quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Escrito por em 25.11.09 com 2 comentários

Neo Geo Battle Coliseum

Quando eu era adolescente, o Neo Geo era uma espécie de objeto místico. Caríssimo, com controles e cartuchos enormes, e capaz de rodar a maioria dos jogos nos quais gastávamos quase toda a mesada nos fliperamas, o console da SNK era o objeto de desejo de 9 entre cada 10 jogadores que apreciavam jogos de porrada. Hoje em dia, com os três consoles principais do mercado tão equilibrados em termos de preços e tecnologia, e o nível de impropérios trocados entre fãs da Nintendo, Sony e Microsoft aumentando cada vez mais, pode ser difícil imaginar, mas, na década de 1990, qualquer um que gostasse de videogames falava do Neo Geo com um certo respeito e uma certa reverência.

Eu, pessoalmente, adorava o Neo Geo. Por causa do preço, nunca tive um - aliás, só conhecia uma pessoa que tivesse, um colega meu do colégio que nunca me chamou na casa dele para jogar - mas a locadora aqui perto de casa felizmente tinha, e alugava 15 minutos de jogo por um preço módico. Acho que, em determinado momento da vida, eu gastava até mais dinheiro jogando Neo Geo do que arcades. Foi no Neo Geo, inclusive, que eu conheci dois dos meus jogos preferidos de arcades, antes mesmo de jogá-los nas maquininhas comedoras de fichas, World Heroes 2 e Samurai Shodown. Talvez eu nem consiga explicar a vocês a satisfação que eu sentia ao pegar aquele cartucho enorme, encaixá-lo no console, apoiar aquele controle gigante no colo e jogar uma partida - nem que fosse por apenas 15 minutos.

Por causa dessa paixão toda, eu acabei sofrendo - ou, melhor dizendo, a SNK acabou me causando - duas frustrações enormes. A primeira foi quando do lançamento de The King of Fighters '94. Na época, eu comprava uma revista especializada em games chamada, bem, Videogame, e, na edição em que li que um mesmo jogo reuniria os principais personagens dos jogos de porrada da SNK, fui tomado de uma intensa euforia, e abri direto na página da matéria, apenas para ser atingido por uma intensa decepção. Cadê os personagens de World Heroes? Cadê os de Samurai Shodown? Só um pouco depois, quando me conscientizei de que o enredo do jogo, para permitir personagens desses dois outros títulos, teria de ser bastante fabuloso, foi que me conformei. Hoje, King of Fighters pode não estar dentre meus jogos preferidos, mas não é por causa disso.

Já a segunda frustração foi bem maior, e nem teve uma explicação razoável. Foi quando Capcom vs SNK: Millenium Fight 2000 foi lançado. Imaginem o balde de água fria que eu levei quando, após me tornar um grande fã da série Marvel vs Capcom, ler que um SNK vs Capcom estava a caminho e ver os lutadores disponíveis em Match of the Millenium, jogar o resultado final da parceria entre as duas maiores produtoras de jogos de luta do mercado. Cadê os personagens de World Heroes? Cadê os de Samurai Shodown? Cadê todos aqueles personagens incomuns, como Capitão Comando e Megaman? Se hoje em dia Capcom vs SNK não está dentre meus jogos preferidos, é justamente por causa disso. E por não ter lutas em duplas podendo trocar a qualquer momento também.

Há alguns anos, porém, a SNK parece ter tentado se redimir comigo, lançando um novo jogo que reúne personagens de vários dos seus títulos. Um pouco tarde, talvez, já que o jogo não é do Neo Geo e eu não sou mais adolescente e não tenho tanto tempo ou dinheiro para gastar com arcades, mas valeu a intenção. Este jogo, tema do post de hoje, se chama Neo Geo Battle Coliseum.

Lançado pela SNK Playmore em 2005 para a placa Atomiswave, da Sammy, Neo Geo Battle Coliseum, ou NGBC, é o jogo que SNK vs Capcom poderia ter sido, se tivesse alguns personagens da Capcom à disposição do jogador. Isso porque ele reúne no mesmo jogo personagens de diversos jogos do Neo Geo, usando o mesmo esquema de duplas onde o jogador pode trocar de personagem livremente durante uma luta que consagrou os títulos da série Marvel vs Capcom. Mas, melhor que isso, ele traz personagem de jogos variados, e não apenas os que costumavam dar as caras nos King of Fighters da vida.

