segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Escrito por em 14.1.13 com 2 comentários

Post 500!

500!Hoje o átomo completa 500 posts. Pode não parecer nada para quem atualiza o blog todos os dias, múltiplas vezes por dia, mas o átomo já há um bom tempo só recebe uma atualização por semana - às vezes nem isso, como na semana do carnaval. Graças a essa frequência um tanto espaçada para um blog, essa marca chega quando faltam poucas semanas para que ele complete 10 anos. Sim, dez anos: o primeiro post do átomo foi publicado dia 4 de março de 2003. E, embora eu mesmo ache que 500 posts não seja uma marca assim tão impressionante para um blog, tenho certeza de que dez anos é.

Diante dessa importância toda, era necessário que o post de hoje fosse mais do que especial. Diante dessa especialidade toda, cheguei à conclusão de que não poderia ser um post normal: assunto nenhum no mundo faria jus a um quingentésimo post. Assim como o centésimo, deveria ser um post tão especial quanto a ocasião.

Diante disso, escrevi o que vocês lerão hoje: um post de curiosidades sobre o átomo, com cinco seções de cinco tópicos cada. Porque cinco vezes cinco dá 500, que é o número desse post. Não? Sei lá, sou muito bom em escrever, mas péssimo em matemática.

Brincadeiras à parte, espero que vocês gostem de eu ter compartilhado com vocês esse pedacinho do que passou pela minha cabeça durante esses quase dez anos. Pensando bem, acho que eu compartilho coisas que passam pela minha cabeça desde que comecei a escrever o blog. E imagino que vocês gostem quando eu faço isso, senão não teria chegado a 500 posts.

Mas deixemos de discussões filosóficas. Preparem-se para conhecer curiosidades sobre...

Os cinco posts que eu mais gostei de escrever

se eu fizesse uma votação, aposto que ninguém acertaria que esse foi meu preferido1. Pinball - Confesso que eu não me lembro por que resolvi escrever sobre pinball. Até onde me recorde (Multi-Ball!!!! - desculpem, não resisti ao trocadilho), não aconteceu nada de especial naquela semana que me motivasse a escolher o pinball como assunto. Também não sou nenhum fanático por pinball, até porque, se fosse, provavelmente teria escrito esse post bem antes. Mas, seja lá por que eu resolvi escrevê-lo, ele é, até hoje, meu preferido. Foi o que eu mais me diverti escrevendo, e um dos que mais gosto de reler.

Os motivos para isso são vários - aprendi muitas coisas que eu não sabia sobre pinball ao pesquisar para escrevê-lo, por exemplo - mas acho que o principal é a introdução. Eu até poderia - principalmente depois que os posts começaram a ter títulos - sair escrevendo o post direto, sem qualquer espécie de introdução, mas, por alguma razão, eu ainda considero uma introdução essencial. Acho importante situar o leitor, explicar o porquê de eu estar falando sobre aquele assunto, e não sobre outro qualquer. Afinal, o átomo é um blog para falar das coisas que eu gosto, então não é de todo estranho eu querer explicar por que gosto delas.

E acontece que o post sobre pinball tem uma das melhores introduções que eu já escrevi. A ponte - o parágrafo que liga a introdução ao início do texto explicativo - é uma boa porcaria, mas, mesmo assim, é criativa. E a introdução em si remete a uma época muito feliz da minha infância, com uma história muito legal. Eu adorei escrever o post todo, mas acho que a parte que eu mais gostei de ter escrito foi a introdução.

2. Conan - Eu não me considero um fã de Conan. Nunca li uma edição de A Espada Selvagem de Conan na vida, e, até um amigo meu me emprestar o livro A Fênix na Espada, quando eu já tinha uns dezenove anos, só conhecia o personagem dos filmes do Schwarzenegger e de um desenho infantilizado que passava na Globo. Também confesso que meu interesse por histórias de Conan não se acendeu imediatamente após ler A Fênix na Espada, mas depois que eu descobri que seu criador, Robert E. Howard, era amigo de H.P. Lovecraft, meu escritor preferido.

