Mesmo assim, por seus gráficos bizarros e personagens interessantes, eu sempre gostei dos Guilty Gear. E acho que hoje é um bom dia para falar sobre eles aqui no átomo.
O primeiro Guilty Gear foi lançado em 1998 para o Playstation. Foi com ele que eu conheci a série, e meio sem querer: um dia, fui à locadora (pois é, na época existiam locadoras de games), e nenhum dos títulos que eu pensava em alugar estava disponível. Guilty Gear estava, e, como eu gostava mesmo de jogos de porrada, resolvi dar uma chance, e não me arrependi.
Fabricado pela softhouse Arc System Works, Guilty Gear, a princípio, era apenas mais uma cópia de Street Fighter. Tanto que ninguém se preocupou em criar uma história para ele - ou, se criou, esqueceram de colocá-la em algum lugar do jogo. Basicamente, dez sujeitos se enfrantavam em um torneio, metendo a porrada uns nos outros até que só sobrasse um, que então enfrentaria o chefe. Seus maiores diferenciais eram os personagens de aparência bizarra, em estilo anime, e a trilha sonora, toda composta de rock pesado e heavy metal, o que não era muito comum em jogos de porrada - ou em jogo nenhum, para falar a verdade.
Somente bem depois do lançamento, através de material como mangás, livros e audiobooks é que a história de Guilty Gear seria revelada: em 2010, a humanidade descobriria uma nova fonte de energia, de poder impressionante e aparentemente ilimitado. Sem nenhuma opção melhor, ela decidiria chamar essa energia de Magia. Imediatamente, a Magia se mostrou a solução para a crise energética do planeta, substituindo o petróleo e a energia elétrica. Como estamos falando dos seres humanos, entretanto, ela também começou a ser utilizada para a guerra. Combinando o poder da Magia a seres vivos, incluindo pessoas, os militares criaram armas vivas conhecidas como Gears ("mecanismos" em inglês), que lutaram em uma longa guerra, até que perceberam que eram mais poderosos que os humanos que os criaram, e se voltaram contra a humanidade. Começaria, então, uma guerra entre os humanos e os Gears que duraria um século, ao fim da qual o líder dos Gears, Justice, seria derrotado e trancado, com o poder da Magia, em uma prisão em outra dimensão. Após o banimento de Justice, aparentemente todos os Gears perderiam seus poderes, pondo fim ao conflito.
Na verdade, entretanto, os Gears não perderiam seus poderes, apenas ficariam enfraquecidos. Em 2180, ano no qual o jogo é ambientado, cinco anos após a derrota de Justice, um poderoso Gear, chamado Testament, se revela, e ameaça usar seus poderes para libertar Justice e recomeçar a guerra, devolvendo aos Gears seu poder total. A ONU, então, decide organizar um torneio para escolher o lutador mais poderoso, capaz de derrotar Testament e restabelecer a paz (Nota do Guil: Ok, eu sei que todo jogo de porrada tem que ser no formato de um torneio, mas isso não faz o menor sentido. Por que não pegar os dez caras e mandar todos ao mesmo tempo linchar o Testament? Por que eles têm de lutar entre si até só restar um, provavelmente ferido e enfraquecido de ter de lutar tantas batalhas inúteis?).
Ao todo, dez lutadores se inscreveriam no torneio: Axl Low, um viajante do tempo vindo de antes da descoberta da Magia, que busca uma forma de retornar para sua própria era; Chipp Zanuff, um ex-traficante salvo da vida de crimes por um mestre ninja, que deseja vingar a morte desse mestre nas mãos dos Gears; Dr. Baldhead, um ex-cirurgião bondoso, que enlouqueceu e se tornou um assassino serial após uma jovem morrer em suas mãos; Kliff Undersn, fundador do grupo que derrotou Justice, e que considera deter Testament uma questão de honra; Ky Kiske, menino-prodígio chefe da Força Internacional de Polícia; May, uma menina pirata que aceitou lutar no torneio em troca da liberdade do chefe de seu grupo; Millia Rage, assassina russa com alguns poderes mágicos que procura um antigo rival; Potemkin, um soldado gigantesco enviado por sua nação para representá-los no torneio; Sol Badguy, um caçador de recompensas que devota sua vida a livrar o mundo dos Gears; e Zato-1, o rival de Millia, que sacrificou sua visão em troca de se tornar o hospedeiro de uma criatura mágica chamada Eddie, o que lhe confere incríveis poderes, como a habilidade de controlar sua própria sombra. O penúltimo chefe é Testament, um Gear de aparência andrógina; derrotando-o, inadvertidamente o jogador executa um sacrifício que permite que Justice, o último chefe, o mais poderoso dos Gears, que parece um Gundam com rabo, seja libertado de sua prisão. Através de códigos, é possível jogar com Testament e Justice, assim como com a personagem secreta Baiken, uma samurai que perdeu a visão e um braço durante a guerra contra os Gears, e agora deseja vingança.
