Mesmo com os gráficos em 3D, Final Fantasy VII ainda tinha o mesmo velho, conhecido e popular sistema de jogo, com um mapa geral e mapas específicos (onde os personagens apareciam em estilo Super Deformed, baixinhos e cabeçudos) e batalhas aleatórias ou programadas. As novidades da vez eram as esferas mágicas conhecidas como materia, que podiam ser equipadas no lugar de armas, armaduras ou outros equipamentos, permitindo que o personagem equipado aprendese magias e ganhasse habilidades especiais, mas muitas vezes deixando-o fisicamente mais fraco em troca; e os limit breakers habilidades especiais exclusivas de cada personagem, e que só podiam ser utilizadas quando uma barra especial, que enchia conforme o personagem recebia dano, estivesse completa. Final Fantasy VII também se tornou conhecido pelas elaboradas cenas que exibia a cada conjuração, e que acabaram se tornando uma espécie de característica da série.
Final Fantasy VII é ambientado em um mundo muito mais avançado tecnologicamente que os dos jogos anteriores, com até uma aparência futurista. Este mundo é governado por uma megacorporação, a Shinra Electric Power Company. Secretamente, a Shinra está drenando a energia vital do planeta para convertê-la em eletricidade. Para tentar detê-la, o jogador controlará o mercenário Cloud Strife, bem como seus oito aliados: a florista Aeris Gainsborough; Tifa Lockhart, artista marcial e amiga de infância de Cloud; Barret Wallace, líder de um grupo rebelde que também planeja derrotar a Shinra; Red XIII, uma criatura semelhante a um leão, que sofreu modificações genéticas nas mãos da Shinra; o ninja Yuffie Kisaragi; o piloto Cid Highwind; o gato robótico Cait Sith, que está sempre acompanhado de um Moogle robô; e Vincent Valentine, um ex-contratado da Shinra que, após morrer, foi trazido de volta e se tornou imortal. Diferentemente dos jogos anteriores da série, em Final Fantasy VII o grupo controlado pelo jogador só pode ter até três personagens de cada vez. E, tão popular quanto os personagens jogadores é o vilão do jogo, Sephiroth, que planeja absorver toda a energia do planeta e se tornar um deus.
Depois de Final Fantasy VII, a Square decidiu, com a ajuda da TOSE, trazer os jogos antigos aos jogadores de Playstaion, relançando, em 1997, 1998 e 1999, respectivamente, Final Fantasy IV, Final Fantasy V e Final Fantasy VI. Os três jogos eram praticamente idênticos às versões do Super Nintendo, embora a versão de Final Fantasy VI tivesse cut scenes em CG. No Japão, os três jogos foram lançados separadamente e depois juntos no título Final Fantasy Collection, de 1999; nos Estados Unidos, Final Fantasy IV foi lançado junto com Chrono Trigger em 2001, como o nome de Final Fantasy Chronicles, enquanto Final Fantasy V e Final Fantasy VI seriam lançados ainda em 1999, com o nome de Final Fantasy Anthology. Esta foi a primeira vez que a versão original, não-censurada de Final Fantasy IV, bem como qualquer versão de Final Fantasy V foram lançadas nos Estados Unidos. Os três jogos seriam mais uma vez relançados, desta vez para Game Boy Advance, em 2005, 2006 e 2007, com os nomes de Final Fantasy IV Advance, Final Fantasy V Advance e Final Fantasy VI Advance. Estas versões "advance" traziam melhorias nos gráficos, traduções mais fiéis ao texto original, novos mapas, novos monstros, novas magias, e até mesmo novos últimos chefes para os jogos IV e V, além de quatro novas Espers para Final Fantasy VI e quatro novas classes (Gladiador, Canhoneiro, Necromante e Oráculo) para Final Fantasy V.
Enquanto Final Fantasy VII ainda estava sendo traduzido, a Square decidiu começar a criar Final Fantasy VIII, que seria lançado em 1999 para Playstation e em 2000 para Windows. Ainda maior que o anterior - ocupando quatro CDs na versão Playstation e cinco na para PC - Final Fantasy VIII foi o primeiro da série a trazer gráficos realísticos, com os personagens parecendo seres humanos ao invés de personagens de anime. Aparentemente, esta foi uma decisão acertada, já que o jogo vendeu que nem água: esgotou sua primeira tiragem apenas 13 semanas após seu lançamento. Como curiosidade, o jogo também foi o primeiro a ter uma música de abertura cantada, e não instrumental.
