles também conta com as provas de tag team masculina e feminina.

O mais recente esporte reconhecido pela ICF é o rafting, aquele no qual um grupo de pessoas desce águas bravas em um bote. O acordo da ICF com a Federação Mundial de Rafting (WRF), firmado em 2018, é o mais curioso de todos, pois basicamente a ICF reconhece que o rafting existe e promete se esforçar para que ele seja incluído em eventos como os World Games e as Olimpíadas, ficando todo o resto, como a definição das regras e organização dos campeonatos, a cargo da WRF.

O rafting surgiu nos Estados Unidos no século XIX, com aquele que é considerado o primeiro evento de rafting da história tendo ocorrido em 1811, quando uma expedição tentou navegar o Rio Snake, no Wyoming, que tinha o apelido de "Rio Louco" por causa de suas águas bravas, correnteza e pedras. Essa expedição não foi bem sucedida, e, durante anos, exploradores se dedicaram a criar novos equipamentos para navegação em águas bravas, testando-os em outros rios do país. Os primeiros botes de borracha surgiriam na década de 1930, e, em 1940, finalmente uma expedição, comandada por Clyde Smith, conseguiria navegar o Rio Snake.

Durante muitos anos, porém, o rafting seria um esporte restrito a pequenos grupos com muito dinheiro, que organizavam expedições apenas para desbravar os rios da América, mais ou menos como as expedições de montanhismo que visavam escalar as montanhas mais altas do mundo. Em 1984, o rafting chegaria à França, levado por uma empresa chamada French Aventure Nouvelle, que o vendia a preços acessíveis como uma nova opção de turismo de aventura no país, o que logo se tornaria um grande sucesso e se espalharia para outros países, inclusive os próprios Estados Unidos. Em 1989, a organização Peace Foundation negociaria com empresas que vendiam passeios de rafting como turismo de aventura nos Estados Unidos e na União Soviética para realizar a primeira prova internacional de rafting da história, com a intenção de estreitar as relações de amizade entre esses dois países. Essa competição teria duas etapas, a primeira disputada em 1989 no Rio Chuya, na Sibéria, e a segunda em 1990 no Rio Nantahala, na Carolina do Norte, contando com a participação de 50 equipes representando 25 países. O sucesso dessas provas levaria à realização de mais duas, na Costa Rica em 1991 e na Turquia em 1993, e a uma série de provas disputadas apenas por países europeus na Europa entre 1990 e 1994, que culminaram com o primeiro Campeonato Mundial de Rafting, realizado em 1994 na Itália.

Vendo que era necessária uma organização para que o rafting fosse disputado com as mesmas regras no mundo inteiro, representantes dos cerca de 30 países que praticavam o rafting na época se reuniriam na Alemanha em 1997 e fundariam a Federação Internacional de Rafting (IRF), que hoje conta com 54 membros. Em 2017, um grupo de oito desses membros, liderados pela Espanha e insatisfeitos com a IRF, se desligaria e fundaria a WRF, que firmaria o acordo com a ICF no ano seguinte. Minha desconfiança é a de que a ICF já estava querendo mesmo regular o rafting e brigar com a IRF, mas, por causa da fundação da WRF, decidiu que firmar um acordo com ela seria menos desgastante. De qualquer forma, a WRF hoje conta com 38 membros, sendo que 26 também são membros da IRF - o Brasil, por exemplo, é membro das duas. Em termos de regras, as diferenças entre as duas são pouquíssimas, de forma que o que eu falar aqui serve para ambas, exceto quando especificamente indicado.

O bote usado no rafting é feito de nylon, kevlar, PVC e poliuretano, é inflável, e deve ser capaz de esvaziar sozinho, sem que os competidores precisem ficar apertando ou usar qualquer mecanismo; para inflar os botes é usada uma máquina específica, mas normalmente eles já são levados para o local de competição inflados. Cada bote deve ter uma corda de segurança em volta, que passa por dentro de oito anéis afixados no corpo do bote, e no mínimo uma presilha no fundo do bote para cada integrante da equipe, na qual ele prenderá um de seus pés. Os remos são feitos de madeira, plástico, fibra de carbono e alumínio, e têm cerca de 1,5 m de comprimento, um pouco mais ou um pouco menos dependendo da altura do atleta. Cada remo só tem uma pá, que costuma ter cada lado de uma cor, e é totalmente reta. O bote não pode ter qualquer local para apoio do remo quando o atleta estiver remando. Cada bote costuma levar um remo extra para cada integrante da equipe, preso ao fundo do bote por um velcro, para caso seu remo se quebre durante a prova. Um bote que vire pode continuar na prova normalmente caso seus ocupantes consigam desvirá-lo.

