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Agora sim vamos ao banho de água fria, Megaman X6, lançado em tempo recorde, simultaneamente nos EUA e Japão pela primeira vez na história de Megaman, no início de 2001, apenas 9 meses depois de Megaman X5. Todo mundo esperava que muitas das questões levantadas por Megaman X4 e X5 seriam finalmente respondidas. Tal qual Matrix Revolutions, o jogo deixou tudo na mesma.
Em Megaman X6 ficamos conhecendo Gate, um Reploid cientista antigo colega de Alia. Examinando os destroços da Eurasia, Gate encontra um pedaço de Zero, que morreu no final de Megaman X5 (sim, mesmo se você destruir Eurasia a tempo, Zero morre na luta contra Sigma). Gate decide estudar este pedaço, mas aparentemente começa a enlouquecer no processo. Paralelamente, começa a aparecer um "vírus Zero", semelhante ao vírus Sigma, mas com a aparência de Zero. X é enviado para investigar estas estranhas ocorrências quando se depara com Hi-Max, uma criação de Gate, que pede que ele não interfira. Antes da batalha, X pensa ter visto Zero vivo, e decide investigar mais sobre isso.
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Uma novidade interessante em Megaman X6 é a presença de uma subfase secreta em cada fase de Maverick. Cumprindo esta subfase secreta, você chega a um chefe secreto. O primeiro chefe secreto é Zero, e vencendo-o você ganha o direito de jogar com ele, podendo escolhê-lo antes de cada fase, como em Megaman X5. O segundo chefe secreto é Hi-Max, e se vencê-lo você poderá ir ao laboratório de Gate mesmo sem vencer os oito Mavericks. Nas outras seis vezes em que você chegar em um chefe secreto, este será Dynamo, e vencendo-o você ganha muitas souls. Além de derrotar Dynamo, a única outra forma de ganhar souls é matando Nightmares. Conseguindo 3000 souls a qualquer momento, você também poderá ir ao laboratório de Gate sem derrotar os oito Mavericks.
Como Gate aparentemente enlouqueceu, e seu ajudante Isoc também não parece muito bem da cabeça, cabe a X (e a Zero, se você encontrá-lo), invadir o laboratório de Gate e detê-lo. Para isso, X deverá passar pelos oito Mavericks aliados de Gate, Commander Yammark, Rainy Turtloid, Blizzard Wolfang, Shield Sheldon, Blaze Heatnix, Infinity Mijinion, Metal Shark Player e Ground Scaravich (pois é, aquela história dos "nomes humanos" de novo...). Ao derrotar Gate, X descobre (pela enésima vez), que quem estava por trás disto era Sigma, envenenando sua mente para que ele espalhasse que Zero era o causador de todos os problemas do mundo. Uma coisa muito curiosa é que Sigma ainda não está totalmente reparado (ele estava disfarçado como Isoc enquanto se reparava, mas teve de se revelar antes da hora) e luta contra X caindo aos pedaços. Ainda assim é uma luta difícil, mas X triunfa mais uma vez. Assim como seu antecessor, Megaman X6 tem três finais, um para Megaman com este tendo encontrado Zero, um para Megaman sem encontrar Zero, e um para Zero.
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Vencendo o Extra Mode você libera o Xtreme Mode, onde poderá trocar de personagem a qualquer momento durante uma fase. A única ressalva é que só ganhará a arma ou técnica o herói que matar o Maverick correspondente, assim como só terá a energia aumentada o herói que pegar o Heart Tank. X não pode pegar as partes da armadura de Zero, e vice-versa. No Xtreme Mode você enfrentará os oito Mavericks do jogo, e ao final da fortaleza terá de enfrentar Sigma, o verdadeiro responsável pela bagunça. Os finais de cada missão e do Xtreme Mode são diferentes, e vencendo o Xtreme Mode você ainda libera o Boss Attack Mode, que não tem fases, apenas lutas contra os Mavericks de Megaman Xtreme 1.
Em 2003, Megaman X fez sua estréia no Playstation 2, com Megaman X7. Megaman X6 pode ter deixado a história no exato mesmo lugar, sem responder a uma única dúvida dos fãs, mas pelo menos era um bom jogo. Com Megaman X7 a decepção foi ainda maior. Não somente a história continuou sem andar para a frente (em alguns pontos eu até acho que ela andou foi para trás) como também o jogo é horroroso, uma afronta aos fãs de Megaman. Para começar, ele é todo em 3D, e conta com fases "vistas de trás" (estilo Tomb Raider) e fases "vistas de lado" (como os demais jogos de Megaman). O primeiro problema é que a câmera nunca mostra o que você quer ver. Não é raro ser atingido por um tiro que você nem desconfia de onde veio. O segundo problema é que a mira automática jamais mira em quem você quer acertar. Você se desepera atirando, e o pobre personagem vesgo erra todos os tiros, enquanto perde mais e mais energia. Além disso, os heróis são pequenos demais, e a energia é super escassa, é possível passar por uma fase inteira sem ver uma única cápsula de energia.