Ainda assim, eu gosto o bastante de Conan para justificar um post sobre ele. E o que eu mais gostei nesse post é que ele foi multimídia: Conan já apareceu em diferentes meios, então tive oportunidade para falar de seus livros, quadrinhos, filmes e até mesmo sobre a vida de Howard. Gostei tanto do resultado que tentei imitá-lo quando fiz o post sobre A Máquina do Tempo, uns dois anos depois - mas continuei achando o de Conan muito mais legal.

3. Bruce Lee - Um post sobre Bruce Lee já estava planejado desde os primórdios do átomo - se a memória não me falha, eu iria escrevê-lo logo depois do que fala sobre o Tolkien. Por algum motivo do qual a memória aí sim me falha, ele acabou sendo sucessivamente adiado, e só foi escrito quase duzentos posts depois. Lembro que, na época, pensei algo do tipo "não tenho mais nenhuma ideia que preste, vou escrever sobre Bruce Lee". E lembro que, quando comecei, achei que ia ser um saco.

Felizmente, não foi. Bruce Lee é um dos meus maiores ídolos, mas, surpreendentemente, eu sabia bem pouco sobre sua vida - praticamente, só o que eu tinha assistido no filme Dragão, a versão hollywoodiana de sua biografia. Escrever o post, como de costume, foi uma forma de aprender mais sobre ele - e, por conseguinte, de admirá-lo ainda mais. Terminei o post bastante satisfeito, e torcendo para que mais gente se tornasse fã de Bruce Lee depois de lê-lo. Só não sei se isso aconteceu.

4. Homem-Coisa - Eu gosto muito do Homem-Coisa, é um dos meus personagens Marvel preferidos. Quando começaram a sair as notícias de que a Marvel faria um filme do Homem-Coisa (que, aliás, é uma bela porcaria), achei que ele seria um bom tema para um post. E estava certo.

Eu adorei escrever esse post, e até hoje acho que ele é um dos mais legais do átomo: embora ainda tenha o estilo dos primeiros (com muitas "Notas do Guil", por exemplo), ele já começaria a definir o estilo que eu adotaria definitivamente. Além disso, para um personagem meio obscuro, acho que consegui fazer uma boa pesquisa, trazendo muitas informações interessantes.

5. Baralho - Ok, esse não foi um post, foi uma série. Mas acho que foi a série que eu mais gostei de escrever. Eu sempre gostei de jogos de baralho, principalmente depois que descobri que o baralho que todo mundo conhece não é o único tipo que existe - não me lembro bem quando foi, mas lembro que foi quando eu tinha uns vinte anos, graças a um livro que trazia figuras do baralho espanhol. Diante disso, era quase certo que, mais cedo ou mais tarde, um post sobre baralhos aparecesse aqui no átomo.

Não fiquei satisfeito com o meu primeiro post sobre baralhos, porém. Assim como quase tudo no início do átomo, ele era muito pobrezinho. Quando estava encerrando a série da Olimpíadas - a segunda do átomo, depois da dos sentai - tive a ideia de fazer uma série sobre baralhos, dessa vez bem detalhada, com história, curiosidades e figuras de cada um dos padrões existentes. Deu um trabalhão, mas valeu a pena. É minha série favorita.

Cinco posts que eu iria fazer, mas desisti

algumas ideias parecem boas no papel...1. World of Darkness - Um dia, se não me engano logo após fazer o post sobre Wraith: The Oblivion, eu tive a ideia de fazer uma série de posts, no mesmo estilo da série na qual eu comento as histórias de Lovecraft, mas comentando todos os livros lançados pela White Wolf para o antigo Mundo das Trevas. Todos. Desisti quando vi que eram tantos que eu iria precisar de uns 50 posts para concluir essa missão. Ainda assim, eu matutei sobre a ideia durante vários meses antes de abandoná-la de vez. Às vezes eu ainda penso nela, mas acho que hoje já não tem lugar no átomo para uma série tão longa.

2. Playboy - Sim, houve uma época, se não me engano no final de 2008, no qual eu pensei em fazer uma série de posts falando sobre a revista Playboy. O motivo era até bem simples: o átomo é um post para falar sobre as coisas que eu gosto, e eu gosto da revista Playboy. E não só por causa das senhoritas que enfeitam suas páginas posando como vieram ao mundo, embora quase ninguém acredite nisso.

