domingo, 19 de abril de 2020

Escrito por em 19.4.20 com 0 comentários

Battletoads

Eu já devo ter dito aqui que, de vez em quando, eu posso jurar que já escrevi sobre algum assunto aqui pro átomo, e em seguida descubro que ainda não. Essa semana, por exemplo, estava eu conversando com um amigo sobre Battletoads, e decidi ler o post do átomo que eu tinha feito sobre eles - apenas para descobrir que nunca tinha feito um. O lado bom é que eu posso fazer um agora. Hoje é dia de Battletoads no átomo!

Battletoads foi lançado para o NES em junho de 1991, e é hoje lembrado por ser considerado um dos jogos mais difíceis de todos os tempos. Pouca gente, entretanto, pode dizer que gostava do jogo, a maioria jogava com raiva, movido pela força do ódio, apenas para tentar passar de suas fases quase impossíveis. Talvez por isso os Battletoads não tenham tido uma carreira muito longa, estrelando apenas cinco jogos, todos lançados na década de 1990.

Os Battletoads foram criados, aliás, para competir com as Tartarugas Ninja. No início da década de 1990, ocorreu um fenômeno hoje conhecido como turtlemania, durante o qual as Tartarugas Ninja eram simplesmente o elemento mais popular de toda a cultura pop, não só estando presentes em quadrinhos, desenhos, filmes, games, brinquedos, alimentos, material escolar e todo outro tipo de merchandising que vocês possam imaginar, mas também rendendo bilhões de dólares com as vendas e licenciamentos de todos esses produtos. Alguns comparam a turtlemania com a pokémania, a febre por Pokémon que veio logo depois, mas, de certa forma, a turtlemania foi mais avassaladora, graças a uma maciça estratégia de marketing jamais vista até então - a febre do Pokémon, por assim dizer, se espalhou de forma mais natural, enquanto a das Tartarugas Ninja foi induzida.

Como acontece sempre que alguma coisa faz sucesso, logo surgem os clones, e, na esteira das Tartarugas Ninja, surgiriam vários animais antropomórficos mutantes e adolescentes, como os ratos de Esquadrão Marte, os dinossauros de T-Rex, os tubarões de Tubarões Urbanos, os cachorros de Super Cães, os gatos de Samuraoi Pizza Cats e os mutantes genéricos de Liga de Mutantes. Todos esses, porém, decidiriam atacar as Tartarugas Ninja em duas frentes: nos desenhos animados e nos brinquedos. Nenhum se arriscou a enfrentá-las no mercado de games, porque, ao contrário de outros baseados em franquias da cultura pop da época, os das Tartarugas Ninja eram muito bons - eu até já escrevi um post especificamente sobre eles. Somente duas produções decidiriam se arriscar a tirar uma fatia da pizza das Tartarugas Ninja nos games: Cheetahmen, que era uma imensa porcaria, e, evidentemente, já que esse é o tema do post de hoje, Battletoads.

Battletoads foi uma criação dos irmãos ingleses Tim e Chris Stamper, que em 1985 fundariam a Rare, softhouse que depois ficaria famosa com jogos como Killer Instinct, Donkey Kong Country, Banjo-Kazooie e 007 Goldeneye, mas que, na época, era mais conhecida por seus jogos de esporte, como California Games e Jordan vs. Bird: One on One. Tim, Chris e o designer Gregg Mayles criariam o jogo especificamente para competir com os das Tartarugas Ninja, e, para que eles tivessem um diferencial, decidiriam não fazê-los apenas de beat 'em up ("porrada com fase"), incluindo fases de corrida, escalada e outras menos ortodoxas. Para manter o tema, eles seriam mutantes e adolescentes, mas, ao invés de tartarugas, seriam sapos. Que atendem não por nomes de pintores italianos da renascença, mas de irritações na pele: Rash (brotoeja), Zitz (acne) e Pimple (espinha).

