domingo, 1 de novembro de 2020

Escrito por em 1.11.20 com 0 comentários

MakSim

Há coisa de uns dez anos, eu inventei de estudar russo, e, ao procurar algumas músicas em russo para tentar acompanhar a letra - o que se mostrou mais difícil do que eu pensava, já que eles usam outro alfabeto - acabei descobrindo uma cantora chamada MakSim. Admito que as músicas dela não têm nada de especial, são aquele pop chiclete igual ao de várias das que cantam em inglês, mas, primeiro, a voz dela é linda, segundo, ela canta em russo, e, terceiro, confesso que não desgosto tanto assim de pop chiclete, de forma que de vez em quando me pego escutando MakSim. Essa semana, enquanto pensava em qual poderia ser o tema desse post, cheguei à conclusão de que poderia tentar falar sobre MakSim, e até me lembrei dos primórdios do átomo, quando eu dava preferência a assuntos que achava que eram desconhecidos da maior parte das pessoas que estavam lendo. Catei algumas informações sobre ela, e, ao ver que seria possível, escrevi o post. Que é esse aqui. Hoje é dia de MakSim no átomo!

Marina Sergeyevna Abrosimova nasceu em 10 de junho de 1983 na cidade de Kazan, capital do Tataristão, hoje parte da Rússia, mas, na época, da União Soviética. Seu pai, Sergei Orefievich Abrosimov, era mecânico de automóveis, e sua mãe, Svetlana Viktorovna Maximova, professora do jardim da infância. Desde pelo menos os três anos de idade, entretanto, a jovem Marina Sergeyevna tinha duas paixões: a música e o caratê. Seus pais decidiriam matriculá-la em cursos de ambas as artes, o que fez com que ela passasse a infância aprendendo canto e piano, e conseguindo chegar à faixa vermelha. Aos 15 anos, enquanto cursava o Ensino Médio, ela participaria de duas competições de música, Teen Star e Ozherelye Nefertiti ("o colar de Nefertiti"), sendo uma das poucas participantes que concorreu com músicas de sua própria autoria, Chuzhoj ("alienígena") e Zima ("inverno").

Ela não seria bem sucedida nesses concursos, mas suas canções chamariam a atenção do estúdio Pro-Z, que a convidaria para gravar duas músicas de sua autoria, que eles lançariam em formato single. Aliás, nesse momento da história, entra em cena um dado importante: Marina Sergeyevna tem um irmão um ano mais velho, chamado Maxim Sergeyev Abrosimov. Quando crianças, eles faziam tudo juntos, de forma que os parentes, amigos e vizinhos apelidariam os dois de "grande Maxim e pequena Maxim", e, mesmo depois que eles cresceram, muitos desses parentes, amigos e vizinhos continuariam chamando a moça de Maxim (que é um nome masculino), como uma espécie de apelido. Quando o Pro-Z a convidou para gravar as músicas, ela não quis usar seu nome real, e acabou adotando o pseudônimo Maxi-M.

Voltando à história, uma das músicas de Maxi-M, Zavedi ("o começo"), se tornaria um grande sucesso no Tataristão, sendo uma das mais pedidas nas rádios e uma das mais tocadas nos clubes noturnos; ela só seria lançada no restante da Rússia, porém, um ano depois, após a dupla t.A.T.u. estourar internacionalmente. Isso acabaria se mostrando prejudicial para Maxi-M, que seria acusada de tentar pegar carona no sucesso do t.A.T.u. - mesmo com sua canção tendo sido gravada um ano antes. O episódio do t.A.T.u., porém, chamou a atenção da banda Guby, composta inteiramente por garotas, que procurava por uma vocalista. Maxi-M, na época com 17 anos, aceitou sair em turnê com elas, cantando principalmente músicas de autoria da banda, mas conseguindo convencê-las a tocar algumas das suas. Ela não se identificava com o som da banda e não gostou desse período de pouco mais de um ano no qual viajou com elas, e hoje reconhece que só o fez pelo dinheiro.

