domingo, 26 de abril de 2020

Escrito por em 26.4.20 com 0 comentários

Roxette

Roxette foi a trilha sonora da minha adolescência. Quando a primeira música deles estourou no Brasil, eu tinha uns 11 anos; a partir daí todo ano saíam músicas novas, todas lindas. Eu sabia cantar quase todas de cór, e, se nunca incluí a banda dentre as minhas favoritas, foi porque faltou aquele negocinho que a gente não consegue explicar. Talvez por ela não estar nessa minha lista de favoritas, eu demorei pra me interessar a escrever um post sobre eles para o átomo. Somente no ano passado foi que eu achei que seria uma boa ideia, e coloquei o Roxette na lista de prováveis assuntos para um futuro post.

Aí a Marie Fredriksson morreu.

Eu detesto hype de morte - aquele comportamento que as pessoas adotam quando alguém famoso morre, como se todo mundo sempre tivesse sido superfã, só se fala no recém-falecido, os fã-clubes incham, todo mundo resolve escrever matéria. É claro que, no meio do hype, teremos aqueles que legitimamente estão transtornados e querem expressar seus sentimentos, mas é tanta gente na onda do hype que fica até difícil identificar quem realmente era fã. Por isso, quando ela morreu, eu resolvi adiar o post indefinidamente. Não sou superfã, e não queria entrar no hype.

Essa semana, fui olhar a tal lista dos prováveis assuntos, e achei que já se passou tempo suficiente. Hoje sim eu me sinto à vontade de adicionar o Roxette à lista de assuntos contemplados pelo átomo, servindo esse post também como uma singela homenagem, ainda que tardia, a essa banda que fez minha adolescência tão feliz, mesmo que eu, talvez de forma ingrata, não a tenha incluído na minha lista de favoritas. Hoje é dia de Roxette no átomo.


O Roxette não era bem uma banda, e sim uma dupla, composta por Marie Fredriksson, nascida em 30 de maio de 1958 na cidade de Össjö, e Per Gessle, nascido em 12 de janeiro de 1959 em Halmstad. O que muitos não sabem é que eles não começaram a carreira como Roxette; ambos já tinham carreiras de sucesso na Suécia, seu país natal, antes de decidir formar uma dupla: Gessler era o vocalista e compositor de uma da mais famosas bandas de rock do país, a Gyllene Tider (que, apesar de parecer um nome de mulher, significa época de ouro em sueco), enquanto Fredriksson, após passagens pelas bandas Strul e MaMas Barn, decidiria tentar carreira solo, também cantando em sueco.

Os dois se conheceram em 1979, na cidade de Halmstad, e, na ocasião, Gessle convidaria Fredriksson para acompanhar sua banda durante uma turnê (que acabariam fazendo em 1981) e para ser backing vocal em seu álbum seguinte, Puls, lançado em 1982 (o terceiro, após Gyllene Tider, de 1980, e Moderna Tider, de 1981). Os dois gostariam da experiência, e Fredriksson seria convidada para fazer backing vocal também no primeiro (e único) álbum em inglês do Gylenne Tider, The Heartland Café, lançado em 1984, o que ela fez enquanto gravava seu primeiro álbum solo, Het Vind, também lançado em 1984. The Heartland Café chamaria a atenção da gravadora norte-americana Capitol Records, que entraria em contato com a banda para lançar seis de suas faixas nos Estados Unidos em um EP chamado Heartland. A Capitol, porém, não queria lançar a banda com o nome de Gyllene Tider, e pediu um outro nome a Gessle. Após uma reunião com os demais membros da banda, eles escolheriam Roxette, o nome de uma música da banda inglesa Dr. Feelgood, lançada em 1985.

Infelizmente, o EP não fez sucesso nos Estados Unidos, embora suas faixas tenham sido bem sucedidas na Suécia, sendo incluídas numa turnê que o Gyllene Tider faria em 1985. Após essa turnê, a banda decidiria dar um tempo, e Gessle se dedicaria à gravação de um álbum solo, Scener, também lançado em 1985 (seu segundo, após Per Gessle, de 1983), que contava mais uma vez com Fredriksson como backing vocal; ela, por sua vez, lançaria seu segundo álbum, Den Sjunde Vågen, em 1986. Após esse lançamento, o diretor da EMI da Suécia, Rolf Nygren, sugeriria que os dois deveriam formar uma dupla. Gessle, então, traduziria uma de suas canções, Svarta Glas, para o inglês, criando Neverending Love, que seria gravada pelos dois e lançada atribuída ao Roxette em 1986. A música faria um grande sucesso, entrando para o Top 10 sueco e vendendo mais de 50 mil cópias.