O esquema de botões era parecido com o de alguns jogos da SNK, com seis ao todo: um botão para soco, um para chute, um para ataque forte com a arma, um para ataque fraco com a arma, um para provocar o adversário e um para carregar a barra de especial, chamada Tension Bar. Quando cheia, a Tension Bar permitia que fossem usados ataques bem mais poderosos chamados Chaos Attacks - que, curiosamente, eram de uso livre caso seu personagem estivesse apanhando feito um boi ladrão, ocasião na qual aparecia um aura vermelha em volta dele e ele entrava em Chaos Mode. Além dos especiais normais e dos Chaos Attacks, o jogo trazia ainda os Murder Outbreak Attacks, ataques nem tão poderosos, mas que, se pegassem no oponente, davam ao jogador a chance de fazer um Destroy Attack, um ataque tão poderoso que matava o oponente imediatamente, encerrando a luta mesmo que ele estivesse com a energia totalmente cheia.
Guilty Gear seria eleito um dos dez jogos mais bizarros de todos os tempos quando de seu lançamento, mas faria bastante sucesso, chegando a ser considerado por alguns uma alternativa válida à série Street Fighter. A boa receptividade faria com que a Arc System Works decidisse voar mais alto, lançando uma sequência não somente para sistemas caseiros, mas também para arcades, usando a placa NAOMI, da Sega. A distribuição dessa sequência ficaria a cargo de outra softhouse, a Sammy, o que fez com que muita gente hoje ache que a série Guilty Gear pertence à Sammy ao invés de à Arc System Works.
Essa sequência se chamaria Guilty Gear X, e seria lançada em 2000 para arcade, Dreamcast e Windows. A do Dreamcast seria considerada a principal, e seria lançada em quatro versões, três chamadas Type-A, Type-B e Type-C, e uma chamada simplesmente Guilty Gear X. O jogo em si não tinha absolutamente nada de diferente de uma versão para a outra; a diferença era que as Type-A, Type-B e Type-C vinham cada uma com um mini CD-ROM, cada um com dois arquivos de arte do jogo, que podiam ser vistos em um PC, e uma das faixas de áudio do jogo, que podia ser escutada em um CD Player tradicional.
Guilty Gear X é ambientado menos de um ano após o jogo anterior, que oficialmente termina com Sol Badguy destruindo Justice e trazendo novamente a paz. Ao contrário do esperado, entretanto, os Gears não perderam seus poderes com a destruição de Justice, e alguns continuaram usando-os para cometer crimes, embora sem maiores consequências. Um dia, entretanto, é detectada uma Gear de imenso poder, equivalente ao de Justice, chamada Dizzy. Temendo que uma nova guerra possa começar, a ONU oferece uma recompensa gigantesca pela morte de Dizzy. Antigos e novos lutadores se oferecem para a tarefa, e, por algum motivo, se enfrentam para ver quem terá o direito de derrotar Dizzy e clamar a recompensa.
