domingo, 20 de fevereiro de 2022

Escrito por em 20.2.22 com 0 comentários

Jogos Panamericanos

Faz tempo já que eu penso em falar aqui no átomo sobre os Jogos Panamericanos. Não queria, porém, fazer uma série como a das Olimpíadas, já que não tinha interesse em falar sobre todas as edições do Pan uma por uma. Quando decidi falar sobre os Jogos Mundiais Nômades, decidi também que, se o resultado me agradasse, faria um post no mesmo estilo sobre o Pan. Assim, hoje é dia de Jogos Panamericanos no átomo!


Para o Brasil, os Jogos Panamericanos são a competição multiesportiva mais importante após as Olimpíadas e Paralimpíadas; durante um bom tempo, inclusive, o Pan aqui foi alardeado e celebrado - e se, de algumas edições para cá, caiu meio no esquecimento, a culpa foi mais de decisões equivocadas quanto à transmissão, que fizeram com que o público perdesse o interesse, do que do desempenho dos atletas brasileiros, que segue excelente. Essa importância para o Brasil faz com que muitas pessoas imaginem que o Pan é um torneio de grande importância mundial, o que, infelizmente não é o caso: por contar apenas com participantes das Américas, ou seja, sem os países europeus e sem China, Japão e Austrália, dentre outros, o Pan é visto por muitos como uma competição "me engana que eu gosto", na qual países com pouca tradição olímpica podem ganhar várias medalhas e imaginar que estão na crista da onda, apenas para serem devolvidos à dura realidade no ano seguinte, durante as Olimpíadas. Até mesmo os Estados Unidos torcem o nariz para o Pan, enviando seu "segundo time", normalmente repleto de atletas universitários, com poucos atletas de alto nível se interessando em participar - e, mesmo assim, eles conseguem o topo do quadro de medalhas, então nem dá pra gente criticar muito. De qualquer forma, o Pan é uma competição interessante, na qual atletas que não chamam muita atenção nas Olimpíadas têm a oportunidade de brilhar, e ainda possui o papel de estimular e desenvolver o esporte local - não é raro que países que sediem o Pan melhorem seu desempenho em uma ou duas edições seguintes das Olimpíadas, justamente devido à intensa preparação para o torneio e à oportunidade de competir em alto nível.

A ideia de se criar uma competição nos moldes das Olimpíadas, mas apenas para os países das Américas, surgiria durante as Olimpíadas de 1932, realizadas em Los Angeles, Estados Unidos, e partiria das delegações de Argentina, Uruguai, Colômbia e México. A razão não era que o desempenho desses países nas Olimpíadas era fraco, e sim que normalmente as Olimpíadas eram disputadas na Europa (de 1896 a 1936, seriam realizadas dez edições, das quais apenas duas foram fora da Europa, ambas nos Estados Unidos), na época as viagens transatlânticas eram feitas de navio, e todo o processo se mostrava muito desgastante para os atletas, que consideravam uma desvantagem ter de competir contra os europeus após uma viagem tão longa; uma "Olimpíada das Américas", portanto, permitiria viagens mais curtas e maior igualdade de condições.

Na ocasião, já estava marcado para o ano de 1937 um evento chamado Greater Texas & Pan-American Exposition, que ocorreria na cidade de Dallas, Texas, e os comitês olímpicos de vários países das Américas se comprometeram a enviar atletas e organizar uma "mini-Olimpíada" em paralelo. O evento, já chamado de Pan American Games, seria um gigantesco fracasso, atraindo pouco público, pouca atenção da mídia, e tendo a maioria de seus eventos cancelados, o que fez com que os organizadores decidissem desconsiderá-lo, não preservando os registros dos resultados e não o considerando como a primeira edição dos Jogos Panamericanos. O evento serviria, contudo, para deixar claro que, se os Jogos Panamericanos quisessem vingar, seria necessária a criação de um órgão devotado à sua estruturação, regulação e organização, que atuasse da mesma forma que o Comitê Olímpico Internacional atua nas Olimpíadas.

Esse órgão seria fundado em 1940, durante o I Congresso Esportivo Panamericano, realizado em Buenos Aires, Argentina, com a participação de 24 comitês olímpicos nacionais de países das Américas filiados ao COI, e receberia o nome de Organização Desportiva Panamericana, tendo como siglas oficiais ODEPA, em espanhol e português, PASO, em inglês, e OSPA, em francês. Ainda durante o Congresso, seria criada a Carta Panamericana, na qual seriam definidas as regras essenciais dos Jogos Panamericanos - e que era pouco mais que uma cópia da Carta Olímpica, com a mais notável exceção sendo a de que a participação no Pan era restrita a países das Américas - e seria marcada a primeira edição do Pan, para o ano de 1942, também em Buenos Aires, ficando também definido que, a partir dali, o Pan seria realizado a cada quatro anos, sempre nos anos pares que não tivessem a realização de Olimpíada.

Antes de prosseguir, gostaria de dizer logo que, assim como várias federações internacionais esportivas, em 2017 a ODEPA decidiria mudar de nome, passando a se chamar, em todos os idiomas, Panam Sports. Os nomes ODEPA, PASO e PASO-ODEPA, entretanto, ainda são largamente utilizados quando se fala de Jogos Panamericanos, em parte por força do hábito, em parte porque muitos países latino-americanos não ficaram satisfeitos quando a organização decidiu abandonar um nome em espanhol em favor de um nome em inglês. Eu, no restante desse post, pretendo utilizar ODEPA, primeiro por motivos de clareza, e segundo porque só foi realizada uma edição do Pan após a mudança de nome, então, pra mim, não faz muito sentido usar o nome novo ao falar das edições antigas.

A essa altura vocês já devem estar imaginando que a edição de 1942 dos Jogos Panamericanos não foi realizada, por causa da Segunda Guerra Mundial - e é verdade, não foi mesmo. Mas, durante a primeira edição das Olimpíadas após a Guerra, em 1948, em Londres, Inglaterra, os membros-fundadores da ODEPA decidiriam realizar seu II Congresso Esportivo Panamericano, no qual decidiriam por algumas mudanças na Carta Panamericana, para fazer com que o evento não fosse apenas uma "Olimpíada das Américas". A mais importante mudança foi a de que, a partir de então, os Jogos Panamericanos seriam realizados ainda a cada quatro anos, mas sempre no ano anterior à realização da Olimpíada, o que fez com que a primeira edição fosse marcada para 1951, mantendo Buenos Aires como sede.

A primeira edição dos Jogos Panamericanos foi realizada entre 25 de fevereiro e 9 de março, e contou com a participação de 2513 atletas em 140 provas de 20 esportes: atletismo, basquete, beisebol, boxe, ciclismo, equitação, esgrima, futebol, ginástica artística, levantamento de peso, luta olímpica, natação, pentatlo moderno, polo a cavalo, polo aquático, remo, saltos ornamentais, tênis, tiro esportivo e vela. 21 dos 24 membros da ODEPA enviaram delegações (os ausentes foram Canadá, Guiana e Bahamas), 16 ganhariam pelo menos uma medalha, e 10 ganhariam pelo menos um ouro. O topo do quadro de medalhas ficaria com a Argentina anfitriã, que conquistaria 63 de ouro, 43 de prata e 36 de bronze; os Estados Unidos, que enviariam uma delegação quase que integralmente composta de atletas universitários, ficariam em segundo, com 46 ouros, 34 pratas e 21 bronzes. A diferença dos dois para o terceiro seria brutal, com o Chile conquistando 8 ouros, 19 pratas e 12 bronzes; e em quarto viria Cuba, com 6 ouros, 7 pratas e 8 bronzes.