Rash é considerado o líder do trio, porque, em todos os jogos para dois jogadores, ele é o controlado pelo jogador 1. De cor verde-clara, Rash é veloz, vive fazendo piadas com os oponentes, e, no material promocional, usa óculos escuros. Já Zitz é o mais inteligente dos três, originalmente era de cor amarela, mas depois passou a ser verde-escuro, e usa luvas. Finalmente, Pimple é o fortão não muito esperto, sempre disposto a bater primeiro e perguntar depois, sendo de cor marrom e bem maior que os outros dois, e usa braceletes - todos os três sapos também usam joelheiras com espinhos, sendo esse aparentemente seu único uniforme. Os três possuem um mentor, o Professor T. Bird, um condor irritadíssimo, cuja principal função nos jogos é dar dicas e encorajar os Battletoads antes de cada fase e debochar da cara deles no game over. O quarteto é responsável pela proteção da Princesa Angélica, que aparentemente é humana, loura, alta, bonita e sempre otimista, vendo sempre o lado bom de cada situação.

No jogo original do NES, Pimple e a Princesa estão viajando em uma nave que se parece com um cadillac quando são sequestrados pela arqui-inimiga dos Battletoads, Dark Queen, uma mulher gostosona de maiô tomara-que-caia, capa de vampiro, e luvas e botas de couro, cujo objetivo é dominar o universo usando seu exército de ratos e porcos mutantes. O comandante do exército de ratos é General Vermin, um rato gigante, musculoso e de óculos escuros; o do exército de porcos é o General Slaughter, que na verdade parece um boi, incrivelmente violento e incrivelmente burro. Outros subordinados de Dark Queen são Big Blag, rato gigantesco e imenso de gordo sem nenhum apreço pela boa educação ou higiene pessoal; Robo-Manus, um ciborgue mutante de origem desconhecida, que segue a todos os seus comandos fielmente; e Karnath, uma cobra gigante com face humanoide. Outro aliado de Dark Queen é Silas Volkmire, frequentemente citado mas que jamais deu as caras em uma fase. Após sequestrar Pimple e a Princesa, Dark Queen os leva para o planeta onde construiu sua fortaleza, Ragnarok's World, e cabe a Rash e Zitz, controlados pelos jogadores, salvá-los.

Uma coisa importantíssima: em nenhum momento ninguém se preocupa em explicar quem são os Battletoads, por que eles têm esses nomes horríveis, por que eles têm de proteger a Princesa, do quê ela é princesa, e nem por que uma mulher gostosona de maiô resolve tentar dominar o universo com um exército de ratos e porcos mutantes. Tudo isso foi deixado propositalmente em aberto pelos criadores do jogo, sendo que as únicas tentativas de explicar alguma coisa seriam feitas em uma história em quadrinhos publicada na revista Nintendo Power e no piloto de uma série animada produzida em decorrência do lançamento do jogo, que foi rejeitado por todos os canais e acabou sendo lançado em vídeo no final de 1992. As explicações são tão estapafúrdias, porém, que esse é um daqueles casos nos quais ignorar é melhor do que saber.

Além de por sua dificuldade absurda, Battletoads costuma ser lembrado por seus gráficos cômicos: ao ver um chefe de fase, por exemplo, Rash e Zitz ficam de queixo caído e olhos esbugalhados como em um desenho dos Looney Tunes, e, ao serem esmagados, ficam parecendo moedinhas com olhos. Alguns golpes especiais também fazem com que os membros dos sapos se modifiquem para versões maiores e mais cômicas: no chute, o pé vira um tênis All-Star gigante, no soco a mão vira uma maça espinhenta, e, na cabeçada, enormes chifres de carneiro aparecem na cabeça, atingindo o inimigo. Tudo isso era bastante incomum no NES, e chamou muita atenção, mesmo que os gráficos e a palheta de cores fossem até inferiores aos de outros jogos da mesma época.

Os controles usam apenas dois botões, um para pulo e um para golpes, que podem ser socos, chutes, cabeçadas, ou até mesmo esticar a língua para comer moscas e recuperar energia, dependendo do momento. Pressionar o direcional duas vezes para a frente resulta em uma corrida. Nas fases de beat 'em up, é possível agarrar e arremessar inimigos caídos, e até mesmo arrancar a perna de um determinado tipo de inimigo e usá-la como arma. Em algumas fases os sapos descem túneis pendurados em cordas, tendo seus movimentos limitados, mas podendo usar um ataque especial com o qual se transformam em um pêndulo e esmagam os inimigos contra as paredes. Em outras, os sapos usam veículos, com a fase "andando sozinha" e o jogador tendo que desviar de obstáculos - a mais infame é o Turbo Tunnel, normalmente a primeira fase onde um jogador desiste de jogar, pois a velocidade vai aumentando até que se torna quase impossível para um ser humano desviar dos obstáculos. Há também uma fase na qual os sapos percorrem um labirinto mortal, cheio de armadilhas que matam ao menor toque, enquanto são perseguidos por uma bola de eletricidade com esse mesmo poder. E há também as fases de plataforma, semelhantes às de beat 'em up, mas nas quais só é possível se mover para a frente e para trás, com o direcional para baixo fazendo o sapo se abaixar quando pressionado.

