Assim como fizera no ano anterior, em 1998 a SNK lançou um novo sistema, deste vez um videogame portátil, chamado Neo Geo Pocket. Junto com ele, ela lançou versões "pocket" de seus principais jogos de luta, com gráficos estilo Super Deformed. Dentre estes títulos, como se pode imaginar, havia um Samurai Shodown! (assim mesmo, com um "!"; Samurai Spirits! no Japão).
Embora não fosse exatamente uma versão, Samurai Shodown! tinha a mesma história de Samurai Shodown IV, com a maioria de seus personagens: estavam à disposição do jogador Haohmaru, Nakoruru, Shizumaru, Rimururu, Genjuro, Galford, Hanzo, Ukyo, Jubei, Kazuki, Sogetsu e Amakusa; Zankuro era o último chefe, que podia ser selecionado através de um truque, e Shiki aparecia como personagem secreta. Apesar dos gráficos pequenos e monocromáticos, o jogo mantinha as principais características da série, como a possibilidade de se escolher entre Slash e Bust, o auto-fatality, e até mesmo o parry. Para compensar a ausência de dois botões, a SNK fez o botão A, que fazia o personagem dar um golpe com a arma, ser sensível a pressão, resultando em um golpe fraco se fosse apertado de leve, ou um golpe forte se fosse apertado com força. No geral, Samurai Shodown! era bastante divertido, e foi um dos jogos mais vendidos do Neo Geo Pocket.
Um ano após o lançamento do Neo Geo Pocket, a SNK pôs no mercado uma nova versão do portátil, capaz de rodar gráficos coloridos, e batizada de Neo Geo Pocket Color. Mais uma vez, Samurai Shodown estava entre os jogos agraciados com o lançamento de um título para o novo sistema. Embora este título não fosse uma continuação, recebeu o nome de Samurai Shodown! 2 (e Samurai Spirits! 2 no Japão).
Lançado em 1999, Samurai Shodown! 2 também não era oficialmente uma versão, mas seguia a mesma história de Samurai Shodown 64: Warriors Rage; os personagens disponíveis, porém, tinham algumas novidades: o jogador podia escolher entre Haohmaru, Nakoruru, Rimururu, Genjuro, Galford, Hanzo, Ukyo, Kazuki, Sogetsu, Asura, Taizan, Shiki, Jubei e Charlotte. Kuroko também aparece, mas como uma espécie de "random select", já que se transforma em outro personagem qualquer logo após ser escolhido; e Yuga, o último chefe, também podia ser selecionado através de um código. Apesar dos gráficos serem menos detalhados e em 2D, a SNK manteve os mesmos golpes e movimentos de Samurai Shodown 64: Warriors Rage, o que foi muito elogiado pelos jogadores. De fato, o jogo é tão parecido que muitos, apesar da posição em contrário da própria SNK, o consideram como sendo a única versão para um console caseiro lançada de Samurai Shodown 64: Warriors Rage.
Samurai Shodown! 2 também trouxe uma novidade interessante: para tentar estender a vida útil do jogo, a SNK incluiu "cards virtuais", que o jogador ganhava durante o jogo e podia trocar com os amigos ligando um Neo Geo Pocket Color em outro. Além de trazerem ilustrações colecionáveis, os cards podiam ser "equipados" nos personagens, aumentando o dano causado por seus golpes, diminuindo o dano que eles recebiam dos oponentes, dando acesso a especiais exclusivos, ou aumentando o poder de um especial, que ganhava, inclusive, uma nova animação.
Ainda no ano de 1999, a série ganharia seu único jogo - excluindo, talvez estes dois do Neo Geo Pocket - a não ter uma versão para arcades. Lançado exclusivemente para o Playstation, Samurai Shodown: Warriors Rage (Samurai Spirits Shinshou - Kenkaku Ibunroku: Yomigaerishi Soko no Yaiba, "o novo capítulo de Samurai Spirits - a estranha história do espadachim: recuperando as lâminas azul e vermelha", no Japão) seguia a história iniciada em Samurai Shodown 64, sendo, inclusive, em 3D. Com um monte de personagens novos, porém, ele acabou tendo muito pouco a ver com a série original.
