segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Escrito por em 26.1.15 com 1 comentário

O Guia do Mochileiro das Galáxias

Quando cheguei aos 600 posts, disse a amigos que o que mais me surpreendia não era ter chegado aos 600, e sim continuar conseguindo assunto para seguir escrevendo mais. E nem são coisas "novas", das quais passei a gostar recentemente e fiquei com vontade de abordar, ainda tenho assuntos "antigos", coisas das quais gosto há um tempão e, por algum motivo, jamais abordei aqui. Por exemplo, eu nunca havia escrito um post sobre O Guia do Mochileiro das Galáxias, uma das mais brilhantes obras de comédia de ficção científica já escritas. Essa semana me dei conta disso, e achei que seria um bom momento para fazer um. Portanto, peguem suas toalhas, que hoje é dia de pegar carona pela galáxia no átomo!

O Guia do Mochileiro das Galáxias não foi originalmente escrito como um livro, mas como uma radionovela. O ano era 1977, e radionovelas ainda eram produzidas regularmente na Europa, embora nos Estados Unidos já estivessem quase mortas, substituídas por séries de TV. A BBC, emissora britânica que também controla algumas estações de rádio, decidiria investir em uma radionovela de comédia, cujo tema seria a destruição da Terra. No planejamento original, seriam produzidos seis episódios, sem relação uns com os outros, sendo que, no final de cada um deles, a Terra seria destruída por algum motivo. Douglas Adams, que havia sido roteirista do Monty Python, seria contratado para escrever o primeiro desses episódios.

Enquanto escrevia o roteiro, Adams imaginou que seria interessante se houvesse um alienígena na Terra pouco antes de sua destruição, para oferecer uma "visão de fora" sobre os acontecimentos. Para que um alienígena estivesse na Terra, porém, ele precisaria ter alguma coisa para fazer aqui. Foi então que Adams se lembrou de que, em 1971, quando viajou pela Europa pegando carona e usando como guia de viagens um livro chamado O Guia do Mochileiro da Europa, enquanto descansava, à noite, à beira da estrada, bêbado e olhando para as estrelas, achou que seria uma boa ideia se alguém escrevesse O Guia do Mochileiro das Galáxias. Estava decidido: seu alienígena seria um mochileiro viajando pela Via Láctea usando o Guia, e, por acaso, estaria na Terra momentos antes da destruição do planeta. Quando Adams apresentou o roteiro do primeiro episódio para a BBC, eles gostaram tanto que mudaram de ideia, e decidiram fazer todos os seis episódios sobre o Guia. A Terra ainda seria destruída no primeiro, mas os demais teriam como mote o tal alienígena e um terráqueo sobrevivente da destruição do planeta viajando pela galáxia e usando o Guia como referência.

O primeiro dos seis episódios da radionovela de O Guia do Mochileiro das Galáxias seria transmitido em 8 de março de 1978 na BBC Radio 4, seria extremamente bem recebido pela crítica e teria uma audiência fora do comum para um programa de rádio de comédia transmitido às dez e meia da noite. No geral, todos os seis episódios - o último transmitido em 12 de abril - teriam excelentes níveis de audiência, fato creditado não somente aos roteiros de Adams, mas também aos seus efeitos sonoros - O Guia do Mochileiro das Galáxias seria a primeira radionovela de comédia a ser gravada em estéreo, e a maior parte de seu orçamento era dedicada aos efeitos sonoros e a pagar direitos de músicas de artistas como Pink Floyd para a trilha sonora - e à presença do famoso ator de comédia Peter Jones como narrador e voz do Guia - o que ocorreu devido a uma história engraçada: os produtores queriam alguém com a voz parecida com a de Jones para narrador, e, como não conseguiram encontrar, acabaram contratando o próprio Jones. Os seis episódios seriam reprisados várias vezes ao longo de 1978, e, em 24 de dezembro, a série acabaria ganhando um "sétimo episódio" especial de Natal, o que não agradou a Adams, mas era (aliás, ainda é, mas com séries de TV) prática comum da BBC produzir esses episódios natalinos de suas séries de sucesso.

