segunda-feira, 24 de abril de 2017

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Ana Paula Arósio

Quando eu era mais jovem, era apaixonado pela Ana Paula Arósio. Quando comecei a namorar minha esposa, cheguei a brincar com ela, dizendo que, se algum dia a Ana Paula Arósio batesse na minha porta e dissesse que queria ficar comigo, ela seria trocada na hora. A resposta que ela deu foi bastante inteligente: "se você acha que eu vou me preocupar com isso, você tem algum problema". Ela realmente nunca bateu, e a paixão foi diminuindo, até que hoje eu já nem ligo muito pra ela. O fato de ela ter se aposentado e sumido da mídia também contribuiu bastante.

Ainda assim, quando eu estava separando os assuntos para o Mês do Brasil, achei que seria legal fazer um post sobre algum ator ou atriz brasileiro, e, evidentemente, ela foi a primeira que me veio à mente. Portanto, para encerrar esse mês temático, hoje é dia de Ana Paula Arósio no átomo!

Ana Paula nasceu em 16 de julho de 1975 em São Paulo. Seu pai, Carlos, era mecânico industrial, e sua mãe, Claudete, trabalhava como secretária em uma fábrica de macarrão. Devido a seus belos olhos azuis e a seus cabelos naturalmente cacheados, desde que ela tinha quatro anos de idade seus pais receberiam convites para que ela fosse fotografada para revistas e campanhas publicitárias, sempre recusando. Aos 11 anos, quando estava com sua mãe fazendo compras em um supermercado, ela foi abordada por uma publicitária, que convenceu sua mãe a levá-la para um teste na agência de modelos Galharufas. Ela começaria a trabalhar como modelo aos 12, posando para revistas voltadas a meninas adolescentes e para campanhas voltadas ao público infanto-juvenil. Ela faria tanto sucesso que, em 1989, quando ela tinha apenas 14 anos, conseguiria um contrato com a agência Stilo, que a convidaria para se mudar para o Japão, onde estrelaria diversas campanhas publicitárias. O sucesso na Terra do Sol Nascente, por sua vez, renderia vários convites para desfilar em semanas de moda na Europa e nos Estados Unidos. Com 1,71 m de altura, porém, ela não fazia muito sucesso nas passarelas, e acabaria voltando para as campanhas e capas de revista. Ela retornaria ao Brasil aos 17 anos, em 1992, quando conseguiria um lucrativo contrato para figurar nas capas dos cadernos da linha Click, da Tilibra. Aos 18 anos, Ana Paula já tinha aparecido em mais de 250 capas de revistas no mundo inteiro, sem contar as inúmeras páginas de propaganda.

Ela não pretendia, porém, ser modelo para sempre, e, após retornar ao Brasil, começaria a investir em uma carreira de atriz, frequentando aulas de teatro e fazendo testes para comerciais de TV. Sua presença nesses comerciais chamaria a atenção do diretor Walter Hugo Khouri, que a convidaria para um pequeno papel na produção ítalo-brasileira Forever, de 1993, estrelada por Ben Gazzara e Eva Grimaldi; Ana Paula interpretaria Berenice Rondi, mesma personagem de Grimaldi, em flashbacks que mostravam sua adolescência. No mesmo ano, ela faria um teste para protagonizar a minissérie Sex Appeal, na Rede Globo, mas o papel acabaria ficando com Luana Piovani. No final de 1993, ela também faria sua estreia no teatro, na peça infantil Um Passeio no Cometa, que ficaria em cartaz durante dois meses nas cidades de Santos e Guarujá, no litoral do estado de São Paulo.

A estreia de Ana Paula na TV só ocorreria em 1994, quando ela seria convidada para uma participação na novela Éramos Seis, exibida pelo SBT, escrita por Sílvio de Abreu e Rubens Ewald Filho, baseada no romance homônimo de Maria José Dupré. Essa era a quarta versão da novela - a primeira fora exibida em 1958 na TV Record, e a segunda e a terceira na TV Tupi, em 1967 e 1977 - e a personagem de Ana Paula, Amanda, não estava presente em nenhuma das três anteriores. Ela participaria de apenas dez dos 180 capítulos, vivendo um romance com Carlos (Jandir Ferrari), o filho mais velho dos protagonistas Lola (Irene Ravache) e Júlio (Othon Bastos). Apesar da curta participação, Ana Paula chamaria a atenção do diretor Celso Nunes, que a convidaria para um papel na peça de teatro Baton, que ficou em cartaz durante 11 meses no ano de 1995.