O Brasil ganharia mais medalhas que Cuba, mas terminaria no quinto lugar do quadro de medalhas por ter ganhado menos ouros. Ao todo, a delegação brasileira conquistaria 5 ouros, 15 pratas e 13 bronzes (o México, que viria em sexto, também teria 5 ouros, mas 7 pratas e 23 bronzes). A primeira medalha brasileira na história dos Jogos Panamericanos foi uma prata, conquistada por Wilson Gomes Carneiro na prova dos 400 m com barreiras do atletismo. Os maiores destaques brasileiros foram Adhemar Ferreira da Silva, que, um ano antes de se sagrar campeão olímpico, conquistou o ouro no salto triplo, e Tetsuo Okamoto, que conquistou duas medalhas de ouro na natação, nos 400 m livre e nos 1.500 m livre; as outras duas medalhas de ouro do Brasil vieram com Eric Tinoco Marques no pentatlo moderno e com Roberto Muller Bueno e Gastão Pereira de Souza na classe Laser da vela. Dentre as mulheres, Vera Trezoitko seria prata no arremesso de peso, e teríamos cinco bronzes: Elizabeth Clara Mueller no salto em altura, Wanda dos Santos no salto em distância, Piedade Coutinho nos 400 m Livre da natação, Helena Stark e Silvia Villari nas duplas do tênis, e uma no revezamento 4 x 100 m livre da natação. Nos esportes coletivos, o Brasil seria prata no polo aquático e bronze no basquete, e não enviaria equipe para a disputa do futebol. Falando nisso, ao todo, o Brasil enviaria 179 atletas a Buenos Aires, mas não consegui descobrir quantos eram homens e quantas eram mulheres. Outros esportes nos quais o Brasil ganharia medalhas seriam boxe, esgrima, luta olímpica, remo e tiro esportivo.

Lá no I Congresso, em 1940, seria eleito o primeiro Presidente da ODEPA, o norte-americano Avery Brundage, um dos membros mais controversos do COI - dentre outros episódios, ele elogiaria o regime de Hitler ao aprovar Berlim como sede das Olimpíadas de 1936, acharia que o apartheid não era motivo para que a África do Sul fosse impedida de competir nas Olimpíadas, e ameaçaria cassar as medalhas de John Carlos e Tommie Smith após eles protestarem no pódio durante as Olimpíadas de 1968. Brundage ficaria no cargo durante apenas uma edição dos Jogos Panamericanos, entretanto: o Presidente do COI na época, o sueco Sigfrid Edström, já com mais de 80 anos, anunciaria publicamente em 1951 sua intenção de renunciar ao cargo ao final das Olimpíadas de 1952 - na verdade ele renunciaria dez dias antes, alegando estresse pela pressão de organizar os Jogos, os primeiros com a participação da União Soviética. Brundage estava de olho no cargo, e decidiria ele também renunciar ao de Presidente da ODEPA, para poder se concentrar em sua campanha; assim, durante a cerimônia de encerramento dos Jogos Panamericanos de 1951, tomaria posse o mexicano José de Jesús Clark Flores.

Brundage acabaria sendo bem sucedido em sua empreitada, já que seria presidente do COI entre 1952 e 1972, renunciando após a tragédia dos Jogos de Munique, mas não por causa dela, já que já havia comunicado sua decisão antes do início dos Jogos, e seu sucessor, o inglês Lord Killanin, já estando até eleito, tomando posse, assim como Flores, durante a cerimônia de encerramento do evento. Flores, enquanto isso, seria presidente da ODEPA do final dos Jogos Panamericanos de 1951 ao final dos de 1955, sendo substituído pelo norte-americano Doug Roby, que só ficaria até o encerramento da edição seguinte, em 1959, quando aceitaria o cargo de Presidente do Comitê Olímpico dos Estados Unidos - seria ele, inclusive, quem baniria Carlos e Smith das Olimpíadas em 1968. Após a saída de Roby, Flores voltaria ao cargo, o ocupando até sua morte em 1971, quando seria substituído pelo brasileiro Sylvio de Magalhaes Padilha, que só ficaria dois meses como presidente, até serem organizadas novas eleições. Depois dele, os Presidentes da ODEPA seriam o venezuelano José Beracasa (1971-1975), os mexicanos Mario Vázquez Raña (1975-2015, Presidente durante o Pan do Rio em 2007, que ficaria famoso por começar seu discurso na cerimônia de abertura com hoy, "hoje", em espanhol, e ouvir de volta toda a plateia respondendo "oi") e Ivar Sisniega (que, assim como Padilha, só ficaria no cargo por dois meses, entre a morte de Raña e as novas eleições), o uruguaio Julio César Maglione (2015-2017) e o chileno Neven Ilic Álvarez (desde 2017, primeiro presidente desde que a organização passou a se chamar Panam Sports).

Voltando às edições do Pan, a segunda seria realizada na Cidade do México, entre 12 e 26 de março de 1955. O número de atletas aumentaria para 2583, e o de nações para 22; o programa contaria com 146 provas de 20 esportes, com o polo a cavalo e a vela sendo substituídos por nado sincronizado e vôlei. Os Estados Unidos ficariam com o topo do quadro de medalhas, iniciando uma sequência que só seria quebrada em 1991; sua supremacia seria indiscutível: 81 medalhas de ouro, 58 de prata, 38 de bronze, contra 27 ouros, 32 pratas e 17 bronzes da segunda colocada Argentina - o México anfitrião viria em terceiro, com 18 ouros, 10 pratas e 31 bronzes, e Chile e Canadá completariam o Top 5. O Brasil, que enviaria 135 atletas, não faria uma campanha tão boa quanto na primeira edição, encerrando o certame com 2 medalhas de ouro, 3 de prata e 12 de bronze, sétima colocação no quadro; os destaques brasileiros foram mais uma vez Adhemar Ferreira da Silva, com um novo ouro no salto triplo; Luiz Ignacio, que conquistou o ouro da categoria meio-pesados do boxe, derrotando no caminho por nocaute o favorito mexicano Lorenzo Valles; e Maria Esther Bueno, que em 1958 seria campeã em Wimbledon, e no Pan de 1955 conquistou o bronze de duplas ao lado de Ingrid Charlotte Metzner.

Para a terceira edição do Pan, os Estados Unidos, que, na opinião geral, não davam a devida importância ao evento, surpreenderiam e inscreveriam a cidade de Cleveland como candidata a sede. Cleveland seria escolhida em maio de 1955, mas, em abril de 1957, alegando razões financeiras, desistiria de sediar o evento. Cidade da Guatemala, Rio de Janeiro, São Paulo e Chicago se ofereceriam, e a ODEPA acabaria optando por Chicago, talvez para manter a competição nos Estados Unidos. A terceira edição do Pan aconteceria entre 27 de agosto e 7 de setembro de 1959, e contaria com a participação de 2263 atletas de 25 nações em 166 provas de 17 esportes - a vela voltaria ao programa, mas nado sincronizado, equitação, esgrima e tiro esportivo não estariam presentes. Os Estados Unidos dessa vez, como estavam diante de sua torcida, decidiriam entrar com força total, usando praticamente a mesma delegação que iria às Olimpíadas de 1960, e o resultado foi uma superioridade incontestável: 121 ouros, 75 pratas e 56 bronzes, contra 9 ouros, 22 pratas e 12 bronzes da Argentina, que ficaria mais uma vez com o segundo lugar.

