terça-feira, 3 de agosto de 2010

Escrito por em 3.8.10 com 2 comentários

Mario Party

Agosto é um mês par, e portanto, é mês de postar um spin-off do Mario. Hoje, o agraciado será Mario Party!

Mario Party surgiu de uma parceria entre a Nintendo e a Hudson Soft, criadora do Bomberman. Tal parceria previa a criação conjunta de jogos para o Nintendo 64, dos quais Mario Party foi o primeiro. Para quem não sabe do que se trata, Mario Party é um jogo de tabuleiro, no qual até quatro jogadores controlam personagens dos jogos de Mario, rolando dados e andando o número de casas correspondentes, ganhando moedas e estrelas e participando de minigames.

Mario Party 2Jogos de tabuleiro para videogames praticamente sempre existiram, mas Mario Party foi o primeiro a se tornar popular. Há quem atribua seu sucesso ao carisma dos personagens, mas, na minha opinião, o jogo é divertido por causa dos minigames. Tanto que ele não tem a mesma graça se for jogado sozinho, contra três personagens controlados pelo computador; bom mesmo é reunir três amigos e disputar o jogo uns contra os outros. Aliás, foi justamente com esse clima de festa em mente que a Nintendo e a Hudson decidiram batizar o jogo como Mario Party.

Além do modo "jogo de tabuleiro", no qual de um a quatro jogadores podem participar, com o computador controlando os personagens que não tiverem um controlador humano, no Mario Party original, lançado para Nintendo 64 em 1998 no Japão e em 1999 nos Estados Unidos, há um modo para um jogador, no qual o objetivo é vencer os minigames para ir avançando em um mapa, com o objetivo de encontrar um Toad perdido. Que também não é tão legal quanto o modo de tabuleiro, na minha opinião. Em ambos os modos, os personagens disponíveis para os jogadores são Mario, Luigi, a Princesa Peach, Wario, Donkey Kong e Yoshi.

No modo de tabuleiro, os jogadores podem escolher entre seis tabuleiros diferentes (um para cada personagem), podendo mais dois secretos serem liberados cumprindo certas condições. Além de elementos específicos relacionados ao tema do tabuleiro (o de Wario, por exemplo, tem canhões que arremessam o personagem para casas distantes, sem que ele tenha de percorrer todo o caminho), cada tabuleiro tem seis tipos de casas diferentes: ao parar em uma casa azul, o jogador ganha 3 moedas (6 nas últimas cinco rodadas do jogo); em uma casa vermelha, perde 3 moedas (6 nas últimas cinco rodadas); em uma casa marcada com um ?, ocorre um evento relacionado ao tabuleiro em questão (no tabuleiro de Wario, por exemplo, a direção para a qual cada canhão está apontado muda); em uma casa marcada com um !, ocorre um jogo de azar, no qual o jogador escolhe uma caixa e poderá ganhar, perder ou trocar moedas e estrelas com os oponentes; em uma casa com a figura de Bowser, Bowser surge e roda uma roleta, com o jogador tendo de fazer o que sair como resultado - normalmente dar moedas para ele ou participar de um minigame; em uma casa marcada com uma estrela, o jogador participa automaticamente de um minigame; e, em uma casa marcada com um cogumelo, o jogador poderá ganhar um cogumelo vermelho, que permite que ele jogue novamente, ou roxo, que faz com que ele perca a vez ma próxima rodada.