O sucesso da radionovela motivaria Adams a escrever um livro, publicado em 12 de outubro de 1979 pela Pan Books. A história do livro é basicamente a mesma dos quatro primeiros episódios da radionovela, com os mesmos personagens e os mesmos acontecimentos, e apenas algumas pequenas alterações para dar mais ritmo ou corrigir coisas que Adams achou que não haviam ficado tão boas.

O protagonista da história é Arthur Dent, cidadão londrino comum, que vê sua vida mudar quando seu amigo Ford Prefect lhe revela ser, na verdade, um alienígena, e que a Terra está prestes a ser destruída por uma raça chamada Vogon, que vai construir uma auto-estrada espacial que passa bem pelo local onde está nosso planeta. Ford consegue salvar Arthur da destruição pegando carona com ele em uma nave Vogon, e, a partir daí, eles visitam vários planetas, com as informações do Guia - o qual Ford carrega em sua mochila em todas as suas viagens - servindo como ponte entre os capítulos ou sendo citadas por Ford em momentos de destaque.

Ao longo de suas desventuras, Ford e Arthur conhecem personagens importantes, como Marvin, o androide paranoico, robô que está sempre em profunda depressão causada pelo tédio de possuir um dos cérebros mais inteligentes do universo e poucas oportunidades de usá-lo em sua plenitude; Zaphod Beeblebrox, primo de Ford recém-eleito Presidente da Galáxia, mas que, ao invés de permanecer no cargo, decidiu roubar a espaçonave Coração de Ouro, a mais rápida do universo, e usá-la para viver grandes aventuras, levando Ford e Arthur junto em algumas delas; Trillian (na verdade Tricia MacMillan), matemática e astrofísica inglesa que Arthur conheceu em uma festa, mas deixou a mesma festa acompanhada de Zaphod, e estava com ele na Coração de Ouro quando a Terra foi destruída; e Slartibartfast, o designer de planetas, que lhes revela uma impressionante informação sobre a destruição da Terra.

O livro foi um enorme sucesso, chegando ao topo da lista dos mais vendidos do Reino Unido em apenas duas semanas, e chegando às 250 mil cópias vendidas em apenas três meses. Curiosamente, antes de fechar o contrato de publicação com a Pan Books, Adams havia oferecido o livro à editora da BBC, a BBC Publishing, que decidiu não aceitá-lo com base em uma pesquisa sobre a radionovela que revelou que O Guia do Mochileiro das Galáxias era uma série do tipo "ame-a ou odeie-a", com normalmente aqueles que não eram fãs devotados sendo detratores irascíveis, com poucos ficando no meio-termo. De qualquer forma, o sucesso do livro motivaria a BBC a encomendar uma segunda radionovela, de mais cinco episódios, para ser exibida diariamente, de 21 a 25 de janeiro de 1980. Hoje, o episódio de Natal é considerado o primeiro dessa segunda série, com a radionovela original tendo duas séries de seis episódios cada (conhecidas oficialmente como Fase Primária e Fase Secundária). Essas séries foram reprisadas várias vezes ao longo dos anos, e foram lançadas em LP, cassete, CD e DVD.

Enquanto escrevia os roteiros da segunda radionovela, Adams escreveria também um segundo livro, O Restaurante no Fim do Universo, lançado em 1980. Esse segundo livro adaptava os oito episódios restantes (dois da primeira série e seis da segunda), com algumas alterações, especialmente na ordem em que os eventos transcorrem. Nele, Zaphod, ao descobrir que faz parte de uma conspiração para revelar o verdadeiro governante do universo, deixa o grupo e se une a um dos editores do Guia, Zarniwoop, que diz saber quem é essa pessoa. Enquanto isso, Arthur, Ford, Trillian e Marvin visitam Milliways, O Restaurante no Fim do Universo, local no final de todos os tempos ao qual as pessoas viajam para ver a grande explosão que destruirá todo o universo enquanto jantam, sendo teletransportadas de volta a suas próprias eras momentos antes de serem aniquiladas. Algo sai errado, porém, e Ford e Arthur se veem teletransportados a uma nave da civilização Golgafríngia, onde vivem mais desventuras.