Gessle, então, traduziria para o inglês músicas que estava compondo para seu próximo álbum solo, e a dupla as gravaria para o primeiro álbum oficial do Roxette, Pearls of Passion, lançado em outubro de 1986, do qual as músicas de trabalho foram Goodbye to You e Soul Deep. O álbum faria um grande sucesso na Suécia, mas não internacionalmente. A dupla já parecia conformada em só conseguir fazer sucesso em seu país, e Fredriksson decidiria passar o ano seguinte se dedicando a seu terceiro álbum, ...Efter Stormen, lançado em 1987, mas, naquele mesmo ano, a EMI da Alemanha encomendaria uma música de Natal à dupla, que gravaria It Must Have Been Love. A gravadora infelizmente acabaria não gostando da música e não a lançaria.

Enquanto o Roxette gravava seu segundo álbum, Gessle conversou com a EMI sobre a possibilidade de transformar Fredriksson na vocalista principal - até então, algumas músicas traziam Gessle nos vocais, outras Fredrikssen, e as músicas de trabalho eram alternadas, mas Gessle acreditava que se o foco nas interpretações de Fredriksson fosse maior, o sucesso da banda também seria. Assim, para o álbum seguinte do Roxette, Look Sharp!, lançado em outubro de 1988, as músicas de trabalho seriam Dressed for Success, Listen to Your Heart e Chances. O álbum seria um gigantesco sucesso, ficando no primeiro lugar em vendas por 14 semanas seguidas, com todas as três músicas de trabalho entrando para o Top 10 sueco - assim como The Look, a quarta, que tinha vocais de Gessle, lançada por decisão da gravadora, que queria pelo menos uma música de trabalho com seus vocais.

O sucesso internacional do Roxette viria meio sem querer, e, curiosamente, em decorrência dessa decisão: um estudante norte-americano de intercâmbio, Dean Cushman, ouviria The Look na rádio, e decidiria comprar um exemplar de Look Sharp! para levar consigo quando voltasse aos Estados Unidos no Natal. Ele levaria o álbum até a rádio KDWB, de sua cidade natal, Minneapolis, e os convenceria a tocar The Look. A música logo se tornaria uma das mais pedidas pelos ouvintes, e logo outras rádios também começariam a tocar não somente ela, mas também outras faixas do álbum. Em pouco tempo, o Roxette se tornaria um sucesso nos Estados Unidos, antes mesmo de qualquer lançamento oficial da banda por lá - isso porque o presidente da EMI dos Estados Unidos considerou a banda "inadequada para o mercado norte-americano". Essa história logo se tornaria matéria de reportagens de jornais, revistas e TV nos Estados Unidos e Suécia, e surgiria até um boato de que a banda teria pago Cushman para ele levar o álbum aos Estados Unidos e entregá-lo na rádio - o que foi desmentido por todas as partes.

Após o sucesso inesperado, a EMI decidiria lançar Look Sharp! mundialmente. The Look alcançaria o primeiro lugar da parada de sucessos em 25 países diferentes, incluindo os Estados Unidos, e Listen to Your Heart passaria uma semana no topo da parada da Billboard. Além dessas duas e de Dressed for Success, a EMI decidiria lançar Dangerous como música de trabalho internacionalmente; Dangerous chegaria ao segundo lugar da Billboard, e entraria para o Top 10 em toda a Europa e na Austrália. Nos Estados Unidos, Look Sharp! renderia um Disco de Platina, vendendo mais de um milhão de unidades.