Ao fim de cada rodada - ou seja, depois que os quatro jogadores tiverem rolado o dado, jogado e cumprido o efeito das casas nas quais pararam - ocorre um minigame, cujo tipo é determinado pela cor das casas nas quais os jogadores pararam - e, para esse efeito, casas com !, estrela ou cogumelo são consideradas azuis, casas com Bowser são consideradas vermelhas, e casas com ? são sorteadas entre azul e vermelho aleatoriamente. Se dois jogadores tiverem parado em casas azuis e os outros dois em casas vermelhas, ocorre um minigame de dois contra dois, onde cada jogador deverá cooperar com seu parceiro contra a dupla oponente, e a dupla vencedora ganha moedas. Se um tiver parado em uma casa azul e os outros três em vermelhas ou vice-versa, ocorre um minigame de um contra três, no qual os três tentam derrotar o sozinho, que deve sobreviver por um período pré-determinado de tempo para ganhar as moedas - que são divididas entre os integrantes do trio se eles vencerem. Se os quatro jogadores tiverem parado em casas azuis ou os quatro em vermelhas, ocorre um minigame de cada um por si, que pode ser de três tipos: no cooperativo, todos têm de agir juntos para cumprir um objetivo e dividir as moedas, não ganhando nada se não conseguirem; no competitivo, quem cumprir o objetivo primeiro ganha as moedas; e no terceiro tipo as moedas estão espalhadas pelo minigame, com cada um ganhando a quantidade de moedas que conseguir recolher. Além desses tipos há ainda o minigame individual, do qual o jogador participa sozinho se cair na casa com estrela ou pelo resultado da roleta de Bowser; nesse caso, se conseguir cumprir o objetivo do minigame, o jogador ganha as moedas. Todos os minigames são bastante curtos, com em média um minuto de duração cada. No total, o jogo tem 56 minigames diferentes.

O objetivo do jogo é recolher não moedas, mas estrelas - embora moedas também sejam importantes, pois "compram" as estrelas e servem para desempatar no caso de empate em número de estrelas e para liberar elementos secretos do jogo. Há sempre uma estrela parada em uma casa azul aleatória do jogo, e o jogador que a alcançar primeiro pode comprá-la por 20 moedas. Dependendo do tabuleiro, também há a opção de se roubar as estrelas dos outros jogadores - como pagando 50 moedas para Boo no tabuleiro de Yoshi. O jogador também pode ter de dar uma estrela para outro oponente como resultado da casa !, ou perdê-la na roleta de Bowser. Ao fim do jogo, são distribuídas três estrelas extras, uma para o jogador que parou em mais casas ?, uma para o que ganhou mais moedas em minigames, e uma para o que ganhou mais moedas como resultado das casas azuis do tabuleiro; um mesmo jogador pode ganhar duas ou as três estrelas, e dois ou mais jogadores podem ganhar a mesma estrela, caso dê empate. Após essa distribuição, o jogador com mais estrelas é declarado vencedor; se houver empate, será o que tiver mais moedas; persistindo o empate, os empatados rolam um dado, e será o vencedor o que tirar o número maior.

Mario Party foi um grande sucesso, e ganhou uma continuação já no ano seguinte (1999 no Japão, 2000 nos Estados Unidos), Mario Party 2, também para o Nintendo 64. Essencialmente, o jogo era mais do mesmo, seguindo as mesmas regras e trazendo os mesmos personagens, mas agora com um detalhe curioso: as roupas que eles usavam dependiam do tabuleiro no qual estivessem jogando - no tabuleiro da ilha pirata, por exemplo, todos se vestiam de piratas, e no do Velho Oeste todos se vestiam de caubóis. Desta vez eram cinco tabuleiros disponíveis desde o início (casa mal-assombrada, ruínas arqueológicas, Velho Oeste, ilha pirata e espaço sideral) e mais o castelo de Bowser sendo liberado quando um mesmo jogador tivesse vencido os outros cinco.

Mario Party 5Os tabuleiros de Mario Party 2 trazem dois tipos novos de casas, a casa com um baú do tesouro, que levava a um minigame individual que tem como prêmio não moedas, mas um item; e a casa com uma espada, que leva ao novo minigame de batalha - antes do minigame, cada jogador deve apostar uma quantidade pré-determinada de moedas; ao fim do minigame, quem chegou em primeiro ganha a maior parte, quem chegar em segundo ganha uma pequena quantidade, quem chegar em terceiro ganha um restinho, e quem chegar em último não ganha nada. Os tabuleiros agora contam também com dois prédios, a Loja, onde moedas podem ser usadas para comprar itens, e o Koopa Bank, que funciona da seguinte forma: todo jogador que passar por ele tem que pagar cinco moedas, e o jogador que parar exatamente em frente ao banco ganha todas as moedas que estiverem lá até o momento - curiosamente, no castelo de Bowser o banco funciona ao contrário, com cada jogador que passa ganhando cinco moedas e o que para tendo de cobrir o prejuízo.