Enquanto a segunda radionovela era gravada, Adams recebeu uma proposta para adaptar a primeira para a televisão. Inicialmente, essa adaptação se daria em uma série animada, mas, durante a produção, Adams convenceria a BBC a fazer uma série com atores, com apenas a abertura sendo criada através de animação - mesmo sob protestos de alguns executivos do canal de que a série seria "infilmável" com a tecnologia da época. Ao todo, foram produzidos seis episódios de meia hora cada, exibidos na BBC Two entre 5 de janeiro e 9 de fevereiro de 1981, que adaptavam todos os 12 episódios da radionovela. A série, aliás, trazia cinco atores interpretando os mesmos personagens que interpretaram na radionovela: Peter Jones como o narrador a voz do Guia, Simon Jones (que não era seu parente) como Arthur Dent, Mark Wing-Davey como Zaphod, Stephen Moore como Marvin, e Richard Vernon como Slartibartfast; David Dixon substituiu George McGivern como Ford, e Sandra Dickinson substituiu Susan Sheridan como Trillian - curiosamente, no livro, Trillian é morena, mas Dickinson é loura. A série ganharia três BAFTAs, o mais importante prêmio do cinema e TV britânicos, nas categorias Melhor Edição, Melhor Supervisor de Som e Melhores Efeitos Gráficos, e um Royal Television Society Award de Melhor Programa Original.

Após o fim da "primeira temporada" da série, a BBC começou a discutir com Adams a criação de uma segunda. Como todo o material existente já havia sido adaptado, Adams começaria a trabalhar em um roteiro original, que usaria como base um episódio que ele escreveu para Doctor Who mas jamais foi usado. Durante a pré-produção, porém, Adams se desentendeu com a BBC por um motivo que jamais foi verdadeiramente revelado - alguns dizem que foi por causa do orçamento reservado à série, outros que foi por interferência dos executivos da BBC nos roteiros, e alguns até disseram que foi porque a BBC exigiu o envolvimento de uma pessoa que Adams não queria que fizesse parte da equipe, com essa pessoa mudando de acordo com quem conta a história. Seja por qual motivo for, a "segunda temporada" foi cancelada, e Adams não aceitaria mais produzir material de O Guia do Mochileiro das Galáxias para a BBC.

Adams aproveitaria o material que já tinha escrito até então para escrever mais um livro e fechar uma trilogia. Em A Vida, o Universo e Tudo Mais, publicado em 1982, Slartibartfast se une a um grupo que tem como missão proteger o continuum temporal, e leva Arthur e Ford em sua nave, a Bistromática, para impedir alterações na linha do tempo que podem levar a uma gigantesca guerra galáctica, causada pelo povo do planeta Krikkit. Sem que saibam, Zaphod, Marvin e Trillian estão diretamente ligados aos eventos alterados, e acabam se envolvendo na confusão também. Esse seria o primeiro livro da série a conter apenas material original, embora usasse muito do roteiro que Adams escreveu para Doctor Who mas acabou não sendo aproveitado - nos primeiros capítulos, inclusive, pode-se perceber que Slartibartfast faz o papel que seria do Doutor.

Depois do lançamento de A Vida, o Universo e Tudo Mais, a série ficaria conhecida como "A Trilogia do Guia do Mochileiro das Galáxias"; apesar disso, Adams decidiria escrever mais um livro para a série, e ele mesmo faria brincadeira com o fato, divulgando que estava lançando "o quarto volume da trilogia" ou que o próximo livro seria o mais recente lançamento de uma "trilogia de quatro".

