domingo, 1 de julho de 2018

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Viagem Fantástica

Outro dia eu lembrei de mais um filme de ficção científica do qual eu gosto muito e sobre o qual eu nunca havia falado aqui no átomo: Viagem Fantástica. Sem mais delongas, vamos a um post sobre ele.

Lançado em 24 de agosto de 1966 com o título original de Fantastic Voyage, Viagem Fantástica é ambientado em um futuro próximo (de sua data de lançamento, pelo menos), no qual tanto os Estados Unidos quanto a União Soviética desenvolveram uma tecnologia capaz de miniaturizar qualquer coisa, inclusive seres humanos, mas durante o período máximo de uma hora. O cientista Jan Benes (Jean Del Val), trabalhando para os soviéticos, consegue desenvolver uma forma de manter a miniaturização por tempo indefinido, mas decide desertar e entregar a fórmula aos norte-americanos. Ao chegar nos Estados Unidos, ele sofre um atentado e entra em coma, com um coágulo no cérebro.

Para salvar sua vida e ter acesso a seu método, o governo dos Estados Unidos decide usar o processo de miniaturização, reunindo uma equipe composta pelo Agente Grant (Stephen Boyd), o Capitão Bill Owens (William Redfield), o Dr. Michaels (Donald Pleasence), o cirurgião Dr. Peter Duval (Arthur Kennedy) e sua assistente, Cora Peterson (Raquel Welch), que são colocados a bordo do submarino Proteus, originalmente desenvolvido para estudo da fauna marinha a grandes profundidades. O submarino e seus tripulantes serão encolhidos até o tamanho de um micróbio, injetados no corpo de Benes, e o Capitão Owens pilotará o veículo pela corrente sanguínea até encontrar o coágulo, que será operado pelos Drs. Duval e Michaels. O que poderia dar errado, não é mesmo? Talvez a presença de um traidor na equipe, que conspira contra seus colegas para que Benes morra, ou o fato de que eles são injetados absurdamente longe do coágulo, precisando percorrer praticamente o corpo inteiro de Benes até chegar a ele - lembrando que o tempo máximo de miniaturização é de uma hora, e, se esse tempo se esgotar, eles vão retornar ao tamanho normal enquanto ainda estiverem dentro de Benes, o que provavelmente resultará em uma cena não muito agradável para quem estiver assistindo.

Viagem Fantástica foi uma criação dos roteiristas Otto Klement e Lewis Bixby, que escreveram a sinopse do filme e a ofereceram para a Fox, que, empolgadíssima, anunciou que seria "o mais caro filme de ficção científica feito até então", separando cinco milhões de dólares, uma fortuna para a época, para a produção - que acabaria gastando seis, sendo três milhões apenas nos cenários. Todo o interior do corpo de Benes seria construído em escala, com o coração e o cérebro ocupando um estúdio inteiro cada um, e uma artéria de 33 m de comprimento por 7 m de largura sendo construída em resina e fibra de vidro para que o Proteus se locomovesse de verdade por dentro dela. O design do submarino ficaria a cargo de Harper Goff, também responsável pelo Náutilus de 20.000 Léguas Submarinas, lançado pela Disney em 1954, indicado para o trabalho por Richard Fleischer, diretor do mesmo filme, que a Fox havia contratado para dirigir Viagem Fantástica - e que, além de Goff, traria com ele o técnico em efeitos especiais Fred Zandar, que também havia trabalhado em 20.000 Léguas Submarinas. Viagem Fantástica seria o primeiro filme de Stephen Boyd após um hiato de cinco anos, e alavancaria a carreira de Raquel Welch, que passaria a ser vista como uma sex symbol e se tornaria uma das atrizes mais requisitadas da década de 1960 - curiosamente, Welch entraria para a carreira de atriz, dois anos antes, após ser descoberta em um concurso de beleza pela esposa do produtor Saul David, também escolhido pela Fox para produzir Viagem Fantástica.