Os minigames do final da rodada mantiveram os mesmos tipos, com a diferença de que casas que não sejam originalmente azuis nem vermelhas se tornam azuis ou vermelhas aleatoriamente para se determinar o tipo de minigame. Assim como seu antecessor, Mario Party 2 traz 56 minigames diferentes, sendo 43 totalmente novos e 13 versões modificadas de minigames do jogo anterior.

A maior novidade de Mario Party 2, entretanto, são os itens, que podem ser comprados na Loja ou ganhados nos minigames individuais. Os itens podem ser usados antes de o jogador rolar o dado, e produzem efeitos que alteram a sua jogada - o cogumelo, por exemplo, permite que o jogador role dois dados ao invés de um, e o bloco de teletransporte faz com que você troque de lugar com um dos outros três personagens. Dois itens particularmente interessantes são a chave-mestra, que permite que passagens previamente trancadas do tabuleiro sejam abertas e suas casas exploradas; e a luva de duelo, com a qual, se o jogador que a usou cair na mesma casa que outro jogador dentro de cinco rodadas após usá-la, o desafiará para um minigame de duelo, do qual só os dois participarão, apostando uma certa quantidade de moedas antes, com o vencedor ganhando todas as moedas apostadas.

A série ainda ganharia um terceiro jogo para o Nintendo 64, Mario Party 3, lançado em 2000 no Japão e 2001 nos Estados Unidos. Infelizmente, os personagens não se fantasiam mais de acordo com o tabuleiro, mas em compensação agora há 8 personagens há disposição do jogador - Daisy e Waluigi se somaram aos seis dos jogos anteriores - e nada menos que 12 tabuleiros, 10 disponíveis desde o início e dois secretos. Mario Party 3 também tem nada menos que 80 minigames; a metade deles, porém, são novas versões dos minigames dos dois jogos anteriores.

Mario Party 3 trazia dois modos de jogo, o Duel e o Battle Royale. O modo Battle Royale é o tradicional para até quatro jogadores, que permanece praticamente inalterado em relação ao de Mario Party 2. As principais alterações são que a casa do minigame dos itens agora tem a face de Toad e a do minigame de batalha agora tem o rosto de Goomba. Uma novidade que não se mostrou muito popular foi a casa marcada com a face do Shyguy: caindo nela, o jogador tinha de apostar uma quantidade de moedas e participar de um minigame individual; ganhando, recebia as moedas de volta, perdendo, ficava sem elas. Mario Party 3 também traz vários itens novos, como o cogumelo envenenado, que faz com que um oponente só possa tirar no máximo 3 no dado, e a lâmpada mágica, que faz com que a estrela do tabuleiro mude de lugar.

Já o modo Duel é um novo modo para um jogador; nele, o jogador escolhe um personagem, e deve enfrentar um oponente a cada tabuleiro. Vencendo todos, ganha o direito de enfrentar a Millenium Star, uma espécie de último chefe do jogo, enfrentada não em um tabuleiro, mas em um minigame próprio. Seis dos 12 tabuleiros do jogo são exclusivos do modo Duel, ou seja, não podem ser jogados no Battle Royale, embora os tabuleiros do Battle Royale possam ser jogados no Duel. Os tabuleiros do modo Duel têm algumas casas diferentes, como a quadriculada de azul, que fica com a face de quem caiu nela primeiro, e se o outro personagem cair lá, deve pagar algumas moedas a ele; e a com uma seta de retorno, que faz com que o personagem passe a andar no sentido contrário do tabuleiro após cair nela. Tabuleiros do modo Duel também têm inimigos, como Chompers e Plantas Piranha, que podem ser usados por um jogador contra um oponente.

Em 2002, a série chegou ao GameCube, com o lançamento de Mario Party 4. O jogo foi bastante elogiado pela parte gráfica, mas um tanto criticado por ser mais uma vez mais do mesmo, com poucas novidades em seus 72 minigames. A maior novidade nesse sentido estava na inclusão de dois novos tipos de minigames, os minigames de Bowser, que normalmente representavam perda de moedas para o jogador que não conseguisse cumprir seus objetivos; e os miniminigames, individuais, bem mais fáceis, e que davam itens ou moedas como prêmio.