Ana Paula também chamaria a atenção do departamento de elenco do SBT, que a escalaria para um papel fixo na novela Razão de Viver, de 1996, mais uma vez uma refilmagem (no caso, da novela Meus Filhos, Minha Vida, exibida pelo próprio SBT em 1984). Curiosamente, sua personagem, Bruna, resistia aos esforços da irmã, Sílvia (Vera Zimmermann), que desejava transformá-la em uma modelo internacional, enquanto o que ela queria era se casar e ter filhos. A novela, infelizmente, seria um grande fracasso de crítica e público, com o SBT atribuindo as críticas negativas ao fato de a história original ter sido muito alterada, e a baixa audiência ao horário no qual a novela era exibida - que, ainda por cima, teve de ser alterado durante o mês de julho, por causa das transmissões dos eventos das Olimpíadas de 1996.

Em 1996, Ana Paula ainda tinha vários contratos como modelo, já recebia os primeiros elogios por suas participações no teatro e na TV, e planejava, inclusive, passar uma temporada em Nova Iorque, estudando no famoso Actor's Studio, uma das escolas de teatro mais famosas do planeta. Ela parecia estar vivendo um sonho, que, em novembro daquele ano, ganharia um componente de pesadelo: há cerca de seis meses, Ana Paula namorava o empresário Luiz Carlos Tjurs, oito anos mais velho que ela e herdeiro da rede de hotéis Horsa. Apaixonados, eles chegaram a marcar o casamento para o mês de dezembro, mas, quarenta dias antes da cerimônia, ele se suicidaria com um tiro na boca na sua frente. Ana Paula ficaria imensamente abalada pelo fato, tendo de ser sedada para ser retirada do apartamento do noivo, desmaiando três vezes durante o depoimento à polícia, e ficando internada em uma clínica de repouso durante dois dias. O motivo do suicídio foi ciúmes que o empresário sentia: em vários bilhetes, ele questionava a fidelidade de Ana Paula, acusando-a de ter casos com o também empresário Luiz Simonsen Neto - com quem ela teve um breve relacionamento em 1992 - e até mesmo com o apresentador de TV Serginho Groisman. A infidelidade de Ana Paula jamais foi comprovada, e o incidente a marcaria pelo resto da vida.

Após recuperar-se parcialmente do trauma, Ana Paula retomaria sua carreira de atriz em 1997, em uma montagem da peça Fedra e na novela do SBT Os Ossos do Barão, na qual interpretava Isabel, a neta do Barão do título e objeto de desejo do protagonista Egisto (Juca de Oliveira), que quer se casar com ela para obter um título de nobreza. A partir de 1997, aos 22 anos, ela também diminuiria cada vez mais seus trabalhos como modelo, preferindo se dedicar plenamente à carreira de atriz.

O grande momento dessa carreira aconteceria em 1998, quando Ana Paula seria convidada pelo diretor Wolf Maya para ser a protagonista da minissérie Hilda Furacão, da TV Globo. Maya queria uma atriz relativamente desconhecida para o papel, e havia ficado impressionado com a atuação de Ana Paula em Fedra. Após sua participação em Os Ossos do Barão, porém, Ana Paula havia renovado seu contrato com o SBT por mais um ano, de forma que Globo e SBT tiveram que chegar a um acordo quanto à participação da atriz na minissérie - acordo esse que jamais foi revelado, mas que certamente contou com uma compensação financeira. Após o término da minissérie, com o contrato com o SBT encerrado, ela assinaria um contrato por tempo indeterminado com a Globo, algo reservado apenas aos atores e atrizes do primeiro time da emissora - e que não ocorreria por acaso.

No papel de uma moça de uma aristocrática família mineira da década de 1950, que se torna prostituta após desistir de se casar com um homem rico, e acaba seduzindo um padre (interpretado por Rodrigo Santoro), Ana Paula teve uma performance arrebatadora, elogiadíssima pela crítica, considerada um dos maiores motivos da excelente audiência da minissérie, e que lhe renderia o Troféu Imprensa de Revelação do Ano e o Troféu Melhores do Ano de Melhor Atriz Revelação de 1998. A modelo que tentava ser atriz provava que era uma atriz de verdade.

