Ladyhawke, para quem não sabe, é o filme O Feitiço de Áquila, de 1985, com Rutger Hauer, Michelle Pfeiffer e Matthew Brodderick, e dirigido por Richard Donner, que já havia dirigido o filme do Super-Homem, e depois faria os Goonies e a série Máquina Mortífera. Desde que eu assisti esse filme ele encabeça a lista dos meus filmes favoritos, e, já que nem O Senhor dos Anéis conseguiu tirar ele de lá, acho que lá ele ficará por um bom tempo.
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A princípio, Gastone não fica muito satisfeito com a idéia de retornar ao local de onde acabou de fugir, mas ter Navarre por perto ao fugir da Guarda pode ter suas vantagens. Eles viajam juntos, e, durante a noite, Gastone percebe a presença de uma fera próxima ao local onde descansam. Uma bela moça, Isabeau d'Anjou (Pfeiffer), aparentemente é amiga da fera, surge do nada, e desaparece pela manhã. Navarre diz que nada viu, nem fera, nem moça, mas se mostra curioso quanto à aparência de Isabeau. Mesmo confuso com os acontecimentos, Gastone decide continuar acompanhando Navarre em sua jornada a Áquila.
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Durante a estada no castelo onde mora Imperius, Gastone descobre a verdadeira história: Isabeau é o falcão, e Navarre, a fera (um lobo). Há alguns anos, o Bispo de Áquila foi apaixonado por Isabeau, mas não pôde ter seu amor, pois ela e Navarre eram amantes. Revoltado, ele fez um pacto com o Diabo, e lançou sobre o jovem casal uma maldição: eles estariam eternamente juntos, mas eternamente separados. Durante o dia, Navarre é humano, mas Isabeau é um falcão; à noite, Isabeau se torna humana, mas Navarre se transforma em lobo. Somente durante um único segundo, no romper da aurora, ambos podem se olhar em forma humana, apenas para torturá-los com a lembrança de que jamais se tocarão novamente.
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Ladyhawke é um ótimo filme, com pelo menos uma cena fabulosa (a do tal único segundo da aurora), e uma história simples porém bonita (além de uma "trilha sonora anos 80", a década onde as músicas da trilha realmente tocavam nos filmes). Para mim, a Idade Média é o período mais fascinante da História (sim, eu sei que na época as pessoas faziam xixi no chão e nunca tomavam banho, mas hoje em dia também tem gente que age assim e nem tem a desculpa de que vive na Idade das Trevas), e a magia sutil presente no filme (sem dragões ou elfos, só uma maldiçãozinha) apenas ajudou a aumentar o encanto do cenário. Não é nenhuma superprodução como O Senhor dos Anéis, mas é das coisas simples que vêm as maiores surpresas.
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