Um minigame de Mario Party 7Mario Party 4 colocava à disposição do jogador os mesmos oito personagens de Mario Party 3, mas apenas seis tabuleiros diferentes. O modo para um jogador (agora chamado Story) também estava presente, mas agora usava os mesmos tabuleiros do Battle Royale, e seu último chefe, Bowser, tinha de ser derrotado em um jogo de tabuleiro como os demais oponentes. Dentre as novidades nas casas estavam a remoção das casas de Shyguy, a inclusão das casas da Loteria, onde se podia apostar em prêmios, e a volta da casa do cogumelo, que agora dava ao jogador a opção de se escolher entre um megacogumelo e um minicogumelo. O megacogumelo fazia com que o personagem ficasse gigante, avançando mais rápido no tabuleiro e não sendo influenciado por eventos negativos; o minicogumelo fazia com que ele ficasse minúsculo, tendo acesso a áreas do tabuleiro que não podiam ser alcançadas no tamanho normal e permitindo que ele jogasse os miniminigames. O efeito colateral era que personagens gigantes ou minúsculos não podiam pegar a estrela do tabuleiro.

Em 2003, seria lançado mais um jogo da série para GameCube, Mario Party 5. Ambientado em um mundo de sonhos chamado Dream Depot, o jogo trazia dez personagens à disposição do jogador - Toad, Boo e Koopa Kid foram acrescentados, Donkey Kong removido - e sete tabuleiros, sendo um secreto. No modo Story, o Dream Depot estava ameaçado por Bowser, e cabia a Mario detê-lo, vencendo três Koopa Kids coloridos nos tabuleiros até conquistar o direito de enfrentar Bowser em um minigame. O modo Story foi alterado em relação aos jogos anteriores, não sendo mais necessário jogar o tabuleiro até o final, bastando fazer com que o Koopa Kid enfrentado ficasse sem nenhuma moeda; caso Mario não conseguisse fazê-lo dentro de 15 rodadas, porém, perderia o jogo.

Mario Party 5 trazia 75 minigames diferentes e trocou os itens pelas cápsulas, que podiam ser obtidas em máquinas espalhadas pelos tabuleiros, que substituíam as Lojas. Dentro de uma cápsula podia haver algo que fosse um item em outro jogo, como um cogumelo ou as espadas do duelo, ou um inimigo, como Lakitu ou Goomba, que também afetava o tabuleiro de alguma forma - Lakitu, por exemplo, quando usado, roubava uma cápsula de um oponente. O megacogumelo e o minicogumelo foram removidos, assim como a casa do cogumelo, mas uma nova casa, com o símbolo DK, estava presente no tabuleiro; caindo nela, o personagem recebia a ajuda de Donkey Kong, que pode lhe dar moedas, uma estrela ou convidá-lo para um minigame individual.

Mario Party 5 trazia ainda dois novos modos de jogo, o Super Duel, no qual o jogador podia montar um veículo através de partes adquiridas separadamente e usá-lo para enfrentar outros jogadores ou o computador em jogos como Capture a Bandeira e Acerte os Alvos; e o Bonus Mode, com jogos de vôlei de praia, hóquei no gelo e um card game de Mario. o jogo fez tanto sucesso no Japão que ganhou, em 2004, uma versão para arcades, produzida pela Capcom e lançada com o nome de Super Mario Fushigi no Korokoro Party ("a festa itinerante misteriosa de Super Mario").

2004 também foi o ano do lançamento do terceiro jogo da série para GameCube, Mario Party 6. Sua maior novidade estava no uso de um microfone em alguns minigames, vendido junto com o jogo, e conectado na entrada do memory card do GameCube. Mario Party 6 foi o primeiro jogo a fazer uso desse microfone, que depois foi aproveitado em jogos como Karaoke Revolution.

Outra curiosidade do jogo está relacionada à sua história: o Sol e a Lua (aqui chamados Brighton e Twila) discutem sobre quem é mais popular. Mario, então, propõe que esse assunto seja resolvido da maneira mais adequada que existe: em um jogo de tabuleiro. Em consonância com esse enredo, durante as partidas, o Sol periodicamente nasce e se põe, fazendo com que algumas rodadas sejam disputadas à noite, outras durante o dia. Mais que um efeito estético, isso interefere nas casas do tabuleiro, nos eventos relacionados com as acasas ?, e até mesmo nos minigames, com alguns só podendo ser jogados durante o dia ou durante a noite.