Com Ana Paula bombando, é lógico que a Globo iria querer mantê-la no ar pelo maior tempo possível; assim, ainda em 1998, ela faria um episódio da série Mulher, e um do famoso programa Você Decide. Curiosamente, ela também iria ao ar pelo SBT, em quatro episódios da série Teleteatro, gravados antes de Hilda Furacão. Finalmente, ela participaria de mais uma peça de teatro, Harmonia em Negro.

Sendo uma atriz do primeiro time, o próximo passo para Ana Paula seria protagonizar uma novela das oito, o que aconteceria em 1999, quando ela seria escalada para protagonizar Terra Nostra, um dos projetos mais ambiciosos da emissora, ao lado de Thiago Lacerda, que também estava fazendo muito sucesso na época. Escrita por Benedito Ruy Barbosa, Terra Nostra contaria a saga da imigração italiana no Brasil, sendo ambientada entre o final do século XIX e o início do século XX; os personagens de Ana Paula e Thiago, Giuliana e Matteo, eram um jovem casal de italianos que chegava ao Brasil de navio, se apaixonando durante a viagem, mas impedidos de ficarem juntos por várias circunstâncias que ocorreriam após sua chegada - como o filho do banqueiro para o qual Giuliana vai trabalhar se apaixonando por ela.

Terra Nostra seria uma superprodução, vendida para 95 países, e começaria com excelentes índices de audiência. Ana Paula teria mais uma vez uma atuação elogiadíssima, que lhe renderia mais um Troféu Imprensa de Melhor Atriz. O sucesso, entretanto, acabaria sendo prejudicial à novela: inicialmente, a saga de Giuliana e Matteo seria apenas a primeira fase da novela, que, segundo o planejamento do autor, começaria no século XIX e terminaria apenas nos dias atuais, mostrando várias gerações da família formada pelo jovem casal de italianos; com o grande sucesso da trama e do casal de protagonistas, porém, a Globo decidiria fazer com que essa primeira fase se tornasse a novela inteira, oferecendo a produção de duas novas novelas, que serviriam como segunda e terceira parte, para que Benedito concordasse. Conforme o tempo passava, porém, as tramas da novela ficavam cada vez mais confusas, até mesmo inverossímeis, o sofrimento sem fim de Giuliana atraía cada vez mais críticas, e, perto do final, a audiência já não era nem uma sombra dos altos números obtidos no início.

A imagem de Ana Paula, contudo, não seria arranhada pelo declínio da novela: enquanto a produção ainda estava no ar, ela seria contratada pela Embratel para uma grande campanha publicitária veiculada em todo o país durante nada menos que cinco anos, o que contribuiria para aumentar ainda mais sua fama. Após o fim de Terra Nostra, ela decidiria se manter um tempo longe da televisão, atuando apenas no teatro e cinema, participando da peça Diário Secreto de Adão e Eva, de 2000, e do filme Os Cristais Debaixo do Trono, de 1999, dirigido por Del Rangel - mesmo diretor de Éramos Seis e Razão de Viver - e que seria considerado um imenso fiasco, com baixo público e críticas negativas. No filme, Ana Paula interpreta Gilda, moça que desaprova o tórrido relacionamento entre seu pai e uma garota mais jovem que ela.

Ana Paula retornaria à televisão em 2001, na minissérie Os Maias, adaptação da obra de Eça de Queiroz na qual viveu Maria Eduarda da Maia, que, sem saber do fato, tem um relacionamento amoroso com o próprio irmão, interpretado por Fábio Assunção. Como é descrito no livro que Maria Eduarda tem olhos castanhos, a atriz teve de usar lentes de contato para o papel, não podendo exibir seus belos olhos azuis. A minissérie foi mais um grande sucesso, e a interpretação de Ana Paula mais uma vez foi bastante elogiada. Também em 2001, ela faria um episódio da série Brava Gente e um de Os Normais, no qual interpretou um ex-caso do protagonista Rui (Luiz Fernando Guimarães). Em 2002, ela participaria de uma montagem da peça de teatro Casa de Bonecas, do norueguês Henrik Ibsen, em uma atuação que seria bastante elogiada. Essa seria sua última atuação no teatro até hoje.