Chamado Até Mais, e Obrigado Pelos Peixes! e lançado em 1984, no quarto livro Arthur retorna à Terra, surpreso por ela não ter sido destruída, e descobre que, na verdade, não é a mesma Terra, mas uma nova, construída pelos golfinhos, que na verdade são animais altamente inteligentes, e arrecadaram dinheiro através do universo criando a campanha Salvem os Humanos. Parece que Arthur finalmente vai conseguir viver sua vida em paz, mas então ele recebe a visita de Ford, que o convence a viajar pelo espaço mais uma vez para ver a Mensagem Definitiva de Deus para sua Criação.

Em 1985, a Pan Books lançaria The Hitchhiker's Guide to the Galaxy: The Original Radio Scripts, livro que continha a transcrição dos 12 roteiros dos episódios da radionovela. No ano seguinte, 1986, Adams escreveria sua primeira história ambientada no mesmo universo de O Guia do Mochileiro das Galáxias mas sem ser continuação da história em andamento: Perfeitamente Seguro, um conto ambientado antes dos eventos do primeiro livro, e que mostra a juventude de Zaphod. O conto seria publicado em uma coletânea de histórias de vários autores cuja renda das vendas seria revertida pela caridade.

Entre 1987 e 1990, Adams se afastaria da série, se dedicando a outros trabalhos, incluindo dois livros de um personagem chamado Dirk Gently, uma espécie de detetive sobrenatural inspirado em Doctor Who. No início da década de 1990, entretanto, ele decidiria escrever um quinto livro (anunciado como "o quinto volume da cada vez mais erroneamente chamada Trilogia"), publicado em 1992 com o nome de Praticamente Inofensiva - informação que o Guia apresenta no verbete "Planeta Terra". Nesse quinto livro, os Vogons decidem destruir a Terra mais uma vez, inconformados por ela ter sido reconstruída, e Ford encontra uma nova versão do Guia, dotada de uma inteligência artificial maligna e devotado a um propósito secreto. Evidentemente, ele, Arthur e Trillian terão de deter o vilão.

Ainda em 1992, a DC Comics entraria em contato com Adams para publicar versões em quadrinhos dos livros. O contrato quase não foi firmado porque a DC desejava "adaptar" as histórias para o público norte-americano, mudando expressões idiomáticas e referências culturais (como as feitas ao jogo de críquete, por exemplo), algo o qual Adams era contra por considerar O Guia do Mochileiro das Galáxias uma história "muito britânica"; as duas partes chegaram a um acordo, porém, e a DC lançou três minisséries em três partes cada, em 1993, 1994 e 1996, adaptando os três primeiros livros da série. As vendas foram abaixo do esperado, e os dois últimos livros jamais foram adaptados.

Adams ficaria anos sem publicar material inédito, mas era sabido que ele estava trabalhando em um sexto livro e no roteiro de um possível filme para o cinema de O Guia do Mochileiro das Galáxias. Então, repentinamente, em 11 de maio de 2001, aos 49 anos e dois meses exatos, ele teria um ataque cardíaco e faleceria, interrompendo de forma abrupta sua carreira.

Após a morte de Adams, a Pan Books decidiria lançar um livro póstumo, O Salmão da Dúvida, publicado em 2002, que incluía material inédito, algumas republicações (como o conto Perfeitamente Seguro) e a íntegra do texto no qual ele estava trabalhando para ser o sexto livro da série - que ele começou a escrever como o terceiro livro de Dirk Gently, mas, insatisfeito com o rumo que a história tomava, e achando que Praticamente Inofensiva não era um final adequado para a saga, decidiu reescrever como parte do universo de O Guia do Mochileiro das Galáxias, embora nunca tenha chegado a finalizar esse processo. O nome do livro, O Salmão da Dúvida, é justamente o nome que Adams deu a esse texto, e é uma referência à lenda irlandesa do Salmão da Sabedoria.