Tanto a IRF quanto a WRF regulam botes de quatro e de seis integrantes, chamados, respectivamente, de R4 e R6. Um R4 deve ter no mínimo 3,40 m de comprimento, 1,70 m de largura, e pesar no mínimo 40 kg; um R6 deve ter no mínimo 4,20 m de comprimento, 2 m de largura, e pesar no mínimo 50 kg. A WRF também regula o chamado packraft, que leva um único ocupante, deve ter no mínimo 1,80 m de comprimento, 90 cm de largura, e pesar no mínimo 2 kg; o packraft não precisa ter a presilha para os pés, e seu remo possui pás ligeiramente curvas de ambos os lados, como o de um caiaque. Para melhor visualização, botes usados no rafting costumam ter cores chamativas como amarelo ou laranja. Todos os competidores devem usar capacetes de proteção e coletes salva-vidas, também em cores chamativas.

Existem três tipos de prova, a RX (chamada pela IRF de head to head ou H2H), o slalom e o downriver. O downriver é a prova mais simples: cada bote desce um trecho de rio, sendo vencedor o que completá-lo em menos tempo. Esse trecho obviamente deve ser o mesmo para todos os botes, e ter no mínimo 3 e no máximo 7 km de extensão. A largada pode ser individual, com cada bote largando um minuto após a largada do anterior, os tempos sendo registrados, e o menor tempo sendo o vencedor; em baterias, com grupos de botes largando juntos, cada grupo largando dois minutos após a largada do anterior, e o vencedor sendo o que completar o percurso em menos tempo, independentemente de em qual bateria estava; ou em massa, com todos os botes da prova largando juntos e aquele que cruzar a linha de chegada primeiro sendo o vencedor. A IRF também regula um tipo de prova de downriver chamado sprint, no qual a distância é de apenas 600 m.

A RX ou H2H é uma competição entre dois botes, que descem o mesmo trecho de rio simultaneamente, sendo vencedor aquele que cruzar a linha de chegada primeiro. Uma prova de RX tem duas etapas, a classificatória e a eliminatória. Na classificatória (que, na IRF, é uma prova de sprint com largada individual) os botes descem o rio um a um, e seu tempo é registrado; na eliminatória eles são pareados de acordo com esses tempos (o melhor com o pior, o segundo melhor com o segundo pior etc.), com o de melhor tempo podendo escolher de qual lado do rio quer ficar, e aí os vencedores de cada embate vão avançando e os perdedores vão sendo eliminados, até a final, na qual o vencedor será o campeão - não costuma haver "disputa do bronze", com os dois perdedores das semifinais terminando em terceiro. A distância máxima do trecho que os botes vão descer é de 600 m; na fase classificatória, cada bote larga 2 minutos após a largada do anterior, e na fase eliminatória cada dupla larga 4 minutos após a largada da dupla anterior. Na fase eliminatória, cada prova conta com quatro boias cônicas de 1,50 m de altura e 1 m de diâmetro na base, presas duas à margem esquerda e duas à direita; cada bote deve tocar, com a mão ou com o remo, em uma boia de cada lado antes de cruzar a linha de chegada, podendo escolher quais duas vai usar. Penalidades em segundos podem ser aplicadas ao tempo final dos botes por não tocar nas boias, tocar nelas incorretamente (em duas do mesmo lado ou fazendo com que saiam do lugar, por exemplo), ou por atrapalhar o outro bote de propósito.