Enfim, minha ideia era fazer uma série de posts com foco não na Playboy brasileira, mas na original norte-americana. Seriam seis posts, cada um cobrindo uma década (de 1953 a 1959, de 1960 a 1969, de 1970 a 1979, de 1980 a 1989, de 1990 a 1999 e de 2000 a 2009). Neles, além de falar sobre curiosidades ocorridas com a revista norte-americana (tipo o fato de que o poster de uma Playmate de 1972 se tornaria uma das mais famosas imagens de teste de programas de processamento de algoritmo), eu também falaria sobre curiosidades envolvendo as Playboys do resto do mundo (tipo que a primeira Playboy internacional a ser lançada foi a da Alemanha, ou que a Playboy brasileira, na época do lançamento, por causa da ditadura, se chamava "Homem").

Eu acabei abandonando essa ideia principalmente porque fiquei meio na dúvida sobre quais imagens iria usar para ilustrar os posts, e também porque achei que não combinava com o estilo do blog - afinal, até onde eu saiba o átomo é um blog para toda a família. Mas, de certa forma, jamais a abandonei por completo. Quem sabe por volta de 2019?

3. 300 - Quando começou a se aproximar o post de número 300, eu comecei a pensar sobre qual poderia ser seu assunto. O primeiro que veio à minha cabeça foi 300, a história em quadrinhos de Frank Miller que virou um filme do Zac Snyder. Eu acabei gostando dessa ideia porque, nos Textos Passados, ela criaria uma entrada "300. 300". O problema foi que, apesar de achar o filme bem legal, eu não gosto tanto assim da história - nem do Frank Miller, pra dizer a verdade. Por fim, eu decidi fazer o post sobre Tormenta, a piada se perdeu, e agora acho difícil vir a fazer um sobre 300.

4. Ray Harryhausen - Lá nos primórdios do átomo, eu preferia falar sobre assuntos que eu gostasse, mas que julgasse serem desconhecidos do público em geral - exceto as bandas, essas eu resolvi falar das minhas preferidas, mesmo sabendo que elas tinham muitos fãs. Seguindo esse raciocínio, surgiram posts como o de H.R. Giger, o do Homem-Coisa e o do Cubo Mágico de Rubik, enquanto outros assuntos como Fórmula 1 e os X-Men só seriam abordados bem mais tarde.

Nessa época, se não me engano logo depois de fazer o de Giger, eu pensei em fazer um post sobre Ray Harryhausen, um técnico de efeitos especiais do cinema considerado o mestre do stop motion, aquela ténica na qual miniaturas, normalmente de dinossauros, são filmadas quadro a quadro e inseridas no filme durante a pós-produção. Não me lembro bem por que desisti de fazer o post sobre Harryhausen, mas lembro que, por algum motivo bizarro, me lembrei dele logo depois de fazer o de Changeling: The Dreaming, e, na ocasião, quase o escrevi. De certa forma, eu nunca descartei a ideia, mas é pouco provável que esse post veja a luz do Sol tão cedo.

5. Tarô - Como eu devo ter dito aqui em algum dos posts sobre baralhos, antes de ser usado para ler o futuro, o tarô era usado para jogos, como qualquer outro baralho comum. Por causa disso, sobrevivem até hoje, embora a duras penas, vários jogos de cartas nos quais o baralho utilizado é o baralho de tarô, e, assim como existem vários padrões diferentes de baralhos, existem vários padrões diferentes de tarô, alguns bem diferentes do Tarô de Marselha, aquele que todo mundo conhece e muita gente acha que é o único.

Por causa disso, depois de fazer a série de posts sobre baralhos, pensei em fazer uma série de posts sobre tarôs, no mesmo estilo, com um primeiro posts explicando a história, e um ou mais posts subsequentes mostrando as cartas dos diversos padrões. O problema foi que, como fiz o último post dos baralhos perto do post de número 250, resolvi adiar o início do primeiro dos tarôs, e, depois, envolvido com outros assuntos, acabei perdendo a vontade de fazê-los. Enquanto essa vontade não volta, eles ficam aqui nessa lista.