Assim, o jogador de NGBC pode escolher jogar com Kyo Kusanagi (The King of Fighters '99), Iori Yagami (The King of Fighters '95), K' (The King of Fighters '99), Shermie (The King of Fighters '97), Terry Bogard (Garou: Mark of the Wolves), Mai Shiranui (Fatal Fury 2), Geese Howard (Fatal Fury), Tung Fu Rue (Fatal Fury), Kim Kap Hwan (Fatal Fury 2), Jin Chonrei (Fatal Fury 3), Jin Chonshu (Fatal Fury 3), Rock Howard (Garou: Mark of the Wolves), Hotaru Futaba (Garou: Mark of the Wolves), Haohmaru (Samurai Shodown), Nakoruru (Samurai Shodown), Genjuro Kibagami (Samurai Shodown II), Shiki (Samurai Shodown 64), Asura (Samurai Shodown 64: Warriors Rage), Robert Garcia (Art of Fighting), Mr. Big (Art of Fighting), Lee Pai Long (Art of Fighting), Mr. Karate (Buriki-One), Akari Ichijou (The Last Blade), Kaede (The Last Blade), Moriya Minakata (The Last Blade), Keiichiro Washizuka (The Last Blade), Fuuma (World Heroes), Hanzo (World Heroes), Mudman (World Heroes 2), Cyber Woo (King of the Monsters), Marco Rossi (Metal Slug), Kisarah Westfield (Agressors of Dark Kombat) e mais dois personagens inéditos, o rapaz Yuki e a moça Ai. NGBC conta, também, com três personagens secretos, selecionáveis através de truques: Mars People (Metal Slug), Athena (não a Asamiya, mas a deusa do jogo de mesmo nome) e King Lion (Savage Reign). Além dessa gente toda, vários personagens de diversos outros jogos do Neo Geo podem ser vistos nos cenários, assistindo às lutas ou fazendo alguma outra coisa qualquer.

A história é de pouca importância - e até um tanto bizarra: NGBC é ambientado em um mundo onde todos os personagens dos jogos de Neo Geo convivem simultaneamente (ignorando o fato, por exemplo, de que Samurai Shodown e The Last Blade são ambientados no passado). Neste mundo, no ano de 2017, a megacorporação WAREZ decide organizar um torneio para descobrir quem seria o lutador mais forte de todos, e convida os principais lutadores do planeta para participar. Na verdade, o torneio não passa de um plano do dono da WAREZ, Goodman, que pretende derrotar os maiores lutadores do planeta e, com eles fora do caminho, dominar o mundo. Sentindo que há algo de errado com esse torneio, o Governo decide enviar dois agentes federais, Yuki e Ai, para participar e descobrir os planos de Goodman.

De certa forma, Yuki e Ai são homenagens ao Neo Geo e ao Neo Geo Pocket, já que vários de seus golpes e movimentos fazem referências a jogos antigos, ou até mesmo aos próprios consoles. Ai, por exemplo, usa como arma um Neo Geo Pocket, e luta acompanhada de seu mascote Neo Poke-Kun, que, não por acaso, também era o mascote do Neo Geo Pocket na época em que o console estava à venda. Yuki, por outro lado, se transforma em personagens de diversos jogos antigos do Neo Geo durante seus golpes, como Duke Edwards, de Burning Fight, e Atomic Guy, de King of the Monsters.

No que diz respeito à jogabilidade, NGBC é um jogo de luta em duplas tradicional, exceto por um pequeno detalhe que será discutido mais adiante. Como o jogo é em duplas, você evidentemente deve escolher dois personagens. Você pode alternar livremente entre os dois durante as lutas, sendo que o que está de fora, ou seja, o que não está lutando, recupera progressivamente a energia até o limite de uma barra vermelha, justamente como na série Marvel vs Capcom. Diferentemente, porém, de Marvel vs Capcom (mas igual ao que ocorria em Kizuna Encounter, um jogo de luta em duplas do Neo Geo), não é necessário derrotar ambos os lutadores de uma dupla para se vencer a luta: se qualquer um dos dois for nocauteado, você vence a luta, e segue para a próxima. A má notícia é que esta regra também se aplica a você, ou seja, se qualquer um dos seus dois personagens for nocauteado, é game over. Saber alternar entre os personagens, portanto, é fundamental para o sucesso neste jogo.

NGBC também conta com uma barra de especial, que enche conforme você atinge o oponente ou é atingido por ele. A barra enche um pouco mesmo que os golpes sejam defendidos, mas simplesmente atacar, sem acertar ninguém, não faz com que a barra encha. De vez em quando, aparece sobre a barra a mensagem Auto Charge; enquanto ela estiver lá, a barra encherá automaticamente, sem que você precise fazer nada. A barra possui três níveis; usar um especial gasta um deles, enquanto alguns movimentos defensivos gastam metade ou um quarto de um nível.