O Brasil teria uma excelente participação e terminaria em terceiro no quadro, com 8 ouros, 8 pratas e 6 bronzes; a delegação brasileira teria 219 atletas, e o único esporte sem brasileiros competindo seria a luta olímpica. Adhemar Ferreira da Silva conseguiria seu terceiro ouro seguido no salto triplo, e as equipe de vôlei feminino, invicta, os boxeadores Waldomiro Pinto, peso-palha, Abrão de Souza, peso-médio, o ciclista Anésio Argenton, nos 1.000 m contra o relógio, Wenceslau Malta, no pentatlo moderno, e os velejadores Eric Schmidt, Axel Schmidt e Antonio Luiz Barbosa, da classe Lightning, e Reinaldo Conrad e Antonio Barros, da classe Snipe, também subiriam ao local mais alto do pódio. O basquete masculino, campeão mundial naquele mesmo ano e bronze na Olimpíada seguinte, seria também bronze no Pan, após perder para Estados Unidos e Porto Rico, e o futebol, esporte no qual o Brasil foi campeão mundial no ano anterior, e do qual participou pela primeira vez no Pan, enviando um combinado de jogadores dos clubes do Rio de Janeiro, terminaria com a prata após perder para os Estados Unidos e empatar com a Argentina, medalhista de ouro - ambos os torneios seriam de pontos corridos. Um dado triste para o Brasil foi o falecimento do remador Ronaldo Duncan Arantes, membro da equipe do eight, que terminou sua prova em quarto lugar, assassinado durante um assalto enquanto ia para o estádio participar da cerimônia de encerramento.

Em 1963, o Brasil sediaria o Pan pela primeira vez, com São Paulo sendo a cidade escolhida. O desempenho do Brasil, que teve uma delegação de 385 atletas, seria o melhor até então, com 14 ouros, 20 pratas e 18 bronzes, terminando a competição no segundo lugar do quadro de medalhas, sua melhor posição até hoje, atrás apenas dos Estados Unidos, que, mais uma vez com força máxima, ganhou nada menos que 106 medalhas de ouro, 56 de prata e 37 de bronze. Dentre os medalhistas de ouro do Brasil, podemos citar a seleção de futebol, composta de jovens atletas do Rio de Janeiro e São Paulo, dentre eles Carlos Alberto Torres e Jairzinho; Maria Esther Bueno nas simples do tênis; Lhofei Shiozawa, categoria médios na estreia do judô; a seleção de polo aquático, que conquistaria um ouro inédito e surpreendente ao derrotar os superfavoritos Estados Unidos; e o vôlei, que seria ouro tanto no masculino quanto no feminino. Merecem ser citadas também as pratas da seleção de basquete, que mais uma vez foi campeã mundial naquele mesmo ano e bronze na Olimpíada seguinte, mas no Pan perdeu a final para os Estados Unidos; e de Maria Esther Bueno nas duplas, em parceria com Maureen Schwartz. Adhemar Ferreira da Silva não competiria, ficando o ouro do salto triplo com o norte-americano William Sharpe; vale ser citada também a prova dos 200 m do atletismo, na qual três atletas (nenhum deles brasileiro) cruzaram a linha de chegada juntos, com o resultado tendo de ser decidido através de análise da foto.

Quatro estádios de futebol receberiam competições, sendo o principal o Estádio do Pacaembu, que sediaria as cerimônias de abertura e encerramento e as provas do atletismo. Os estádios Parque São Jorge e Nicolau Alayon receberiam jogos de futebol, o Palestra Itália receberia o vôlei, e Estádio do Bom Retiro sediaria o beisebol. No Parque do Ibirapuera seriam realizadas as competições do ciclismo, e o Ginásio do Ibirapuera ficaria com o basquete. O remo seria disputado na Raia Olímpica da USP, e a vela na Represa de Guarapiranga, enquanto o Esporte Clube Pinheiros receberia a natação, o nado sincronizado e os saltos ornamentais. O Pinheiros Tênis Clube receberia as competições de tênis, e a Sociedade Hípica de São Paulo as de equitação. A Vila Panamericana seria construída usando um conceito então revolucionário, o dos prédios pré-planejados, em um terreno pertencente à USP, que após o Pan foi remodelado e hoje faz parte da Cidade Universitária. As competições seriam realizadas entre 20 de abril e 5 de maio, e contariam com 1665 atletas de 22 nações, que competiriam em 160 provas de 22 esportes - nado sincronizado, equitação, esgrima e tiro esportivo voltariam ao programa, que também teria a estreia do judô.

A quinta edição do Pan seria realizada entre 23 de julho e 6 de agosto de 1967, na cidade de Winnipeg, Canadá. No dia da cerimônia de abertura a cidade seria assolada por uma verdadeira tempestade, que encharcaria os figurinos dos dançarinos e danificaria instrumentos musicais, prejudicando o espetáculo, mas, depois disso, o Pan seria um gigantesco sucesso, com competições de alto nível e vários recordes mundiais sendo quebrados, principalmente na natação, que foi disputada em uma piscina moderníssima, e viu um adolescente de 17 anos, chamado Mark Spitz, conquistar cinco medalhas de ouro. 2361 atletas de 28 nações competiriam em 169 provas de 21 esportes - nado sincronizado e pentatlo moderno não estariam presentes, mas o hóquei faria sua estreia. No quadro de medalhas ocorreria uma grande confusão, já que os Estados Unidos, mais uma vez os primeiros, o Canadá, que ficaria em segundo, e a Argentina, o quarto, alegariam erro no registro dos medalhistas, havendo até hoje divergência no número exato que cada um desses três países ganhou, embora isso não afete a posição final de cada um. O Brasil, que enviou apenas 132 atletas, não se envolveu nessa polêmica, terminando em terceiro lugar no quadro com um desempenho bastante semelhante ao da edição anterior, mesmo com uma delegação quase dois terços menor: 11 ouros, 10 pratas e 5 bronzes. O principal destaque do Brasil foi a equipe de equitação, ouro no Prêmio das Nações com Nelson Pessoa, considerado o melhor cavaleiro do mundo, Antonio Simões, José Reynoso e Renyldo Guimarães. Também merecem destaque José Sylvio Fiolo, da natação, ouro nos 100 m e 200 m Peito e bronze no revezamento 4 x 100 m Medley; Nelson Prudêncio, prata no salto triplo; Aída dos Santos, única mulher na delegação brasileira para as Olimpíadas de 1964, que em Winnipeg ganhou um bronze no pentatlo do atletismo; e o tenista Thomaz Koch, ouro nas simples e nas duplas, ao lado de Edson Mandarino.