Cinco posts que eu me arrependi de publicar

e nem posso dizer que é vergonha alheia, porque fui eu mesmo quem escreveu1. Micro Heroes - Sejamos francos, os primeiros posts do átomo são bem ruinzinhos. Vários fatores contribuíram para isso: eu tinha acabado de mudar o estilo do blog e não sabia direito como fazer; tudo o que a gente faz vai se aprimorando com a prática; eu era mais desorganizado e normalmente escrevia os posts na hora de publicá-los, sem rascunho nem nada; e, ainda por cima, eu tinha uma espécie de objetivo traçado que era falar não somente sobre coisas que eu gostasse, mas sobre coisas que eu gostasse e pouca gente conhecia. Esses quatro fatores juntos, mais alguns, resultaram em alguns posts que me dão uma certa vergonha quando os leio hoje.

De todos esses, o que me dá mais vergonha é o post sobre os Micro Heroes. Os Micro Heroes eram uns templates que algumas pessoas usavam para desenhar super-heróis, que eu descobri enquanto lia o blog de um amigo. Na época, fiquei bastante empolgado, baixei alguns Micro Heroes, alguns moldes, e, na empolgação, resolvi escrever um post sobre eles. Hoje, acho que esse post teria cabido melhor no BLOGuil, até porque, alguns dias depois, abandonei completamente os Micro Heroes. Nunca cheguei a fazer um.

2. Matrix Revolutions - Ao contrário de muita gente, eu não odeio Matrix Revolutions. É verdade que ele é o mais fraco dos três filmes, tem uma explicação muito meia-boca para os poderes do Neo, e que praticamente qualquer um poderia ter feito um filme melhor, mas nem por causa disso que acho que ele seja um filme ruim. Nem que ele destrói toda a trilogia, como um amigo meu costuma dizer.

Na época, eu senti a necessidade de expressar esse meu sentimento, já que praticamente todo mundo que eu conhecia estava linchando o filme - foi mais ou menos a mesma necessidade que senti quando fiz o post do Shyamalan, na época em que todo mundo estava linchando A Vila. A maneira que encontrei de fazer isso foi através de um post.

Eu não gosto muito desse post hoje porque, quando o publiquei, o átomo já tinha deixado faz tempo (20 posts) de ser um blog para expressar minhas opiniões pessoais sobre as coisas. Algum tempo depois de publicá-lo, quis fazer um novo post com uma opinião minha sobre outra coisa, e aí parei e pensei: vou levar o blog na nova direção que determinei, ou vou ficar indo e voltando? Afinal, se eu não lhe desse uma identidade firme, ele jamais se consolidaria como se consolidou hoje.

Por menos que eu goste desse post, entretanto, foi por causa dele que eu comecei a moldar melhor a identidade que o átomo tem hoje, então eu acho que ele acabou sendo uma coisa boa - assim como no post do Shyamalan, que ainda é meio troncho porque foi o primeiro, hoje eu consigo escrever um post dando minha opinião sobre um determinado assunto, mas sem fazê-lo um "post de opinião". O lado negativo é que, graças a esse post, eu jamais me animei a fazer um sobre a trilogia Matrix.

3. Cinema 2003 - Hoje em dia, eu escrevo os posts do átomo com bastante antecedência. No dia da publicação, apenas os copio do meu "documento mestre", colo no Blogger, adiciono as figuras e releio para corrigir imperfeições. Esse método, desenvolvido após muita tentativa e erro, garante que toda semana eu tenha um post novo, mesmo com o pouco tempo livre de que disponho para escrevê-los.

Mas, no início, como eu já disse, não era assim. Alguns posts eu escrevia direto no Blogger, na hora da publicação. E, quando eu não tinha assunto para o dia, acabava tendo de inventar um. Foi assim que foram ao ar os Questionários, um post esquisito sobre automobilismo, a Lenda do Barômetro, várias letras de música da Tori Amos, e esse post sobre os filmes que eu fui assistir no cinema no ano de 2003. Por alguma razão, de todos esses que eu citei nesse parágrafo, esse é o único do qual eu não gosto.