Ana Paula voltaria às novelas em 2002 em Esperança, aquela que seria a segunda parte de Terra Nostra; para ter mais liberdade de condução do texto, porém, Benedito Ruy Barbosa optaria por dissociar as duas obras, não fazendo de Esperança uma continuação de Terra Nostra, e sim mais uma novela centrada nos imigrantes italianos. Esperança é ambientada na década de 1930, e tem como protagonistas Maria (Priscilla Fantin) e Toni (Reynaldo Gianecchini), casal de italianos que, proibidos por suas famílias de se casarem, decidem fugir para o Brasil para casar e viver aqui; do dia da viagem, porém, o pai de Maria descobre e a impede, e Toni vem sozinho, prometendo buscá-la. Ana Paula interpreta Camille, jovem judia à frente de seu tempo, cujo comportamento não é bem aceito pela sociedade da época, e que seduz Toni após se apaixonar por ele. Camille seria a primeira vilã da carreira de Ana Paula, em mais uma atuação arrebatadora, que renderia seu terceiro Troféu Imprensa de Melhor Atriz, além de uma indicação ao Prêmio Contigo de Melhor Atriz, o qual perdeu para Priscila Fantin.

O desempenho da novela, por outro lado, não foi tão fantástico quanto o da atriz, com audiência baixa desde o início, e vários problemas ao longo da produção: em uma cena de briga entre Camille e Toni, Ana Paula atingiria Gianecchini acidentalmente com uma estátua, quebrando vários de seus dentes, o que fez com que o ator tivesse de ficar sem gravar por três dias e se submeter a uma restauração dentária; na mesma cena, a atriz torceria o tornozelo, tendo de gravar com uma bota ortopédica cuidadosamente escondida pela produção durante os dias seguintes; devido a cenas de violência e nudez, a novela foi ameaçada pelo Ministério da Justiça de ser reclassificada para ser apresentada apenas após as 22 horas, o que não aconteceu, mas, graças a uma classificação de imprópria para menores de 14 anos, jamais poderá ser exibida à tarde, como, por exemplo, no Vale a Pena Ver de Novo; em meio à produção, Benedito seria afastado pela direção da Globo e substituído por Walcyr Carrasco, para tentar reverter os baixos índices de audiência; e, próximo ao final da novela, Ana Paula teve um problema de saúde não divulgado, ficando ausente das gravações por várias semanas e tendo de concluí-las às pressas para que a novela pudesse terminar no tempo previsto. Com tudo isso, Benedito desistiria de fazer a terceira parte à qual tinha direito, interrompendo a saga dos italianos.

Vale citar também que, para tentar conseguir internacionalmente o sucesso que não teve no Brasil, a Globo investiria pesado em uma suposta ligação de Esperança com Terra Nostra: na América Latina, a novela seria vendida como Terra Speranza, enquanto na Itália a cara de pau seria ainda maior, e ela se chamaria Terra Nostra 2. Os países nos quais ela faria mais sucesso, entretanto, seriam Rússia, Uzbequistão e Israel, onde contava com uma versão da música da abertura cantada em hebraico, e a personagem de Ana Paula faria um gigantesco sucesso - o casamento de Camille e Toni foi responsável por um dos maiores índices de audiência já registrados na televisão daquele país.

Após uma pequena participação em apenas um episódio da fase final da novela Celebridade, em 2003, interpretando a motoqueira Alice, Ana Paula retornaria ao protagonismo na minissérie Um Só Coração, de 2004, produzida em homenagem aos 450 anos da cidade de São Paulo, na qual interpretava Yolanda Penteado, princesinha do café que se apaixona por Martim Pais (Erik Marmo), um jovem de família tradicional empobrecida que simpatiza com o movimento anarquista - sendo desnecessário dizer que sua família era contra o relacionamento. Yolanda e Martim, assim como outros personagens da minissérie, foram pessoas reais da história de São Paulo - a trama conta até mesmo com a presença dos modernistas Mário de Andrade (Pascoal da Conceição), Anita Malfatti (Betty Gofman), Tarsila do Amaral (Eliane Giardini) e Oswald de Andrade (José Rubens Chachá).