Mesmo ainda tendo magias à disposição dos personagens jogadores, Final Fantasy VIII usa um sistema totalmente novo, chamado Junction System, baseado em monstros conjuráveis chamados Guardian Forces, ou GF. Basicamente, cada personagem se "une" a uma GF, e, através dessa união, usa pontos de magia obtidos ao derrotar inimigos para conjurar magias, baseadas em atributos como força, vitalidade ou sorte. Este sistema permitia uma custoimzação maior das magias, já que permitia um grande número de combinações entre GFs e atributos, mas teve o efeito colateral de permitir que o jogador ficasse com um grupo bem forte já no início do jogo. Além do novo sistema de magias, o jogo também trazia um novo sistema para os limit breaks, que agora não eram acionáveis sempre que uma barra se enchia, mas aleatoriamente sempre que a energia do personagem estava baixa.
O Playstation ganharia um terceiro jogo da série em 2000, Final Fantasy IX, lançado em quatro CDs. Já prevendo que este seria o último Final Fantasy para o console, já que o Playstation 2 seria lançado no Japão naquele mesmo ano, a Square optou por fazer do jogo uma "volta às origens", inspirando-se no primeiro Final Fantasy, com um clima mais de fantasia medieval e personagens caricatos, se afastando do conceito futurista e realista que a série começou a tomar ao migrar para o console. Além do estilo "retrô", Final Fantasy IX trazia diversas referências aos primeiros jogos da série, e mais uma vez o jogador poderia controlar um grupo de 4 personagens, ao invés de apenas 3 como nos dois jogos anteriores.
O esquema de jogo, aliás, contou com várias novidades, como um balão com o símbolo "!" que aparecia sobre os personagens toda vez que eles estivessem próximos a um objeto com o qual pudessem interagir no mapa; os personagens terem de falar com Moogles para comprar itens, recuperar energia ou salvar o jogo, algumas vezes recebendo deles mensagens que deveriam entregar a outros Moogles através da Mognet; a possibilidade de se aprender novas habilidades através de itens equipados; a presença de habilidades que devem ser carregadas com pedras mágicas para poderem ser usadas; e o Trance Mode, semelhante aos Limit Breakers de Final Fantasy VII, com o qual o personagem fica mais forte e com habilidades especiais toda vez que uma barra especial que enche toda vez que o personagem recebe dano se completa. Mas a maior novidade do jogo são os Active Time Events (ATE): em determinado momento do jogo, surge na tela uma janela que dá a opção de ver o que os personagens que não estiverem no grupo controlado pelo jogador estão fazendo. Se o jogador optar por assistir, será recompensado, com os personagens mostrados ganhando pontos de experiência ou itens. Os ATE permitem uma maior customização do grupo, já que assisti-los é opcional - e, algumas vezes, mais de um ATE ocorre ao mesmo tempo, e o jogador deverá escolher apenas um para assistir, o que também deixa o grupo diferente a cada sessão de jogo.
O personagem principal de Final Fantasy IX é o ladrão Zidane Tribal, que acidentalmente acaba se unindo a um grupo de aventureiros para tentar impedir uma guerra, aparentemente manipulada pela Rainha Brahne com propósitos excusos. Os sete mebros do tal grupo de aventureiros, evidentemente, são os demais personagens jogadores: a Princesa Garnet Til Alexandros XVII, filha adotiva de Brahne; o tímido e bondoso mago negro Vivi Orunitia; Adelbert Steiner, cavaleiro da cidade de Alexandria e servo de Garnet; Freya Crescent, cavaleiro da raça dos Burmécios, que se parecem com ratos humanóides; Quina Quen, da raça dos Qu, humanóides enormes, andróginos e com talento para a culinária, que viaja pelo mundo para aperfeiçoar suas habilidades de cozinha; Eiko Carol, maga branca de seis anos de idade e uma das últimas duas sobreviventes da raça dos Summoners; e Amarant Coral, um caçador de recompensas contratado para levar Garnet de volta a Alexandria, mas que acaba mudando de lado. Como nos jogos anteriores, em determinados momentos do jogo alguns outros personagens estarão temporariamente sob controle do jogador: os ladrões Marcus, Blank e Cinna, amigos de Zidane; e a General Beatrix, comandante das tropas de Alexandria. É interessante notar que, em Final Fantasy IX, cada personagem possui uma classe definida que lhe confere habilidades únicas, como no primeiro Final Fantasy.
Em 2001, a série chegaria ao Playstation 2, com o lançamento de Final Fantasy X, primeiro da série a trazer diálogos falados, e primeiro com um ambiente totalmente em 3D - nos três anteriores os personagens eram modelados em 3D, mas os fundos eram pré-renderizados para criar uma ilusão de tridimensionalidade - inovando também por não ter um mapa geral, com todos os mapas específicos interconectados e permitindo que o jogador viajasse diretamente de um para o outro. Mas a maior novidade do jogo era o Sphere Grid, uma espécie de fluxograma com diferentes habilidade e bônus de atributos em cada "caminho", onde cada personagem podia usar pontos que ganhava em cada batalha para progredir, permitindo, como de costume, a customização dos personagens.