4. Ninja Gaiden (I) - Esse é um post que nunca disse a que veio. Empolgado com o anúncio de que a Tecmo desenvolvia um Ninja Gaiden para o Xbox, resolvi escrevê-lo. O resultado final nem ficou tão ruim, mas é um post que não diz nada além de contar minha experiência com Ninja Gaiden e lamentar que eu não conseguiria jogar esse novo. O que, aliás, continuo sem conseguir.

5. Thanos Cardgames - Como eu disse, quando decidi que transformaria o átomo em um blog para falar sobre as coisas que eu gosto, era quase certo que um post sobre baralhos surgiria. Enquanto decidia se fazia um post sobre os próprios baralhos ou sobre os jogos que usam baralhos, resolvi fazer um post sobre a Thanos Cardgames, uma softhouse amadora (na verdade, acho que é um cara só) que faz jogos de cartas para Windows.

Eu continuo gostando muito dos jogos da Thanos, até hoje de vez em quando jogo alguns deles, e até resolvi visitar o site recentemente para ver se tinha alguma novidade. O que eu não gosto nesse post é que ele tem cara de propaganda. Não fala nem sobre baralhos, nem sobre jogos de cartas, nem sobre a própria Thanos, apenas diz que ela existe, onde é, e recomenda seus jogos. Por algum motivo, eu nunca me conformei com isso - mesmo tendo feito outros parecidos, como o do Flags of the World e o do Your Dictionary.

Cinco Categorias que eu adoro, mas parecem estar chegando a um beco sem saída

é sempre bom arrumar uma desculpa para postar uma foto da Tori Amos1. Música - Dizem que, em determinado momento da vida, a gente para de se interessar por músicas novas, e fica gostando só das antigas, ou das mais recentes dos artistas dos quais a gente já gostava. Se isso for verdade, eu cheguei a esse momento da vida, pois já faz um bom tempo que eu não me interesso por um artista novo, e raramente acho uma música nova legal como eu achava antigamente. E isso está se refletindo na Categoria "Música".

Quando eu comecei o átomo, "Música" era uma das Categorias que mais ganhava posts - bem, na verdade as Categorias ainda não existiam, mas vocês entenderam o que eu quis dizer. Isso ocorria por que a minha coleção de DVDs ainda estava incipiente, eu ainda ouvia música quase todos os dias - hoje só ouço "sem querer", quando ela está tocando em algum lugar no qual eu esteja - o que me motivava a querer escrever sobre meus artistas preferidos, e era relativamente fácil encontrar informações sobre artistas e bandas na internet, ao passo que, sobre games, por exemplo, era bem difícil.

Os tempos mudaram, eu parei de ouvir música com frequência, surgiu a Wikipedia, e os posts sobre games e filmes acabaram dominando o átomo. O resultado é que meu último post sobre música (o da Shakira) é de novembro de 2011, e o último antes dele (dos Carpenters) foi publicado em janeiro de 2010. E eu nem tenho previsão de quando farei mais um.

Não é totalmente impossível que eu me interesse por um artista novo, ou que resolva de repente escrever sobre um de quem eu já gostava mas nunca havia abordado. Mas o fato de meu interesse por música estar se reduzindo a cada dia parece levar a Categoria a ficar um bom tempo com apenas seus atuais 25 posts.

2. Esportes - Eu sou fanático por esportes. Ao ponto de quando ligar a televisão já digitar direto no controle remoto o canal da ESPN. Mesmo quando a televisão não é minha. Me pedir para ligar a televisão é pedir para assistir esportes. Nem que seja por alguns segundos, antes de alguém tomar o controle e colocar em outro canal qualquer. Porque, se o controle continuar comigo, e alguém pedir para que eu mude de canal, provavelmente eu vou mudar para a SporTV ou para a Fox Sports. Ou para o Band Sports, se fizer parte do pacote do dono da TV.