Cali, na Colômbia, seria a sede da edição seguinte, realizada entre 30 de julho e 13 de agosto de 1971, com 2935 atletas de 32 nações competindo em 169 provas de 20 esportes - o nado sincronizado voltou, mas o judô e o tênis ficaram de fora. Uma curiosidade dessa edição seria a Vila Panamericana, que se parecia com um presídio, com muros altos, arame farpado e guardas armados com rifles fazendo a segurança dos atletas. O maior destaque seria Cuba, que terminaria em segundo lugar no quadro de medalhas com 31 ouros, oito a mais do que todos os ouros que conquistaram nas cinco edições anteriores somadas; Cuba também seria responsável pelo feito mais inacreditável talvez de toda a história do Pan, ao derrotar os Estados Unidos no basquete masculino, o que causou a eliminação dos norte-americanos na primeira fase e abriu caminho para que a medalha de ouro ficasse com o Brasil. A delegação brasileira, com 158 atletas, traria 9 ouros, 7 pratas e 14 bronzes, terminando na quarta posição do quadro, atrás de Estados Unidos, Cuba e Canadá; a Colômbia seria o pior anfitrião até então, terminando em sétimo. Nelson Prudêncio ganharia mais uma prata no salto triplo e Aída dos Santos mais um bronze no pentatlo, mas a medalha mais curiosa do Brasil foi o bronze de Vicente de Campo nos peso-pesados do boxe: Vicente perderia a única luta que fez, mas, como só eram quatro boxeadores competindo, e no boxe não há disputa pelo bronze, ganharia a medalha mesmo assim - o mesmo ocorrendo com o outro medalhista de bronze, o cubano Teófilo Stevenson, que viria a se tornar tricampeão olímpico em 1972, 1976 e 1980.

A Cidade do México se tornaria a primeira cidade a sediar duas edições do Pan na sétima edição, realizada entre 12 e 25 de outubro de 1975. Originalmente, porém, a cidade escolhida havia sido Santiago, capital do Chile, que concorreu contra San Juan, capital de Porto Rico. Em 1973, devido ao golpe de estado no país, Santiago desistiria, e São Paulo seria convidada a sediar os jogos em seu lugar, mas, em 1974, desistiria também, alegando razões financeiras, com a capital mexicana sendo anunciada como sede a menos de dez meses dos Jogos. 3146 atletas de 33 nações competiriam em 190 provas de 19 esportes - o judô voltaria, mas o polo aquático, o hóquei e a vela ficariam de fora. Os Estados Unidos, evidentemente, ficariam com o topo do quadro de medalhas, seguidos de Cuba, Canadá, dos anfitriões mexicanos e do Brasil, quinto colocado com 8 ouros, 13 pratas e 23 bronzes, conquistados por uma delegação de 216 atletas. O maior destaque do Brasil foi João Carlos de Oliveira, conhecido como João do Pulo, que conquistou duas medalhas de ouro, no salto em distância e no salto triplo, este último com recorde mundial. O Brasil também foi ouro no futebol, também estabelecendo uma espécie de recorde, ao golear a Nicarágua por 14 a 0.

Em 1979, o Pan seria realizado em San Juan, a capital portorriquenha, e muitas de suas imagens seriam usadas no filme A Step Away, lançado em 1980. Essa seria a primeira edição do Pan a ter um mascote, um sapo chamado Coqui. Entre 1 e 15 de julho, 3700 atletas de 34 nações competiriam em 250 provas de 27 esportes - o hóquei e a vela voltariam ao programa, que também teria as estreias do tênis de mesa, tiro com arco, patinação em velocidade, patinação artística, hóquei sobre patins e softbol. O Brasil enviaria 278 atletas, e terminaria mais uma vez na quinta posição do quadro de medalhas, com 9 ouros, 13 pratas e 17 bronzes, atrás de Estados Unidos, Cuba, Canadá e Argentina; Porto Rico ficaria na sétima posição, logo atrás do México. Dentre os destaques do Brasil, João do Pulo seria bicampeão panamericano tanto no salto em distância quanto no salto triplo; Djan Madruga ganharia duas pratas e quatro bronzes na natação, mesmo esporte no qual o futuro ator Rômulo Arantes ganharia uma prata e dois bronzes; a seleção de futebol seria mais uma vez ouro, derrotando Cuba por 3 a 0 na final com 10 mil pessoas no Estádio Hiram Bithorn, até hoje recorde de público para qualquer competição esportiva em Porto Rico; e, no judô, os brasileiros ganhariam 4 ouros, 1 prata e 2 bronzes, somente não subindo ao pódio na categoria peso-médio. Vale citar também que os Estados Unidos tiveram grandes destaques no Pan, como a nadadora Cynthia Woodhead, cinco medalhas de ouro, Reinaldo Nehemiah, que quebrou o recorde mundial nos 110 m com barreiras, e Evelyn Ashford, ouro nos 100 m e 200 m do atletismo, que se viram impedidos de tentar repetir seus feitos nas Olimpíadas de 1980 por causa do boicote promovido por seu país aos Jogos de Moscou.

Entre 14 e 29 de agosto de 1983, o Pan seria realizado em Caracas, capital da Venezuela, com a participação de 3426 atletas de 36 nações competindo em 269 provas de 25 esportes - patinação artística, patinação em velocidade e hóquei sobre patins saíram, entrou o sambô. O mascote da competição seria um leão chamado Santiaguito - em homenagem ao "nome completo" da cidade, Santiago de Caracas. O Pan de 1983 foi a primeira competição internacional a efetuar uma intensa testagem anti-doping nos atletas; como resultado, diversos atletas alegariam motivos pessoais para não competir - o que levantou a suspeita de que eles faziam uso de substâncias proibidas e temeram ser flagrados - e 17 dos participantes testaram positivo e tiveram seus resultados anulados. O Brasil enviou 276 atletas, que conquistaram 14 ouros, 20 pratas e 23 bronzes, melhor resultado do país até então, terminando em quarto no quadro de medalhas, atrás de Estados Unidos, Cuba e Canadá, e imediatamente à frente da Venezuela anfitriã. Os maiores destaques do Brasil foram Ricardo Prado, da natação, que conquistou dois ouros, nos 200 m e 400 m Medley, e duas pratas, nos 200 m Costas e Borboleta; Agberto Guimarães, dois ouros no atletismo, nos 1.500 m e nos 800 m, nessa última fazendo dobradinha com Zequinha Barbosa, que ganhou a prata; Esmeralda Garcia, ouro nos 100 m, e Conceição Geremias, ouro no heptatlo, ambas no atletismo; e a seleção masculina de vôlei, que no futuro ganharia o apelido de Geração de Prata graças à medalha que conquistou nas Olimpíadas de 1984, mas que no Pan foi medalha de ouro. A seleção masculina de futebol era favorita ao ouro, mas acabou ficando com a prata ao perder para o Uruguai na final, e Renato Dutra, do tiro com arco, seria bronze na prova do arco recurvo a 70 m, mas só receberia sua medalha quatro anos depois - os juízes anotariam errado sua pontuação, e só perceberiam após o final do evento, corrigindo o erro mas deixando para entregar-lhe a medalha durante a cerimônia de abertura do Pan seguinte.

