Um jogo, porém, me cativou mais do que qualquer outro, e me traz boas lembranças até hoje: Chrono Trigger. E é sobre ele que falarei agora.
Chrono Trigger foi lançado também em 1995 pela Square, a mesma softhouse que produz a série Final Fantasy. O mundo, porém, não é o mesmo de FF, e o jogo trouxe algumas novidades, como o sistema de batalha (que depois também seria adotado na série FF) e a possibilidade de viajar no tempo.
O jogo conta a história de um menino chamado Crono, que está indo a uma feira (estilo feira medieval mesmo) conhecer a mais nova invenção de sua amiga Lucca, que tem complexo de cientista louca. Na feira, Crono conhece Marle, uma menina muito bonita e muito agitada. Durante a demonstração da invenção de Lucca (uma cabine de teletransporte), Marle se oferece como cobaia, mas (como sempre) alguma coisa sai errado: ao invés de ser teletransportada para a segunda cápsula, Marle é jogada para o passado, através da linha do tempo! Crono decide ir salvá-la, sendo seguido por Lucca. Os três passam, então, a ter de descobrir uma forma de voltar ao seu próprio tempo, mas devem tomar cuidado, pois suas ações no passado podem alterar o futuro!
Durante suas viagens (que vão desde a pré-história até o futuro distante) os três amigos acabam descobrindo que, um dia, em um futuro não muito distante, um ser alienígena de nome Lavos irá destruir o planeta. Para que isso não aconteça, eles decidem encontrar uma forma de impedir que Lavos chegue, ou, pelo menos, destruí-lo antes que o apocalipse aconteça.
Aos três amigos se unem outros viajantes, como Frog, um cavaleiro medieval transformado em sapo por uma maldição; Robo, um robô do futuro distante; Ayla, uma mulher-das-cavernas; e Magus, que começa como vilão, mas aos poucos se torna herói. Cada personagem é bastante complexo, tendo sua própria história e papel no jogo.
Alguns consideram a história de Chrono Trigger pouco profunda para um RPG, mas eu acho que se fosse mais complexa talvez o jogo não fosse tão divertido. Mesmo com a história simples, eu levei em torno de 52 horas para terminar. Como se já não bastassem os gráficos top de linha para a época e os personagens cativantes, Chrono Trigger ainda tem muitos sidequests (coisas que os personagens podem fazer mas que geralmente não modificam o final do jogo) e 11 finais diferentes, dependentes de suas ações durante o jogo (eu só consegui "encontrar" 9, depois fiquei de saco cheio), além da opção "New Game +", que permite começar um novo jogo mantendo as características dos personagens de um jogo anterior já terminado. Ou seja, muito tempo de diversão após terminar pela primeira vez, o que é importante quando se pensa em comprar um jogo.
Em 1999, foi lançada uma versão de Chrono Trigger para Playstation. O jogo é exatamente o mesmo, mas com músicas melhoradas e algumas cenas de anime, além de 2 finais a mais (totalizando 13 diferentes). A Square também fez uma seqüência exclusiva para Playstation, chamada Chrono Cross, mas os personagens eram outros, a história era completamente diferente, e eu não cheguei a jogar o suficiente para dar meu aval.
Cada vez que eu falo de um destes jogos que eu gosto, me convenço mais e mais de que não precisamos de gráficos quase-fotográficos para fazer um bom jogo. A diversão é o que conta.
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