Para ajudar no marketing do filme, a Fox contrataria o famoso escritor de ficção científica Isaac Asimov para escrever uma adaptação do roteiro que seria lançada em forma de livro. Asimov reclamaria que o roteiro contava com vários furos, e acabaria conseguindo da Fox permissão para fazer alterações na história da forma que bem entendesse. Asimov escreveria o livro em tempo recorde, o que, combinado com atrasos nas filmagens, fariam com que o livro fosse lançado seis meses antes do filme - o que, por sua vez, fez com que muita gente acreditasse que o filme era uma adaptação do livro. Aliás, até hoje muitas fontes se referem ao filme como sendo "a versão para o cinema de uma das maiores obras de Isaac Asimov".

O livro de Asimov seria publicado pela Bantam Books em formato brochura; segundo o contrato, o escritor receberia cinco mil dólares pelo serviço, sem direito a porcentagem sobre as vendas. Asimov, entretanto, tinha por princípio que nenhum de seus livros deveria ser lançado apenas em formato brochura, e convenceria a editora Houghton Mifflin, de seu amigo Austin Olney, a lançar uma versão em capa dura, garantindo que ela venderia pelo menos oito mil cópias - o que, de fato, ocorreu. Olney tentou pagar uma porcentagem sobre as vendas, a título de direitos autorais, a Asimov, mas, segundo as leis dos Estados Unidos na época, ele não tinha esse direito, já que a ideia original havia sido de Klement e Bixby, e Asimov fora apenas contratado para desenvolvê-la. Olney não se conformaria com isso, e convenceria Klement a repassar a Asimov um quarto dos direitos autorais que recebeu pelas vendas da edição de capa dura.

Uma das principais críticas de Asimov quanto ao roteiro - inclusive apontada ainda hoje como um dos maiores furos na história - foi que, no final do filme, o submarino é destruído, e a equipe sai do corpo de Benes mas seus destroços continuam lá - ou seja, deveriam ter retornado ao tamanho normal quando a equipe também retornasse, matando Benes no processo. No final do livro, Asimov fez com que a equipe atraísse um glóbulo branco, que recolheria os destroços do submarino e sairia junto com eles; ele chegou a tentar convencer a Fox a adicionar essa cena ao filme, mas, para evitar custos extras, esse pedido não seria atendido. Também para cortar custos, uma cena final na qual seria revelado que, devido ao dano causado pelo coágulo a seu cérebro, Benes não se lembrava mais de como tornar o processo de miniaturização possível por tempo ilimitado, também não chegaria a ser filmada, com o final dando a entender que, com Benes tendo sobrevivido, os Estados Unidos obtiveram acesso à miniaturização permanente.

Viagem Fantástica seria um grande sucesso de crítica, com pouquíssimos reclamando de furos no roteiro ou inconsistências biológicas, e quase todos elogiando os efeitos especiais e a originalidade do enredo. Nas bilheterias, o filme renderia 12 milhões de dólares apenas nos Estados Unidos, soma astronômica para a época, e que garantiria que ele fosse considerado um enorme sucesso pela Fox. Viagem Fantástica também ganharia dois Oscars, de Melhor Direção de Arte e Melhores Efeitos Especiais, além de ter sido indicado nas categorias Melhor Fotografia, Melhor Edição e Melhor Edição de Som.

Tendo sido um filme tão bem sucedido, praticamente desde o seu lançamento se falava de uma sequência, embora, por razões jamais explicadas, a Fox nunca tenha se animado muito a fazer com que uma saísse do papel. A inércia da Fox seria tão grande que, em 1984, o próprio Asimov procuraria o estúdio e se ofereceria para escrever uma sequência para a história, que, então, poderia ser adaptada para um filme. Os executivos da Fox concordariam, e entregariam a Asimov uma sinopse segundo a qual não um, mas dois submarinos, um norte-americano e um soviético, seriam miniaturizados e injetados no corpo de um cientista, travando uma espécie de "Terceira Guerra Mundial miniaturizada" enquanto competiam para chegar a seu cérebro. Asimov acharia a ideia medonha e a recusaria, então a Fox contrataria o escritor Philip José Farmer para o serviço. Farmer de fato escreveria o livro e o enviaria para a Fox, mas, por alguma razão incompreensível, já que ele havia seguido a sinopse à risca, os executivos do estúdio o rejeitariam, e cancelariam os planos para a sequência.