Os concursos, Zavedi e a Guby podem não ter feito Maxi-M estourar como cantora, mas a tornaram famosa graças a outro de seus talentos, o de compositora. Após ela sair da Guby, choveriam convites para que ela escrevesse canções, e ela decidiria assinar com a banda She-Cola, para a qual escreveria grandes sucessos, incluindo Vecherina, que se tornaria a mais famosa da banda. Ela não queria fazer carreira como compositora, porém, e, chegando à conclusão de que ninguém iria ajudá-la exceto ela mesma, decidiria usar o dinheiro que ganhava compondo para contratar o Pro-Z e lançar novos singles. Os dois primeiros, lançados em 2003, seriam tocados nas rádios do Tataristão sem fazer muito sucesso, mas o terceiro, Santimetry Dykhaniya ("respirando por centímetros", seja lá o que isso queira dizer), estouraria na cena noturna. Graças a ela, Maxi-M receberia vários convites para se apresentar em clubes e casas noturnas de Kazan e de outras cidades do Tataristão, e, aos 21 anos, após fazer um pé de meia, decidiria que era hora de se mudar para Moscou para tentar alavancar sua carreira.

O começo, porém, foi dificílimo. Sem conhecer ninguém na maior cidade da Europa, Maxi-M teve de morar oito dias na estação de trem, dormindo nas mesas das lanchonetes e se escondendo nos banheiros para não ser presa pela polícia. No nono dia, ela conheceu por acaso uma dançarina exótica dez anos mais velha, que procurava uma moça que aceitasse dividir um apartamento com ela. Maxi-M decidiu arriscar, e alugou, junto com a dançarina, um apartamento quarto e sala no bairro de Tsaritsyno, na periferia da cidade.

Após se instalar, Maxi-M começou a procurar uma gravadora. Seu trunfo era um CD-demo que, além de várias de suas canções, trazia um senhor cartão de visitas: enquanto ainda morava em Kazan, um dia Maxi-M decidiu viajar até São Petersburgo para participar de um festival de música, como espectadora, não como cantora. Na hora em que chegou ao local do evento, estava acontecendo um intervalo, e uma de suas músicas, Trudnyj Vozrast ("idade complicada"), estava tocando no sistema de som - e cerca de 15 mil pessoas estavam cantando junto com ela. Imediatamente, ela foi até e produção do evento, se identificou como a cantora, e pediu algum vídeo que mostrasse aquela gente toda cantando a música dela, o qual ela incluiu no CD-demo.

Graças a essa ajudinha de 15 mil pessoas, Maxi-M conseguiria um contrato com a primeira gravadora que procurou, a Gala Records, uma das maiores da Rússia e representante oficial no país da EMI, que só faria duas exigências: primeiro, Trudnyj Vozrast seria a primeira música de trabalho e nome do álbum; segundo, Maxi-M não foi considerado um bom nome, e ela teria que trocá-lo. Querendo manter o apelido, ela sugeriu MakSim, que foi aceito. Aliás, esse nome MakSim possui um detalhe curioso: não se sabe se por sugestão da cantora ou dos empresários, na grafia em russo ela manteve o S (МакSим) - só que não existe S no alfabeto russo, cabendo esse som à letra C, tanto que a grafia do nome Maxim é Максим.

Trabalhando com o produtor Anatoly Stelmachenk, MakSim gravaria uma nova versão de Trudnyj Vozrast, com um novo arranjo, que seria lançada em 2005, acompanhada de um videoclipe gravado em Tallinn, Estônia. A música seria um grande sucesso, entrando para o Top 100 da Rússia na 46a posição, e apresentando MakSim a todo o país. Sua música seguinte, Nezhnost ("carinho"), chegaria ao primeiro lugar da parada pop do Zolotoj Grammofon (o "gramofone dourado"), o equivalente à Billboard da Rússia, onde ficaria por nove semanas, além de se tornar a segunda mais tocada nas rádios de Moscou em 2005. A terceira música, a autobiográfica Otpuskayu ("abrindo mão"), co-escrita por MakSim e sua amiga de infância Alsu Ishmetova, se tornaria a mais tocada das rádios de Moscou em 2006, e se tornaria a primeira música de MakSim a alcançar o primeiro lugar do Top 100, onde ficaria por quatro semanas.