Samurai Shodown: Warriors Rage é ambientado nada menos que 21 anos depois de Samurai Shodown 64: Warriors Rage, seu antecessor direto. Nessa nova era de paz, aqueles que vivem sob a lei da espada são caçados pelo governo e enviados para uma ilha remota, para não causarem problemas à sociedade. Um pequeno grupo, porém, se rebela, e decide primeiro dominar a ilha para depois voltar ao Japão, dando um fim à era de paz. Sabendo disso, alguns heróis rumam para a ilha, determinados a impedir a rebelião.
No início do jogo, o jogador poderá escolher entre onze personagens: Seishiro Kuki, o novo protagonista da série, enviado pelo governo à ilha para sufocar a rebelião; Jin-Emon Hanafusa, parceiro de Seishiro, que vai à ilha capturar um criminoso; Jushiro Sakaki, líder de um grupo contrário ao governo, e alvo de Jin-Emon; Rinka Yoshino, membro do mesmo grupo que Jushiro, que luta para restaurar o nome de sua família; Saya, também do mesmo grupo, cuja família foi morta pelo governo; Haito Kanakura, ex-guarda-costas atual bandido, que deseja escapar da ilha; Yaci Izanagi, que vai à ilha resgatar sua amada; Ganryo the Whirlwind, líder de um grupo de bandidos que deseja vingar a morte de alguns amigos; Ran Po, órfão que procura por sua irmã; Hanzo Hattori, que não é o mesmo da série original, e sim seu filho, Shinzo, que assumiu o nome e o posto de liderança do pai; e Haohmaru, mais velho e barbudo, que vai à ilha procurar por sua sobrinha. Terminando o jogo com cada um deles, o jogador libera um personagem secreto: Tohma Kuki, irmão de Seishiro e um dos líderes da rebelião; Tashon Mao, guerreiro chinês designado para proteger Nakoruru (que, junto com Rimururu, aparece no jogo, mas não toma parte nas lutas); Daruma, lutador solitário que também deseja impedir a rebelião; Mugenji, assassino homicida que luta por prazer; Minto, a irmã de Ran Po; Samurai, um samurai genérico que servia ao governo na ilha antes da rebelião; Brute, um bandido genérico que estava na ilha na hora da rebelião, e imagina poder ganhar alguma coisa com a confusão instaurada; Iga Ninja, um dos ninjas do clã de Hanzo; Oboro's Amazon, uma das guarda-costas pessoais do líder da rebelião; Yuda, na verdade Asura, sem memória; e Mikoto, filha de Asura, sobrinha de Haohmaru, e uma das líderes da rebelião. Terminando o jogo com todos os personagens, o jogador ainda ganha acesso a Seishiro Kuko, uma versão mais poderosa de Seishiro Kuki. O último chefe é o líder da rebelião, Oboro, que, surpreendentemente (já que o que não falta são personagens secretos), não pode ser selecionado.
Apesar dos gráficos em 3D, Samurai Shodown: Warriors Rage é um jogo de luta em 2D, com mecânica mais parecida com a dos jogos do Neo Geo que com a de seus antecessores do Hyper Neo Geo 64. A única novidade significativa introduzida por ele era a barra de energia: após ser derrubado, um personagem se levantava novamente com a barra de energia em dois terços, e, sendo derrubado novamente, se levantava mais uma vez com apenas um terço da energia original; com isso, ao invés de ganhar dois rounds para vencer uma luta, um personagem tinha de derrubar seu oponente três vezes, sendo que cada vez seguinte demandava um pouco menos de esforço. No geral, o jogo foi considerado ruim, com a principal reclamação sendo a de que não era necessário técnica para jogá-lo, bastava sair apertando os botões feito um louco que você acabaria ganhando a luta. As baixas vendas no Japão e a proximidade do lançamento do Playstation 2 fizeram com que o jogo fosse lançado em pouca quantidade fora do Japão; por causa disso, muitos jogadores não-japoneses imaginam que Samurai Shodown: Warriors Rage seja uma versão para o Playstation de Samurai Shodown 64: Warriors Rage, embora os dois jogos não tenham absolutamente nada em comum a não ser o nome - aliás, a razão pela qual a SNK decidiu lançar dois jogos com títulos tão parecidos é até hoje um mistério, e motivo para que o do Playstation seja conhecido, informalmente, como Warriors Rage 2.