Asimov não se conformaria com o comportamento dos executivos da Fox, e, para ajudar Farmer, tentaria convencer sua editora, a Doubleday, a publicar o livro. A Doubleday não se interessaria, mas diria que, se Asimov escrevesse um novo livro sobre submarinos miniaturizados dentro do corpo humano, ela publicaria. Asimov, imaginando que essa seria uma boa forma de convencer a Fox a realizar a sequência, aceitaria, e acabaria escrevendo uma história cujos únicos elementos em comum com Viagem Fantástica eram o submarino miniaturizado e a necessidade de que ele chegasse ao cérebro do homem no qual foi injetado. Em uma reviravolta do destino, a Doubleday obteria autorização da Fox para usar o nome Viagem Fantástica nesse livro, que acabaria sendo lançado em 1987 com o título de Viagem Fantástica 2: Rumo ao Cérebro (Fantastic Voyage II: Destination Brain, em inglês).

Asimov jamais ficaria totalmente satisfeito por ter de seguir a sinopse de Klement e Bixby, e, em Viagem Fantástica 2, usaria abordagens que ele considerava mais científicas e mais de acordo com a realidade - exceto pela miniaturização em si, já que, em várias entrevistas, ele declarou não acreditar que a miniaturização da matéria fosse possível, embora realmente fosse um bom exercício de criatividade para um escritor. Viagem Fantástica 2 é ambientado em meados do século XXI, e, nele, somente a União Soviética desenvolveu a tecnologia de miniaturização, embora, devido ao grande consumo energético necessário para manter um objeto miniaturizado, tenha sido uma vitória vazia, pois a miniaturização se mostra cientificamente possível, mas economicamente inviável. Aparentemente, um cientista soviético, Pyotor Leonovich Shapirov, descobriu como contornar esse problema, mas, infelizmente, ele sofreu um derrame e entrou em coma. Paralelamente a isso, o cientista norte-americano Albert Jonas Morrison desenvolveu uma técnica segundo a qual um computador pode ter acesso às memórias de uma pessoa, mas jamais conseguiu colocá-la em prática com sucesso. Acreditando que, se os computadores de Morrison tiverem acesso ao cérebro diretamente, através de uma miniaturização, a técnica será bem sucedida, o governo soviético o obriga a embarcar em um submarino junto com quatro outros cientistas soviéticos, que será miniaturizado e injetado no corpo de Shapirov, para então chegar a seu cérebro e ter acesso a suas memórias.

Viagem Fantástica 2 jamais virou filme, e a ideia de uma sequência permaneceu descartada até 1997, quando James Cameron (de O Exterminador do Futuro) procurou a Fox, se dizendo interessado em escrever e dirigir uma sequência para Viagem Fantástica. Ele chegaria a escrever um roteiro, mas a Fox demoraria tanto para dar a luz verde que ele decidiria se dedicar a Avatar. Em 2007, do nada, a Fox decidiria anunciar que uma sequência estava em produção, e contrataria Roland Emmerich (de Independence Day) para dirigi-la; Emmerich não gostaria do roteiro de Cameron, e a Fox contrataria Marianne e Cormac Wibberley (de O Sexto Dia) para escrever um novo. A greve dos roteiristas de 2007 atrasaria o processo, porém, e Emmerich decidiria se dedicar a 2012. O projeto voltaria para a gaveta, onde ficaria até 2010, quando surgiriam rumores de que a sequência seria dirigida por Paul Greengrass (de A Supremacia Bourne), com roteiro de Shane Salerno (de Armagedom) e tendo Cameron como produtor. Greengrass abandonaria o projeto sem maiores explicações e seria substituído por Shawn Levy (de Uma Noite no Museu), que, pouco tempo depois, também desistiria.

Depois disso, a Fox desistiria da sequência e decidiria fazer um reboot, dirigido por Guillermo del Toro (de O Labirinto do Fauno), com roteiro de David S. Goyer (de Batman v Superman) e com Cameron ainda como produtor. Esse projeto se iniciaria em 2016, mas seria interrompido em 2017 para que del Toro se dedicasse a A Forma da Água. Aparentemente, o projeto ainda está em desenvolvimento, mas o novo Viagem Fantástica ainda nem tem data de lançamento.