Tendo essas três como primeiras músicas de trabalho, Trudnyj Vozrast, o álbum, seria lançado em março de 2006, e alcançaria o equivalente em vendas de um Disco de Platina antes de completar dois meses nas lojas. Em outubro, ela sairia em turnê para promovê-lo, fazendo mais de cem shows na Rússia, Belarus, Estônia, Cazaquistão e Alemanha. Os shows na Rússia tinham sempre lotação máxima, o que levou a Gala a decidir lançar o primeiro deles, realizado no prestigiado Clube Ten de Moscou, em DVD, em novembro de 2006; esse lançamento é até hoje o DVD musical de maior vendagem da história da música russa. O sucesso de MakSim durante a turnê era tão grande que a Gala decidiria alterar seus planos e lançar mais duas músicas de trabalho: Znayesh li Ty ("você sabia?") ficaria no primeiro lugar do Top 100 por duas semanas, e Vetrom Stat ("tornando-se o vento"), cuja letra é inspirada nos poemas de Anna Akhmatova, uma das principais poetisas da literatura russa, por cinco; graças a essas duas músicas, no final de 2007 Trudnyj Vozrast alcançaria 1,5 milhão de cópias vendidas, ganhando Disco de Platina quíntuplo.

Diante disso, a Gala decidiu apressar MakSim quanto ao lançamento de seu segundo álbum, no qual ela começou a trabalhar assim que retornou da turnê. Lançado em novembro de 2007, Moj Raj ("meu paraíso") trazia apenas canções novas, escritas especialmente para ele, à exceção de Chuzhoj e Zima, gravadas com novos arranjos e incluídas a pedido da cantora - diferentemente do que ocorreu com Trudnyj Vozrast que continha apenas canções que MakSim escreveu antes de firmar contrato com a Gala, incluindo uma nova versão de Santimetry Dykhaniya. O álbum faria um gigantesco sucesso dentre a crítica, que avaliaria a cantora como mais madura e as canções como de qualidade superior às do álbum anterior. Moj Raj venderia 500 mil cópias apenas na primeira semana, e alcançaria o total de sete Discos de Platina. Suas músicas de trabalho foram Moj Raj, Nauchus Letat ("aprendendo a voar"), Luchshaya Noch ("a melhor noite") e Ne Otdam ("não desistirei"), todas autobiográficas; todas chegaram ao primeiro lugar do Top 100 russo, transformando MakSim na primeira (e até agora única) artista russa a ter sete músicas seguidas alcançando essa posição. Vale citar que esse álbum também contém minha música preferida, Lyubov ("amada"), e a bonitinha Sekretov Nyet ("sem segredos").

Moj Raj também seria responsável por dois convites importantes para a carreira de MakSim: sua primeira entrevista na revista Billboard - a versão russa, mas que acabaria traduzida e publicada também na versão norte-americana, com a diferença de que na russa ela foi a capa, e na americana apenas uma curiosidade sobre uma artista estrangeira de sucesso - e a oportunidade de dublar Giselle na versão para o mercado de língua russa do filme Encantada. MakSim jamais havia atuado ou dublado antes, e ficou extremamente nervosa, mas foi bastante elogiada pelo diretor de elenco. Em seguida à dublagem, ela sairia para a turnê de Moj Raj, que contaria com 90 shows na Rússia, Belarus, Estônia, Letônia, Lituânia, Cazaquistão, Alemanha e Israel. Um dos principais shows da turnê ocorreria no Estádio Olímpico de Moscou (não o da cerimônia de abertura das Olimpíadas de 1980, que se chama Luzhniki, e sim um ginásio coberto que recebeu as competições de basquete e boxe olímpicos), que teve ingressos esgotados um mês antes, ocorreu com lotação máxima, e foi mais uma vez lançado em DVD pela Gala.

Apesar do sucesso, ou por causa dele, MakSim, no início da carreira, era vista como uma cantora que foi construída pela gravadora, e muitos programas que falavam sobre a vida de celebridades começaram a questionar se ela realmente tinha talento, ou se era apenas uma moça bonita que cantava direito e estava sendo dirigida pelos empresários da Gala. Muitos profissionais, quando eram contratados para trabalhar com ela, se surpreendiam quando viam que não somente suas músicas eram de sua própria autoria, como também que ela entendia de arranjos e até mesmo de mixagem - o rapper Basta, em uma entrevista, declarou que, quando chegou no estúdio para trabalhar em um remix de Nezhnost, achou que iria encontrar uma cantora sem ideia do que estava acontecendo, mas que seu queixo caiu quando ela começou a discutir com ele sobre a harmonia da música, a apresentação mais correta, e até mesmo sobre a edição e mixagem da faixa. MakSim também se tornou conhecida por passar o som com todos os seus músicos antes de cada apresentação, e por sempre pedir a presença de músicos como guitarristas e bateristas em seus shows, mesmo com grande parte de suas músicas de estúdio usando apenas instrumentos eletrônicos.