Ao todo, o jogo conta com 13 fases, sendo que a batalha final contra Dark Queen conta como sua própria fase (com o jogo recomeçando do início da batalha caso o jogador morra), então, na verdade, são apenas 12. A primeira fase tem um chefe interessante, versão maior do inimigo de fase que pode ter sua perna arrancada, contra a qual a batalha é travada do ponto de vista do chefe, com Rash e Zitz tendo de pegar pedras do cenário e jogar contra ele (ou seja, contra a tela) enquanto desviam de seus ataques. Nem todas as demais fases têm chefes ao final: Big Blag é o chefe da fase 5, Robo-Manus é o chefe da fase 8, General Slaughter é o chefe da fase 10, a tal bola de energia é o chefe da fase 11, e, como já foi dito, Dark Queen é o último chefe do jogo.

Um detalhe importantíssimo é que o jogo não possui saves, passwords nem nenhuma outra forma de salvar seu progresso, devendo ser terminado de uma vez só. A cada continue, o jogador tem direito a três vidas, mas o número de continues também é limitado a três, então, na prática, cada jogador tem apenas nove vidas para terminar o jogo - felizmente, é possível ganhar mais através de pontuação ou encontrar mais espalhadas pelas fases. Os sapos possuem energia, mas a grande maioria dos perigos - incluindo encostar nos chefes de fase - os matam instantaneamente, fazendo com que percam uma vida não interessando quanta energia tinham. Nas duas primeiras fases, o jogador retorna de onde estava ao morrer, mas, da terceira em diante, retorna de um checkpoint. Talvez em um esforço para deixar o jogo menos frustrante, as fases 1, 3, 4, 6 e 10 possuem warp points, portais que fazem com que o jogador pule a fase seguinte ao usá-lo (usando o warp point da fase 3, por exemplo, o jogador, além de não precisar concluir a fase 3, ainda aparece no começo da fase 5, não da 4).

Além da versão NES, Battletoads ganharia versões para o Sega Genesis (Mega Drive) e Game Gear, lançadas respectivamente em março e dezembro de 1993 e produzidas pela ARC System Works; Amiga e Amiga CD32, lançadas em 1994 e produzidas pela Mindscape; e uma produzida pela própria Rare e lançada para Game Boy em 1993 com o nome de Battletoads in Ragnarok's World. Todas essas versões tinham alterações para que o jogo ficasse "menos difícil" que o original - as versões Game Gear e Game Boy, inclusive, tinham fases a menos, e as versões Amiga tinham duas fases exclusivas no lugar das fases 3 e 9. A versão japonesa do jogo do NES, lançada para o Famicom em dezembro de 1991, também tinha modificações para diminuir a dificuldade, incluindo veículos mais lentos, a remoção de alguns inimigos de fase, uma energia menor para os chefes, e o fato de que cada jogador começava com cinco vidas ao invés de três.

Curiosamente, em novembro de 1991 seria lançado um jogo chamado Battletoads para Game Boy, com a mesma arte da caixa do jogo do NES, mas que, na verdade, seria um jogo totalmente diferente (por isso a versão Game Boy do jogo original tem um nome diferente). No Battletoads do Game Boy, Rash e Pimple são sequestrados por Dark Queen, e Zitz precisa ir até o planeta natal da vilã, Armagedda, para salvá-los. Bizarramente, apesar de Dark Queen provocar o jogador entre uma fase e outra, ela não é enfrentada no jogo, com o último chefe sendo Robo-Manus. Dessa vez, aliás, cada fase, exceto a 5 e a 8, tem seu próprio chefe: General Slaughter na 1, uma nave chamada Rat Rocket na 2, um demônio chamado The Darkling na 3, Karnath na 4, Big Blag na 6, e General Vermin na 7.