O jogo também conta com uma espécie de "combo duplo", chamado Double Assault. Diferentemente do que se espera, um Double Assault não gasta níveis da barra de especial, mas só pode ser usado enquanto a mensagem D-Assault OK estiver sobre a barra de especial (ela fica no mesmo lugar que a Auto Charge, e às vezes até mesmo as duas ficam piscando, o que significa que o Auto Charge e o Double Assault estão disponíveis simultaneamente). Basicamente, o personagem que está na tela corre e dá um soco ou chute; se este soco ou chute acertar o oponente, o personagem que estava de fora vem para a tela, e ambos executam especiais ao mesmo tempo contra o pobre oponente. Normalmente, os especiais usados durante um Double Assault são especiais normais dos personagens envolvidos, mas, se você estiver jogando com uma dupla pré-estabelecida, o Double Assault será um especial totalmente novo, com animação própria. As duplas pré-estabelecidas são Kyo Kusanagi e Yori Yagami, Terry Bogard e Rock Howard, Robert Garcia e Mr. Karate, Kaede e Moriya Minakata, Haohmaru e Genjuro Kibagami, Hanzo e Fuuma, e, evidentemente, Yuki e Ai.

Mas a principal diferença entre NGBC e todos os demais jogos de luta que eu conheço está no pequeno detalhe referenciado ali em cima: no modo para um jogador, você só tem uma barra de energia para cada personagem e um cronômetro regressivo para o jogo inteiro. Isso mesmo, quando você vence uma luta, a energia dos personagens não recarrega para a seguinte, e o cronômetro não volta para o 99. A barra de especial também mantém o nível em que está de uma luta para a outra, embora isso já não seja tão incomum. Felizmente, a porção vermelha da energia continua onde está, o que significa que o personagem que estiver de fora continuará recarregando a energia até que a barra fique toda amarela ou você faça ele voltar para a tela. Já o cronômetro começa do 300, e para onde estiver assim que o oponente for nocauteado, recomeçando deste ponto na luta seguinte. Como já foi dito, se a energia de qualquer um dos seus dois personagens se esgotar, é game over; se o cronômetro chegar a zero, porém, não é. Nesse caso, você ganha o direito de enfrentar o último chefe, por mais estranho que isso possa parecer.

Para facilitar a sua vida, o jogo lhe garante um mimo a cada três lutas: você poderá escolher entre mais tempo (adiciona 25 segundos ao cronômetro), mais energia (recarrega a energia de cada personagem seu em 25%), mais barra de especial (começa a luta seguinte já com a barra no nível 3) ou nada (continua tudo como está). Com exceção do "nada", cada opção só pode ser escolhida uma única vez por partida, ou seja, se após a terceira luta você escolheu "mais barra de especial", após a sexta luta só poderá escolher entre "nada", "mais tempo" e "mais energia". Depois que também tiver escolhido "mais tempo" e "mais energia", o jogo não te oferecerá mais mimos, embora com 300 segundos seja bem difícil lutar mais que 12 lutas, o que garante que você vai poder escolher cada uma das opções antes de ficar só com o "nada". E, antes que alguém pergunte, o intuito do "nada" é não desperdiçar os mimos - afinal, se você ainda está com bastante tempo, energia razoavelmente cheia, e sem necessidade de começar a luta com a barra de especial no nível 3, melhor não usar sem necessidade algo que pode fazer falta depois.

Algo semelhante acontece quando você perde uma luta e "usa um continue". NGBC tem continues infinitos, e que ainda vêm com mimos: cada vez que você usa um, pode escolher entre ganhar mais tempo (25 segundos), encher completamente a barra de especial, reduzir a barra de energia do oponente que te nocauteou para 1/4 do total, ou simplesmente continuar jogando sem usar nada disso. Estes mimos também só podem ser usados uma vez cada um, ou seja, se você gastar todos nos seus três primeiros continues, poderá continuar dando continue quantas vezes quiser, mas sem direito a mais nada.

Pois bem, como já foi dito, assim que o cronômetro zera, você enfrenta o último chefe. Se você pensou que o último chefe é Goodman, o dono da WAREZ, acertou e errou. Acertou porque Goodman realmente é o vilão principal, último chefe "verdadeiro", e único que, se derrotado, dá acesso ao final do jogo. Mas errou porque, na verdade, NGBC tem quatro últimos chefes - e qual deles você vai enfrentar quando o cronômetro zerar vai depender de seu desempenho durante as demais lutas.

Portanto, para enfrentar Goodman, você terá que, nada surpreendentemente, cumprir alguns pré-requisitos bem difíceis. Em primeiro lugar, você terá de ter vencido pelo menos oito lutas, e usado pelo menos seis Double Assaults que tenham acertado o oponente durante elas. Em segundo lugar, você não poderá ter usado nenhum mimo, ou seja, ter escolhido "nada" todas as vezes em que teve a oportunidade. Em terceiro lugar, você não pode ter usado nenhum continue, ou seja, tem que ter ido até o cronômetro zerar com o mesmo crédito. Finalmente, quando o cronômetro zerar, as energias somadas de seus personagens têm de resultar em uma barra de energia totalmente cheia ou mais - o que equivale dizer que você chegou a Goodman com mais de 50% de média de energia. Para este último requisito, a porção vermelha de cada barra de energia não conta, só a amarela.