Em meados de 2008, começariam a circular rumores de que MakSim estaria grávida, que não foram confirmados nem desmentidos pela assessoria de imprensa da cantora; mas, no lançamento do clipe de Luchshaya Noch, ficaria claro que era verdade, já que ela não faria questão nenhuma de esconder a barriga. O pai era o engenheiro de som Aleksei Lugovtsov, que trabalhou com ela nos dois primeiros álbuns, e com quem ela se casaria em outubro de 2008. A filha do casal, Aleksandra Alekseyevna Lugovtsova, nasceria em março de 2009. O casal se separaria em 2011, e, em entrevistas posteriores, ela se diria sufocada com o casamento, incapaz até de compor novas canções, mas garantiria que a separação foi amigável e que ela e o ex-marido continuavam amigos.

O terceiro álbum de MakSim, Odinochka ("sozinha") seria lançado em dezembro de 2009, seguido de uma pequena turnê pela Rússia para promovê-lo; apesar do título, a cantora diria que as letras falavam de sua experiência com a maternidade. MakSim experimentaria incluir elementos da música étnica tradicional russa e até mesmo de rock em algumas das canções. As quatro músicas de trabalho seriam Na Radiovolnakh ("nas ondas do rádio"), Daroga ("na estrada") e Vesna ("primavera"); nenhuma delas alcançaria o topo da parada de sucessos russa, com a mais bem sucedida sendo Na Radiovolnakh, que alcançou a terceira posição. Duas músicas de Odinochka fariam parte de trilhas sonoras de filmes: Daroga estaria na de Kniga Masterov ("o livro dos mestres"), filme de fantasia dirigido por Vadim Sokolovsky, inspirado em vários contos de fadas russos, e que foi a primeira produção 100% russa dos estúdios Disney; e Pticy ("os pássaros"), faria parte da trilha de Taras Bulba, dirigido por Vladimir Bortko e inspirado no livro de mesmo nome de Nikolai Gogol.

Apesar de chegar ao primeiro lugar na lista dos mais vendidos, esse seria o álbum menos bem-sucedido de Maksim, rendendo "apenas" um Disco de Platina duplo. Segundo a crítica especializada, um dos fatores que contribuíram para esse pouco sucesso foi uma controvérsia envolvendo a canção-título, Odinochka, por causa de um trecho no qual MakSim canta "vou ficar sentada em casa fumando", e que foi vista como apologia às drogas - sendo esse o motivo pelo qual a Gala não a selecionaria para ser uma das músicas de trabalho do álbum. MakSim jamais se pronunciou oficialmente sobre o episódio. Também jamais foi oficialmente explicado se foi por causa da controvérsia, mas, depois do lançamento de Vesna, a Gala interromperia a promoção de Odinochka - que sequer teve uma turnê internacional - e anunciaria que MakSim já estava trabalhando em novas canções.

A primeira dessas novas músicas, Dozhd ("chuva") seria lançada em setembro de 2010, e alcançaria o segundo lugar no Top 100. Mais duas seriam lançadas em 2011, Kak Letat ("como voar"), que chegaria à quinta posição, e Oskolki ("fragmentos"); e mais duas, Eto Zhe Ya ("esta sou eu") e Kolybelnaya ("canção de ninar"), em 2012. Ainda em 2012, ela participaria de uma música da banda Animal Jazz, Zhivi ("vivos"), cantando ao lado do vocalista Alexander Krasovitski. Apesar de tantas músicas novas, MakSim diria em várias entrevistas que ainda não estava trabalhando em um novo álbum, e que sequer havia decidido uma data de lançamento; ela passaria a maior parte dos anos de 2011 e 2012 como jurada do programa My Camp Rock, do Disney Channel.