Final Fantasy X também mudou o sistema de batalha, abandonando o ATB em favor do CTB, ou Conditional Turn-Based Battle System. Neste novo sistema, uma barra no alto da tela mostrava a ordem dos turnos nos quais os personagens envolvidos na batalha iriam agir, sendo que, toda vez que chegasse o turno de um personagem, o tempo congelava até o personagem decidir sua ação, permitindo que o jogador determinasse as ações com mais calma. Cada grupo durante a batalha podia ter apenas 3 personagens, mas o jogador podia trocá-los por outros personagens que fossem do grupo mas não estivessem na batalha a qualquer momento, exceto se o personagem que fosse ser trocado estivesse nocauteado. O jogo também trouxe os Overdrives, semelhanets aos Limit Breaks, mas que exigiam que uma sequência de botões fosse pressionada corretamente para funcionar, e os Aeons, criaturas que um personagem podia conjurar para tomar seu lugar na batalha até seu final. Ao todo existiam oito Aeons diferentes, cada um com seus próprios poderes e atributos, que substituíam os do personagem que o conjurou.
Diferentemente dos demais jogos da série, Final Fantasy X é ambientado em um mundo que lembra mais o sudeste asiático do que a Europa. Neste mundo vive Tidus, um jogador do esporte subaquático conhecido como blitzball, cuja cidade foi destruída por uma força devastadora conhecida como Sin. Um dia, Tidus conhece e se une à conjuradora Yuna, que está correndo o mundo em busca de uma forma de derrotar Sin antes que todo o mundo seja destruído. Além de Tidus e Yuna, o jogador poderá controlar cinco outros personagens: Kimahri Ronso, devotado a proteger Yuna; o jogador de blitzball Wakka; a maga negra Lulu; o monge guerreiro Auron; e Rikku, uma garota da tribo Al Bhed com extenso conhecimento sobre máquinas. Juntos, eles irão combater Seymour Guado, um dos mestres da religião Yevon, e tentar impedir Sin antes que seja tarde demais.
Curiosamente, tanto Final Fantasy X quanto Final Fantasy X-2 ganharam "versões estendidas", lançadas exclusivamente no Japão, respectivamente em 2002 e 2004, sob os nomes de Final Fantasy X International e Final Fantasy X-2 International + Last Mission. A nova versão de Final Fantasy X trazia versões malignas dos Aeons e um chefe secreto, enquanto a de X-2 trazia duas novas dresspheres e uma missão totalmente nova (a tal "Last Mission"). As novidades de Final Fantasy X International chegaram a ser integradas à versão do jogo lançada na Europa, já que esta só foi lançada no meio de 2002, mas as da nova versão de X-2 permanecem exclusivas dos japoneses até hoje.
No lançamento seguinte da série, a Square surpreenderia: Final Fantasy XI não seria um RPG como seus antecessores, mas um MMORPG, tipo de jogo onde vários jogadores do mundo inteiro podem jogar online, cada um criando seu próprio personagem e interagindo com os demais, no estilo de sucessos como Ragnarok e City of Heroes. Por causa disso, o jogo não tem uma história pré-definida, sendo ambientado no mundo de Vana'diel, onde os personagens criados pelos jogadores poderão participar de Missões, que uma vez completadas ajudam a evoluir o personagem e liberar novas áreas para acesso; e Buscas, que rendem recompensas como itens e dinheiro. Durante as Buscas e Missões, os personagens dos jogadores poderão ter de enfrentar monstros, mas não é possível atacar outros personagens de outros jogadores. Ainda assim, estão disponíveis algumas "competições", onde personagens de vários jogadores podem tentar provar quem é o melhor. Além de customizar a aparência de seu personagem, cada jogador pode escolher para ele uma classe, que lhe dará poderes e habilidades únicos, sendo que seis classes (Guerreiro, Monge, Mago Branco, Mago Negro, Mago Vermelho e Ladrão) estão disponíveis desde o início, e outras 14 (Paladino, Cavaleiro Negro, Mestre das Feras, Ranger, Bardo, Conjurador, Samurai, Ninja, Dragoon, Mago Azul, Corsário, Titereiro, Dançarino e Acadêmico) podem ser liberadas através de Buscas após o personagem alcançar o Nível 30. Finalmente, nem tudo em Vana'diel é guerrear: várias atividades de interação social estão à disposição dos jogadores, como criação de chocobos, pescaria e até mesmo casamentos entre os personagens.
Em 2003, uma nova supresa ocorreu para os fãs de Final Fantasy: a Square foi comprada pela Enix, sua maior rival, e fabricante do concorrente Dragon Quest. Apesar disso, os principais funcionários da Square continuaram nos mesmos cargos da nova companhia, que passou a se chamar Square Enix. A compra não afetou em nada o desenvolvimento de Final Fantasy XI, mas o foco no MMORPG faria com que um novo título para a série só fosse lançado em 2006, após o maior intervalo sem um jogo de Final Fantasy na história.
