quarta-feira, 23 de julho de 2008

Escrito por em 23.7.08 com 0 comentários

Conan (I)

Como já narrei em algum lugar por aqui, eu comecei a ler quadrinhos de super-heróis ainda criança, por volta dos sete anos, quando meu avô apareceu lá em casa com uma revista do Capitão América que alguém tinha esquecido no trabalho dele, ou alguma coisa assim. Depois disso comprei uma revista dos X-Men numa vez em que fui ao jornaleiro com meu pai, e depois não parei mais. Quer dizer, parei de comprar revistas há alguns anos, mas continuo me interessando por super-heróis.

Apesar de minha mãe achar que crianças de sete anos não deveriam ler quadrinhos de super-heróis - algo com o qual eu hoje de certa forma concordo, mas isso não vem ao caso agora - ela nunca proibiu que meu pai ou meu avô comprassem qualquer destas revistas para mim, com exceção de uma: A Espada Selvagem de Conan. Ok, Conan não é exatamente um super-herói, mas a revista era publicada pela Marvel, e a Abril, que a lançava aqui, a colocava no mesmo pacote de outras como Homem-Aranha, X-Men, Capitão América e Superaventuras Marvel. De fato, eu me lembro que meu avô fez certa vez uma assinatura de um pacote da Turma da Mônica para mim e para minha irmã, que durou pouco tempo, pois logo depois a publicação das revistas da Mônica passou da editora Abril para a Globo. Para compensar meu avô, a Abril lhe deu a opção de trocar a assinatura por qualquer outro pacote da editora, que ele receberia até o tempo contratado por ele acabar. Eu, evidentemente, tentei convencê-lo a escolher o pacote Marvel, mas minha mãe não deixou, devido, principalmente, à presença de Conan no meio das revistas. Não lembro o que ele acabou escolhendo, mas deve ter sido alguma revista pra ele, ou então o dinheiro de volta.

Hoje eu também concordo com minha mãe que nenhuma criança deveria ler Conan, mas eu só fui entender o porquê anos mais tarde, quando, já maior de idade, finalmente travei meu primeiro contato com as histórias do personagem - exceto pelos dois filmes com o Schwarzenegger, que eu assisti algumas vezes na Sessão da Tarde, e de um desenho bem pouco Conan que passava na Globo. Não sei quando a Espada Selvagem deixou de ser publicada no Brasil, mas provavelmente ela nem existia mais quando eu li um livro com histórias de Conan emprestado por um amigo meu. Neste momento, eu gostaria de confessar três coisas: primeiro, eu só resolvi ler o livro por que eu era fã de Schwarzenegger; segundo, eu nunca li uma edição da Espada Selvagem na vida; terceiro, isto não me impediu de me tornar fã de Robert E. Howard e de querer ler todas as demais histórias de seu mais famoso personagem. Tanto que Conan é o tema do post de hoje.

Robert E. HowardRobert Ervin Howard, o homem que criou Conan, nasceu em Peaster, Texas, em 1906. Filho de um médico, ele passou sua infância viajando por várias cidades do sul dos Estados Unidos, ouvindo histórias de fantasmas contadas por vaqueiros, histórias da África contadas por ex-escravos, histórias da Guerra de Secessão contadas por soldados, e até lendas folclóricas contadas pelos índios. Sua mãe, que sofria de tuberculose, fez questão de educá-lo para ser um homem letrado, incutindo nele um profundo amor pela literatura e poesia, e sempre incentivando-o a escrever seus próprios versos. Apesar disso, em sua adolescência Howard fora um apaixonado pelo boxe, e se dedicava a atividades físicas como levantamento de pesos e luta livre com a mesma paixão que devorava livros e escrevia poemas.

Mas o que ele queria mesmo era ser escritor. Desde os nove anos de idade, Howard já escrevia histórias envolvendo vikings, árabes e batalhas medievais épicas. Suas maiores influências eram Jack London, que costumava escrever sobre reencarnação e vidas passadas; Rudyard Kipling e suas histórias de continentes selvagens; e Thomas Bulfinch, especialista em lendas da mitologia clássica. Aos treze anos, Howard se apaixonou pelos bárbaros após ler um livro sobre os pictos, um antigo povo habitante da Escócia. Aos quinze, se apaixonou pela revista Adventure, especializada em contos de aventura ao estilo Indiana Jones. Diante disso, seu destino estava traçado: ele seria um escritor de contos de aventura.