Dos dez lutadores do jogo anterior, nove estão de volta - Kliff Undersn ficou de fora, e Dr. Baldhead agora se chama Faust, seu verdadeiro nome - e Baiken agora pode ser selecionada desde o início. Para um total de 14 personagens, quatro novos estreiam: Anji Mito, que fugiu de um campo de refugiados e procura descobrir mais sobre seu passado; Jam Kuradoberi, uma artista marcial que deseja o dinheiro da recompensa para realizar seu sonho de abrir um restaurante; Johnny, o capitão do grupo de piratas do qual May faz parte, libertado após os eventos do jogo anterior; e Venom, assassino que usa uma máscara que cobre totalmente sua face e um taco de sinuca como arma. O penúltimo chefe é Testament, que não morreu no jogo anterior, e busca defender Dizzy dos demais lutadores. Dizzy, a última chefe, realmente é até mais poderosa que Justice, mas surpreendentemente é uma garota doce, que não deseja começar guerra nenhuma e quer só viver em paz. No final oficial do jogo, Sol Badguy a derrota mas poupa sua vida, Johnny e May se comprometem a tomar conta dela, fazendo dela uma pirata, e uma armação é feita para parecer que Jam Kuradoberi a matou, para que ela possa ficar com o dinheiro da recompensa e abrir seu restaurante.
Como o Guilty Gear original havia sido lançado para Playstation, quem tinha um Playstation ou Playstation 2 estranhou e reclamou que a Arc System Works tivesse preferido trabalhar com o Dreamcast e sequer tivesse lançado uma versão para um dos videogames da Sony. Para tentar remediar isso, em 2001 a Sammy lançaria uma versão para Playstation 2, exclusivamente nos Estados Unidos, que era uma adaptação da versão Dreamcast. Três meses depois, a Arc System Works também lançaria uma versão para esse videogame, mas ela seria inédita, e chamada Guilty Gear X Plus. O "plus" no título se referia ao fato de que várias novidades estavam disponíveis, como uma galeria de arte e um Modo Survival, no qual a energia do jogador não recarregava entre uma luta e outra. Mas a maior novidade dessa versão era que Kliff Undersn e Justice estavam de volta como personagens secretos, e que cada personagem tinha dois modos de jogo, normal e gold, com jogabilidade diferente dependendo do modo; e três versões, Normal, Extra e GG (de Guilty Gear, não de "muito grande"), cada uma com golpes especiais diferentes. Os modos normal e gold estavam disponíveis para todos os lutadores desde o início, mas as versões Extra e GG tinham de ser liberadas terminando o jogo no Modo Survival.
Também em 2001 seriam lançadas duas versões portáteis de Guilty Gear, uma em janeiro e uma em setembro, ambas para o Wonderswan Color, o portátil da Bandai. Chamadas Guilty Gear Petit e Guilty Gear Petit 2, essas versões traziam os personagens no estilo super deformed, aquele no qual eles têm corpos pequeninos e cabeças enormes. Guilty Gear Petit segue a mesma história do primeiro jogo, e traz como lutadores Sol Badguy, Potemkin, Millia Rage, May, Ky Kiske e Fanny, uma nova personagem, a enfermeira do Dr. Baldhead, que luta usando uma injeção enorme como arma. Justice é o último chefe, e Jam Kuradoberi e GGMillia são secretas. Já Guilty Gear Petit 2 segue a mesma história de Guilty Gear X, trazendo como lutadores Sol Badguy, Potemkin, Millia Rage, May, Ky Kiske, Fanny, Anji Mito, Axl Low, Chipp Zanuff, Faust, Jam Kuradoberi, Johnny e Zato-1. GGMillia, GGSol, GGMay, GGKy, Testament e Venom são secretos, e Dizzy é a última chefe. Guilty Gear Petit 2 também traz os modos normal e gold para cada personagem, além do Modo Survival e do Time Attack, no qual o cronômetro não reseta entre uma luta e outra, e o jogo acaba quando ele chega a zero - este também presente em Guilty Gear Petit.
Uma nova versão portátil seria lançada em 2002 para o Game Boy Advance, com o nome de Guilty Gear X: Advance Edition. Essa versão, baseada em Guilty Gear X Plus, não trazia Kliff Undersn ou Justice, nem os modos normal e gold, mas tinha as versões Extra e GG dos personagens, bem como o Modo Survival e duas grandes novidades, um modo de luta em duplas podendo trocar de lutador no meio, como o de Marvel vs. Capcom, e um modo de luta em trios com o seguinte vindo após o anterior ser nocauteado, como o de The King of Fighters.