A coisa mais perto de uma sequência produzida para o filme foi uma série animada, produzida pela Filmation e exibida pelo canal ABC entre 14 de setembro de 1968 e 4 de janeiro de 1969. Sem nada a ver com o filme exceto pela miniaturização de uma equipe dentro de um submarino injetado no corpo humano, o desenho acompanhava o Comandante Jonathan Kidd, a bióloga Erica Lane, o cientista Busby Birdwell e o mestre das artes místicas Guru, que trabalhavam para o CMDF, sigla em inglês para Força de Defesa e Combate Miniaturizado, e, dentro de seu submarino, chamado Voyager, que também podia voar, realizavam missões nas quais salvavam vidas de pessoas importantes, combatiam terroristas, destruíam vírus mortais antes que eles se espalhassem, e até mesmo enfrentavam alienígenas microscópicos, sempre sendo encolhidos até o tamanho de um micróbio e tendo doze horas para completar a missão antes de voltarem ao tamanho normal - aparentemente, a tecnologia do desenho era mais avançada que a do filme. O desenho não fez muito sucesso, e foi cancelado após 17 episódios.

No mesmo ano de lançamento do livro Viagem Fantástica 2, um outro filme de temática muito semelhante seria lançado. Como esse também é um dos meus filmes preferidos, vou aproveitar e falar sobre ele também. Trata-se de Viagem Insólita (Innerspace, "espaço interior", em inglês).

Viagem Insólita foi uma ideia do roteirista Chip Proser, que assumiu desde o início tratar-se de uma cópia de Viagem Fantástica, mas com uma diferença: o homem no qual o submarino é injetado está acordado e sai andando por aí, podendo inclusive se comunicar com o submarino e reagir ao que está ocorrendo dentro de seu corpo. Proser ofereceria o roteiro a Peter Guber, dono do estúdio Casablanca Films, cujos filmes, em 1984, época na qual Proser escreveu o roteiro, eram distribuídos pela Warner Bros. Guber adorou o roteiro e convenceu a Warner a produzir o filme, mas tinha uma ressalva: o roteiro de Proser era para um filme super sério, e Guber, que achou a situação meio ridícula, acreditava que a história funcionaria melhor caso o filme fosse uma comédia. Ele contrataria Jeffrey Boam (de Máquina Mortífera 2) para transformar o roteiro de Proser em uma comédia, e chegaria a pensar em convidar Michael J. Fox para o papel do piloto do submarino e Arnold Schwarzenegger para o do homem que o tem injetado em seu corpo, mas Boam achou que a história funcionaria melhor caso os papéis fossem em reverso, com o homem do submarino sendo um ator de filmes de ação e o que o carrega em seu corpo sendo um comediante. Proser jamais aceitou a mudança para a comédia, e chegou a declarar que não assistiria ao filme nem que lhe pagassem.

Guber ofereceria a direção a Joe Dante (de Gremlins), que não se interessaria e recusaria. Ao invés de tentar outro diretor, ele incumbiria Boam da tarefa de convencê-lo; Boam tentaria fazê-lo explicando para Dante que o filme era mais ou menos o que aconteceria caso Dean Martin fosse miniaturizado e injetado no corpo de Jerry Lewis, mas nem assim o convenceria. A Warner, então, anunciaria que estava em busca de um diretor, e conseguiria três nomes de peso: Richard Donner (de Máquina Mortífera), John Carpenter (de O Enigma de Outro Mundo) e Steven Spielberg (que eu acho que dispensa apresentações). Quando a Warner soube que Spielberg estava interessado, imediatamente o contratou, e prometeu um orçamento ilimitado, dizendo que qualquer que fosse a soma necessária para fazer o filme, eles estavam dispostos a pagar. Mas Spielberg, curiosamente, acabaria desistindo de dirigir e optando por trabalhar apenas como produtor, convencendo a Warner a deixar seu estúdio, a Amblin, produzir o filme. Para seu lugar ele indicaria, ora vejam só, Joe Dante, que, finalmente, aceitaria o convite.