Assim como no jogo do NES, Zitz tem três vidas e três continues para concluir sua missão, que o levará por nove fases (na verdade oito, já que a última é somente a luta contra Robo-Manus), que, mais uma vez, alternam beat 'em up, corrida e plataforma. Uma novidade é uma fase na qual Zitz tem de subir verticalmente usando uma mochila a jato com um tempo limite de 99 segundos, enquanto enfrenta vários inimigos. Com exceção de Zitz, que parece que bateu a cara num poste, os gráficos são bonitos e detalhados, mais até que os do NES, e melhores do que a maioria dos jogos de Game Boy da época. Apesar de não ser fácil, o jogo também é bem menos frustrante que o do NES, com apenas uma fase sendo de tacar o Game Boy na parede.

Em junho de 1993, a Rare lançaria Battletoads in Battlemaniacs para o Super Nintendo. Dessa vez, os sapos estão assistindo à demonstração de um aparato de realidade virtual quando Silas Volkmire surge e sequestra a filha do dono da empresa que criou o aparato e Zitz. Cabe a Rash e Pimple invadir o mundo de realidade virtual e resgatá-los. Os gráficos são belíssimos, dos melhores vistos no SNES na época, e Rash e Pimple, apesar de em termos de jogo serem idênticos, têm animações e golpes diferentes entre si. O jogo é bem difícil, mas não tanto quanto o do NES, e bem mais curto, com apenas seis fases; todos os comandos são os mesmos do jogo do NES, mais um novo golpe que permite atingir oponentes que vêm pelos dois lados simultaneamente, e, mais uma vez, cada jogador tem três vidas e três continues, podendo arrecadar mais vidas ao longo das fases. Uma boa novidade é que existem dois modos para dois jogadores, um no qual um jogador pode causar dano ao outro e um no qual não; no jogo do NES, um jogador sempre causava dano ao outro, sendo bastante comum um matar o outro sem querer.

Battletoads in Battlemaniacs possui, porém, um "problema" sério: todas as suas seis fases são novas versões de fases presentes no jogo do NES, o que faz com que ele fique parecendo apenas mais do mesmo, só que mais bonito. Talvez para compensar, o jogo conta com duas fases de bônus, nas quais os sapos navegam por um tabuleiro de xadrez montados em um puck de hóquei no gelo e recolhendo pinos de boliche e dominós enquanto desviam de cartas de baralho e inimigos de fase. Um detalhe bizarro é que Battletoads in Battlemaniacs só tem dois chefes: um porco gigante feito de pedra na fase 1 e Dark Queen na fase 6.

Além da versão para SNES, o jogo ganharia uma versão, acreditem ou não, para o Master System, lançada pela Tec Toy exclusivamente no Brasil. Essa versão, chamada apenas Battlemaniacs, seria baseada em uma versão criada pela Virgin para lançamento na Europa, onde o Master System, assim como no Brasil, ainda era muito popular em meados da década de 1990. A Virgin acabaria desistindo, mas a Tec Toy pegaria o trabalho já feito, concluiria o jogo e o lançaria em 1996.

Em 1994, os Battletoads ganhariam seu último jogo, lançado exclusivamente para arcades, com o nome de Super Battletoads no Japão, mas apenas Battletoads no resto do mundo. Os gráficos são baseados nos de Battletoads in Battlemaniacs, mas mais detalhados, coloridos e muito mais bonitos. O estilo de jogo, porém, é bastante diferente: com exceção de uma fase na qual os sapos descem um túnel usando uma mochila a jato e da última, na qual eles voam em uma nave tendo que atirar em inimigos enquanto se desviam de tiros, todas as demais são de beat 'em up, incluindo as lutas contra os chefes. Há também uma fase bônus estilo Street Fighter II, na qual o objetivo é destruir uma espaçonave. A dificuldade é altíssima se comparada com outros jogos de arcade da época, mas não chega a ser frustrante como a do NES. Curiosamente, o jogo é extremamente violento, com sangue e órgãos voando por todos os lados - e extremamente escatológico, com inimigos que vomitam quando atingidos, ratos que são surpreendidos sentados no vaso, e General Vermin sendo atingido por golpes baixos dos sapos durante a luta.