Pan este que mais uma vez deveria ter sido sediado em Santiago, mas novamente o Chile desistiu, dessa vez poucos meses após sua escolha, em 1983, alegando razões financeiras. Quito, a capital do Equador, seria escolhida para substituí-la, mas também desistiria por razões financeiras, no final de 1984. Indianápolis, nos Estados Unidos, havia se candidatado a sede para 1991, mas, diante da dupla desistência, seria abordada pela ODEPA, e aceitaria antecipar seus planos e sediar o Pan de 1987. Insatisfeita com a escolha, Cuba ameaçou boicotar o Pan, e só foi demovida dessa ideia quando a ODEPA, sem votação nem nada, presenteou sua capital, Havana, com o direito de sediar a edição de 1991. O boicote não ocorreu, mas protestos de cubanos que moravam nos Estados Unidos e tentaram convencer os atletas a desertarem e de norte-americanos que xingavam a delegação cubana e o presidente Fidel Castro marcariam todos os eventos nos quais cubanos estivessem presentes - um ponto especialmente sensível foi a cerimônia de encerramento, que contou com um show da cantora cubana naturalizada norte-americana Gloria Estefan, o que foi visto pela delegação cubana como provocação, e motivou um protesto formal junto à ODEPA.

Apesar disso tudo, as competições transcorreriam sem grandes problemas, entre 8 e 23 de agosto de 1987, com a participação de 4360 atletas de 38 nações competindo em 297 provas de 33 esportes - o sambô sairia, o pentatlo moderno, o polo aquático, o hóquei sobre patins, a patinação artística e a patinação em velocidade retornariam, e fariam suas estreias a canoagem, o handebol, a ginástica rítmica e o taekwondo. Curiosamente, o mascote seria um papagaio, chamado Amigo. Essa seria a décima edição do Pan, e foram programadas várias celebrações para o evento, incluindo uma mostra de arte de 125 obras de artistas das Américas. A cerimônia de abertura seria realizada no Indianapolis Motor Speedway, palco da famosa corrida das 500 Milhas, e foi produzida pela Disney, sendo até hoje a maior cerimônia de abertura da história do Pan, tanto em número de participantes quanto de público presente - estima-se que 6.500 dançarinos se apresentaram, e que 80 mil pessoas assistiram à cerimônia no local. Os Estados Unidos mais uma vez terminariam no topo do quadro de medalhas, seguidos por Cuba, Canadá e pelo Brasil, que enviou 309 atletas e trouxe de volta 14 medalhas de ouro, 14 de prata e 33 de bronze. Os principais destaques do Brasil seriam o judoca Aurélio Miguel, que ganharia o ouro na categoria pesados e repetiria o feito nas Olimpíadas do ano seguinte; a seleção masculina de futebol, que contava com o goleiro Taffarel, o zagueiro Ricardo Rocha e o meia Raí, que conquistaria o ouro em 1987 e o tetra na Copa do Mundo, disputada também nos Estados Unidos, sete anos depois; e Joaquim Cruz, ouro nos 1.500 m do atletismo. Mais a maior de todas as proezas brasileiras seria realizada pela seleção masculina de basquete, que, na final, contra os Estados Unidos, após chegar ao final do primeiro tempo perdendo por 68 a 54, viraria o jogo e ganharia por 120 a 115, com 46 pontos de Oscar Schmidt e 31 de Marcel de Souza, conquistando a medalha de ouro e impondo aos norte-americanos sua primeira derrota em casa na história das competições internacionais de basquete. O ginásio onde esse jogo foi disputado seria demolido, e hoje é um estacionamento - dizem os boatos que para tentar apagar a vergonha da derrota.

Antes da edição seguinte do Pan, a ODEPA decidiria fazer um experimento, e organizaria, entre 16 e 22 de setembro de 1990, na cidade de Las Leñas, Argentina, a primeira edição dos Jogos Panamericanos de Inverno. A decisão de realizar o Pan de Inverno seria tomada na reunião da ODEPA de 1988, com a estreia do evento prevista para 1989 e sua realização para cada quatro anos a partir de então; a falta de neve acabou adiando o Pan de Inverno para o ano seguinte, e a falta de interesse do público e dos atletas faria com que a primeira edição se tornasse também a única. 97 atletas de 8 nações, incluindo o Brasil, que enviou cinco, competiriam em 6 provas de apenas um esporte, o esqui alpino. Os Estados Unidos e o Canadá ganharam todas as medalhas em disputa.

O Pan de 1991 seria realizado entre 2 e 18 de agosto, em Havana, capital de Cuba, com a participação de 4519 atletas de 39 nações competindo em 329 provas de 32 esportes - o boliche e o raquetebol estreariam, mas os saltos ornamentais, o pentatlo moderno e a patinação artística não seriam disputados. O mascote seria um passarinho chamado Tocopan, que representava o pássaro nacional de Cuba, o tocororo. Os cubanos se esforçariam para que o evento fosse inesquecível, e erigiram uma belíssima Vila Panamericana e um não menos belo Estádio Panamericano praticamente colados na praia, de frente com o Mar do Caribe; muito se temeu que Fidel Castro desejasse fazer um de seus famosos e longuíssimos discursos na cerimônia de abertura, mas tudo o que ele disse foi "declaro abertos os Jogos Panamericanos" - no que seria humoristicamente considerado o discurso mais curto de sua história. Os atletas cubanos, inflamados por sua torcida e pelo nacionalismo, se empenhariam para tirar o primeiro lugar do quadro de medalhas dos norte-americanos, o que fez com que o Pan de 1991 se tornasse a segunda (e por enquanto última) edição do evento na qual os Estados Unidos não terminariam no topo, com Cuba somando 140 ouros, 62 pratas e 63 bronzes, contra 130 ouros, 125 pratas e 97 bronzes dos rivais. O Brasil, com uma delegação de 304 atletas, terminaria em quarto, logo atrás do Canadá, fazendo a melhor participação de sua história até então: 21 ouros, 21 pratas e 37 bronzes. Os maiores destaques brasileiros foram o basquete feminino, que, capitaneado por Hortência e Paula, venceria Cuba na final por 97 a 76, recebendo as medalhas de ouro das mãos do próprio Fidel Castro; Robson Caetano, ouro nos 100 m e nos 200 m do atletismo; a ginasta Luísa Parente, ouro no salto sobre o cavalo; e o nadador Gustavo Borges, ouro nos 100 m Livre e no revezamento 4 x 100 m Livre. No futebol, nenhuma das seleções da América do Sul, incluindo o Brasil, enviou representantes, e o ouro, surpreendentemente, ficou com os Estados Unidos, que derrotaram Cuba na semifinal e o México na final.

Originalmente, os candidatos a sede para 1991 seriam Indianápolis, Havana e Mar del Plata, na Argentina. Quando Indianápolis aceitou sediar o Pan de 1987, Havana foi premiada com o de 1991, o que gerou um protesto dos argentinos. A situação foi solucionada com a ODEPA dando o Pan de 1995 para Mar del Plata, mais uma vez sem votação. Acontece que Mar del Plata é uma cidade minúscula, de 600 mil habitantes, um balneário 400 km ao sul de Buenos Aires, e não tinha condições de comportar todas as competições do programa; assim, pela primeira vez, o Pan se espalhou por mais de uma cidade, com o Parque Panamericano, que recebeu a maioria das provas, bem como as cerimônias de abertura e encerramento, sendo construído em Mar del Plata, mas algumas provas também sendo realizadas nas cidades de Buenos Aires, Paraná, Santa Fe e Miramar, e o futebol tendo jogos em Mar del Plata, Necochea e Tandil. O mascote seria o lobo-marinho Lobi.