Ainda assim, não existem tantos esportes no mundo. Meu primeiro post sobre esportes até que demorou um bocado, foi o sobre futebol americano (não por acaso meu esporte favorito) em dezembro de 2005, quando o átomo já estava quase completando 3 anos. Depois dele, preferi falar sempre sobre outros esportes exóticos e pouco conhecidos da população em geral, como rugby (do qual eu gosto quase tanto quanto futebol americano), hóquei e beisebol. Quando esses se esgotaram, passei para os mais populares, como futebol, vôlei e basquete. Hoje, a categoria Esportes tem 31 posts. É até bem possível que ela ganhe mais alguns em breve, mas vai chegar um dia no qual todos os esportes que me interessam terão sido abordados, e aí eu não vou falar sobre buzkashi ou futebol australiano só para manter o assunto.

3. Tokusatsu - Eu gosto de escrever sobre tokusatsu (seriados japoneses com atores, tipo Jaspion, para quem esteja chegando agora e não saiba o que é) porque esse tipo de post alia duas das coisas que eu mais gosto no átomo: aprender mais sobre um assunto do qual eu goste e divulgar coisas pouco conhecidas das quais eu gosto para o público em geral. O problema com os posts de tokusatsu é que eles esão chegando ao mesmo beco sem saída que os dos esportes: eu já falei sobre todos os que me interessam. É bem verdade que os tokusatsu possuem uma vantagem: ninguém está inventado esportes novos, mas todo ano a Toei lança pelo menos um sentai e um Kamen Rider inéditos. Aparentemente, esses serão os responsáveis para que a Categoria continue recebendo novos posts.

4. Jogos de Tabuleiro - Se a Categoria Tokusatsu está na mesma situação da Esportes, a Categoria Jogos de Tabuleiro está na mesma situação que a Música: jogos novos raramente chamam a minha atenção, e quase todos os antigos dos quais eu gostava já foram contemplados com posts. Digo "quase" porque pode ser que ainda exista algum que eu tenha esquecido. E, enquanto eu não me lembro desse ou não me interesso por um novo - o que parece pouco provável, já que faz um bom tempo que não consigo jogar nenhum - a Categoria segue apenas com 12 posts, sendo o último, sobre Robo Rally, de dezembro de 2010.

5. Lovecraft - Algumas categorias, como "Contra", "Batman" ou "Animais e Plantas", já nascem com prazo de validade - o que significa que, esgotados os posts sobre aquele assunto, normalmente dois, ela provavelmente não ganhará nenhum novo. A Categoria Lovecraft também surgiu assim: eu sabia que, após falar de todos os contos presentes nos livros da Editora Iluminuras, seria bem difícil que Lovecraft voltasse a figurar no átomo.

Animado com os posts, entretanto, eu ainda estiquei a Categoria o quanto pude, falando sobre outras histórias escritas por Lovecraft que não figuravam nos livros da Iluminuras. Mesmo assim, como Lovecraft já morreu, e evidentemente deixou um número limitado de histórias, um dia eu acabei de falar sobre todas. Como eu disse no último post sobre elas, é pouco provável que eu venha a falar sobre as poesias ou sobre as obras de não-ficção de sua autoria, o que me leva a crer que, das cinco Categorias listadas aqui, "Lovecraft" tenha sido a primeira a encontrar o beco sem saída.

Cinco coisas bizarras que eu já pensei em fazer com o átomo

om-nom-nom-nom-nom1. Receitas - Houve uma época, lá por 2005 ou 2006, em que eu tinha bastante tempo livre. Para ocupar parte desse tempo, decidi que seria uma boa ideia atualizar o átomo duas vezes por semana, ao invés de apenas uma. Lembro-me que, segundo meu planejamento, o atualizaria todo sábado e toda quarta-feira: sábado seria o post "normal", enquanto toda quarta-feira eu publicaria uma receita.

Por que cargas d'água eu pensei nisso, não me pergunte. Sinceramente eu não me lembro, e hoje até acho espantoso que um dia tenha pensado nisso. Talvez eu tivesse tempo livre demais.

Em minha defesa, porém, vale dizer que não seriam receitas tradicionais, como bolo de chocolate ou bife à milanesa, e sim de comidas exóticas, como pretzels (aquele pão trançadinho que vende no shopping), drakini (uma panquequinha russa feita de batata) e pudim Yorkshire (que não tem nada a ver com o cachorro). Cheguei até a juntar um monte delas, mas acho que as deletei quando essa ideia estranha foi descartada.