Depois do lançamento de Samurai Shodown: Warriors Rage, a SNK passou por sérias dificuldades financeiras, faliu, e ressurgiu das cinzas como SNK Playmore. Ao retomar os negócios, a empresa decidiu que seria bom lançar um novo jogo de uma de suas séries de maior sucesso, e um Samurai Shodown V finalmente começou a ser produzido. Como ainda estava se reestruturando, porém, a SNK deixou o desenvolvimento do jogo a cargo da Yuki Enterprise, que, apesar de já ter trabalhado com a SNK no passado, era especializada em jogos de estratégia, jamais tendo desenvolvido um jogo de porrada. Essa notícia preocupou bastante os fãs japoneses, que só se acalmaram quando a SNK anunciou que o desenvolvimento do enredo e dos personagens ficaria a cargo de Nobuhiro Watsuki, criador e autor do famoso mangá e anime Rurouni Kenshin (conhecido aqui no Brasil como Samurai X).
No geral, até que a Yuki fez um excelente trabalho, tornando o jogo mais parecido com os primeiros da série, e adicionando alguns elementos de estratégia à luta. Para começar, os modos Slash e Bust foram abolidos, com cada personagem voltando a ter apenas uma forma - embora quatro dos personagens novos sejam obviamente versões Bust de quatro dos personagens antigos. O ataque pelas costas, cancelar um ataque para outro, golpes especiais mais poderosos quando a barra de especial está cheia e golpes só disponíveis com pouca energia também foram chutados do jogo. O esquema de botões se tornou mais interessante, com um botão de golpe de arma fraco e um de golpe de arma médio - pressionar ambos simultanteamente resultava em um golpe de arma forte - mais um botão de chute e um botão de defesa, que, dependendo da posição do joystick, fazia com que o personagem bloqueasse, se agachasse, desse um pulinho ou rolasse. Finalmente, foi introduzida uma nova barra, logo abaixo da energia, que determinava quanto dano os golpes do personagem causavam - quanto mais cheia, mais dano, evidentemente. Essa barra diminuía conforme o personagem atacava, e enchia de novo lentamente se ele permanecesse sem atacar. Ataques calculados, portanto, eram mais devastadores que ataques em rápida sucessão.
Lançado em 2003, exatamente dez anos depois do primeiro jogo da série, primeiro para arcades e Neo Geo, depois para Playstation 2 e Xbox, Samurai Shodown V não é uma sequência, mas uma "prequência", ambientada dois anos antes do Samurai Shodown original (e, por isso, seu nome original em japonês é Samurai Spirits Zero). Isso coloca a ação por volta do ano 1786, época na qual o Japão enfrentava guerras, fome e caos generalizado. Nesse cenário, Gaoh Kyougoku Hinowanokami, um dos mais respeitados generais do Império, decide se rebelar e exigir a renúncia do Senhor de sua província, para que seu filho (do Senhor, não de Gaoh), mais honrado e consciente das necessidades do povo, assuma o cargo. Gaoh, porém, não teve essa ideia absolutamente sozinho: sem saber, ele estava sendo influenciado pelo demônio Ankiou. Graças a essa influência, uma rebelião que deveria ser pacífica se transforma em mais um conflito armado, atraindo a atenção de vários heróis, que rumam para o local.
Esses heróis, evidentemente, são os personagens à disposição dos jogadores. A Haohmaru, Nakoruru, Rimururu, Shizumaru, Genjuro, Galford, Hanzo, Ukyo, Basara, Charlotte, Gaira, Jubei, Kyoshiro, Kazuki, Sogetsu e Tam Tam se unem oito novos: Yoshitora Tokugawa, exímio espadachim e apreciador das boas coisas da vida, próximo na linha de sucessão da província, que na verdade nem quer saber de governar, ao contrário do que Gaoh imagina; Mina Majikina, moça que nasceu com uma forte energia espiritual e devota sua vida a destruir demônios, lutando com um arco e flechas ao lado de seu mascote Chample; Liu Yunfei, que há mil anos fez um pacto com Ankiou, sendo agraciado com a imortalidade, mas agora quer se redimir destruindo o demônio; Kusaregedo, um homem amaldiçoado por cometer canibalismo, condenado a vagar eternamente como um gaki de fome interminável; Enja, demônio com o poder do fogo, na verdade a antiga forma Bust de Kazuki; Suija, demônio com o poder da água, na verdade a antiga forma Bust de Sogetsu; Rera, feiticeira ainu malvada que não se importa de cometer assassinatos para proteger a natureza, que luta ao lado de seu lobo Shikuru, e anteriormente era a forma Bust de Nakoruru (que agora sempre luta ao lado de Mamahaha); e Rasetsumaru, inspirado na forma Bust de Haohmaru, demônio assassino viciado em combates, que persegue Haohmaru pela chance de enfrentar o maior espadachim do Japão.