Mesmo com gráficos mais bonitos e fluidos que os do primeiro Guilty Gear, não havia absolutamente nenhuma diferença na jogabilidade entre Guilty Gear X e seu antecessor. A Arc System Works só mudaria isso no próximo jogo da série, chamado Guilty Gear XX, lançado em 2002 para arcade, Playstation 2, Xbox e Windows. Também usando a placa NAOMI, Guilty Gear XX trazia gráficos aprimorados, corrigia alguns defeitos de jogabilidade e incorporava novidades como arremessos no ar; o Force Roman Cancel, que anulava golpes do oponente; e a Burst Bar, que enche junto com a Tension Bar, mas se esvazia ao final de cada round, usada para quebrar combos do oponente e para efetuar os Burst Attacks, que, se atingirem, carregam ao máximo automaticamente a Tension Bar. Assim como em Guilty Gear X Plus, cada personagem possui um modo normal e um modo gold, e três versões que devem ser liberadas ao longo do jogo, a EX, a SP e a GG.
Ambientado algumas semanas após os eventos de Guilty Gear X, Guilty Gear XX coloca os personagens às voltas com o Escritório de Administração Pós-Guerra, que começa a investigar os Gears e os lutadores envolvidos nos dois torneios para seus próprios propósitos - segundo muitos, para dominar o mundo, já que o Escritório seria comandado pelo mesmo criador dos Gears, uma figura misteriosa conhecida apenas como That Man (algo como "aquele sujeito"). Os lutadores, então, veem-se envolvidos em uma trama da qual só poderão sair lutando.
Dos personagens antigos, estão de volta Anji Mito, Axl Low, Baiken, Chipp Zanuff, Dizzy, Faust, Jam Kuradoberi, Johnny, Ky Kiske, May, Millia Rage, Potemkin, Sol Badguy, Testament e Venom. Zato-1 também está teoricamente no jogo, mas, morto ao final de Guilty Gear X, não passa de um cadáver agarrado a Eddie, que continua lutando normalmente. Cinco personagens novos estão disponíveis desde o início: I-No, uma bruxa guitarrista que trabalha para That Man e deseja atrapalhar a vida dos lutadores; Bridget, um homem disfarçado de freira que trabalha como caçador de recompensas; Zappa, um homem atormentado por fantasmas que busca a cura para sua doença, de origem mágica; Slayer, vampiro membro fundador da guilda de assassinos da qual Millia e Zato-1 faziam parte; e Robo-Ky, uma cópia robótica de Ky que trabalha para o Escritório. Justice e Kliff Undersn são personagens secretos. Na versão arcade, a última chefe é I-No - mesmo ela também estando disponível desde o início - mas nas versões caseiras, mais ou menos como em Street Fighter Alpha 3, cada personagem tem seu próprio último chefe.
Em 2003, seria lançada uma nova versão não de Guilty Gear XX, mas de Guilty Gear X, chamada Guilty Gear X ver 1.5. Exclusiva para arcades, usando a placa Atomiswave, da Sammy, Guilty Gear X ver 1.5 trazia novos golpes para os personagens; corrigia alguns erros de jogabilidade; incluía algumas novidades de Guilty Gear XX, como o Force Roman Cancel e os arremessos no ar; e permitia que o jogador escolhesse Testament e Dizzy desde o início, sem precisar de truques.
2003 também veria uma nova versão de Guilty Gear XX, chamada Guilty Gear XX #Reload e lançada para arcade (NAOMI), Playstation 2, Xbox, Windows e PSP. Guilty Gear XX #Reload é uma revisão de Guilty Gear XX, buscando equilibrar mais a jogabilidade, pois alguns personagens estavam muito poderosos e outros muito fracos. A maior parte das alterações envolveu a velocidade e o dano de golpes, mas Robo-Ky acabou sendo totalmente refeito, ganhando, inclusive, novos gráficos. A versão arcade, na verdade, teve duas versões, já que uma primeira, cheia de bugs, foi rapidamente recolhida. Essa primeira versão ficaria conhecida como Red Reload, e a segunda, "oficial", como Blue Reload, devido a uma etiqueta na placa, vermelha na primeira versão, azul na segunda.