Já a prova do slalom se parece com uma competição de canoagem slalom: em um trecho de rio de no máximo 600 m são instalados portais, sendo que os portais verdes têm de ser vencidos no sentido da descida, e os vermelhos no sentido da subida - em outras palavras, basta passar por dentro de um portal verde quando ele aparece, mas nos vermelhos é preciso passar por fora dele, dar meia volta, e passar por dentro dele remando contra a correnteza. Os portais são compostos por dois postes cada, mas não são fincados no fundo do rio, e sim suspensos por cabos de aço; esses postes são feitos de madeira ou PVC, têm 2 m de altura e entre 5 e 7 cm de diâmetro, são listrados de branco e da cor do portal, e numerados, com uma placa amarela com número preto acima de cada um deles. Cada prova deve ter entre 8 e 14 portais, sendo que 25% deles, arredondado para baixo, devem ser vermelhos. Encostar nos portais, deixá-los passar ou passar por eles no sentido errado resulta em acréscimo de segundos ao tempo final. Os botes passam pelo circuito um por um, com o seguinte largando entre 2 e 5 minutos após a largada do anterior; cada bote faz duas descidas, sendo que a segunda é na ordem do pior para o melhor da primeira, mas apenas a melhor das duas de cada bote é considerada para se determinar as posições finais - ou seja, se o tempo da segunda descida for pior que o da primeira, vale o tempo da primeira.

O campeonato mais importante do rafitng é o Campeonato Mundial de Rafting, que tem três versões. O Mundial de R6 da IRF foi disputado anualmente de 1998 a 2001, e o é a cada dois anos desde então; desde o começo, ele conta com provas masculinas e femininas de sprint, downriver, slalom e overall (que na verdade não é uma prova, e sim a soma dos resultados de cada país nas outras provas, para determinar o "campeão geral"), com o H2H masculino e feminino tendo estreado em 2001. Já o Mundial de R4 da IRF foi disputado pela primeira vez em 2010, e então a cada dois anos desde 2014, sempre contando com provas masculinas e femininas de sprint, downriver, H2H, slalom e overall; o Brasil sediou o Mundial de R4 em 2014, em Foz do Iguaçu, e já ganhou 9 ouros, 4 pratas e 5 bronzes no R4 e 21 ouros, 6 pratas e 2 bronzes no R6, todas no masculino, exceto uma prata no R6 sprint feminino em 2015. Finalmente, o Mundial de R4 da WRF é disputado anualmente desde 2018, com provas masculinas e femininas de RX, slalom e downriver, e mistas de RX; o Brasil tem 3 ouros, todos no masculino.

Com a ajuda da ICF, a WRF também passou a regular a versão paralímpica do rafting, chamada para-rafting, em 2018. Os paratletas são divididos em várias classes de acordo com o tipo e gravidade de sua deficiência: os amputados são classificados como A1 (somente possuem uso dos braços), A2 (uso de braços e tronco) e A3 (uso de braços, pernas e tronco); os deficientes visuais de B1 a B3, de acordo com o prejuízo à visão (sendo os B1 os mais prejudicados); os paralisados cerebrais como CP1 a CP6, dependendo do grau de comprometimento dos movimentos (sendo os CP1 os que têm os movimentos mais comprometidos); e os paratletas com lesão na coluna vertebral como SC1 (nenhum movimento nas pernas) e SC2 (algum movimento nas pernas). O Campeonato Mundial de Pararafting foi disputado pela primeira vez em 2019, com provas mistas R4 de downriver, RX e slalom.

Para terminar, vamos falar da va'a, que eu citei no primeiro post sobre canoagem, mas sem me aprofundar. Também conhecida aqui no Brasil como canoa polinésia ou canoa havaiana, a va'a é uma canoa na qual o atleta rema sentado, com os joelhos dobrados, sem poder levantar as nádegas enquanto está remando, e usando um remo de uma única pá, com todas as remadas devendo ser dadas do mesmo lado da canoa; a principal característica da va'a, porém, é que ela possui um "apoio" preso por duas barras à sua lateral, como se fosse o sidecar de uma moto, que se chama ama, mas é conhecido em inglês como outrigger, e cuja função não é levar um passageiro extra, e sim ajudar a canoa a manter seu equilíbrio. A va'a é regulada pela Federação Internacional de Va'a (IVF), com quem a ICF tem um acordo para que as va'a sejam usadas apenas nas provas de paracanoagem, sendo que, em duas classes, os paratletas devem remar na posição stride, a mesma das canoas canadenses, e não sentados - ou seja, para a ICF, a va'a é uma substituta das canoas canadenses para os paratletas. Já a IVF organiza provas de va'a de sprint e de longa distância também para atletas sem deficiência, algo que, pelos termos do acordo, firmado em 2012, a ICF não pode fazer.