Pela primeira vez (ou quase, como veremos em breve), todos os três sapos estão à disposição do jogador, que pode escolher com qual deles vai jogar; a máquina possuía uma versão para dois e uma para três jogadores, com cada um podendo jogar com um dos sapos simultaneamente. Também pela primeira vez, os sapos possuem habilidades diferenciadas, com cada um tendo seus próprios golpes especiais, Rash sendo mais rápido porém mais fraco, Pimple sendo mais forte porém mais lento, e Zitz sendo mais equilibrado. As fases também contam com itens que podem ser usados como armas, como caixas que explodem, canos e pistolas laser. A energia dos sapos é bem maior que nos jogos anteriores, mas, na configuração padrão da máquina, cada vida custa um crédito - o que, apesar de mais caro, na verdade é uma coisa boa, já que os continues são ilimitados. Ao todo, o jogo conta com seis fases, cada uma com um chefe ao final, exceto a 4: General Slaughter na 1, Karnath na 2, Robo-Rat na 3, Big Blag na 5 e Robo-Manus na 6. General Vermin foi rebaixado, aparecendo como um inimigo de fase, e Dark Queen só aparece nas cut scenes e controlando o Robo-Rat à distância.

O arcade de Battletoads seria o primeiro jogo da Rare a usar o engine de gráficos 3D que depois se popularizaria com Donkey Kong Country, embora aqui ele só seja usado para efeitos como jogar oponentes contra a tela, e não nos gráficos em si, que eram feitos com sprites. A Rare planejava lançar versões caseiras do jogo para Super Nintendo e Game Boy, mas um desempenho fraco nos arcades a levaria a descartar esses planos, o que faria com que o jogo não tivesse nenhuma versão caseira até ser incluído na coletânea Rare Replay, lançada para Xbox em 2015. Embora tenha sido considerado um fracasso na época do lançamento, com o tempo o jogo foi ganhando mais fãs - principalmente devido aos emuladores - e hoje já é considerado por muitos como o melhor da série; muito provavelmente, entretanto, foi justamente seu fracasso nos arcades que fez com que esse se tornasse o último jogo de Battletoads.

Além de nesses quatro jogos, os Battletoads participariam do curiosíssimo Battletoads & Double Dragon, lançado para NES, Super Nintendo, Mega Drive e Game Boy em 1993. Neste jogo, Dark Queen se une a Shadow Boss, de Double Dragon 2, para dominar o mundo, e cabe a Rash, Zitz, Pimple, Billy e Jimmy detê-los. Os jogadores podem escolher qualquer um dos cinco personagens, mas em termos de jogo não há nenhuma diferença entre eles, exceto pelo fato de que os irmãos Lee podem dar voadoras. O sistema de energia, vidas e continues é o mesmo do Battletoads do NES, mas o jogo é muitíssimo mais fácil, embora ainda mais difícil que a maioria dos jogos da época. Ao todo, são seis fases, nos estilos beat 'em up, plataforma, shoot 'em up (navezinha) e até mesmo um novo Turbo Tunnel. Os inimigos são todos misturados dos jogos de Battletoads e Double Dragon, e os chefes são Abobo (de Double Dragon 2) na fase 1, Big Blag na 2, Roper (também conhecido como Willy, de Double Dragon) na 3, a nave em formato de rato de Dark Queen na 4, General Slaughter na 5, e primeiro Shadow Boss, depois Dark Queen, na 6. As versões NES, SNES e Mega Drive são idênticas, a versão Game Boy tenta ser, mas sofre com as limitações do sistema - é só para um jogador, por exemplo.

Os Battletoads também quase ganhariam um jogo para o Game Boy Advance, mas ninguém (talvez a não ser quem estava trabalhando nele) sabe dizer quando ele seria lançado ou por que foi abandonado; sua existência só é conhecida porque, em 2011, uma ROM apareceu em um site dedicado aos jogos da Rare. Rash também é um dos lutadores presentes no Killer Instinct lançado em 2013 para o Xbox One.

De vez em quando surgem rumores de que um novo Battletoads está em produção, alguns chegam a ser "confirmados", mas depois nada se concretiza - ao ponto de que "novo Battletoads entra em produção" já é uma espécie de meme. O mais novo rumor dá conta de que um Battletoads estaria sendo produzido pelos Diala Studios sob supervisão da Rare para ser lançado para Xbox One e Windows, mas ainda sem data definida - quando o rumor começou, a data seria 2019. Um demo chegou a ser mostrado na E3 de 2019, mas, no momento, ninguém sabe em que pé estaria a produção.

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