Howard começou a tentar ainda aos quinze anos, criando vários personagens e enviando-os para revistas como a Adventure e sua concorrente Argosy, mas tudo o que conseguiu foi uma pilha de rejeições. Diante disso ele recuou por um tempo, se dedicando à escola e ao boxe, e trabalhando em uma variedade de empregos como colhedor de algodão, caixa de doceria e estenógrafo. Aos poucos, ele voltou a oferecer seus contos a revistas, até que um deles, Spear and Fang ("lança e presa"), sobre um homem das cavernas, foi aceito pela revista Weird Tales ("histórias esquisitas"), que lhe pagou 16 dólares. Aos 18 anos, Howard estava no mercado: a Weird Tales aceitaria várias outras histórias escritas por ele, finalmente concretizando seu sonho de ser um escritor profissional.

Aos 20 anos, Howard escreveu sua primeira história a ilustrar a capa da revista, Wolfshead, cujo protagonista era um lobisomem. Aos 22, publicou a primeira história de seu primeiro personagem regular, Solomon Kane, um aventureiro do século XVII que corria o mundo combatendo o mal. Aos poucos ele passou a publicar também poemas, escritos em conjunto com seu amigo Tevis Clyde Smith. Howard começava a criar para seus personagens um mundo sombrio, quase hipnótico, cheio de imagens oníricas e fantásticas, algo inigualado em qualquer outra revista de contos de aventura da época, e que ajudou a popularizar a Weird Tales, junto com os contos de horror cósmico e intimista de H.P. Lovecraft e a fantasia surreal de Clark Ashton Smith, ambos também colaboradores da revista. Mas Howard não queria ficar restrito às histórias esquisitas, e passou a escrever também para outra revista, a Fight Stories, onde criou o marinheiro Steve Costigan, que lutava boxe, era pouco inteligente, mas tinha um coração de ouro. Após um tempo, Howard passou a escrever também para a Action Stories, e, aos 23 anos, tornou-se um escritor profissional, jamais exercendo outra profissão pelo resto da vida.

Com emprego garantido, Howard passou à experimentação. Influenciado por seu amigo Lovecraft, ele começou a misturar elementos de fantasia, horror, mitologia, filosofia, bárbaros, magia e lutas de espada, tudo em uma história só. O resultado foi The Shadow Kingdom, primeira aventura de seu mais recente personagem, o bárbaro Kull. Kull foi publicado na Weird Tales e fez um enorme sucesso, mas várias de suas aventuras posteriores foram rejeitadas, o que levou Howard a desistir do personagem.

Em 1932, aos 26 anos, Howard estava viajando pelo Texas, quando teve uma inspiração súbita. Com ela, ele criou a Ciméria, uma terra fictícia, localizada no hemisfério norte, lar de bárbaros fortes e destemidos - claramente uma referência a seus queridos pictos. Ao chegar em casa, Howard decidiu expandir esta idéia, e acabou criando um mundo inteiro, ao qual chamou de Era Hiboriana, pois ele não queria que fosse outro planeta, mas nossa própria Terra, em uma era tão antiga que não temos qualquer registro dela hoje. Howard decorou sua Era Hiboriana com diversos países, povos, monstros e magias. Só faltava um herói para viver aventuras nela. E este herói seria Conan, o cimério.

ConanConan já havia aparecido extra-oficialmente em uma história de Howard, de 1931, chamada People of the Dark ("o povo da escuridão"), publicada na revista Strange Tales of Mystery and Terror, na qual o protagonista diz que, em outra vida, foi "Conan, um bárbaro de cabelos negros que servia ao deus Crom". A primeira aventura oficial de Conan, porém, surgiria após Howard reescrever uma história rejeitada de Kull, rebatizando-a para The Phoenix on the Sword (A Fênix na Espada). Esta história seria publicada na edição de dezembro de 1932 da Weird Tales, e faria tanto sucesso que Howard escreveria e publicaria nada menos que outras dezesseis aventuras de Conan na revista ao longo de três anos.