O sucesso do álbum faria com que a Touchstone Pictures procurasse o Roxette para que uma das suas músicas entrasse na trilha sonora de Uma Linda Mulher, de 1990. A dupla, porém, envolvida com turnês e gravações de seu álbum seguinte, não tinha tempo para gravar uma nova música, e Gessle ofereceu It Must Have Been Love, única de suas músicas em inglês que jamais havia sido lançada. A Touchstone inicialmente recusou, mas depois acabou concordando com a condição de que qualquer referência ao Natal fosse removida da letra; Fredriksson, então, teria que regravar apenas uma linha, para remover a única referência de Natal presente, o que fez rapidamente em uma sessão na qual a EMI acrescentaria alguns instrumentos e backing vocals à gravação original. It Must Have Been Love acabaria se tornando um grande sucesso, passando duas semanas no topo da parada da Billboard, mais duas na segunda posição, e um total de 17 semanas no Top 40, um recorde para um artista considerado novo. Graças a ela, a trilha sonora de Uma Linda Mulher venderia o equivalente a três Discos de Platina.

O álbum seguinte do Roxette, Joyride, lançado em março de 1991, se tornaria o mais bem sucedido de sua carreira, rendendo mais um Disco de Platina e ficando no Top 100 da Billboard durante um ano. Sua principal música de trabalho, também chamada Joyride, mais uma vez alcançaria o topo das paradas de sucessos de 25 países, se tornando a primeira música do Roxette a chegar ao topo da parada sueca, e ficando por quatro semanas no topo da parada dos Estados Unidos. A música de trabalho seguinte, Fading Like a Flower, chegaria à segunda posição nos Estados Unidos, e se tornaria uma das músicas mais conhecidas da banda. Infelizmente, as músicas de trabalho seguintes, The Big L., Spending My Time e Church of Your Heart, não entrariam para o Top 10 por problemas burocráticos - uma reestruturação da EMI, após a gravadora se fundir com a SBK e a Chrysalis, faria com que os singles não fossem corretamente distribuídos, prejudicando suas vendas. Após o lançamento de Joyride, o Roxette sairia em uma mega turnê mundial, com 107 shows nos cinco continentes. Em 1991, a banda seria homenageada na Suécia com sua imagem em um selo postal, e, em 1992, Fredriksson lançaria mais um álbum solo, Den Ständiga Resan.

Em agosto de 1992, seria lançado Tourism: Songs from Studios, Stages, Hotelrooms & Other Strange Places. Muita gente acha que se trata de um álbum ao vivo, mas na verdade é um álbum de estúdio, gravado em várias sessões espalhadas entre os shows da turnê de Joyride - algumas faixas, inclusive, nem foram gravadas em estúdios, e sim em quartos de hotel, casas de show vazias e outros locais que a dupla considerasse apropriados. Ao invés de criar novo material para ele, entretanto, Gessle e Fredriksson optariam por gravar músicas criadas para Look Sharp! e Joyride mas que não acabariam selecionadas para fazer parte dos álbuns. O álbum também contava com regravações de algumas canções anteriores, como uma versão country de It Must Have Been Love, gravada em Los Angeles. As músicas de trabalho seriam How Do You Do!, Queen of Rain e Fingertips '93; tanto essas músicas quanto o álbum passariam em branco nos Estados Unidos, mas, na Europa, a banda continuaria muito bem, com Tourism alcançando o primeiro lugar na Suécia e Alemanha e o segundo no Reino Unido. Tourism mostraria que, apesar de estar fazendo mais sucesso do que nunca na Europa, a partir de 1992 o sucesso do Roxette nos Estados Unidos começaria a decair. Segundo os críticos de música, o principal culpado seria a banda Nirvana, pois, após seu surgimento, o gosto musical dos jovens norte-americanos mudaria radicalmente, com as bandas grunge se tornando líderes de vendas e o som do Roxette sendo considerado ultrapassado.

Mesmo assim, em 1993, o Roxette se tornaria a primeira banda cuja língua nativa não era o inglês a gravar uma edição do popular programa Mtv Unplugged - embora, devido às baixas vendas de Tourism, a EMI optasse por não lançar um álbum com o material do programa, o que era comum na época. No mesmo ano, a banda gravaria Almost Unreal, originalmente para o filme Abracadabra (cujo título original é Hocus Pocus, por isso esse termo é usado na letra da música), mas que, por razões contratuais, acabaria indo parar na trilha de Super Mario Bros.. Com um videoclipe caríssimo, que fazia uso da mais moderna computação gráfica, tocando sem parar na Mtv, a música conseguiria entrar para o Top 100 dos Estados Unidos e para o Top 10 do Reino Unido, a primeira música da dupla desde Joyride a conseguir esse feito; por incrível que pareça, Gessle e Fredriksson não gostam muito dessa música, considerando-a um de seus momentos menos inspirados.