A IVF reconhece canoas de um, dois, três, seis e doze ocupantes, simbolizadas pela letra V seguida pelo número de ocupantes (ou seja, V1, V2, V3, V6 e V12). As regras da IVF não determinam comprimento ou peso máximo ou mínimo para cada tipo de canoa, apenas determinando que, em uma mesma prova, todas as canoas devem ser "feitas do mesmo molde", tendo o mesmo comprimento, altura e peso, e que lastros podem ser usados para que todas tenham o mesmo peso. Desde 2002, a IVF também organiza provas paralímpicas (chamadas de parava'a) para V1, V6 e V12; como parte do acordo com a ICF, atletas da parava'a usam as mesmas classificações da paracanoagem: L1 para os que possuem mobilidade plena dos braços, mas pouca mobilidade no tronco, o que dificulta seu ato de remar; L2 para os que possuem boa mobilidade no tronco e braços, mas pouca ou nenhuma nas pernas, como paraplégicos; e L3 para os que possuem boa mobilidade do tronco, braços e pernas, mas alguma condição que os desfavoreça nas competições com os atletas sem deficiência, como amputados que competem com próteses. Essas classificações são combinadas ao V e ao número para o código da prova, o que resulta em códigos como V1L2 ou V6L3.

As provas de sprint são realizadas em raias, e podem ser feitas em linha reta ou com as canoas tendo de chegar até uma bandeira, dar a volta nela e retornar até a linha de partida. Uma competição oficial deve ter no mínimo 6 e no máximo 8 raias, e cada raia deve ter entre 12 e 17 m de largura caso a prova seja em linha reta e entre 25 e 35 m de largura caso tenha a curva. As raias são demarcada por boias coloridas, devendo haver uma boia a cada 10 ou 15 metros. As provas oficiais de sprint da IVF são V1 500 m, V2 500 m, V6 500 m, V6 1.000 m, V6 1.500 m e V12 500 m, masculinas e femininas; na parava'a, são V1 250 m e V1 500 m masculinas e femininas, e V6 500 m, V6 1.000 m e V12 500 m mistas.

Já as provas de longa distância têm distância mínima de 5 km, e, teoricamente, não têm distância máxima; são realizadas com largada em massa, sem raias, com algumas boias para guiar os atletas quanto ao percurso, e com várias canoas disputando o mesmo espaço, com regras que preveem penalidades em tempo caso uma canoa atrapalhe outra propositalmente. Como é praticamente impossível fazer um percurso de mais de 5 km em linha reta, provas de longa distância contam com curvas, que põem à prova a habilidade dos remadores; para facilitar a vida dos V1 e V2, elas podem ter um leme, controlado pelos pés do atleta, que auxilia na hora de fazer as curvas - provas que usam canoas com leme são disputadas em separado das que não permitem leme, e são identificadas pela letra R (de rudder, leme em inglês) após o número (ou seja, V1R ou V2R). As provas oficiais de longa distância da IVF são as de V1, V1R, V2R, V3 e V6, masculinas e femininas; na parava'a são disputadas as V1 masculina e feminina e V6 mista.

A IVF foi fundada em 1982, na Califórnia, e hoje conta com 40 membros, incluindo o Brasil, e três curiosidades: assim como no surfe, o Havaí é um membro separado dos Estados Unidos, com os havaianos competindo separadamente dos norte-americanos; por questão de tradição, a Califórnia também é, com os californianos também competindo separados dos norte-americanos e havaianos; e a Ilha de Páscoa, com o nome de Rapa Nui, também é um membro em separado, com os atletas de lá competindo separados dos chilenos. Também vale citar que um dos membros da IVF é as Ilhas Wallis e Futuna, um território da França na Polinésia que não costuma ter destaque em outros esportes.

O campeonato mais importante da IVF é o Campeonato Mundial de Sprints, disputado a cada dois anos desde 1984, com a parava'a tendo estreado em 2008; o Brasil já foi sede do Mundial, em 2014. Como o nome sugere, o Mundial conta apenas com provas de sprint; as provas de longa distância são disputadas no Campeonato Mundial de Distância, que é bem mais recente, disputado a cada dois anos desde 2017. No Mundial de Distância são disputadas sempre três provas para cada tipo de canoa, uma com entre 5 e 9 km, uma com entre 15 e 18 km e uma com entre 25 e 30 km, ficando as exatas distâncias a critério da organização.

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