Em sua reunião de 1990, a ODEPA faria uma mudança na Carta Panamericana, que passaria a versar que, a partir de 1995, o programa do Pan deveria ter os mesmos esportes das Olimpíadas, com outros podendo ser acrescentados se fossem considerados "tradicionais", "relevantes" ou "populares" para os povos das Américas. Assim, o programa do Pan de 1995 teve uma verdadeira inflação, contando com 309 provas de 40 esportes - badminton, caratê, pelota basca, esqui aquático, squash e triatlo estreariam, e os saltos ornamentais e a patinação artística retornariam - que levaram à Argentina uma multidão de 5144 atletas de 42 nações, que competiram entre 12 e 26 de março. O Brasil, que levou 401 atletas, não conseguiu igualar o desempenho de 1991, mas terminou com 18 ouros, 27 pratas e 37 bronzes; no quadro, ficaria em sexto lugar, atrás de Estados Unidos, Cuba, Canadá, Argentina e México. No tênis de mesa, Cláudio Kano, medalhista de ouro nas duplas e nas equipes, conseguiria a proeza de se tornar o primeiro brasileiro a conquistar medalhas de ouro em quatro Pans seguidos; infelizmente, ele faleceria menos de um ano depois, vítima de um acidente de moto. Na natação, o destaque seria Fernando Scherer, o Xuxa, que ganharia o ouro nos 50 m Livre derrotando o norte-americano Tom Jagger, recordista mundial. Na equitação, Nelson Pessoa ganharia seu segundo ouro 28 anos após o primeiro, mais uma vez no Prêmio das Nações, ao lado de André Johannpeter, Vítor Alves Teixeira, e de seu filho, Rodrigo Pessoa; a equipe do Concurso Completo de Equitação, composta por Serguey Fofanoff, Luciano Miranda Drubi, André Luiz Giovanini e Ruy Leme da Fonseca Filho, que não estava dentre as favoritas, surpreenderia e também ganharia o ouro. No atletismo, Joaquim Cruz seria bicampeão panamericano nos 1.500 m, e, na vela, Robert Scheidt seria ouro na classe Laser, feito que repetiria nas Olimpíadas de 1996. Vale citar também a prata de Acelino Freitas, o Popó, na categoria peso-leve do boxe - após o Pan, Popó se profissionalizaria, e se tornaria um dos maiores boxeadores da história do Brasil.

Em 1999, Winnipeg se tornaria a segunda cidade a sediar duas edições do Pan, que aconteceria entre 23 de julho e 8 de agosto. Pela primeira vez, uma edição do Pan teve dois mascotes, um pato chamado Pato e uma papagaia chamada Lorita. 5083 atletas de 42 nações competiram em 330 provas de 41 esportes - o hóquei sobre patins foi substituído pelo hóquei inline, a pelota basca ficou de fora, o pentatlo moderno voltou, e o vôlei de praia fez sua estreia. Os Estados Unidos mais uma vez foram para o topo do quadro de medalhas, mas ganhando seu menor número de ouros desde 1971; Cuba e Canadá tiveram uma grande batalha pelo segundo posto, com os cubanos conseguindo apenas cinco ouros a mais; grande também foi a batalha pelo quarto lugar entre Brasil e Argentina, que empataram em ouros, mas com o Brasil levando a melhor por ter mais pratas. Com uma delegação de 436 atletas, o Brasil conseguiria superar seu desempenho de Havana, obtendo 25 ouros, 32 pratas e 44 bronzes. O maior destaque do Brasil foi Eronilde Araújo, que conquistou seu terceiro ouro seguido nos 400 m com barreiras do atletismo, se igualando a Adhemar Ferreira da Silva como tricampeão panamericano. Na natação, Fernando Scherer se tornaria o primeiro brasileiro a ganhar quatro medalhas de ouro numa mesma edição do Pan. A equipe do Prêmio das Nações da equitação, composta por Rodrigo Pessoa, Vitor Alves Teixeira, Bernardo Resende Alves e Álvaro Affonso de Miranda Neto, o Doda, também ganharia o ouro, conquistando o bicampeonato panamericano. No basquete masculino, o Brasil mais uma vez conseguiria o ouro derrotando os Estados Unidos na final, e, no vôlei, a seleção feminina conquistaria o ouro com uma vitória emocionante no tie break sobre as favoritíssimas cubanas. Valer citar também a ginasta Daiane dos Santos, prata no salto e bronze no solo.

Winnipeg competiria pelo direito de sediar o Pan de 1999 contra Santo Domingo, capital da República Dominicana, que acabaria ficando com o Pan de 2003, realizado entre 1 e 17 de agosto. 5223 atletas de 42 nações competiriam em 338 provas de 42 esportes - os mesmos da edição anterior, mais a pelota basca. O mascote seria um peixe-boi chamado Tito. Durante o Pan, vários protestos ocorreram pela cidade, todos solenemente ignorados pela mídia; os manifestantes alegavam que o governo impôs medidas de austeridade e retirou investimentos dos bairros mais pobres para poder construir as instalações, e até mesmo removeu populações carentes de áreas próximas dos locais de competição para que os turistas não as vissem. O Brasil levaria sua maior delegação na história do Pan, 467 atletas, e bateria mais uma vez o recorde da edição anterior, trazendo 29 ouros, 40 pratas e 54 bronzes; o Brasil empataria em número de ouros com o Canadá, mas terminaria em quarto no quadro porque os canadenses conseguiriam mais pratas. Nas duas primeiras posições, como sempre, Estados Unidos e Cuba, e a República Dominicana seria o pior anfitrião até então, terminando na nona posição. Um dos maiores destaques do Brasil foi o tenista Fernando Meligeni, que já havia anunciado que se aposentaria após o Pan, e derrotaria o chileno ex-número 1 do mundo Marcelo Ríos para conquistar a medalha de ouro, após ficar a um ponto de perder o jogo no segundo set. Dois outros brasileiros se tornariam tricampeões panamericanos: Fernando Scherer, ao vencer os 50 m Livre da natação, e Robert Scheidt, na classe Laser da vela. Gustavo Borges se tornaria o atleta brasileiro com o maior número de medalhas totais, com 19 em quatro participações, sendo 8 de ouro. O Brasil também seria ouro nas duas maratonas, com Vanderlei Cordeiro de Lima no masculino e Márcia Narloch no feminino; Lucélia Ribeiro se tornaria a primeira mulher brasileira bicampeã panamericana numa prova individual ao ganhar seu segundo ouro na categoria leves do caratê; Marcel Stürmer conseguiria um ouro inédito na patinação artística; e o basquete masculino conseguiria seu segundo ouro seguido ao derrotar o time da casa na final. O revezamento 4 x 100 m do atletismo, composto por André Domingos, Claudinei Quirino, Edson Luciano e Vicente Lenílson, também seria ouro, mas só receberia a medalha oito meses após o encerramento do Pan, quando o norte-americano Mickey Grimmes seria desclassificado por doping - originalmente, os Estados Unidos haviam sido ouro e o Brasil prata.