Exclusivo do Playstation 2, Final Fantasy XII seria mais uma vez um jogo no estilo dos dez primeiros, com uma história bem definida e para apenas um jogador. Ambientado no mundo de Ivalice, onde o Império de Archadia está invadindo e conquistando todos os outros reinos, Final Fantasy XII acompanha o jovem órfão Vaan, que sonha em se tornar um pirata do ar, e acaba se envolvendo na guerra ao conhecer a Princesa Ashe, do reino de Dalmasca, a qual irá ajudar a reclamar o trono que lhe é de direito e pôr um fim à invasão. Além de Vaan e Ashe, quatro outros personagens estão à disposição do jogador: Penelo, amigo de infância de Vaal; Balthier e sua parceira Fran, piratas do ar da raça dos Viera, que têm enormes orelhas de coelho; e o ex-cavaleiro Basch, acusado de assassinar o Rei de Dalmasca. Como se tornou costumeiro, também temos quatro personagens temporários: Reks, o irmão mais velho de Vaan; Larsa, filho do Imperador de Archadia; Vossler, antigo capitão do exército de Dalmasca; e o pirata Reddas, governante do reino de Balfonheim.
Final Fantasy XII foi o primeiro jogo da série onde o jogador podia mudar o ângulo da câmera livremente a qualquer momento, e o primeiro onde os monstros não deixavam dinheiro quando derrotados, mas possessões que podiam ser vendidas nas cidades para conseguir o dinheiro. O jogo também mudou mais uma vez o sistema das batalhas, desta vez para o Active Dimension Battle (ADB), onde as batalhas se desenrolavam no mesmo mapa onde estavam os personagens, e não em uma tela separada. Além disso, todos os monstros são visíveis à distância, e a maioria pode ser evitada, acabando com os encontros aleatórios. Durante a batalha, o jogador pode atribuir ações aos personagens normalmente, ou usar o novo sistema de gambits, onde o jogador pode programar ações que serão tomadas automaticamente pelos personagens de acordo com os acontecimentos de cada batalha. Até três personagens podem participar da batalha simultaneamente, mas eles podem ser substituídos a qualquer momento pelos que estão de fora, até mesmo após serem nocauteados. Através de conjurações, o jogador também pode subsituir os personagens por Espers, que lutam de acordo com a própria vontade, sem seguir ordens do jogador. Finalmente, os Limit Breakers deste jogo se chamam Quickenings, e devem ser aprendidos antes de serem utilizados. Final Fantasy XII também introduziu a curiosa License Board, um conjunto de painéis onde cada personagem podia obter "licenças" para executar novas ações - como magias e Quickenings - durante as batalhas conforme adquiriam pontos de experiência.
Assim como Final Fantasy X, Final Fantasy XII ganhou uma "international version", lançada exclusivamente no Japão para Playstation 2 em 2007 com o nome de Final Fantasy XII International Zodiac Job System. Esta nova versão permitia que o jogador controlasse as Espers em batalha, além de trazer doze License Boards diferentes, cada uma baseada em um signo do zodíaco e em uma classe de personagem (Arqueiro, Mago Negro, Destruidor, Cavaleiro, Armeiro, Monge, Mononofu, Mago Vermelho, Shikari, Mago do Tempo, Uhlan e Mago Branco), sendo que cada personagem poderia usar uma Board diferente. O jogo também ganhou um spin-off, lançado para Nintendo DS também em 2006, com o nome de Final Fantasy XII: Revenant Wings. Ambientado um ano depois dos eventos de Final Fantasy XII, o jogo acompanha Vaan e Penelo como piratas do ar, em seu próprio airship, em busca de tesouros escondidos no continente flutuante de Lemurés.
Atualmente está em desenvolvimento mais um título da série, Final Fantasy XIII, que será lançado, provavelmente ainda este ano, para Playstation 3 e Xbox 360. Desta vez o jogador controlará a humana Lightining, que vive em uma cidade flutuante criada por outra raça, os fal'Cie, e recebe deles estranhos poderes contra a sua vontade, passando a ser perseguida pelo governo local. Final Fantasy XIII fará parte de uma "trilogia" chamada Fabula Nova Crystallis Final Fantasy XIII, e incluirá ainda um segundo jogo para Playstation 3 e um para PSP, embora, segundo a Square Enix, nenhum deles seja sequência ou antecessor dos outros, sendo todos apenas ambientados no mesmo cenário.
Cada Final Fantasy oferece horas e mais horas de diversão, personagens carismáticos e viagens a lugares fantásticos. Você pode até achar que não é RPG. Só não pode achar que é ruim.
Final Fantasy |
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Parte 2 |
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