O quarto álbum de MakSim, Drugaya Realnost ("realidade alternativa") só seria lançado em maio de 2013, com as músicas de trabalho Nebo Samolyoty ("aviões no céu"), Ya Veter ("eu sou o vento"), Drugaya Realnost e Ya Budu Zhit ("eu vou sobreviver"), além de Dozhd, Kak Letat, Oskolki e Eto Zhe Ya. O álbum teria três versões: a regular; uma especial de Natal, lançada em dezembro de 2013 e que trazia duas faixas a mais, uma delas Kolybelnaya, renomeada para Rozhdyestvyenskaya Kolybelnaya ("canção de ninar do espírito natalino"); e uma de luxo, lançada em junho de 2014, com as duas faixas extras de Natal e mais duas novas, além de uma "faixa secreta", Tak Prosto ("é tão simples"), cantada a capella (sem acompanhamento musical). Assim como Odinochka, Drugaya Realnost ganharia Disco de Platina duplo. Esse seria o último álbum de MakSim com a Gala; ao invés de renovar seu contrato, ela optaria por uma proposta melhor, do ponto de vista financeiro e de promoção, da gravadora Soyuz; também seria o último com uma grande turnê internacional, com shows na Rússia, Belarus, Lituânia, Letônia, Moldova, Azerbaijão e Alemanha.

Em 2014, MakSim entraria para o Top Ten dos artistas mais tocados nas rádios russas. Em outubro, ela teria uma segunda filha, Maria Antoneva Petrova, fruto de seu namoro com o empresário Anton Petrov. Também em 2014, começariam a trocar nas rádios duas novas músicas, Ne Znat ("não sei") e Ne Vydykhaj ("não sufoque"), que estariam em seu quinto álbum, Khorosho ("muito bom"), lançado em novembro de 2015, o primeiro pela Soyuz. Tendo como músicas de trabalho Vampir, Stala Svobodnej ("se tornando mais livre") e Zolotimy Rybkami ("peixinho dourado"), nenhuma das três nem entrando no Top 100, Khorosho seria bastante elogiado pela crítica, mas falharia em cativar o público, se tornando o primeiro de MakSim a não conseguir certificação.

Em novembro de 2016, MakSim ganharia a Medalha de Honorável Artista da República do Tataristão, comenda reservada a artistas nascidos naquela República Autônoma Russa que alcancem nível de excelência em suas áreas de atuação. Um mês depois, ela lançaria sua autobiografia, Eto Zhe Ya, que se tornaria um grande sucesso de vendas. Infelizmente, o mesmo não pode ser dito de seu sexto álbum, Poligamnost ("poligamia"), lançado, após muitos atrasos, em dezembro de 2018. Cinco de suas faixas seriam lançadas antes do álbum: Shtampi ("selos"), em 2016; Na Dvoikh ("para dois"), em 2017; Dura ("tola"), Zdes i Sejchas ("aqui e agora") e Moj Secrety ("meus segredos"), em 2018 - nenhuma delas entraria para o Top 100, assim como a única música de trabalho lançada após o álbum, Abonent Nedostupen (algo como "assinante não encontrado", o aviso que os correios da Rússia colocam nas cartas quando o destinatário não mora mais naquele endereço). A crítica receberia o álbum bem mal, declarando que MakSim parece ter parado no tempo, preferindo cantar sempre para os mesmos fãs do que cativar novos, e que sua música já começa a soar datada. Poligamnost também não venderia o suficiente para conseguir certificação.

No final de 2019, MakSim apareceu para uma apresentação com o rosto todo deformado. Os programas de fofoca noticiaram que ela tentou fazer uma aplicação de botox que não deu certo, mas seu agente se apressou em desmentir, dizendo que ela se envolveu em um acidente terrível (sem explicar de que tipo), e teria tido de fazer uma cirurgia reconstrutora da face, ainda se encontrando com inchaço devido à recuperação. No início de 2020, durante um show, seus fãs se assustaram porque ela teve de parar no meio de uma música e sentar para recobrar o fôlego - segundo alguns, ela parecia estar sufocando. Devido à quarentena imposta pela pandemia global, MakSim se isolou, e não se tem novas notícias sobre seu estado de saúde; antes da quarentena, ela chegou a lançar duas músicas novas, Bessonnitsa ("insônia") e Predannym ("os devotos"), mas, se ela está trabalhando em um novo álbum ou se está com a saúde fragilizada, ainda é um mistério.

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