Com Conan, Howard acabou criando um novo estilo de fantasia, conhecida como Sword and Sorcery, ou Espada e Magia. Este estilo influenciaria diversos outros escritores da Weird Tales e do mundo inteiro. Infelizmente, Howard faleceria em 1936, aos 30 anos de idade, suicidando-se com um tiro na cabeça por não suportar a morte de sua mãe. Ao todo, ele deixou escritas 21 histórias de Conan - quatro publicadas após sua morte - e inúmeras de outros personagens.

Conan é alto, musculoso, mas ágil como uma pantera, tem cabelos negros e lisos, olhos azuis e pele queimada de sol. Apesar de ter uma força inigualável, ser praticamente invencível em combate corpo-a-corpo e de gostar de resolver seus problemas com sua espada, não é burro, mas um estrategista brilhante, de raciocínio rápido e capaz de ler e escrever em diversos idiomas. Além disso tudo, Conan também é leal, honrado, e possui um ótimo senso de humor. Nascido na fictícia terra da Ciméria, localizada no extremo norte, era filho de um ferreiro, e desde cedo se interessou pelas artes da luta, já sendo um guerreiro respeitado aos quinze anos de idade. Nesta época, ele participou da destruição do forte de Venarium, depois da qual passou a vagar pelo mundo em busca de novas aventuras - as aventuras narradas por Howard em suas histórias.

Apesar de todas as suas boas qualidades, Conan é freqüentemente descrito como um anti-herói, e não como um herói, pois só se envolve com os problemas dos outros quando seu envolvimento pode resultar em algum ganho pessoal, e só executa atos heróicos quando estes vão ao encontro de seus próprios interesses. Conan também não é super-humano, e algumas vezes se vê em dificuldades, sendo capturado por inimigos, precisando de aliados para superar um determinado problema, ou simplesmente caindo de bêbado ou sendo seduzido por alguma feiticeira gostosona. Em nenhuma das histórias de Howard, porém, ele jamais foi derrotado em confronto direto.

A Era Hiboriana onde vive Conan é um período perdido de nossa própria história, entre a destruição de Atlântida e o aparecimento das primeiras cidades das quais temos registros. Nesta época, o mundo é formado por um único continente, Hibória, dividido em diversas regiões, algumas por sua vez subdivididas em nações. Destas, a principal é Aquilônia, que de certa forma lembra o Império Romano, sempre em busca de expansão e dominação das nações vizinhas. Embora rode o mundo inteiro, Conan está sempre de alguma forma ligado à Aquilônia, a principal fonte de enredos para suas aventuras. Por volta dos 40 anos de idade, após ser bárbaro, mercenário, gladiador, ladrão e pirata, Conan consegue derrotar o Rei de Aquilônia, se tornando ele mesmo o ocupante do trono, e aparentemente encerrando sua carreira de aventuras como monarca.

Após a morte de Howard, histórias envolvendo Conan foram escritas por mais de quinze autores diferentes. As primeiras surgiram na década de 1950, quando a editora Gnome Press adquiriu os direitos sobre as obras de Howard, e republicou todas as histórias de Conan escritas por ele em volumes de capa dura. Ao todo, entre 1950 e 1957 a Gnome lançou sete livros, sendo que o penúltimo curiosamente continha histórias escritas por Howard, mas que não eram protagonizadas por Conan, reescritas por L. Sprague de Camp para se tornarem aventuras do personagem. O último livro lançado pela Gnome foi também a primeira aventura de Conan totalmente escrita por um autor que não fosse Howard, The Return of Conan, escrito por Björn Nyberg e revisado por de Camp.

A Espada Selvagem de ConanAté então, porém, Conan era um personagem conhecido apenas pelos fãs do gênero. Sua popularização definitiva veio apenas em 1966, com o lançamento de uma segunda série de livros, desta vez pela Lancer Books. Idealizada por de Camp e por Lin Carter, esta nova série, publicada em formato brochura, republicou todas as histórias de Howard mais uma vez, além de trazer histórias inéditas, algumas inacabadas, finalizadas por de Camp e Carter. Entre 1966 e 1977, a Lancer - e depois a Ace Books, que assumiu o projeto após a falência daquela - publicou doze livros com mais de 50 histórias de Conan, sendo que três deles traziam apenas histórias inéditas escritas por de Camp e Carter. A arte ficou a cargo de Frank Frazetta, que até hoje é considerado o criador da imagem de Conan, e ilustrador definitivo de suas aventuras. Embora a coleção da Lancer/Ace seja criticada por muitos puristas pela "intromissão" da dupla de Camp/Carter nas histórias originais de Howard, foi ela quem ajudou a espalhar Conan pelo mundo, transformando-o em um dos mais populares personagens do século XX.