O jogo conta ainda com dois subchefes, Sankuro Yorozu, guerreiro um tanto desonesto que almeja ocupar o trono da província após a rebelião, e Yumeji Kurokouchi, mestre de iaijutsu expulso de seu dojo sob suspeita de ser uma mulher disfarçada de homem, que desde então se tornou o braço-direito de Gaoh. Ambos podem ser selecionados pelo jogador através de truques, assim como Poppy, o cachorro de Galford, que pode ser controlado diretamente pelo jogador, lutando pela primeira vez sem seu dono. O último chefe do jogo, evidentemente, é Gaoh, que possui uma característica interessante: toda vez que sua barra de especial está totalmente cheia, ele se transforma em Ankiou, ganhando uma nova aparência e novos golpes.
Como curiosidade, vale citar que todas as cut scenes e finais de Samurai Shodown V são em japonês, e, se o arcade for configurado para a região americana, eles simplesmente desaparecem, o que não foi bem recebido pelos jogadores norte-americanos - afinal, nada mais frustrate do que terminar um jogo de porrada e não poder ver o final de seu personagem. Não se sabe por que essas cenas não foram traduzidas, mas especula-se que o jogo tenha tido seu desenvolvimento apressado para ser lançado o quanto antes, suspeita essa confirmada por algo que geralmente acontece nesses casos: o lançamento de uma nova versão do jogo, Samurai Shodown V Special (Samurai Spirits Zero Special no Japão), em 2004.
Em termos de jogabilidade, Samurai Shodown V Special não era muito diferente de Samurai Shodown V; as principais mudanças foram nos gráficos, com muitos personagens sendo redesenhados e todos os cenários ganhando novidades, e no som, com vários efeitos sonoros inéditos. Em relação aos personagens, Sankuro e Yumeji saíram do jogo, sendo substituídos, respectivamente, por Amakusa e Zankuro; ambos, assim como Gaoh, já estavam disponíveis para escolha desde o início, sem a necessidade de truques. Mizuki também voltou à série, como um personagem secreto, no lugar de Poppy, que já não podia mais ser controlado sem Galford. Essas mudanças nos personagens fizeram com que Samurai Shodown V Special se tornasse uma espécie de dream battle, um "tira-teima" entre os mais poderosos personagens da série, já que Amakusa, Zankuro e Mizuki não se encaixavam no enredo original de Samurai Shodown V.
Samurai Shodown V Special também ficou conhecido como o jogo mais violento da série, graças, em parte, à adição de golpes que, se executados no momento certo, matavam instantaneamente o oponente com uma espécie de fatality; mas principalmente à volta dos fatalities de Samurai Shodown IV, acompanhados de alguns novos, que resultavam em muito sangue, desmembramentos, e gritos horripilantes se aplicados contra Nakoruru ou Rimururu. Infelizmente, pouco antes do lançamento da versão em cartucho para Neo Geo, uma menina japonesa de 12 anos foi morta na escola por um colega de 11, que usou uma faca para cortar sua garganta e seus pulsos. Buscando evitar ser acusada de fomentar a violência, a SNK removeu todo e qualquer fatality da versão Neo Geo, o que resultou em uma chiadeira por parte dos jogadores. A SNK acabou se rendendo e fazendo um recall, mas mesmo as versões novas tinham os fatalities editados, bem menos violentos que os da versão arcade.