Ana Paula voltaria a fazer uma minissérie no ano seguinte, 2005, ao interpretar Consuelo, sobrevivente de um naufrágio de navio, em Mad Maria, mais uma obra de Benedito Ruy Barbosa, adaptação do livro homônimo de Márcio de Souza, que conta a saga da construção da estrada de ferro Madeira-Mamoré, em plena selva amazônica, entre 1907 e 1912. Também em 2005, Ana Paula participaria de dois filmes, O Coronel e o Lobisomem, no qual interpretou Esmeraldina, paixão do Coronel do título (Diogo Vilella), mas casada com seu irmão de criação (Selton Mello); e Celeste e a Estrela, que tem como tema a dificuldade de se fazer cinema no Brasil, no qual interpreta Salete, recepcionista que ouve o avaliador de projetos de cinema Estrela (Fábio Nassar) contar a história de como conheceu e se apaixonou pela diretora Celeste (Dira Paes). Por sua atuação como Salete, Ana Paula ganharia o Prêmio do Festival de Varginha de Melhor Atriz Coadjuvante.

Em 2006, Ana Paula finalmente participaria de uma novela ambientada na época atual - até então, todas as novelas e minisséries nas quais atuou eram de época, ambientadas no passado (exceto a pequena participação em Celebridade). Essa "estreia" se daria em Páginas da Vida, de Manoel Carlos, na qual interpretou Olívia, uma proprietária de galeria de arte que se torna amiga da protagonista Nanda (Fernanda Vasconcellos), mas acaba tendo um caso com o namorado dela, Léo (Thiago Rodrigues). Em 2007, ela se arriscaria na comédia, ao interpretar vários personagens em um episódio de Casseta & Planeta, Urgente!. No mesmo ano, ela voltaria a uma campanha publicitária, se tornando a nova garota-propaganda da Avon, cargo que ocupou até 2010.

A última novela de Ana Paula seria Ciranda de Pedra, de Alcides Nogueira, exibida em 2008 e ambientada em 1958, na qual interpretava a protagonista Laura, que, apesar de um bom casamento e de uma família aparentemente feliz, sofre com distúrbios emocionais, estando ora tranquila e simpática, ora intragável e nervosa, o que acaba levando à sua internação em um sanatório.

Em 2010, ela estrelaria um novo filme, Como Esquecer, no papel da professora de inglês homossexual Júlia, que, após terminar com a namorada e entrar em depressão, decide se mudar para o Rio de Janeiro e morar com amigos; ao conhecer uma nova paixão (Arieta Corrêa), ela tem de lidar com a incapacidade de se envolver em um novo relacionamento. Ainda em 2010, ela estrelaria o seriado Na Forma da Lei, no papel da promotora Ana Beatriz.

Em 16 de julho de 2010, no dia do seu aniversário de 35 anos, Ana Paula se casou com o arquiteto Henrique Pinheiro, com quem namorava há cerca de um ano. A cerimônia foi no sítio de propriedade da atriz, em Santa Rita do Passa Quatro, interior do estado de São Paulo, no qual ela cria cavalos, sua grande paixão. O casal decidiria morar neste sítio, onde residem até hoje.

No final de 2010, Ana Paula seria escalada para protagonizar a novela Insensato Coração, de Gilberto Braga. Entretanto, por motivos desconhecidos, ela começou a faltar às gravações, até que se tornou impossível prosseguir sem ela; Ana Paula seria substituída por Paolla Oliveira, que assumiria seu papel e regravaria suas cenas, e desligada da produção, sendo colocada na "geladeira". Em dezembro, ela procuraria a Globo, rescindiria seu contrato, e passaria a viver em reclusão no sítio, longe da vida pública.

Ana Paula passaria quase cinco anos desaparecida dos olhares do público - em 2013, estraria nos cinemas Anita e Garibaldi, filme que conta a história do famoso casal, no qual ela interpretou Anita (com Gabriel Braga Nunes interpretando Garibaldi), mas este fora filmado antes do final de 2010, apenas demorando para estrear. Seu retorno efetivo à carreira de atriz se daria apenas em 2015, com o filme A Floresta que se Move, de Vinicius Coimbra, uma adaptação livre de Macbeth, de William Shakespeare, no qual interpreta Clara, esposa do executivo de banco Elias (também interpretado por Gabriel Braga Nunes), que vê sua vida mudar após consultar uma vidente.

Desde então, Ana Paula voltaria a viver escondida em seu sítio, com seu marido e seus cavalos. Ela não descarta um novo retorno à carreira de atriz, mas diz que, por enquanto, não está em seus planos.

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