O Pan voltaria ao Brasil em 2007, quando o Rio de Janeiro derrotaria San Antonio, no Texas, e conquistaria o direito de sediar a 15a edição do evento. A cidade decidiria usar o Pan para mostrar que tinha condições de sediar uma edição das Olimpíadas, e construiria instalações de primeiro nível; o intuito era que todas tivessem padrão olímpico, mas, devido a atrasos nas obras, algumas, como o Parque Aquático Maria Lenk, que teve de ficar descoberto, e o velódromo, que tinha uma coluna na área central, acabaram não atendendo aos requisitos do COI. Outro ponto controverso foi a escolha do terreno do Autódromo de Jacarepaguá para a construção do Parque Panamericano, que contaria com o Maria Lenk, o velódromo e uma arena para basquete e ginástica artística; segundo os autores do projeto, a pista do autódromo, que recebeu a Fórmula 1 entre 1981 e 1989, poderia continuar recebendo corridas normalmente, mas, assim que as obras começaram, ficaria claro que esse não seria o caso, e, após o Pan, o autódromo seria permanentemente desativado, estando a cidade até hoje sem um substituto. Outros locais de competição foram o Riocentro, que recebeu as lutas, o handebol, o futsal, o badminton, o levantamento de peso e a ginástica rítmica e de trampolim; o Clube Militar de Deodoro, que receberia o tiro com arco, o tiro esportivo, o hóquei, a equitação e o pentatlo moderno; o Complexo Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, sede da patinação e do squash; a Lagoa Rodrigo de Freitas, palco do esqui aquático, do remo e da canoagem; e a Praia de Copacabana, onde seriam disputados o vôlei de praia, o triatlo e a maratona aquática. As cerimônias de abertura e encerramento seriam realizadas no Estádio do Maracanã, que também receberia o futebol, enquanto o novíssimo Estádio João Havelange, apelidado Engenhão por ficar no bairro do Engenho de Dentro, seria sede do futebol e do atletismo. A vela seria disputada na Marina da Glória, o mountain bike e BMX no Morro do Outeiro, o beisebol e o softbol ganhariam um estádio temporário construído na Cidade do Rock, e o boliche seria disputado no Barrashopping - mas mais estranho que isso seria o tênis, disputado no Clube Marapendi, que, por causa de fortes chuvas, teve sua final primeiro transferida para o último dia e depois disputada em uma quadra de treinos coberta e sem público.

O Pan de 2007 seria realizado entre 13 e 29 de julho, e contaria com a participação de 5633 atletas de 42 nações, que competiriam em 334 provas de 41 esportes - pelota basca, hóquei inline e raquetebol ficariam de fora, e fariam suas estreias a ginástica de trampolim e o futsal. A inclusão do futsal, aliás, seria uma grande controvérsia, com o presidente da ODEPA, o mexicano Mario Vázquez Raña, "parabenizando" o comitê organizador pela inclusão de "um esporte que só é conhecido no Brasil, e talvez em São Paulo", e os organizadores da edição seguinte, em 2011, declarando que o futsal não faria parte de seu programa antes mesmo do início da competição em 2007. O mascote seria um menino cuja cabeça era o Sol, cujo nome, Cauê, foi escolhido por votação popular. Como país-sede, o Brasil estava pré-classificado para todos os esportes, e, graças a isso, conseguiria juntar a maior delegação de sua história, 660 atletas. O Pan de 2007 seria a primeira competição internacional disputada após um ciclo completo de preparação com os recursos da Lei Agnelo/Piva, que permitiu uma melhor preparação dos atletas, e se refletiu na melhor participação do Brasil na história do Pan: 52 medalhas de ouro, 40 de prata e 65 de bronze. No quadro de medalhas, o Brasil seria terceiro, atrás de Cuba, que teria menos pratas e menos bronzes, mas sete ouros a mais, e dos Estados Unidos, mais uma vez os primeiros colocados, mas que, pela primeira vez desde 1955, não conseguiria conquistar pelo menos 100 medalhas de ouro, terminando com 97.

O principal destaque do Brasil foi o nadador Thiago Pereira, que conquistou seis ouros, uma prata e um bronze, se tornando o atleta com o maior número de ouros em uma única edição em todos os tempos, superando Mark Spitz. No tênis de mesa, Hugo Hoyama conquistaria sua nona medalha de ouro, se tornando o brasileiro recordista em número de ouros, superando Gustavo Borges, que estava na torcida e o aplaudiu. No judô, o Brasil ganharia medalhas em 13 das 14 categorias, sendo a única exceção Flávio Canto, que sofreu uma lesão nas semifinais e não pôde disputar a medalha de bronze; o boxe traria medalhas em 8 das 11 categorias, com Pedro Lima ganhando o primeiro ouro do Brasil nesse esporte desde 1963; no taekwondo, Diogo Silva foi ouro, e a campeã mundial Natália Falavigna seria prata; e, no caratê, Lucélia Ribeiro se tornaria a quinta atleta do Brasil, primeira mulher, a se tornar tricampeã panamericana. Rodrigo Pessoa também se tornaria tricampeão panamericano ao conquistar o Prêmio das Nações da equitação, ao lado de Bernardo Alves, Pedro Veniss e César Almeida. Yane Marques seria ouro no pentatlo moderno, primeira medalha dourada do Brasil nesse esporte desde 1959, e primeira no feminino. No atletismo, o Brasil seria ouro no salto com vara masculino e feminino, com Fábio Silva e Fabiana Murer. No basquete masculino, os Estados Unidos fariam vergonha e ficariam em último em seu grupo na primeira fase, e o Brasil seria campeão invicto; no feminino, as norte-americanas derrotariam as brasileiras na final, deixando-as com a prata. No futebol, o feminino ganharia o ouro com excelente atuação de Marta, que se tornaria a primeira mulher a entrar para a Calçada da Fama do Maracanã, enquanto o masculino, com uma equipe sub-17, seria eliminado na primeira fase. E a ginástica artística teria sua melhor participação na história, com 4 ouros, 2 pratas e 3 bronzes, com Diego Hypólito sendo ouro no solo e no salto.

Em 2011, o Pan voltaria ao México, dessa vez sendo disputado na cidade de Guadalajara, com algumas provas nas cidades vizinhas de Guzmán, Puerto Vallarta, Lagos de Moreno e Tapalpa. Entre 14 e 30 de outubro, 5996 atletas de 42 nações competiriam em 361 provas de 43 esportes - a pelota basca e o raquetebol retornariam, o rugby sevens estrearia, e o futsal, como anunciado, sairia. Pela primeira vez, uma edição do Pan teria três mascotes, escolhidos através de um concurso: o leão Leo, que representava a cidade de Guadalajara (que tem um leão em se brasão); o veado Huichi, que representava o Estado de Jalisco, onde está localizada Guadalajara; e Gavo, um agave azul, planta da qual é feita a tequila, abundante em Jalisco. O Pan de 2011 seria a última participação das Antilhas Holandesas, que haviam deixado de existir em 2010, com seus atletas passando a competir por Aruba a partir de 2015; para 2011, atletas das Antilhas Holandesas que haviam se classificado puderam competir como independentes, usando a bandeira da ODEPA.