2. A Volta das Divagações - A lucidez voltou e eu descartei a ideia das receitas, mas continuei com a vontade de fazer dois posts por semana. A ideia seguinte, portanto, era voltar com as Divagações.

Para quem não sabe, quando o átomo começou, ele não era um blog para falar sobre as coisas que eu gosto. Eu passava por um momento meio questionador, de forma que criei o blog para dar voz aos meus pensamentos. Quando o momento passou e eu enchi o saco, para não tirar o blog do ar eu resolvi transformá-lo, pondo em prática uma outra ideia que eu já nutria há algum tempo. Até essa transformação, eu cheguei a escrever 14 posts expressando meus pensamentos (mais um de boas-vindas e um anunciando a transformação), os quais, hoje, eu chamo de Divagações.

Mesmo após o fim da Era das Divagações, de vez em quando ainda me dá vontade de expressar meus pensamentos em forma de texto. Assim, quando desisti das receitas, mas continuei querendo aumentar a frequência de posts, pensei em alternar os posts sobre coisas que eu gosto com Divagações. Acabei desistindo dessa ideia primeiro por não achar nenhuma Divagação boa para inaugurar a série, depois por achar que, um dia, eu iria encher o saco de escrever Divagações novamente, como aconteceu lá no início.

Logo depois, achei que era melhor desistir desse negócio de dois posts por semana.

3. Idiomas - Eu adoro aprender idiomas. Se pudesse, acho que aprenderia todos. Já fiz vários cursos, comprei vários livros do tipo "aprenda sozinho", e, com o advento da internet, de vez em quando me ponho a pesquisar sobre uma determinada língua. Embora só me considere fluente nuns três ou quatro, acho que sei regras de pronúncia, palavras, regras gramaticais e expressões de mais de vinte.

Sendo o átomo um blog sobre coisas que eu gosto, mais de uma vez eu já considerei falar sobre idiomas. Não seria nada radical como no caso das receitas, seria mais tipo uma categoria "idiomas", para a qual eu de vez em quando escreveria posts. O motivo pelo qual eu nunca fiz esses posts é que eu nunca consegui definir qual seria a melhor forma de fazê-lo. Afinal, um idioma é uma coisa super complexa, de forma que seria dificílimo eu falar da estrutura da língua, vocábulos principais, pronúncia etc. em apenas um post - e fazer uma série de posts sobre cada idioma que eu quisesse abordar seria um saco.

Mas confesso que, de todas as coisas bizarras que eu já pensei em fazer com o átomo, essa é a que eu acho menos bizarra - e a que tem a maior chance de realmente ser feita. Se bem que, de uns tempos pra cá, eu tenho pensado em falar de idiomas não no átomo, mas em outro blog, dedicado apenas ao assunto. Pena que eu já não tenha mais tanto tempo livre quanto na época das receitas.

4. O Melhor do BLOGuil - Quem está chegando agora pode não saber, mas o átomo não foi meu primeiro blog. Quando nem sabia direito o que era um blog, eu criei o BLOGuil, blog que dividi durante quatro anos com quatro amigos. Diferentemente do átomo, o BLOGuil não era um blog "sério", mas um blog cômico, no qual fazíamos piadas, implicávamos uns com os outros e postávamos textos em tom de comédia, a maioria de sátira ou paródia, mas alguns originais nossos. Foi uma boa época, que chegou ao fim porque as boas ideias foram se esgotando, a vida adulta foi chegando, até que todos nós perdemos o interesse em atualizá-lo.