A série da Lance/Ace seria assumida pelas editoras Bantam e Maroto a partir de 1978, que, juntas, lançariam 11 novos livros entre 1978 e 1982. A partir de 1982, a editora oficial de Conan seria a Tor, que até 1997 lançaria nada menos que 42 novos livros com histórias inéditas de vários autores, sendo as mais famosas as de Robert Jordan - curiosamente, todos os 42 títulos da Tor começam com Conan the, tipo Conan the Invincible e Conan the Fearless. A partir de 1997, a Tor começou a republicar os livros com histórias que não fossem de Howard lançados anteriormente pela Lance/Ace, Bantam e Maroto. Em 2004, ela lançou seu último livro até agora, Conan of Venarium, escrito por Harry Turtledove. Atualmente, os direitos sobre Conan são disputados, sendo o entendimento geral o de que as histórias pertencem a seus respectivos autores, sendo as de Howard de domínio público, mas o personagem Conan não pertence a ninguém. Isto, evidentemente, é contestado por várias editoras que alegam ter os direitos para a publicação de novas histórias do cimério.

Na década de 1970, Conan se tornaria ainda mais popular ao sair das páginas dos livros para as histórias em quadrinhos. A primeira revista do personagem, batizada de Conan the Barbarian, foi publicada pela Marvel Comics em outubro de 1970. Com roteiro de Roy Thomas e arte de Barry Windsor-Smith, a revista era a cores e voltada para o público juvenil que lia os quadrinhos de super-heróis da editora. Ao todo, teve 275 edições mensais, só deixando de ser publicada em 1993, mais 12 especiais anuais entre 1973 e 1987, e cinco especiais "gigantes" entre 1974 e 1975. Durante os 23 anos em que foi publicada, a revista contou com roteiros de Thomas, J.M. DeMatteis, Bruce Jones, Doug Moench e Chuck Dixon, dentre outros, e com a arte de Windsor-Smith e John Buscema. O sucesso da revista acabou gerando um spin-off, King Conan (mais tarde rebatizada para Conan the King), que mostrava as aventuras de Conan já como Rei da Aquilônia, e foi publicada entre 1980 e 1989, com 55 edições mensais. Durante a década de 1990, a Marvel ainda faria algumas novas tentativas com Conan the Adventurer (14 edições entre 1994 e 1995), Conan the Savage (10 edições entre 1995 e 1996) e simplesmente Conan (11 edições entre 1995 e 1996), mas nenhuma fez tanto sucesso quanto a Conan the Barbarian original.

Mas a revista de Conan de maior sucesso de todos os tempos é mesmo The Savage Sword of Conan the Barbarian (a famosa A Espada Selvagem de Conan, em português), criada pela Marvel também na onda do sucesso de Conan the Barbarian. Com roteiro de Thomas e arte em preto-e-branco de Buscema ou Alfredo Alcala, a revista era voltada para o público adulto, com histórias bem mais violentas, mulheres seminuas, sacrifícios humanos, esse tipo de coisa. Lançada em agosto de 1974, também teve vida longa, com 235 edições entre 1974 e 1995, mais um especial anual em 1975, e hoje é considerada um clássico dos quadrinhos.

Desde 2003, os quadrinhos de Conan são publicados pela editora Dark Horse, em uma revista inicialmente chamada simplesmente de Conan, mas rebatizada para Conan the Cimmerian em maio último. Com roteiro de Kurt Busiek até 2006 e Tim Truman desde então, e arte de Cary Nord, a revista da Dark Horse tenta se manter fiel apenas às histórias originais de Howard, sem nenhuma conexão com as de outros autores ou com as da Marvel.