Graças a essa dificuldade toda, eu jamais consegui enfrentar Goodman. Todas as vezes que pensei que finalmente iria conseguir, acabei enfrentando o segundo último chefe mais difícil de se alcançar, Neo Dio (de World Heroes Perfect). Para enfrentar Neo Dio, você tem de ter vencido pelo menos seis lutas, sendo que durante elas tem de ter usado pelo menos quatro Double Assaults com sucesso. Além disso, não pode ter usado continues, e deve ter usado no máximo dois mimos. Basicamente, se você descumprir o requisito dos 50% de média de energia de Goodman, acabará enfrentando Neo Dio (que é o que sempre acontecia comigo).

O terceiro último chefe, King Leo (que também é de Savage Reign, mas não é o mesmo personagem que King Lion) é tanto o terceiro mais difícil quanto o segundo mais fácil de se enfrentar, com pré-requisitos não tão complicados assim. Para enfrentar King Leo, basta ter vencido mais de seis lutas, e ter usado no máximo um continue e um mimo. Se você não conseguir cumprir os pré-requisitos de nenhum desses chefes, enfrentará o último chefe genérico do jogo, Mizuchi (um clone de Orochi, de The King of Fighters '97, criado pela WAREZ). Depois de você derrotar Mizuchi e Neo Dio, poderá selecioná-los através de truques; King Leo e Goodman, por outro lado, jamais podem ser selecionados (derrotar King Leo, porém, é pré-requisito para o truque que libera King Lion).

As lutas contra os últimos chefes seguem algumas regras especiais: para começar, você inicia a luta contra o chefe com a energia cheia. A luta dura 120 segundos, e, se o cronômetro zerar, a energia dos seus dois personagens, desconsiderando as barras vermelhas, é somada e comparada com a do chefe, ganhando a luta quem tiver a energia maior. Além disso, você pode dar continue quantas vezes quiser, mesmo que esteja enfrentando Goodman, mas os continues não dão direito a mimos, mesmo que você não tenha gastado nenhum até aqui. Infelizmente, a regra do nocaute continua: se o último chefe derrubar qualquer um dos seus dois personagens, você perde a luta, mesmo que a energia do outro esteja cheia.

As lutas entre dois jogadores também possuem algumas regras diferentes em relação ao jogo para um jogador: cada luta dura 160 segundos, e, se o cronômetro zerar, a energia dos dois personagens de cada dupla é somada, ganhando a luta a dupla que tiver maior energia total. Além disso, no modo para dois jogadores é necessário nocautear ambos os personagens para se ganhar a luta, e não apenas um. Se um segundo jogador entrar no jogo no meio de uma partida, o modo para um jogador fica em suspenso, e o vencedor da luta para dois pode continuar jogando do exato momento - ou seja, com o mesmo tempo restante e a mesma energia restante dos oponentes - em que o jogo para um parou. Lutas entre dois jogadores não afetam os pré-requisitos dos últimos chefes.

Infelizmente, NGBC não foi um jogo bem recebido: apesar de ter sido lançado para a Atomiswave, placa bem mais poderosa que a MVS da SNK, o jogo era bastante parecido com os do Neo Geo - de propósito, pois o intuito dos programadores era fazer com que os jogadores se sentissem jogando um novo jogo de Neo Geo. Infelizmente, isso não foi compreendido pelas revistas especializadas, que acusaram o jogo de ser datado, de não utilizar os recursos da Atomiswave como deveria, e até de reaproveitar sprites de jogos antigos do Neo Geo, o que não era verdade, já que todos os personagens foram redesenhados especialmente para ele. Essa avaliação acabou fazendo com que um jogo extremamente divertido, e com um sistema inovador para os jogos de luta, vendesse menos que o esperado pela SNK, o que por sua vez fez com que ele fosse pouco conhecido pelo público em geral.

Talvez graças a essa injustiça, NGBC só possui uma versão caseira, lançada em 2007 para o Playstation 2. Esta versão traz um novo modo, chamado Arcade Tag, que eu não sei bem como funciona, mas imagino que seja mais parecido com Marvel vs Capcom, com um tempo limite para cada luta e a necessidade de se derrotar os dois personagens da dupla para vencer, embora não faça ideia de como os últimos chefes entrariam nesse processo. Falando em últimos chefes, na versão PS2, Goodman também pode ser selecionado através de um truque, embora, por alguma razão, King Leo ainda não o possa.

2 comentários:

  1. Muito bom esse post. Sempre tive curiosidade para saber mais sobre esse jogo. Aliás, esse blog é campeão em tirar dúvidas e matar curiosidades. Valeu!

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  2. Esse jogo realmente é mto bom, estou com a versão de Xbox 360...

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