O modo para um jogador agora se chama Solo, e tem três tabuleiros exclusivos, onde o objetivo é participar do maior número de minigames possível. O modo tradicional para até quatro jogadores se chama Party, e tem seis tabuleiros diferentes. Não há nenhum tipo de casa nova, e as cápsulas agora se chamam Orbs, funcionando, porém, da mesma forma. Mario Party 6 tem 82 minigames, todos inéditos, e põe à disposição do jogador os mesmos dez personagens do jogo anterior, contando, porém e pela primeira vez, com um personagem secreto, Toadette.

Mario Party AdvanceDepois de Mario Party 6, a série fez um desvio para o Game Boy Advance, com o lançamento de Mario Party Advance em 2005. E "desvio" talvez seja realmente uma palavra apropriada, já que o jogo não possui o modo para até quatro jogadores, que é a maior característica e melhor coisa da série. Tudo bem que se pode alegar que o modo foi removido por ser um jogo de portátil, mas não custava nada incluí-lo para jogar com GBAs linkados ou coisa parecida - principalmente porque é possível linkar dois GBAs para se jogar os minigames. O jogo, alías, vem com um tabuleiro de papel, onde os jogadores podem rolar dados e mover seus personagens, parando para jogar um minigame no GBA ao final de cada turno. Pois é.

Mario Party Advance traz apenas o modo para um jogador, no qual se pode escolher entre quatro personagens diferentes - Mario, Luigi, a Princesa e Yoshi - que andarão por um gigantesco tabuleiro - pois é, um só - tentando coletar estrelas suficientes para abrir um caminho até Bowser, o último chefe do jogo. As estrelas devem ser coletadas antes que todos os turnos do jogador se esgotem, sendo que esses turnos são representados por cogumelos: o jogador começa com cinco cogumelos, e ganha mais três toda vez que conclui um minigame com sucesso. Os itens do jogo são chamados Gadgets, e, aparentemente, a maioria deles não serve para muita coisa. Além dos 62 minigames - 50 deles individuais - o jogo traz objetivos secundários que podem ser cumpridos pelos personagens no tabuleiro para ganhar Gadgets e estrelas ou liberar novos minigames.

Depois dessa experiência bizarra de jogo de tabuleiro para um, a série voltou ao GameCube com o lançamento de Mario Party 7, também em 2005. Desta vez, Toadsworth, o mordomo da Princesa, convida toda a turma para um luxuoso cruzeiro - exceto Bowser, que, com raiva, decide se vingar. No modo Solo, portanto, o objetivo é recolher estrelas para colocar o navio no caminho correto, impedindo as maldades de Bowser. Assim como em Mario Party 6, o modo Solo não exige que se vença os seis tabuleiros do jogo pelas mesmas regras do Party, mas agora cada tabuleiro possui um objetivo diferente, que deve ser cumprido pelo jogador antes de seu oponente - que mais uma vez volta a ser um oponente diferente por tabuleiro.

O modo Party também trouxe uma grande novidade: pela primeira vez, era possível até oito jogadores disputarem uma partida. Como o GameCube só tem encaixes para quatro controles, se cinco ou mais estivessem jogando, dois jogadores podiam ter de dividir o mesmo controle, o que não era muito confuso na hora de se mover pelo tabuleiro - já que os jogadores atuam cada qual em seu turno - mas trazia alguns problemas na hora dos minigames, quando cada jogador efetivamente usava uma das metades do controle. Outra desvantagem dessa novidade era que, com cinco ou mais jogando, todos os minigames disponíveis eram de todos contra todos, sem a opção de se jogar em duplas ou grupos. Mario Party 7 tem 88 minigames inéditos, sendo que dez deles fazem uso do microfone, mais uma vez vendido junto com o jogo.