Com uma delegação de 515 atletas, o Brasil conseguiria 48 ouros, 35 pratas e 58 bronzes, ficando mais uma vez em terceiro no quadro, atrás de Estados Unidos e Cuba, e logo à frente do México. As mulheres brasileiras brilhariam no atletismo, com Maurren Maggi se tornando mais uma brasileira tricampeã panamericana ao conquistar o ouro no salto em distância, Fabiana Murer ganhando seu segundo ouro no salto com vara, Adriana Aparecida da Silva vencendo a maratona com recorde panamericano, Lucimara da Silva sendo ouro no heptatlo, também com recorde panamericano, e o lugar mais alto do pódio nos 100 m e nos 200 m ficando, respectivamente, com Rosângela Santos e Ana Cláudia Lemos - ambas, junto com Vanda Gomes e Franciela Krasucki, também seriam ouro no revezamento 4 x 100 m. Na natação, Thiago Pereira conseguiria mais 6 ouros, repetindo seu feito de 2007 e se tornando o brasileiro com mais ouros, com 12, além de uma prata e um bronze, e César Cielo Filho igualaria a marca de Fernando Scherer ganhando 4 ouros, dois deles nos 50 m e nos 100 m Livre. Hugo Hoyama, o recordista de ouros anterior, conseguiria sua décima medalha de ouro no tênis de mesa. A ginástica artística ganharia seu primeiro ouro por equipes, e Diego Hypólito se tornaria bicampeão panamericano tanto no solo quanto no salto. O vôlei teria 100% de aproveitamento, com ouro no masculino e no feminino, na quadra e na praia. Fernando Reis Saraiva conseguiria um ouro inédito, com direito a recorde panamericano, no levantamento de peso. Marcel Stürmer também se tornaria tricampeão panamericano na patinação artística, e Lucélia Ribeiro se tornaria a primeira tetracampeã panamericana brasileira, ao ser, dentre homens e mulheres, a primeira a ganhar quatro medalhas de ouro na mesma prova em quatro edições consecutivas do Pan.

Em 2015, seria a vez de o Pan retornar ao Canadá, agora para a cidade de Toronto. Entre os dias 10 e 26 de julho, 6123 atletas de 41 nações competiriam em 364 provas de 43 esportes - o número seria o mesmo da edição anterior, mas a pelota basca seria substituída pelo golfe. O mascote seria um porco-espinho chamado Pachi. O Brasil enviaria 590 atletas, e traria de volta 42 ouros, 39 pratas e 60 bronzes, terminando mais uma vez em terceiro lugar no quadro de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos e do Canadá. Adriana Aparecida da Silva seria bicampeã da maratona, e as equipes masculina de basquete e feminina de futebol repetiriam seus ouros da edição anterior, assim como Fernando Reis no levantamento de peso. Uma das maiores surpresas seria a canoagem, na qual Isaquias Queiroz conseguiria dois ouros, no C1 200 m e 1000 m, e uma prata, no C2 1000 m, ao lado de Edson Silva, e Ana Sátila, no slalom, seria ouro no C1 e prata no K1. O judô brasileiro mais uma vez subiria ao pódio em 13 das 14 categorias, e o caratê feminino o faria em 4 das 5. Yane Marques, após ser prata em Guadalajara, seria mais uma vez ouro no pentatlo moderno, e Marcel Stürmer seria tetracampeão na patinação artística. Vale citar também os ouros de Arthur Zanetti nas argolas da ginástica, Douglas Brose no caratê, Felipe Wu na pistola de 10 m do tiro esportivo, e o inédito ouro de Joice Silva na luta livre.

A mais recente edição do Pan ocorreu entre 26 de julho e 11 de agosto de 2019 em Lima, capital do Peru. 6680 atletas de 41 nações competiram em 419 provas de 47 esportes - a pelota basca voltou, e foram adicionados o basquete 3x3, o surfe e o fisiculturismo. O mascote foi escolhido em uma votação popular, dentre três opções; o vencedor seria Milco, inspirado nas esculturas Cuchimilco da cultura dos chancay, povo que viveu na região onde hoje se encontra Lima entre os séculos XII e XV. O Peru conseguiria "superar" a República Dominicana e se tornar o pior anfitrião da história ao terminar em décimo lugar, mas com um ouro a mais do que os dominicanos quando foram sede em 2003, 11 contra 10 - e empatados com os próprios dominicanos em 2019, que levaram vantagem por terem mais pratas. Por outro lado, o Brasil, que enviou 485 atletas, teve o melhor desempenho de sua história, superando 2007: 54 ouros, 45 pratas e 70 bronzes, terminando em segundo no quadro de medalhas, atrás apenas dos Estados Unidos.

Dentre as medalhas do Brasil podemos citar os ouros de Darlan Romani no arremesso de peso, Altobeli da Silva (que também seria prata nos 5000 m) nos 3000 m Steeplechase, Alison dos Santos nos 400 m com barreiras, e dos revezamentos 4 x 100 m masculino e feminino, todos no atletismo. Na canoagem, Isaquias Queiroz ganharia um ouro no C1 1000 m, Ana Sátila ganharia dois no slalom, C1 e K1, e Pedro Gonçalves ganharia outros dois, no slalom K1 e no extreme K1. No boxe, o Brasil subiria ao pódio em 6 das 10 categorias, incluindo um ouro de Beatriz Ferreira; no taekwondo, seriam 7 pódios em 8 categorias, incluindo dois ouros; no judô, 9 pódios em 14 categorias, incluindo 4 ouros; e, no caratê, Valéria Kumizaki seria bicampeã panamericana. Rodrigo Lambre, Eduardo Menezes, Pedro Veniss e Marlon Zanotelli trariam mais um ouro no Prêmio das Nações da equitação, com Zanotelli também sendo ouro no concurso de saltos individual. Martine Grael e Kahena Kunze repetiriam o que fizeram nas Olimpíadas de 2016 e seriam ouro na classe 49erFX da vela. E o basquete feminino seria ouro derrotando os Estados Unidos na final, mas o masculino sequer se classificaria para o torneio. Dentre as surpresas, um ouro de Ygor Coelho no badminton, e um bronze de Filipe Otheguy na pelota basca.

A próxima edição dos Jogos Panamericanos está programada para ocorrer entre 20 de outubro e 5 de novembro de 2023 em Santiago, que tentará pela quarta vez sediar o evento - além das duas nas quais foi escolhida e desistiu, em 1975 e 1987, perdeu para Lima a escolha de sede para 2019, mas foi candidata única para 2023, sendo escolhida por aclamação. Vamos ver se dessa vez eles conseguem.

Para terminar, duas informações que podem não ser essenciais, mas que eu acho interessantes estarem fáceis de se encontrar. Primeiro, o programa atual dos Jogos Panamericanos conta com 49 esportes: atletismo, badminton, basquete, basquete 3x3, beisebol, boliche, boxe, breakdancing, canoagem, caratê, ciclismo, equitação, escalada esportiva, esgrima, esqui aquático, futebol, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, golfe, handebol, hóquei, judô, levantamento de peso, luta olímpica, nado sincronizado, natação, patinação artística, patinação em velocidade, pelota basca, pentatlo moderno, polo aquático, raquetebol, remo, rugby sevens, saltos ornamentais, skateboarding, softbol, squash, surfe, taekwondo, tênis, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia. No passado, seis outros já fizeram parte: fisiculturismo, futsal, hóquei inline, hóquei sobre patins, polo a cavalo e sambô.

Segundo, a Panam Sports atualmente conta com 41 membros, e são esses que podem participar dos Jogos Panamericanos: Antígua e Barbuda, Argentina, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize, Bermuda, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Cuba, Dominica, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Granada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Ilhas Caimãs, Ilhas Virgens, Ilhas Virgens Britânicas, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, Porto Rico, República Dominicana, Santa Lúcia, São Cristóvão e Nevis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago, Uruguai e Venezuela.

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