Mesmo com toda essa controvérsia, Samurai Shodown V Special acabou sendo o último jogo lançado para o Neo Geo, que teve sua produção interrompida naquele mesmo ano de 2004. Junto com o Neo Geo, a placa de arcades MVS também parou de ser fabricada, então a SNK fez um contrato com a Sammy, e passou a lançar seus jogos para a placa Atomiswave, daquela fabricante. O contrato previa seis jogos, mas, insatisfeita com os resultados, a SNK acabou lançando só cinco. Dentre eles, obviamente, estava um Samurai Shodown VI.
Lançado em 2005, Samurai Shodown VI (que no Japão se chama Samurai Spirits: Tenkaichi Kenkakuden, "a história do maior espadachim do mundo") não tem um enredo lá muito profundo, sendo mais uma dream battle entre os personagens da série: Yoshitora, tendo assumido o trono, convoca os maiores guerreiros do mundo para um campeonato, no qual será escolhido o guerreiro mais forte de todos. Para refletir esse ambiente comemorativo, os cenários representam diferentes festivais ao redor do mundo, como o Halloween e o Ano Novo Chinês. Sendo uma dream battle, o jogo não precisa de desculpas para reunir todos os personagens de Samurai Shodown, Samurai Shodown II e Samurai Shodown V, mais quatro novos. Isso mesmo, já desde o início, o jogador pode escolher entre nada menos que 40 personagens: Haohmaru, Nakoruru, Ukyo, Wan-Fu, Tam Tam, Charlotte, Galford, Kyoshiro, Earthquake, Hanzo, Jubei, Genan, Amakusa, Genjuro, Caffeine, Sieger, Cham Cham, Mizuki, Shizumaru, Rimururu, Gaira, Basara, Zankuro, Kazuki, Sogetsu, Yoshitora, Mina, Yunfei, Kusaregedo, Enja, Suija, Rera, Rasetsumaru, Sankuro, Yumeji, Gaoh e mais quatro novos, Andrew, um soldado americano amigo de Yoshitora; Iroha, um grou (ave símbolo do Japão) com a habilidade de se transformar em uma linda moça; Ocha-Maro Karakuri, um boneco de madeira animado, único remanescente de um exército construído para combater demônios; e Sugoroku Matsuribayashi, um rufião que luta quase pelado e usa um canhão como arma. Além dessa gente toda, ainda é possível jogar com Kakuro, que aparece no jogo como juiz das lutas e como personagem secreto.
Além da versão para arcades, Samurai Shodown VI ganhou uma versão caseira para Playstation 2, que, acreditem ou não, trazia mais sete personagens secretos. Quatro deles eram os mascotes, Poppy, Paku Paku, Chample e uma dupla de Shikuru e Mamahaha, lutando sem seus donos, como o Poppy secreto de Samurai Shodown V; os outros três eram EX Nakoruru, a Nakoruru de Samurai Shodown II, com o segundo esquema de cores; Rasetsu Galford, a versão Bust de Galford, de Samurai Shodown III; e Kim Ung Che, na verdade a versão Slash de Gaira, também de Samurai Shodown III. Esse último personagem é uma espécie de "piada interna" da SNK, já que Kim Ung Che era o nome de Gaira na versão de Samurai Shodown III lançada na Coreia do Sul; porque o nome foi mudado, se foi para evitar algum cacófato ou o uso do sobrenome Caffeine, não se sabe, já que nos jogos seguintes ele se chama Gaira novamente. De qualquer forma, assim como Nakoruru e EX Nakoruru, Gaira e Ung Che são o mesmo personagem, mas com gráficos diferentes.
Além da grande variedade na escolha de personagens, Samurai Shodown VI permitia que o jogador escolhesse entre seis "espíritos", que funcionavam mais ou menos como os Grooves de Capcom vs SNK, alterando a forma como a barra de especial e os golpes especiais se comportam, além de permitindo alguns movimentos exclusivos de cada "espírito". A versão para Playstation 2 trouxe três novos "espíritos", secretos, que eram liberados após o jogador cumprir certas condições.
Depois de desistir da Atomiswave, a SNK passou a desenvolver jogos para a placa Type X2, da Taito (a mesma de Street Fighter IV). Um desses jogos foi Samurai Shodown: Edge of Destiny ("a lâmina do destino", Samurai Spirits Sen, "explosão de luz", no Japão). Desenvolvido em parceria entre a SNK e a K2 LLC, e lançado em 2008, por enquanto apenas para arcades, mas com versões para Playstation 3 e Xbox a caminho, Edge of Destiny é mais um jogo 3D, e, portanto, segue a cronologia iniciada em Samurai Shodown 64, sendo ambientado um ano após Samurai Shodown 64: Warriors Rage.