No modo Party, as casas marcadas com Bowser agora levavam direto a minigames, e as novas casas marcadas com Koopa Kid funcionavam mais ou menos como as antigas casas de Bowser, com Koopa Kid surgindo e fazendo uma maldade qualquer com o jogador. Através de orbs, também se podia criar casas com a face de cada personagem - se você mesmo parasse na sua, ganhava 5 moedas, mas se parasse na de um oponente, algo de ruim acontecia com você - ou casas com armadilhas - você podia passar por uma instalada por você sem problemas, mas se passasse por uma instalada por um oponente, algo de ruim acontecia. Mario Party 7 trazia seis tabuleiros diferentes, sendo um secreto, e doze personagens à disposição do jogador, sendo dez desde o início e dois secretos - Toadette substituiu Koopa Kid entre os disponíveis desde o início, e Birdo e Dry Bones estrearam como secretos.

Após o primeiro ano sem Mario Party desde o início da série, em 2007 foi lançado o primeiro título para Wii, Mario Party 8. A maior novidade desse título, evidentemente, era o uso do Wiimote, com praticamente todos os minigames envolvendo o acelerômetro ou o apontador do controle do Wii. Além disso, o modo para múltiplos jogadores voltou a se chamar Battle Royal, voltou a permitir no máximo quatro jogadores, e agora contava com três modalidades de jogo: o tradicional Party, com quatro personagens competindo entre si; o Tag, onde quatro jogadores competiam em dois times de dois personagens cada, um contra o outro; e o Duel, uma espécie de "modo de um jogador para dois", onde dois jogadores competiam um contra o outro usando os tabuleiros do modo para um jogador. O modo para um jogador, chamado Star Battle Arena, é mais semelhante aos dos primeiros jogos da série, com o jogador tendo que enfrentar um oponente em cada tabuleiro seguindo as regras normais do jogo, e Bowser sendo enfrentado em um minigame.

Mario Party 8Os itens do jogo agora eram em forma de doces, que podiam ser comprados em lojas ou ganhados em casas especiais, e funcionavam da mesma forma que os itens dos jogos originais da série, e não como as cápsulas ou Orbs. O jogo também introduziu estrelas bônus aleatórias - ainda eram três estrelas bônus conferidas por jogo, mas agora os requisitos podiam variar entre os tradicionais parar em mais casas ? e ganhar mais moedas em minigames e os novos quem andou mais casas durante o jogo, quem parou em mais casas vermelhas, quem gastou mais moedas comprando doces nas lojas e quem comeu mais doces durante a partida. Mario Party 8 trazia 73 minigames, sendo que 27 eram versões de minigames já presentes em outros jogos da série, mas modificados para o uso do Wiimote; seis tabuleiros, sendo cinco disponíveis desde o início e um secreto; e 14 personagens, sendo que os 12 de Mario Party 7 estavam disponíveis desde o início e Blooper e Hammer Bro podiam ser liberados vencendo o modo de um jogador.

O mais recente jogo da série é Mario Party DS, lançado para o Nintendo DS também em 2007. Diferentemente da versão GBA, esta possui o modo para até quatro jogadores, que podem jogar conectados pela rede wi-fi do DS. Melhor ainda, a maioria de seus 73 minigames faz uso dos elementos exclusivos do DS, como as duas telas, a touchscreen e o microfone. Mario Party DS traz cinco tabuleiros diferentes, sendo um secreto, e oito personagens à disposição do jogador (Mario, Luigi, a Princesa, Toad, Yoshi, Daisy, Wario e Waluigi). O modo para um jogador também está presente, e nele o jogador deve recolher estrelas para frustrar um plano maligno de Bowser, como de costume.

Pela primeira vez desde o início da série, lá se vão três anos sem um novo lançamento. Durante esse período, muito se especulou sobre um Mario Party 9 para Wii, ou até sobre um novo título da série em 3D, para o novo Nintendo 3DS. Os boatos seguem fortes, mas, até agora, nada de oficial foi anunciado. Talvez finalmente a fórmula tenha se esgotado. O que é uma pena. Para um fã de jogos de tabuleiro como eu, juntar os amigos para jogar Mario Party é sempre um programa divertido.

2 comentários:

  1. Gostei bastante do post, venho acompanhando seu blog a algum tempo e tenho que te falar, seus artigos são muito bons, parabéns pelo blog.

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  2. Anônimo20:27:00

    Não consigo conectar o comando da wii para jogar a 2, como faço?

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