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Como se já não bastassem todos os problemas gráficos, Megaman X7 ainda tem uma situação absurda: Não é possível jogar com X no início do jogo! Ora bolas, o jogo se chama Megaman X, e X não é um dos personagens principais? No início do jogo, você só pode escolher entre Zero ou Axl (inclusive, cada metade da primeira fase obrigatória é jogada com um deles). Assim como no Xtreme Mode de Megaman Xtreme 2, é possível trocar de personagem a qualquer momento da fase, mas agora ambos ganham a arma ou técnica do Maverick, não importa quem o matou. Ao matar os Mavericks, Axl ganha armas mesmo, tipo rifles e bazucas. Axl ainda tem um ataque vagabundo que permite que ele se transforme em inimigos de fase após derrotá-los, mas as vantagens disso são tão poucas que dá para passar o jogo inteiro sem usar.
É possível jogar com X, mas somente após Zero e Axl resgatarem 48 dos 128 reféns. Falando nisso, os reféns neste jogo são mais chatos ainda para serem resgatados. Desta vez, eles morrem ao entrar em contato com qualquer coisa, como inimigos de fase, tiros de inimigos de fase, ou até mesmo seus próprios tiros! Em algumas fases, os reféns morrem antes mesmo que você veja que eles estão lá, devido aos ângulos errados da câmera. Salvar todos os reféns de certas fases é uma tarefa desesperadora - e, muitas vezes, um esforço inútil. Após X ser "liberado", você só poderá escolher dois Maverick Hunters para jogar cada fase (ou seja, X e Zero, X e Axl ou Zero e Axl). X só tem uma armadura, e ela se equipa aos poucos, como nos quatro primeiros jogos. No geral, Megaman X7 é um jogo que irrita mais do que diverte, e introduz personagens novos em uma história que já tinha mistérios demais.
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Finalmente, chegamos ao mais recente título da série, Megaman X8, lançado no último mês de dezembro, para Playstation 2. X, Zero e Axl estão de volta com um enredo no mínimo curioso: como a Terra está em vias de se tornar inabitável, os humanos decidem colonizar a Lua. Para isso, constroem um elevador (??) para levar toda a população até lá. Quando o elevador está quase concluído, porém, Vile, que não dava as caras desde Megaman X3, surge e seqüestra Lumine, o Reploid responsável pelo projeto. Imediatamente, todos passam a suspeitar que Sigma está por trás disso, e os três heróis são enviados pra impedi-lo. Antes de alcançar Vile e salvar Lumine, porém, terão de enfrentar os famosos oito Mavericks, cujos nomes ficam cada vez melhores: Avalanche Yeti, Earthrock Trilobite, Dark Mantis, Gravity Antonion, Burn Rooster, Bamboo Pandamonium, Optic Sunflower e Gigavolt Man-o-war.
A principal novidade deste jogo é a possibilidade de escolher entre três navegadoras, Alia, Layer e Palette, cada uma dando dicas diferentes sobre as fases. Há um modo secreto onde é possível jogar com as navegadoras ao invés de com X, Zero e Axl. X novamente tem duas armaduras, a Hermes e a Icarus, e Vile, além de ser um dos últimos chefes, ainda aparece de vez em quando para atazanar, como nos jogos do SNES. Mas a parte que eu mais gostei é que não existem mais aqueles reféns nojentos. Os itens agora são adquiridos coletando partes de inimigos mortos, chamadas Metals, que devem ser levadas até a base dos Maverick Hunters e trocadas por eles, exatamente como os parafusos da Série Clássica. A única coisa irritante deste jogo é que parece que todos os Reploids, com exceção dos Maverick Hunters originais, têm a mesma habilidade de Axl de se transformar em outro Reploid, ou seja, se você está diante de Sigma, pode muito bem ser um Reploid chinfrim transformado nele.
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Minha sincera conclusão sobre isso tudo é que a Capcom enlouqueceu. Quando começou, a Série X gerou grandes expectativas quanto a ser o futuro da Série Clássica, até porque ambas se desenvolviam paralelamente. A Série Clássica foi interrompida, porém, e a Série X fica cada vez mais cheia de buracos, ao invés de tapar os que já existiam. De qualquer forma, se existir um Megaman X9, espero que ele volte para o rumo, ao invés de criar mais confusão. Se bem que, a esta altura, até eu já estou duvidando.
Série Megaman |
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Série X |
joguei muito megaman x8 e eh ate bom mas esse megaman x7 eh mt ruim kkkkk
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