O jogo seguinte da série, Guilty Gear Isuka, seria lançado em 2004, para arcade (Atomiswave), Playstation 2, Xbox e Windows. Isuka, em japonês, é a onomatopeia usada quando duas espadas se cruzam em batalha, e Guilty Gear Isuka é um jogo diferente: com a mesma história de Guilty Gear XX, é um jogo para até quatro jogadores simultaneamente, todos lutando na tela ao mesmo tempo - para que isso funcione, há um botão de "virar", para que o lutador mude o lado para o qual está olhando, e cada jogador possa escolher em quem vai dar porrada. Embora seja realmente necessário quando três ou quatro estão lutando, o botão de virar foi muito criticado, principalmente porque também tem de ser usado quando apenas dois lutam.
Outras novidades trazidas por Guilty Gear Isuka foram a Guard Gauge, que diminui conforme o jogador bloqueia, e torna impossível bloquear por alguns segundos quando vazia; o Negative Penalty, que esvazia totalmente a Tension Bar de um jogador que fique só assistindo a uma luta ao invés de participar dela; e as Souls, esferas que recarregam automaticamente a energia de um personagem que tenha uma assim que ela chegar a zero. Os personagens podem se reunir em equipes antes das lutas, criando lutas de um contra um, dois contra um (nas quais cada membro da dupla começa com uma Soul e o jogador sozinho começa com duas) ou dois contra dois. Guilty Gear Isuka conta também com o modo GG Boost, uma aventura de porrada com fase cujos chefes são Kakusei Sol e Kakusei Ky, versões mais poderosas de Sol Badguy e Ky Kiske.
Os personagens presentes são Anji Mito, Axl Low, Baiken, Bridget, Chipp Zanuff, Dizzy, Eddie, Faust, I-No, Jam Kuradoberi, Johnny, Ky Kiske, May, Millia Rage, Potemkin, Slayer, Sol Badguy, Testament, Venom, Zappa e dois novos: A.B.A., uma mulher artificial que procura seu criador, e Robo-Ky II, uma versão de Robo-Ky que pode ser personalizada pelo jogador no modo Robo-Ky Factory. O chefe é Leopaldon, um Gear gigantesco e monstruoso.
Em 2005, seria lançada, exclusivamente no Japão, mais uma nova versão de Guilty Gear XX, chamada Guilty Gear XX/ (com essa barra sendo pronunciada "slash", e significando meio X), para arcade (NAOMI) e Playstation 2. Mais uma vez, alguns golpes foram modificados em nome do equilíbrio, mas agora alguns personagens ganharam golpes totalmente novos, e dois novos personagens foram acrescentados, A.B.A. e Order-Sol, uma segunda versão de Sol Badguy (da mesma forma que Robo-Ky era uma segunda versão de Ky).
Em 2006, seria lançada mais uma nova versão, Guilty Gear XX ^ Core (com o ^ sendo pronunciado "accent"), desta vez no mundo todo e para arcades (NAOMI), Playstation 2 e Wii. Mais que simples mudanças estéticas, entretanto, Guilty Gear XX ^ Core era praticamente um jogo novo, com todos os gráficos sendo redesenhados, todas as falas dos personagens regravadas, duas músicas adicionadas e mudanças na jogabilidade que incluíam os Force Breaks, que quebravam combos ao custo de 25% da Tension Bar; o Slashback, que bloqueava golpes com a arma; e formas de bloquear arremessos e golpes que mandavam o oponente deslizando pelo chão ou faziam com que ele ficasse grudado na parede por alguns momentos. Guilty Gear XX ^ Core traz os mesmos lutadores de Guilty Gear XX/, exceto Kliff Undersn e Justice.