A escolha do trio de protagonistas acabaria sendo rápida e direta: para o papel do piloto do submarino, Boam inicialmente pensaria em um ator veterano, já de uma certa idade, mas acabaria mudando de ideia e escrevendo o papel para Dennis Quaid, que aceitaria de primeira. Para o papel do homem que recebe o submarino, a Warner escolheria Martin Short, dizem as más línguas porque ele seria mais barato que figurões como Steve Martin e Chevy Chase, seus colegas em Três Amigos, seu filme imediatamente anterior. E, para o papel da namorada do piloto do submarino, a escolhida seria Meg Ryan, ainda em início de carreira, tendo feito pequenos papéis em Top Gun - Ases Indomáveis e Amityville 3D. Curiosamente, Ryan e Quaid imitariam seus personagens e começariam a namorar durante as filmagens, vindo a se casar em 1991.

No filme, o Tenente Tuck Pendleton (Quaid), aviador da marinha que tem problemas com a bebida, decide pedir baixa das forças armadas e ser voluntário para um projeto no qual ele e um submarino serão miniaturizados e injetados em um coelho, para estudar in loco o comportamento do interior de um organismo vivo. Após a miniaturização, mas antes da injeção, a Dra. Margaret Canker (Fiona Lewis), cientista que trabalha no projeto, anuncia um ataque, pois secretamente trabalha para uma organização que pretende vender o segredo da miniaturização, conhecido apenas pelos Estados Unidos, para os países da Cortina de Ferro. Antes que Cranker tenha acesso à seringa, ela é subtraída por Ozzie Wexler (John Hora), o supervisor do experimento, que foge para um shopping próximo, perseguido por um capanga de Cranker, o Sr. Igoe (Vernon Wells). Para que o submarino miniaturizado não caia nas mãos dos inimigos, Wexler o injeta na primeira pessoa que encontra: Jack Putter (Short), um caixa de supermercado hipocondríaco, extremamente estressado, e à beira de um colapso nervoso. Ao perceber que foi injetado em um corpo humano, Tuck começa a se comunicar com Putter para que ele impeça o segredo de cair nas mãos dos inimigos, enquanto busca uma forma de ser retirado do corpo do pobre infeliz e restaurado a seu tamanho normal; para isso, ele pede para que Putter entre em contato com sua ex-namorada, a repórter Lydia Maxwell (Ryan). Mas a empreitada dos dois não será fácil, pois o chefe da organização criminosa, Victor Scrimshaw (Kevin McCarthy), deseja obter o segredo da miniaturização a qualquer custo, mesmo que Putter morra no processo, e, para assegurar sua vitória, além da ajuda de Cranker e Igoe, contrata um impiedoso mercenário conhecido apenas como Caubói (Robert Picardo, de Jornada nas Estrelas: Voyager).

Tendo estreado em 1o de julho de 1987, Viagem Insólita acabou custando 27 milhões de dólares, mas, nos Estados Unidos, rendeu apenas 25, sendo considerado um fracasso pela Warner. Dante colocaria a culpa do insucesso na campanha de divulgação feita pela Warner, segundo ele insuficiente e com vários pontos controversos - o cartaz oficial do filme, por exemplo, era um indicador e um polegar segurando o submarino miniaturizado, mas, na versão distribuída aos cinemas, por causa do tamanho, tudo o que se via, segundo Dante, era "um dedão e um pontinho". Dante também não gostaria do nome original do filme, também escolhido pela Warner, pois, segundo ele, não dava para o público saber que se tratava de uma comédia. Curiosamente, Viagem Insólita fez um imenso sucesso quando lançado em VHS no ano seguinte, o que faz com que muita gente acredite que o filme também foi um sucesso nos cinemas. A crítica, pelo menos, seria extremamente favorável, elogiando principalmente a atuação de Short. Viagem Insólita também ganharia um Oscar, de Melhores Efeitos Visuais, o único ao qual concorreu - se tornando o único filme de Dante premiado pela Academia.

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