Em 2003, a BBC negociaria com Jane Belson, viúva de Adams, a produção de radionovelas adaptando também os três últimos livros. A terceira série da radionovela, adaptando A Vida, o Universo e Tudo Mais, teria mais seis episódios, transmitidos pela BBC Radio 4 entre 21 de setembro e 26 de outubro de 2004. Curiosamente, a adaptação segue a história do livro fielmente, o que causou problemas de continuidade, já que muitos eventos da segunda série ficaram de fora do segundo livro, e os demais foram apresentados em ordem diferente. Para tentar corrigir esse problema, ao adaptar Até Mais, e Obrigado pelos Peixes! para mais uma série, desta vez de quatro episódios, transmitidos entre 3 e 24 de maio de 2005, o roteirista Dirk Maggs faria diversas alterações, buscando resolver os acontecimentos em aberto da segunda série e dar um maior senso de continuidade à série como um todo. A radionovela se encerraria com a adaptação de Praticamente Inofensiva, em mais quatro episódios, transmitidos entre 31 de maio e 21 de junho de 2005 - embora os oito episódios tenham sido transmitidos em sequência, a BBC considera cada quatro de uma série separada. Maggs não gostava do final do último livro, e acabaria escrevendo um novo, exclusivo para a radionovela, bem mais feliz e animado. Todo o elenco das três novas séries seria o mesmo das duas originais, com apenas duas exceções: William Franklyn como narrador e voz do Guia e Richard Griffiths como Slartibartfast, substituindo, respectivamente, Peter Jones, que falecera em 2000, e Richard Vernon, que falecera em 1997.

Também em 2003, após anos de negociações e problemas, a Disney começaria a produção de um filme baseado em O Guia do Mochileiro das Galáxias. Adams planejava ele mesmo escrever o roteiro, e até já havia começado, mas, após sua morte, Karey Kirkpatrick assumiu, aproveitando algo do que Adams já havia escrito, mas fazendo várias alterações. Dirigido por Garth Jennings, o filme estrearia em 28 de abril de 2005, e traria Martin Freeman como Arthur, Mos Def como Ford, Sam Rockwell como Zaphod, Zooey Deschanel como Trillian, Bill Nighy como Slartibartfast, Warwick Davis vestindo a roupa de Marvin e Alan Rickman fazendo sua voz, e Stephen Fry como narrador e voz do Guia. Basicamente, o filme, assim como o livro, adapta os quatro primeiros episódios da radionovela, mas com várias alterações, como uma viagem ao planeta natal dos Vogons. O filme seria um fracasso de crítica e bilheteria - embora tenha sido oficialmente classificado pela Disney como um "sucesso moderado" - e uma planejada continuação, adaptando O Restaurante no Fim do Universo, acabaria engavetada.

Em 2008, a Pan Books, com autorização de Belson, contrataria Eoin Colfer, autor da série Artemis Fowl, para escrever um sexto livro para a série. Chamado E Tem Outra Coisa... e lançado em 2009, o livro trata de realidades alternativas e de um novo ataque dos Vogons. Eu, pessoalmente, não gosto dessas continuações escritas por outros autores, mas parece que esse foi escrito para ser o fim definitivo da série. Resta saber se será mesmo, ou se Arthur e Ford continuarão pegando carona através da galáxia daqui a mais um tempo.

Um comentário:

  1. Pode até não ser uma obra-prima, mas eu gostei de terem escrito o "E tem outra coisa...". Nem que tenha sido só pra dar um fecho alternativo praquele final depressivo (rimou!) do quinto livro (quase rimou!).

    Pessoalmente, achei a história divertida, e que Colfer conseguiu pegar bem o jeitão dos personagens. E também manteve o tom bem-humorado, mas pessimista, de Douglas Adams. Mas tem algumas diferenças, como trazer de volta personagens e conceitos de livros anteriores (como Wowbagger, o longevo, e as vacas suicidas), coisa que Adams raramente fazia. Mas creio eu que foi uma jogada pra manter o interesse dos fãs da série que estivessem com um pé atrás.

    Se ainda não leu, sugiro pelo menos uma espiada. Pior que "Praticamente Inofensiva" não pode ser!

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