Ainda em 2006, seriam lançadas mais duas versões portáteis de Guilty Gear. A primeira, chamada Guilty Gear Dust Strikers, foi lançada para o Nintendo DS, e era uma espécie de versão de Guilty Gear Isuka, também permitindo combates entre até quatro jogadores simultaneamente. Guilty Gear Dust Strikers contava com vários minigames, como um no qual Venom jogava sinuca e um no qual May era treinadora de golfinhos, fazendo-os saltar por entre aros; com a Robo-Ky Factory, na qual Robo-Ky podia ser personalizado pelo jogador; com um modo Story, para um jogador, no qual a história dos personagens era contada entre as lutas; e com o modo Arcade, no qual todo mundo se metia a porrada e pronto. Ao todo, nada menos que 21 personagens estavam à disposição dos jogadores: Anji Mito, Axl Low, Baiken, Bridget, Chipp Zanuff, Dizzy, Eddie, Faust, I-No, Jam Kuradoberi, Johnny, Ky Kiske, May, Millia Rage, Potemkin, Robo-Ky, Slayer, Sol Badguy, Testament, Venom e Zappa. O último chefe era Gig, um Gear com aparência insetoide.
A segunda, Guilty Gear: Judgment, lançada para o PSP, não era um jogo de porrada, mas um de porrada com fase, tipo Streets of Rage. A ONU toma conhecimento de que, na pequena nação europeia de Viltânia, um cientista louco, Dr. Raymond, submete a população a experimentos terríveis usando Magia. Imediatamente, eles oferecem uma vultosa soma em dinheiro para quem conseguir deter os cientistas. Atraídos pelo prêmio, os personagens de Guilty Gear rumam para lá.
O jogador poderá escolher desde o início entre Sol Badguy, Ky Kiske, May, Millia Rage e I-No, e liberar ao longo do jogo Chipp Zanuff, Axl Low, Faust, Bridget, Potemkin, Jam Kuradoberi, Testament, Dizzy, Johnny, Anji Mito, Slayer, Baiken, Eddie, Venom e Zappa. Cada um com sua própria motivação, eles passarão por seis fases, durante as quais enfrentarão toda sorte de experimentos genéticos criados pelo Dr. Raymond, até alcançar o último chefe, o Gear Judgment, sua maior criação.
Quando ninguém mais achava que isso aconteceria, em 2008 foi lançada mais uma versão de Guilty Gear XX, chamada Guilty Gear XX ^ Core Plus, para Playstation 2, PSP e Wii. A maior parte das mudanças dessa versão eram estéticas ou para dar mais equilíbrio ao jogo, mas havia um novo Story Mode com novas histórias para todos os personagens, que exploravam sua relação com os Gears, com That Man e com o Escritório. Essa versão também trazia de volta Kliff Undersn e Justice, com novas histórias para ambos. A versão PSP também trazia um modo de luta em trios semelhante ao de The King of Fighters.
O último lançamento para a série data de 2009, se chama Guilty Gear 2: Overture, foi lançado exclusivamente para o Xbox 360, e é um jogo de ação em terceira pessoa com gráficos 3D, parecido com Devil May Cry. Cinco anos após os eventos do Guilty Gear original, Sol Badguy vaga pelo mundo caçando recompensas ao lado do jovem Sin, enquanto Ky Kiske se tornou o rei de um país chamado Illyuria. Quando Illyuria é atacada por uma força misteriosa e todos os Gears começam a desaparecer, Ky chama Sol e Sin para ajudá-lo, e os três se envolvem em uma trama de poder, corrupção e mistério. Além de Sol, Sin e Ky, o jogador ao longo do jogo poderá jogar (Nota do Guil: eu, hein, que frase horrível) com os novos personagens Izuna, um espírito de raposa que atua como uma espécie de mentor de Sol; Dr. Paradigm, um Gear em formato de dragão; e Valentine, uma bruxa que busca por um artefato conhecido apenas como "A Chave". Além deles, Raven, um aliado de That Man, é um personagem disponível através do Downloadable Content.
Até se imaginou que a série poderia seguir nessa direção, de jogos de ação ao invés de porrada, mas, até agora, nada. Pelo visto, os Gears se acalmaram, e os lutadores puderam ir viver suas vidas em paz.
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