Os produtores de Edge of Destiny quiseram aproximar Samurai Shodown do mundo real, e, portanto, eliminaram quaisquer referências a demônios presentes no jogo - o que fez com que seu último chefe fosse o primeiro da série sem poderes demoníacos. As magias lançadas por alguns personagens, porém, permaneceram, aparentemente sem explicação. Todos os personagens têm fatalities, e alguns possuem "golpes interativos", cujos efeitos são alterados conforme o jogador pressiona alguns botões durante a animação do golpe. Edge of Destiny também é "mais 3D" do que seus dois antecessores, embora não seja tanto quanto o Samurai Shodown 64 original.
A história é a seguinte: há dez anos, o príncipe de Leshpia, um pequeno (e fictício) país europeu, viajava pelo mundo em companhia de sua esposa, quando ambos foram atacados e mortos por assassinos. Milagrosamente, sua filha, ainda criança, sobreviveu ao ataque, e, sabe-se lá como, chegou à província de Amori-han, no Japão, onde foi criada por um guerreiro local como se fosse sua própria filha. Passados dez anos, Golba, um veterano da guerra pela independência dos Estados Unidos, tenta iniciar uma revolução mundial, e decide que uma boa forma de começar seria sequestrando a princesa desaparecida de Leshpia, para chantagear o país. Vários heróis então partem para Amori-han, alguns para deter Golba, alguns para salvar a princesa, e alguns por seus próprios motivos.
Dos 24 personagens disponíveis para o jogador, 13 são dos jogos anteriores: Haohmaru, Nakoruru, Rimururu, Galford, Hanzo, Ukyo, Genjuro, Charlotte, Kyoshiro, Wan-Fu, Jubei, Kazuki e Sogetsu. Os nove novos são Takechiyo, um guerreiro em treinamento salvo certa vez da morte por Haohmaru, e que agora viaja o mundo para aperfeiçoar suas habilidades, tal como seu ídolo; Suzuhime, a princesa desaparecida de Leshpia, alvo de Golba, e que aparentemente sabe se cuidar sozinha; Jinbei Sugamata, o homem que criou Suzuhime, e agora tenta protegê-la; Angelica, uma assassina profissional contratada por um homem misterioso para sequestrar Suzuhime; Kim Hye-Ryen, guerreiro coreano que segue Angelica, tentando impedi-la de cometer mais crimes; Gallows, um viking que viaja o mundo procurando por sua esposa desaparecida; J, um marinheiro norte-americano que naufragou no Japão e acabou treinando as artes do bushido, envolvido na batalha por desejar uma recompensa oferecida pelo retorno de Suzuhime a Leshpia; Walter, cavaleiro europeu que veio ao Japão investigar boatos de que seu país seria invadido após o sequestro de Suzuhime; Black Hawk, um índio norte-americano que deseja se vingar de Golba por este ter matado sua família durante a guerra; Killian, um toureiro apaixonado por Charlotte, que decide segui-la e acaba se envolvendo na batalha; e Claude, um jovem de Leshpia que sofre de amnésia, mas conhece Suzuhime desde criança, e tenta protegê-la. Além do chefe Golba, o jogo tem um subchefe, Draco, um pistoleiro norte-americano contratado por Golba para se certificar de que nada atrapalhe seus planos.
Edge of Destiny não foi um lá sucesso grandioso, mas, como as versões caseiras ainda não saíram, é cedo para se dizer que não teve o rendimento esperado. De qualquer forma, ele é até agora o último jogo da série, que, se for continuada, provavelmente só terá lançamentos em 3D. Os fãs dos jogos originais, entretanto, ainda têm uma esperança, a de que Samurai Shodown Anthology, uma coletânea de todos os jogos em 2D (exceto Samurai Shodown V Special e os do Neo Geo Pocket) lançada este ano para Playstation 2, PSP e Wii, seja um sucesso e anime a SNK a lançar um Samurai Shodown VII. Eu, pessoalmente, acho difícil.
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Parte 2 |
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