O BLOGuil foi fundado em 7 de maio de 2002. Eu ainda o mantive respirando por aparelhos até 7 de maio de 2006, dia no qual coloquei no ar seu último post. Até hoje o blog está lá, embora mudanças ocorridas na internet o tenham descaracterizado ao ponto de, hoje, só ser possível mesmo ler os textos, com toda a parte gráfica tendo sido perdida (a maioria das figuras que usávamos sumiu de seus sites de origem, por exemplo, e a mudança no modelo de template do blogger me obrigou a escolher um genérico). Muitos desses textos, porém, são muito bons, e mereciam ser reaproveitados (muitos também me causam a mesma vergonha dos Micro Heroes, mas isso é outra história). Foi daí que eu tive a ideia, no início de 2012, de homenagear os dez anos de criação do BLOGuil, republicando no átomo, talvez no mês de maio, talvez ao longo do ano, alguns desses melhores textos, em uma série chamada "O Melhor do BLOGuil".

A razão pela qual eu não fiz isso é meio vergonhosa: eu esqueci. Após muito pensar em como faria a série, acabei decidindo que o primeiro post iria ao ar no dia 7 de maio, quando o BLOGuil completaria dez anos, e depois eu postaria um por mês até dezembro. Cheguei até a separar os oito posts que eu iria republicar. O problema foi que eu fiz isso em janeiro, e o mês de maio foi um pouquinho complicado. Assim, quando me lembrei, o dia 7 já tinha passado faz tempo (pra falar a verdade, acho que só lembrei em junho), e, com o momento propício perdido, acabei achando que não tinha mais razão em publicar a série.

5. Fechar a tampa no post 500 - Quando eu comecei a escrever o átomo, eu tinha muito tempo livre, então era bastante fácil escrever com regularidade. Mas, conforme os anos foram passando - e a complexidade dos posts aumentando - precisei tomar algumas providências caso quisesse continuar atualizando o blog com uma certa frequência. Coisas como postar apenas uma vez por semana e escrever os posts com antecedência, por exemplo. Já há um bom tempo, eu levo uns três ou quatro dias para escrever cada post, de forma que escrevo apenas um por semana - e sempre exatamente um, quando o termino, espero até a semana seguinte - e mantenho sempre pelo menos cinco de frente - ou seja, assim que eu posto, já tenho outros quatro prontos, e começo o quinto normalmente já na própria segunda-feira.

Mesmo assim, nos últimos meses escrever para o átomo, apesar de continuar sendo extremamente prazeroso, tem sido também extremamente complicado, graças a algumas mudanças que aconteceram na minha vida - comecei em um novo emprego e me casei, só para citar as duas mais importantes. Diante disso, cada novo post que foi ao ar acabou sendo considerado por mim uma pequena vitória, e, como o de número 500 estava próximo, o estabeleci como minha meta pessoal. Colocar esse post aqui no ar, hoje, foi a maior vitória de todas.

Até bem pouco tempo, inclusive, esse post não era apenas a minha meta, mas a linha de chegada verdadeira. Com esse post, eu me despediria, e encerraria o átomo para novas publicações, mantendo-o no ar só com os posts antigos.

Não se desesperem ainda, porque não consegui. Esse não é o último post do átomo. Para falar a verdade, tenho até mais três já escritos, e, nas últimas semanas, tenho tido ideias para mais alguns. E pretendo me programar para que possa continuar postando com uma certa regularidade, mesmo com meu tempo livre diminuindo cada vez mais.

Então, podem comemorar, o átomo continua. Evidentemente, a próxima meta são 600 posts, mas não vou prometer nada. Também não prometo que vou continuar conseguindo postar uma vez por semana, embora essa ainda seja a intenção. De qualquer forma, agradeço de coração aos que visitam, comentam, seguem - mesmo que você só faça uma dessas três coisas, agradeço do mesmo jeito - e, principalmente, aos que gostam do átomo. Eu ainda gosto, e muito. E, enquanto eu gostar, não há razão para deixar de atualizá-lo.

2 comentários:

  1. Parabéns. Mesmo.
    Eu comecei a seguir seu blog pelas postagens sobre baralhos. E me encantei por todo o resto.
    Que sejam os primeiros quinhentos de outros quinhentos.
    Mas aí, já são outros quinhentos que veremos.
    Novamente, parabéns pelo excelente conteúdo, só tenho a agradecer.

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  2. Obrigado, Emanuel!

    Mas, a continbuar nesse ritmo, outros quinhentos só em 2023 :D

    Abraços!

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