O álbum seguinte do Roxette, Crash! Boom! Bang! lançado em abril de 1994, seria responsável por uma grande polêmica: esse álbum traz um som mais pesado que o dos anteriores, o que foi criticado por algumas publicações europeias; ainda assim, com suas músicas de trabalho Crash! Boom! Bang!, Sleeping in My Car, Fireworks, Run to You e Vulnerable, ele chegaria ao primeiro lugar na Suécia e ao Top 10 de mais de dez países europeus. Isso não seria suficiente, porém, para a EMI dos Estados Unidos se convencer a lançá-lo, e jamais o teria feito se não fosse uma promoção do McDonald's, que venderia EPs de Tina Turner, Elton John, Garth Brooks e Roxette por preços promocionais em suas lanchonetes; para o CD do Roxette, a EMI removeria cinco faixas do álbum e mudaria o nome para Favorites from Crash! Boom! Bang!.

O problema era que esses CDs do McDonald's eram muito mais baratos que os vendidos nas lojas de CDs, e, muitos consumidores, ao ir até a loja e não encontrar Crash! Boom! Bang!, acabavam indo comprá-lo no McDonald's e compravam os outros da promoção também. Alegando prejuízo, muitas lojas decidiriam boicotar a EMI, deixando de vender seus títulos. Achando, sabe-se lá por quê, que a culpa era do Roxette, a EMI decidiria que o contrato da banda não valeria mais nos Estados Unidos, e que todos os seus álbuns futuros só seriam lançados no restante do mundo. Essa decisão faria com que as relações entre a banda e o braço norte-americano da gravadora, que já não eram boas, azedassem de vez, ao ponto de a turnê de Crash! Boom! Bang! não incluir nenhum show nos Estados Unidos. Em compensação, durante essa turnê, o Roxette se tornaria a primeira banda ocidental a fazer um show na China desde o Wham! em 1985.

Em outubro de 1995, o Roxette lançaria sua primeira coletânea, Don't Bore Us, Get to the Chorus!, que contava com três músicas inéditas, todas lançadas como músicas de trabalho: You Don't Understand Me, June Afternoon e She Doesn't Live Here Anymore - uma versão com um novo arranjo de The Look, chamada The Look '95, também seria lançada como música de trabalho. Também em 1995, uma outra coletânea, chamada Rarities, que trazia demos, b-sides de singles, remixes e algumas das músicas tocadas no Unplugged, seria lançada exclusivamente no Japão e América do Sul. No ano seguinte, a banda decidiria regravar seus maiores sucessos em espanhol, no álbum Baladas en Español, que renderia um Disco de Platina na Argentina e um de Platina Duplo na Espanha. Depois desses lançamentos, a dupla daria um tempo do Roxette para lançar mais álbuns solo: I En Tid Som Vår, de Fredriksson, e The World According to Gessle, de Gessle.

A dupla se reuniria novamente em 1998, para gravar Have a Nice Day, lançado em fevereiro de 1999, com as músicas de trabalho Wish i Could Fly, Anyone, Stars e Salvation. Esse seria o primeiro álbum de estúdio do Roxette a não ser lançado nos Estados Unidos desde Look Sharp!, mas no resto do mundo iria muito bem obrigado, alcançando o primeiro lugar na parada da Suécia e o segundo nas da Alemanha, Suíça, Espanha e Canadá. No ano seguinte, 2000, o Roxette assinaria um contrato com a Edel Music para lançar Don't Bore Us, Get to the Chorus! nos Estados Unidos, coisa que a EMI não quis fazer; para aproveitar o momento, a Edel substituiria algumas das faixas pelas músicas de trabalho de Have a Nice Day, e promoveria uma mini-turnê do Roxette pelos Estados Unidos. Também em 2000, Fredriksson lançaria sua primeira coletânea, Äntligen, que faria um enorme sucesso na Suécia, ficando no primeiro lugar em vendas durante três semanas seguidas.