SchwarzeneggerNa década de 1980, seria a vez de Conan chegar ao cinema. O primeiro projeto de um filme do personagem partiu do diretor Edward Summer, que planejava adaptar todas as histórias de Howard, criando uma série de filmes ao estilo da de James Bond. Summer chegou a fazer seis sinopses, e ele e Thomas escreveram o roteiro do que seria o primeiro filme, mas este projeto nunca foi adiante. O que chegaria às telas de cinema em 1982 seria outro projeto totalmente diferente, produzido por Dino de Laurentiis e dirigido por John Milius, comm roteiro de Milius e Oliver Stone. Conan the Barbarian (Conan, o Bárbaro no Brasil) traria Arnold Schwarzenegger no papel do cimério, seu primeiro papel de destaque, e que o impulsionou para uma carreira de sucesso. O filme, porém, tem muito pouco a ver com as histórias originais de Conan, sendo ambientado em uma estranha Idade do Bronze com elementos fantásticos. Nele, Conan se torna órfão quando sua vila é atacada pelos homens de Thulsa Doom (James Earl Jones), sendo vendido como escravo. Após ser escravo e gladiador, e ser treinado nas artes da espada, Conan, já adulto, conquista sua liberdade, e, vagando pelo mundo, conhece personagens como o arqueiro Subotai (Gerry Lopez), a ladra Valeria (Sandahl Bergman), o Rei Osric (Max von Sydow) e o mago Akiro (Makoto Iwamatsu). Mas o própósito de Conan não é simplesmente correr o mundo vivendo aventuras, mas se vingar de Doom pela morte de seus pais.

Apesar de pouco fiel ao Conan de Howard, o filme foi um grande sucesso, e gerou, como era de se esperar, uma continuação. Conan the Destroyer (Conan, o Destruidor) foi lançado em 1984, novamente com Schwarzenegger no papel principal, mas dirigido por Richard Fleischer e produzido por Raffaella de Laurentiis, filha de Dino. Mais voltado ao público juvenil, e mais parecido com um filme de fantasia medieval do que seu antecessor, o filme mostrava Conan e seu aliado Malak (Tracey Walter) sendo contratados pela Rainha Taramis (Sarah Douglas) para resgatar uma jóia que só pode ser tocada por sua sobrinha Jehnna (Olivia d'Abo). Em troca, a Rainha, que tem poderes mágicos, ressucitaria Valeria, amante de Conan. Durante sua missão, Conan reencontra Akiro e conquista uma nova aliada, a guerreira Zula (Grace Jones), e descobre que a Rainha na verdade planeja assassinar Jehnna e ressucitar o deus maligno Dagoth, se tornando a governante mais poderosa do mundo por toda a eternindade. Diante disso, Conan decide detê-la e salvar a menina.

O filme foi bem menos sucedido que o primeiro, com alguns críticos inclusive acusando-o de ser "muito infantil"; ainda assim, foi considerado um sucesso por de Laurentiis, tanto que ela decidiu produzir um filme de outra personagem das histórias de Conan, Red Sonja (conhecido no Brasil como Guerreiros do Fogo), no ano seguinte, com Brigitte Nielsen no papel principal, e Schwarzenegger como o bárbaro Kalidor. Outro filme de Conan, porém, jamais foi feito. Até recentemente, haviam boatos de que seria feito um filme de Conan em sua fase Rei, novamente trazendo Schwarzenegger, que estaria na "idade ideal" para o personagem - embora, nas histórias de Howard, Conan tenha se tornado Rei com 40 anos, e Schwarza já esteja com mais de 60. Como era difícil para ele conciliar as filmagens com suas atribuições como Governador da Califórnia, o projeto foi suspenso, até que, em agosto de 2007, a Millenium Films conseguiu os direitos exclusivos para a produção de um novo filme do cimério. A Millenium já avisou que irá produzir o tal filme, e que ele será bem mais fiel às histórias originais de Howard que os outros dois, mas nada ainda foi dito sobre quem interpretaria Conan - já que, muito provavelmente, não será Schwarzenegger.

Além dos livros, quadrinhos e filmes, Conan também teve dois desenhos animados e uma série de TV durante a década de 1990 - os quais eu vou me abster de comentar - uma tirinha de jornal publicada entre 1978 e 1981, um RPG, um card game, e sete jogos de videogame, sendo o mais recente Age of Conan, um MMORPG onde você pode criar seu próprio bárbaro e viver aventuras na Era Hiboriana.

Aos que quiserem conhecer o bárbaro mais famoso da literatura em sua forma original, recomendo Conan, o Cimério, coleção em dois volumes publicada pela Editora Conrad, tradução de Conan of Cimmeria da editora Wandering Star. Além das histórias originais de Howard, cada livro traz notas, rascunhos, esboços de contos inacabados, e outros tipos de material. Imperdível para qualquer fã de fantasia.

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