Em abril de 2001, seria lançado Room Service, que dividiria a crítica na Suécia, mas mesmo assim alcançaria mais uma vez o primeiro lugar. A Edel planejava lançá-lo nos Estados Unidos, mas acabaria falindo, e esse se tornaria o segundo álbum de estúdio do Roxette sem um lançamento norte-americano. A turnê teria shows apenas na Europa, com os que ocorreriam na África do Sul sendo cancelados após os ataques do 11 de Setembro. As músicas de trabalho seriam The Centre of the Heart, Real Sugar e Milk and Toast and Honey. Após Room Service, seriam lançadas duas coletâneas: The Ballad Hits, de 2002, apenas com baladas, que contava com a inédita A Thing About You, lançada como música de trabalho, e The Pop Hits, de 2003, apenas com músicas dançantes, que teve como música de trabalho Opportunity Nox. Em 2006, seria lançada The Rox Box, uma caixa com quatro CDs, contendo singles, b-sides, faixas dos álbuns lançados até então, sessões de gravação, remixes e demos, mais um DVD com trechos de shows e clipes, para comemorar os 20 anos da banda; no mesmo dia, seria lançada a coletânea A Collection of Roxette Hits: Their 20 Greatest Songs!, que contaria com os maiores sucessos da banda mais duas faixas inéditas, One Wish e Reveal, ambas lançadas como músicas de trabalho.

Uma das razões para esse monte de coletâneas foi que a banda decidiu entrar em hiato após Fredriksson descobrir um tumor no cérebro, extraído com cirurgia, em 2002. Ela aproveitaria o hiato para se dedicar à carreira solo, lançando seu primeiro álbum em inglês, The Change, em 2004; um álbum de covers de artistas suecos, chamado Min Bäste Vän, lançado em 2006; e a coletânea de baladas Tid för Tystnad, de 2007. Já Gessle lançaria Mazarin (2003), o álbum em inglês Son of a Plumber (2005), En Händig Man (2007), a coletânea Kung av Sand (2007), e outro álbum em inglês, Party Crasher (2008), além de reunir a Gyllene Tider para seu primeiro lançamento em vinte anos, Finn 5 Fel!, de 2004.

Rumores da volta do Roxette começariam a surgir em 2009. Nesse mesmo ano, Fredriksson participaria de três dos shows da turnê de Gessle, em Amsterdam (Holanda), Estocolmo (Suécia) e Vilnius (Lituânia), cantando It Must have Been Love e The Look. A volta de fato ocorreria em 2010, em uma apresentação especial em honra do casamento da Princesa da Suécia; no mesmo ano, eles fariam um show de ano novo em Varsóvia, Polônia. O novo álbum, Charm School, seria lançado em fevereiro de 2011, com as músicas de trabalho She's Got Nothing On, Speak to Me e Way Out. O lançamento seria seguido de uma mega turnê, The Neverending World Tour, a primeira em quinze anos, com 256 shows nos cinco continentes, durante a qual eles gravariam seu álbum seguinte, Travelling: Songs from Studios, Stages, Hotelrooms & Other Strange Places, no mesmo estilo de Tourism, lançado em março de 2012, que teve uma única música de trabalho, It's Possible. A turnê, mais especificamente seus 24 shows na América do Sul, também daria origem ao primeiro e único álbum ao vivo do Roxette, Live: Travelling the World, lançado em dezembro de 2013. Também em 2013, Fredriksen lançaria seu último álbum solo, Nu! (que significa "agora", e não o que vocês estão pensando), e Gessle voltaria ao Gyllene Tider para o lançamento de Dags att Tänka på Refrängen. Já 2014 seria o ano do lançamento da coletânea Roxette XXX – The 30 Biggest Hits.

The Neverending World Tour seria ainda maior, mas, em fevereiro de 2016, teria sua última parte cancelada. O tumor no cérebro de Fredriksson havia voltado, e os médicos recomendaram que ela não fizesse mais shows. O Roxette ainda lançaria mais um álbum, Good Karma, em junho de 2016, com as músicas de trabalho It Just Happens, Some Other Summer e Why Don't You bring Me Flowers?. Para promovê-lo, Gessle sairia em turnê usando o nome Per Gessle's Roxette. Entre 2017 e 2019, Gessle ainda lançaria mais quatro álbuns solo, En Vacker Natt, En Vacker Dag (ambos de 2017), Small Town Talk (2018) e Mind Control (2019, sob o pseudônimo Mono Mind).

Fredrikson ainda lutaria contra o câncer até 9 de dezembro de 2019, quando não resistiria e faleceria, aos 61 anos. Gessle decidiria encerrar o Roxette para sempre, e, no momento, trabalha em seu próximo álbum, ainda sem data de lançamento definida.

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